Fratura da Coluna Cervical Baixa Flashcards

1
Q

Qual a epidemiologia das fraturas da coluna cervical baixa?

A

Homens
Jovem
Bimodal: jovem 15-25 anos alta energia / idoso baixa energia
Branco

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2
Q

Qual local de maior índice de lesão medular cervical?

A

40% entre C6-C7 (canal mais estreito)

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3
Q

Quais os processos espinhosos bífidos?

A

C2 - C5

C6 (pode ou não ser bífido)

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4
Q

Em qual nível a artéria vertebral se adentra?

A

Forame da artéria vertebral de C6 até C1

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5
Q

Descreva as colunas de Denis na coluna vertebral.

A

Coluna anterior

  • Terço anterior do corpo vertebral
  • Ligamento longitudinal anterior

Coluna média

  • Região posterior do corpo vertebral
  • Ligamento longitudinal posterior

Coluna posterior

  • Arco vertebral
  • Ligamentos posteriores (ligamento amarelo)
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6
Q

Como é feita a avaliação para retirada de colar cervical do paciente com trauma cervical?

A

1º: Palpação da coluna
2º: Mobilização ativa (se consciente, sem uso de álcool/drogas): inclinação, rotação e flexo/extensão
3º: Mobilização passiva

Se apresentar dor em qualquer momento do exame = suspender avaliação + imobilização + imagem

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7
Q

Cite quais parâmetros radiográficos, TC e RNM de alterações na coluna cervical baixa.

A

RX:
- AP: massas laterais, processos espinhosos, espaço intervertebral, articulações unciformes.
- PERFIL: linha espinolaminar, linha vertebral posterior, linha vertebral anterior.
Avaliação da sombra de partes moles, com valores normais em C2 (<7mm), C3-4 (<5mm) e C6 (<22mm)

TC - padrão ouro
- Permite avaliação completa tridimensional

RNM

  • Lesões partes moles
  • Útil na avaliação antes das reduções das luxações cervicais
  • Lesão medular divergente do quadro neurológico
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8
Q

Cite os critérios de instabilidade descritos por White e Panjabi.

A
2 pontos:
Translação sagital no perfil > 3,5mm
> 11º angulação relativa de 1 vertebra sobre a outra
Destruição de elementos anteriores
Destruição de elementos posteriores
Dano medular
Teste do estiramento positivo

1 ponto:
Lesão radicular
Estreitamento do disco
Previsão de cargas consideráveis/sobrecarga

Somatória > 5 pontos = lesão INSTÁVEL.

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9
Q

Descreva os critérios utilizados e as vantagens/desvantagens da classificação de Allen e Ferguson para fratura da coluna cervical baixa.

A

Critérios:

  • Descrição mecanicista
  • Baseada nas radiografias

Vantagens:

  • Define padrões e estadia as lesões
  • Terminologia familiar
  • Mais amplamente utilizada

Desvantagens:

  • Não define padrão misto de fratura
  • Não é validada cientificamente
  • Não define tratamento
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10
Q

Descreva os estágios das fraturas FLEXO-COMPRESSÃO, segundo Allen e Ferguson (5)

A

Flexo-compressão (5 estágios)

  • Flexão da coluna com compressão axial
  • Estágio I: explosão margem anterosuperior do corpo vertebral
  • Estágio II: encunhamento do corpo, diminuição da altura anterior do corpo vertebral
  • Estágio III: linha de fratura da margem anterosuperior do corpo até a placa terminal inferior. FRATURA GOTA DE LÁGRIMA
  • Estágio IV: Translação do corpo <3mm
  • Estágio V: Translação do corpo >3mm ou abertura facetária. Sugere lesão ligamentar anterior e posterior
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11
Q

Descreva os estágios das fraturas FLEXO-DISTRAÇÃO, segundo Allen e Ferguson (4)

A

Flexo-distração (4 estágios)

  • I: subluxação das facetas, falha do complexo ligamentar posterior. Gap dos processos espinhosos
  • II: luxação facetária unilateral, CLP intacto/deformidade rotacional.
  • Estágio III: luxação facetária BILATERAL. Translação do corpo até 50%
  • Estágio IV: luxação facetária BILATERAL. Translação do corpo 100%
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12
Q

Descreva os estágios das fraturas FLEXÃO-LATERAL, segundo Allen e Ferguson (2)

A
  • Estágio I: compressão assimétrica do corpo Fratura ipsilateral do arco vertebral, sem desvio
  • Estágio II: fratura do corpo ou do arco posterior. Translação lateral ou GAP facetário unilateral
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13
Q

Descreva os estágios das fraturas COMPRESSÃO VERTICAL (por carga axial) segundo Allen e Ferguson (3)

A
  • Estágio I: Fratura placa terminal superior ou inferior
  • Estágio II: Fratura da placa terminal superior E inferior. Desvio mínimo
  • Estágio III: Cominuição do corpo. Com ou sem retropulsão de fragmentos
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14
Q

Descreva os estágios das fraturas EXTENSÃO-COMPRESSÃO, segundo Allen e Ferguson (5)

A
  • Estágio I: Fratura do arco posterior com ou sem rotação. Pode ter leve translação.
  • Estágio II: Fratura das laminas bilateralmente. Sem falha ligamentar
  • Estágio III: Fratura do arco vertebral bilateral + lâminas + faceta e pedículo bilateralmente
  • Estágio IV: Estágio III + deslocamento anterior parcial do corpo vertebral (<50%)
  • Estágio V: Estágio III + deslocamento total 100%
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15
Q

Descreva os estágios das fraturas EXTENSÃO-DISTRAÇÃO, segundo Allen e Ferguson (2)

A
  • Estágio I: alargamento anormal do espaço discal. Pode ter fratura avulsão da margem anterior do corpo vertebral.
  • Estágio II: Ruptura do disco e Translação posterior do corpo vertebral.
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16
Q

Cite os tipos de mecanismo, conforme a classificação de Allen e Ferguson (6)

A
FLEXO-COMPRESSÃO
FLEXO-DISTRAÇÃO
FLEXÃO-LATERAL
COMPRESSÃO-VERTICAL
EXTENSÃO-COMPRESSÃO
EXTENSÃO-DISTRAÇÃO
17
Q

Cite as vantagens/desvantagens do sistema SLIC.

A

Vantagens:

  • Define tratamento
  • Status neurológico

Desvantagens:

  • Falta de correlação entre os números e a morfologia da fratura
  • Não define as características das lesões
18
Q

Quais as categorias do sistema SLIC?

A

Morfologia da lesão
Integridade do Complexo Disco-Ligamentar
Status neurológico

19
Q

Descreva as 3 categorias do sistema SLIC e suas pontuações.

A

Morfologia da lesão

  • Normal: 0
  • Compressão: 1
  • > Se explosão (acomete muro posterior): adiciona +1
  • Distração: 3
  • Rotação ou translação: 4

Integridade do Complexo Disco-Ligamentar

  • Intacto: 0
  • Indeterminado: 1
  • Rompido: 2

Status neurológico

  • Intacto: 0
  • Lesão radicular: 1
  • Lesão medular completa 2
  • Lesão medular incompleta 3
  • > Compressão medular persistente em qualquer subtipo = adiciona +1
20
Q

Como deve ser interpretado o sistema SLIC referente ao tipo de tratamento.

A

< ou = 3 é CONSERVADOR

4 é INDEFINIDO (outros critérios devem ser avaliados)

> ou = 5 é CIRÚRGICO

21
Q

Descreva a classificação AOSpine para fraturas da coluna cervical baixa.

A

A: lesão por compressão

  • A0: lesão elemento posterior, que não compromete estabilidade
  • A1: fratura por compressão da placa terminal superior
  • A2: fratura por compressão da placa terminal superior e inferior (split)
  • A3: explosão. Acomete o muro posterior do corpo.
  • A4: explosão complete. Placa terminal superior e posterior

B: Lesões ligamentares

  • B1: Puramente óssea (antigamente era a fratura de Chance)
  • B2: Lesão banda de tensão posterior. Complexo ligamentar.
  • B3: lesão por extensão, lesão da banda de tensão ligamentar ANTERIOR

C: Translação/luxação

22
Q

Quais os modificadores da classificação AOSpine para fratura da coluna subaxial?

A

Facetas

  • F1: fraturas sem desvio da faceta. Fragmento <1cm ou <40% da massa lateral
  • F2: fraturas com desvio ou instabilidade. Fragmento >1cm ou >40% da massa lateral
  • F3: massa lateral flutuante
  • F4: lesão capsuloligamentar. Subluxação e/ou luxação facetária. Fraturas patológicas da faceta.

Bilateral = “BL”

23
Q

Descreva o fluxograma para classificação das fraturas da coluna cervical subaxial, conforme a AOSpine.

A

Translação/desvio? = C

Lesão da banda de tensão?

  • Anterior = B3
  • Posterior = Ligamentar B2 / Óssea B1

Fratura do corpo vertebral

  • Lesão do muro posterior = 2 placas terminais A4 / 1 placa terminal A3
  • Sem lesão do muro posterior = 2 placas terminais A2 / 1 placa terminal A1

Elementos posteriores = A0

24
Q

Quais os critérios para tratamento conservador nas fraturas da coluna subaxial?

A
SLIC <5
Ausência de sinais neurológicos
Ausência de sinais de instabilidade
- Translação > 3,5mm
- Cifotização >11º
- Lesão do CLP
25
Q

Como é feito o tratamento conservador nas fraturas da coluna subaxial?

A

Órteses:

  • Colar cervical macio (muscular)
  • Colar cervical rígido (fraturas estáveis, fora da transição cervicotorácica)
  • OCT
  • Halo vest
26
Q

Cite vantagens e complicações do Halo vest.

A

Vantagens:

  • Imobilização mais eficaz
  • Base do tratamento de muitas lesões cervicais

Complicações:

  • Idosos: maior morbi-mortalidade
  • Problemas no local do pino / ruptura de pele
  • Disfagia
  • Deteriorização neurológica
27
Q

Quando deve ser realizado o tratamento cirúrgico nas fraturas da coluna cervical baixa?

A

Falha no TTO conservador
Lesões instáveis: SLIC >=5
Lesão neurológica
Contraindicação ao tratamento conservador

28
Q

Quais as contraindicações para tratamento conservador nas fraturas da coluna cervical baixa?

A
  • Lesão facial
  • Politraumatizado
  • Fraturas não contíguas
  • Condições clínicas
29
Q

Qual lado é mais realizado a via de Smith & Robinson (anterior)? Por quê?

A

Esquerdo

Menor chance de lesão do nervo laríngeo-recorrente

30
Q

Quais as indicações para o acesso Via Anterior (Smith & Robinson) nas fraturas da coluna cervical subaxial?

Quais técnicas a serem utilizadas?

A

Indicações:

  • Compressão anterior
  • Fratura em explosão e gota de lágrima

Técnicas:

  • Discectomia e Descompressão medular
  • Corpectomia
  • Artrodese (cage, enxerto ósseo, placa e parafuso)
31
Q

Quais as indicações para o acesso Via Posterior nas fraturas da coluna cervical subaxial?

Quais técnicas a serem utilizadas?

A

Indicações:

  • Lesões ligamentares
  • Luxações facetárias
  • Fratura de elementos posteriores com compressão medular

Técnicas:

  • Descompressão
  • Laminectomia
  • Artrodese: parafuso de lâmina, pedículo e massa lateral (Margerl, Roy-Camille, Anderson);
32
Q

Descreva o ponto de entrada, angulação e riscos da técnica de Margerl para artrodese via posterior.

A

Ponto de entrada
- 1 a 2mm medial e cefálico ao centro da massa lateral

Angulação

  • 25º para fora
  • 30º para cima (paralelo a faceta articular)

Riscos
- Lesão neurológica

33
Q

Descreva o ponto de entrada, angulação e riscos da técnica de Roy-Camille para artrodese via posterior.

A

Ponto de entrada
- No centro da massa lateral

Angulação

  • 10º para fora
  • Trajeto direto

Riscos

  • Lesão arterial (artéria vertebral)
  • Menor trajedo do parafuso (menos “pega”)
34
Q

Descreva o ponto de entrada, angulação e riscos da técnica de Anderson para artrodese via posterior.

A

Ponto de entrada
- 1 a 2mm medial ao centro da massa lateral

Angulação

  • 15 a 20º para fora
  • 20 a 30º para cima

Riscos
- Lesão neurológica

35
Q

O que é a fratura do escavador?

A

Fratura dos processos espinhosos de vértebras cervicais baixa e torácica superiores (C7)

Tratamento conservador

Geralmente por hiperextensão da coluna cervical

36
Q

Na espondilite anquilosante, cite o motivo da maioria dos tratamentos da fratura da coluna cervical serem cirúrgicos?

A

Paciente possui coluna cervical rígida, causando, assim, lesões instáveis/subluxação/luxação.