ET3 Flashcards

1
Q

Quais as principais características de uma praga?

A

São a associação com atividades humanas, alta taxa de crescimento populacional, alta fecundidade, início precoce de atividade reprodutiva, polifagia, reprodução por patogênese ou assexuada, capacidade de sobreviver em situações adversas e alta capacidade de dispersão.

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2
Q

O que é uma praga quarentenária?

A

Quando apresenta importância econômica potencial para a área em perigo, onde ainda não está presente ou, quando presente, não se encontre amplamente distribuída e está sob controle oficial.

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3
Q

O que é uma PQP?

A

Uma praga de importância econômica potencial já presente no país, mas com distribuição restrita e sob controle oficial.

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4
Q

O que é uma PQA?

A

É definida como uma praga cuja presença nunca foi relatada no país e que possui características de potencialmente causar danos econômicos relevantes se introduzida.

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5
Q

O que é uma Praga Não-Quarentenária Regulamentada (PNQR)?

A

É definida como a praga cuja presença em plantas para plantio afeta o uso proposto dessas plantas, com um impacto econômico inaceitável e que esteja regulamentada dentro do território da parte contratante importadora.

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6
Q

O que são Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC)?

A

São definidos como os documentos emitidos na origem para atestar a condição fitossanitária da partida de plantas ou de produtos vegetais de acordo com as normas de sanidade vegetal.
Esse documento deve ser emitido por um responsável técnico habilitado (RT) por curso específico para pragas específicas.

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7
Q

O que é Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV)?

A

Documento emitido pelo OEDSV para acompanhar o trânsito da partida de plantas ou produtos vegetais, de acordo com as normas de defesa sanitária vegetal, e para subsidiar, conforme o caso, a emissão do Certificado Fitossanitário - CF e do Certificado Fitossanitário de Reexportação - CFR, com declaração adicional do MAPA.

Ambos os documentos CF e CFR são para o comércio internacional, principalmente quando houver exigências fitossanitária dos países importadores.

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8
Q

O que é o bicudo da acerola?

A

.

Agente Causal Anthonomus tomentosus (Faust, 1894)

Principais Hospedeiros Acerola e outras plantas do gênero Malpighia spp

Primeira Detecção 2013, em Roraima (RR), Brasil

Distribuição Roraima e Amapá

Sintomas em Plantas = Larvas consomem os frutos internamente, causando deformações e tornando-os impróprios para o consumo; frutos podem apresentar sabor e odor alterados.

Métodos de Controle Coleta = e enterrio dos frutos atacados; armadilhas com feromônio de agregação; inseticidas registrados (estudos adicionais necessários); agentes biológicos.

Legislação Relevante Instrução Normativa nº 19 de 16 de setembro de 2014

Ações de Prevenção = Proibição do trânsito de frutos frescos de acerola para fora da zona interditada.

Trânsito Interestadual Condicionado à emissão da PTV com base em CFO ou CFOC atestando que a partida está livre de Anthonomus tomentosus.

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9
Q

Quais as características do ÁCARO HINDUSTÂNICO DOS CITROS?

A

Agente Causal Schizotetranychus hindustanicus.

Principais hospedeiros Citrus spp. (variedades de citros como limão e laranja); Cocos nucifera L. (coqueiro); Acacia sp. (acácia); Azadirachta indica (neem); Melia azedarach (cinamomo); Sorghum bicolor (sorgo).

Primeira Detecção Boa Vista, Roraima, 2008.

Distribuição Roraima.

Sintomas em Plantas Manchas esbranquiçadas de 1 a 2 mm na face adaxial de frutos e folhas, cobertas por fina teia com ovos, ácaros adultos e ninfas.

Métodos de Controle Acaricidas (nenhum registrado para a praga), potencial controle biológico por inimigos naturais (em estudo), pós-colheita: imersão em hipoclorito de sódio a 200 ppm por 10 minutos, lavagem, escovação, secagem e aplicação de cera.

Legislação Relevante Instrução Normativa nº 8, de 17 de abril de 2012.

Ações de Prevenção Proibição de trânsito de vegetais hospedeiros em UFs com presença confirmada da praga; exceções para material in vitro, madeira serrada e frutos de Cocos nucifera secos e descascados.

Trânsito Interestadual Frutos de Citrus spp. de UFs com a praga podem transitar após beneficiamento e inspeção conforme IN nº 8.

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10
Q

Quais as características da BROCA DA MANGUEIRA?

A

Agente Causal Sternochetus mangife.

Principais hospedeiros Mangueira (Mangifera indica).

Primeira Detecção Rio de Janeiro, 2014.

Distribuição Rio de Janeiro.

Sintomas em Plantas = Redução da germinação de sementes, frutos com menor comprimento e circunferência, queda prematura dos frutos e sinais visuais de oviposição.

Métodos de Controle = Não há registro de produtos químicos ou biológicos para controle no Brasil; o enterramento de frutos atacados é a medida recomendada.

Legislação Relevante = Instrução Normativa nº 34, de 5 de setembro de 2017.

Ações de Prevenção = Estabelecimento de zona interditada.

Trânsito Interestadual = Proibido o trânsito de frutos oriundos de áreas interditadas. Frutos de manga do RJ, fora da zona interditada, devem comprovar o status fitossanitário.

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11
Q

O que é precipitação?

A

É o fator de maior influência no ciclo hidrológico.

Por força do calor fornecido pelo Sol, a água da superfície é evaporada e condensada sob a forma de gotículas que permanecem em suspensão na atmosfera, formando as nuvens, que originam diversas formas de precipitação, como chuva, neve e granizo.

Normalmente, a precipitação é coletada em estações meteorológicas, em instrumentos denominados pluviômetros, sendo representada sob a forma de hietogramas/histogramas ou gráficos de barras que relacionam a quantidade precipitada com o tempo.

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12
Q

Quais os tipos de precipitação?

A

FRONTAL: Associadas ao movimento de massas de ar de uma região de alta pressão (fria) para uma região de baixa pressão (quente).
São precipitações mais duradouras e menos intensas.
O ar frio de alta pressão vai ao encontro horizontalmente (gradiente horizontal) do ar quente de baixa pressão. O ar quente úmido sobe e precipita.

PRECIPITAÇÃO CONVECTIVA: Provocada pela pela ascensão de ar devido às diferenças de temperatura na camada vizinha da atmosfera.
O ar quente vai subir e precipitar.
São precipitações mais intensas: chuvas de verão!
Alta densidade e duração menor.

PRECIPITAÇÃO OROGRÁFICA: Ocorre quando a massa de ar é forçada a transpor barreiras naturais, como as montanhas.

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13
Q

O que é intercepção?

A

Nem toda a água precipitada atinge diretamente o solo, visto que uma parte é retida pela vegetação ou por qualquer outro tipo de superfície, ao que se dá o nome de interceptação. A depender da situação, a água interceptada pode passar pela vegetação e cair no solo ou ser evaporada antes de atingi-lo.

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14
Q

O que é evapotranspiração?

A

É a soma dos processos de evaporação e transpiração, os quais representam a conversão da água líquida em vapor.

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15
Q

O que infiltração e percolação?

A

Uma parcela da água que precipita e não é evapotranspirada pode passar pelo processo de infiltração, que é a penetração no solo pela combinação da força da gravidade e da capilaridade do solo. Há três fases básicas da infiltração: intercâmbio (água superficial), descida e circulação.

Quando a água infiltrada atinge as camadas mais profundas do solo por meio do que se conhece por percolação, atingindo as águas subterrâneas dos aquíferos. A água dos rios e demais corpos de água superficiais também percola pelos respectivos leitos, atingindo as camadas profundas dos aquíferos.

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16
Q

Os corpos de água superficiais podem ser classificados quanto à sua capacidade de se manter ao longo do tempo, diante da alimentação de água promovida pelo lençol freático, havendo três classificações principais existentes. Quais são? (COSTUMA CAIR EM PROVA)!

A

a) Corpos de água efêmeros: existem apenas durante ou imediatamente após os períodos de precipitação e só transportam escoamento superficial, uma vez que não há transferência da água pelo lençol freático.

b) Corpos de água intermitentes: escoam durante as estações de chuvas e ficam secos nas estações de estiagem, na medida em que o lençol freático o alimenta, mas não de modo permanente.

c) Corpos de água perenes: contêm água durante todo o tempo, pois são alimentados continuamente pelo lençol freático.

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17
Q

O que são afloramentos?

A

Pontos de emersão de água na superfície.

Olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente (área de proteção permanente).

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18
Q

O que são rios influentes e enfluentes?

A

Influentes: rios que perdem água para o subsolo (infiltração), além da perda por evaporação. Eles diminuem sua vazão em direção à jusante e podem secar antes de atingir o mar (perdem água para o lençol subterrâneo).

Efluentes: rios que recebem contribuição de água do subsolo e aumentam sua vazão em direção à jusante. São característicos de regiões úmidas (ganham água do lençol subterrâneo).

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19
Q

O que são usos consultivos e não consultivos da água?

A

Os usos consuntivos são aqueles que retiram água do manancial para sua destinação, como a irrigação, a utilização na indústria e o abastecimento humano.

Já os usos não consuntivos não envolvem o consumo direto da água - o lazer, a pesca e a navegação, são alguns exemplos, pois aproveitam o curso da água sem consumi-la.

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20
Q

Qual é a unidade territorial do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) instituída pela Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), Lei nº 9.433/97?

A

Bacia hidrográfica.

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21
Q

O que é bacia hidrográfica?

A

Área delimitada por divisores topográficos e drenada por um curso de água e seus afluentes, que conduzem as águas superficiais para uma seção fluvial de saída, denominada exutório.

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22
Q

Em uma BH o que são os divisores topográficos ou interflúvios?

A

São constituídos pela ligação entre os pontos mais elevados do terreno, separando o recolhimento da precipitação por duas bacias adjacentes.

OU

São linhas divisórias localizadas nas áreas mais elevadas do relevo, no encontro de planos que marcam a mudança de sentido no escoamento das águas da rede hidrográfica. Essas linhas formam um polígono que delimita a bacia hidrográfica, separando-a de outras bacias hidrográficas vizinhas.

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23
Q

Quais as principais etapas no ciclo hidrológico?

A

Precipitação;
Interceptação;
Evapotranspiração (evaporação + transpiração);
Infiltração;
Percolação;
Escoamento superficial e subterrâneo.

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24
Q

Em uma BH a entrada e a saída de água ocorrem como?

A

Entrada: pela precipitação;

Saída: pelo exutório.

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25
Q

O que é exutório de uma BH?

A

O exutório do curso principal coincide com o ponto mais inferior para onde converge toda a descarga hídrica da BH.

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26
Q

Quais os principais usos da água?

A

Irrigação (49%);
Humano Urbano (25%);
Indústria (10%);
Uso Animal (8%)
Termelétricas (4,5%)
Mineração (1,7%)
Humano Rural (1,6%)

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27
Q

O que é manejo de BH?

A

Manejo de bacias hidrográficas é definido como o processo de organizar e orientar o uso da terra e de outros recursos naturais numa bacia hidrográfica, a fim de produzir bens e serviços, sem destruir ou afetar adversamente o solo e a água.

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28
Q

O que são horizontes do solo?

A

Sucessão de camadas mais ou menos paralelas à superfície, diferenciadas entre si pela espessura, cor, distribuição e arranjo das partículas sólidas e poros, pela distribuição de raízes e por outras características identificadas mediante exames mais apurados.

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29
Q

Por que o horizonte superficial mineral, que pode estar sob horizontes ou camada O ou H, pode apresentar coloração escura?

A

Pelo ENRIQUECIMENTO com material orgânico humificado.

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30
Q

Quais solos são considerados impermeáveis e não permeáveis?

A

Solos permeáveis

Alta
Pedregulhos
> 10-3

Alta
Areias
10-3 a 10-5

Baixa
Siltes e Argilas
10-5 a 10-7

Solos impermeáveis

Muito baixa
Argila
10-7 a 10-9

Baixíssima
Argila
< 10-9

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31
Q

A área de drenagem é um dos atributos físicos mais relevantes na caracterização de uma bacia hidrográfica. O que é área de drenagem?

A

Área de drenagem é a área plana (projeção horizontal) inclusa entre seus divisores topográficos. A área é o elemento básico para o cálculo das outras características físicas. A área de uma bacia hidrográfica é geralmente expressa em km2. Na prática, determina-se a área de drenagem com o uso de um aparelho denominado planímetro.

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32
Q

Quais elementos compõem o clima?

A

▪︎ Temperatura;
▪︎ Umidade do ar;
▪︎ Pressão atmosférica;
▪︎ Radiação solar.

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33
Q

O que são PRECIPITAÇÕES CONVECTIVAS?

A

O aquecimento desigual da superfície terrestre provoca o aparecimento de camadas de ar com densidades diferentes,o que gera uma estratificação térmica da atmosfera em equilíbrio instável. Se esse equilíbrio é quebrado por qualquer motivo (vento, superaquecimento, etc.), ocorre uma ascensão brusca e violenta do ar menos denso, capaz de atingir grandes altitudes.

As precipitações convectivas, típicas de regiões tropicais, caracterizam-se por ser de grande intensidade e curta duração, concentrando-se em pequenas áreas.

São, por isso, importantes em projetos desenvolvidos em pequenas bacias,e na análise de problemas de drenagem de maneira geral (cálculo de bueiros, galerias de águas pluviais, etc.), envolvendo problemas de controle da erosão.

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34
Q

O que são PRECIPITAÇÕES OROGRÁFICAS?

A

As precipitações orográficas resultam da ascensão mecânica de correntes de ar úmido horizontais sobre barreiras naturais, tais como montanhas. Quando os ventos quentes e úmidos, que geralmente sopram do oceano para o continente, encontram uma barreira montanhosa, elevam-se e se resfriam adiabaticamente havendo condensação do vapor, formação de nuvens e ocorrência de chuvas.

Essas chuvas são de pequena intensidade,grande duração e cobrem pequenas áreas. Se os ventos conseguem ultrapassar a barreira montanhosa, do lado oposto projeta-se uma sombra pluviométrica, dando lugar às áreas secas, ou semi-áridas, causadas pelo ar seco, já que a umidade foi descarregada na encosta oposta.

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35
Q

O que são PRECIPITAÇÕES CICLÔNICAS OU FRONTAIS?

A

As precipitações ciclônicas ou frontais são aquelas que ocorrem ao longo da superfície de descontinuidade que separa duas massas de ar de temperatura e umidade diferentes. Essas massas de ar têm movimento da região de alta pressão para aregião de baixa pressão, causado pelo aquecimento desigual da superfície terrestre.

A precipitação frontal resulta da ascensão do ar quente sobre o ar frio na zona de contato das duas massas de ar de características diferentes. É decorrente de uma frente quente, quando o ar frio é substituído por ar mais quente, ou de uma frente fria, quando o ar quente é substituído por ar frio.

As precipitações ciclônicas são de longa duração e apresentam intensidades de baixa a moderada , espalhando-se por grandes áreas . São responsáveis pela produção de grandes volumes de água e interessam mais nos projetos de hidrelétricas, de controle de cheias e de navegação.

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36
Q

O que é tempo de concentração de uma BH?

A

O tempo de concentração de uma bacia hidrográfica (Tc) é definido como o tempo necessário, a partir do início da precipitação, para que toda a bacia contribua para o escoamento na seção considerada.

São fatores que influenciam no tempo de concentração: a área da bacia; a declividade média do rio principal; a declividade média da bacia; a cobertura vegetal; o comprimento e declividade dos afluentes; a rugosidade do canal, a forma da bacia, etc.

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37
Q

O que é Coeficiente de escoamento superficial (c), ou coeficiente runoff, ou coeficiente de deflúvio? (Questão CESGRANRIO).

A

É definido como a razão entre o volume de água escoado superficialmente e o volume de água precipitado.

Observe que área com edificações muito densas tem um runoff alto, próximo de um, ou seja, quase nenhuma água infiltra, já florestas possuem runoff baixo, possuindo grande infiltração.

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38
Q

O que é Tempo de concentração?

A

É o tempo que uma gota de chuva que atinge a região mais remota da bacia leva para atingir o exutório.

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39
Q

O que são Solos Residuais?

A

▪︎Solos residuais são os solos que permanecem no local de decomposição da rocha que lhes deu origem.

A rocha que mantém as características originais, ou seja, a rocha sã é a que ocorre em profundidade, enquanto que quanto mais próximo da superfície do terreno, maior é o efeito do intemperismo sobre essa. Assim, próximo à superfície encontra-se a rocha alterada- em geral muito fraturada e permitindo grande fluxo de água através de suas descontinuidades.

• Solos residuais (ou autóctones) - São os que permanecem no local da rocha de origem, observando-se uma gradual transição do solo até a rocha.

Dentre os solos residuais merecem destaque os solos lateríticos, os expansivos (como o “massapê” da Bahia) e os porosos (ex.: solos de Brasília). Estes últimos são assim denominados pelo fato de sua porosidade ser extremamente elevada; na literatura estrangeira designam-se por “solos colapsíveis”, pois em determinadas condições de umidade sua estrutura quebra-se, dando origem a elevados recalques das obras que assentam sobre eles.

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40
Q

O que são Solos Sedimentares?

A

Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados de seu local de origem por algum agente de transporte e lá depositados. As características dos solos sedimentares dependem do agente de transporte.

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41
Q

O que são Solos Orgânicos?

A

São solos de origem essencialmente orgânica, seja de natureza vegetal (plantas e raízes), seja de animal (conchas). Possuem uma quantidade mínima de 10% de húmus (material resultante da decomposição dos restos de animais e vegetais).
Possuem cor escura e cheiro forte -como as Turfas.

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42
Q

O que são solos lateríticos?

A

São formados por elevada concentração de ferro e alumínio (baixa fertilidade) na forma de óxidos e hidróxidos, apresentando coloração avermelhada. Encontram-se, em geral, recobrindo agregações de partículas argilosas.

Os solos lateríticos são comumente encontrados não-saturados, com alto índice de vazios e, por conseguinte, pequena capacidade de suporte.

Contudo, ao serem compactados apresentam alta capacidade de suporte, sendo utilizados em aterros e em pavimentação, não apresentando expansão na presença de água (baixa plasticidade, pouca expansibilidade).

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43
Q

Chama- se estrutura ao arranjo ou disposição das partículas constituintes do solo.[…] tradicionalmente consideram-se os seguintes tipos principais. Quais são?

A

a) Estrutura granular simples - é característica das areias e pedregulhos, predominando as forças da gravidade na disposição das partículas, que se apoiam diretamente umas sobre as outras.

b) Estrutura alveolar ou em favo de abelha- é o tipo de estrutura comum nos siltes finos e em algumas areias. Mostremos como se origina: quando na formação de um sedimentar, um grão cai sobre o sedimento já formado, devido à predominância da atração molecular sobre o seu peso, ele ficará na posição em que se der o primeiro contato, dispondo-se em formas de arcos.

c) Estrutura floculenta- nesse tipo de estrutura, que só é possível em solos cujos componentes sejam todos muito pequenos, as partículas, ao se sedimentarem, dispõem-se arcos, os quais, por sua vez, formam outros arcos, […]. Trata-se, pois, de uma estrutura de ordem dupla. Na formação de tais estruturas desempenham uma função importante as ações elétricas que se desenvolvem entre partículas, as quais, por sua vez, são influenciadas pela natureza dos íons presentes no meio onde se processa a sedimentação. Em geral a estrutura molecular desses solos é aberta, isto é, uma das moléculas tem como que uma carga elétrica ainda disponível, possibilitando a formação dessas estruturas.

d) Estrutura em esqueleto- nos solos onde, além de grãos finos, há grãos mais grossos, estes dispõem-se de maneira tal a formar um esqueleto, cujos interstícios são parcialmente ocupados por uma estrutura de grãos mais finos. É o caso das complexas estruturas das argilas marinhas.

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44
Q

A rotação de culturas se enquadra em qual controle de pragas?

A

A rotação de culturas é uma estratégia utilizada no controle de pragas que se enquadra como controle cultural. Essa prática envolve a alternância de diferentes culturas em uma determinada área agrícola ao longo do tempo. Ela tem como objetivo interromper o ciclo de vida das pragas, reduzindo sua incidência e impacto nas culturas.

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45
Q

O controle cultural de pragas está relacionado a qual prática agrícola?

A

O controle cultural está relacionado a práticas agrícolas que previnem ou reduzem a incidência de pragas através de técnicas de manejo de culturas, espaçamento adequado, rotação de culturas, etc.

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46
Q

Para o controle da lagarta do cartucho e do pulgão, que atacam as plantações de milho, pode-se fazer uso de qual agente biológico?

A

Espécies de tesourinha Euborelia annulipes e Doru luteipes apresentam grande potencial como reguladores populacionais de certas pragas em lavouras de milho, como Spodoptera frugiperda (lagarta-do-cartucho) e pulgões. Cabe ressaltar que a tesourinha não é um parasito, mas sim um predador.

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47
Q

Qual praga se tornou importante na cultura de milho e também na cultura de algodão no Brasil?

A

A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).
Isso pode acontecer devido a diversos fatores, como mudanças no ambiente, ausência ou falha no controle biológico natural, uso excessivo de agrotóxicos, entre outros.

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48
Q

De acordo com o MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS, como as pragas podem ser classificadas quanto ao dano econômico?

A

a) Não econômicas: quando a densidade populacional da praga dificilmente atinge ou ultrapassa o nível de dano econômico

b) Ocasionais: quando a densidade populacional da praga atinge ou ultrapassa o nível de ação ou nível de dano econômico, retornando ao equilíbrio após a aplicação de uma tática de controle. Ocorre em condições especiais, como condições climáticas atípicas ou o uso indevido de inseticidas.

c) Perenes: quando a densidade populacional da praga atinge o nível de ação ou o nível de dano econômico com freqüência, exigindo adoção constante de medidas de controle

d) Severas: quando o nível de equilíbrio está situado acima do nível de ação e do nível de dano econômico, exigindo medidas preventivas de controle para garantir a produtividade da cultura

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49
Q

A obtenção de um organismo em cultura pura não significa que ele seja o agente causal da doença. Para provar que dado organismo é o agente causal de uma doença, é essencial seguir rigorosamente, em ordem, as seguintes regras do postulado de Koch. Quais são?

A

Os postulados de Koch devem ser seguidos em ordem e, portanto, a associação constante do organismo com a doença deve ser estabelecida antes de isolar o organismo em cultura pura. Em seguida, a cultura pura isolada é inoculada em plantas sadias para reproduzir os sintomas da doença. Após isso, o organismo deve ser reisolado do organismo inoculado para confirmar que ele é o agente causal da doença.

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50
Q

O que são elementos meterológicos ou climatológicos?

A

São grandezas (variáveis) que caracterizam o estado da atmosfera em um dado local e instante, tais como radiação solar, temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica, velocidade do vento, a direção do vento, entre outros.

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51
Q

O que são fatores meteorológicos ou climatológicos?

A

São agentes que influenciam esses elementos mencionados (radiação solar, temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica, velocidade do vento, a direção do vento, entre outros) tais como a latitude, a altitude, a maritimidade, a continentalidade, as correntes marítimas, as massas de ar, entre outras possibilidades.

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52
Q

O que é zonalidade climática?

A

É a distribuição dos climas por faixas de latitude.

A latitude é um importante fator climático, pois indica as diferenças na distribuição da radiação solar a partir de faixas climáticas, influenciando também diretamente a temperatura do ar.

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53
Q

O que é o conceito de Albedo?

A

Consiste na razão entre a radiação refletida por uma superfície e a radiação que nela incide.

O albedo, também chamado coeficiente de reflexão, é menor em superfícies mais escuras, como o asfalto (albedo pode ser menor que 10%) e maior em superfícies mais claras, como as nuvens (albedo geralmente maior que 50%).

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54
Q

Quais instrumentos podem ser utilizados para medir a radiação solar?

A

Piranômetro e actinógrafo.

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55
Q

O que insolação e como ela pode ser medida?

A

A insolação, que é a duração da incidência de luz solar em um dia ou a duração do brilho solar, pode ser medida com um heliógrafo, que recebe a radiação solar em uma esfera de cristal sobre uma fita de medição.

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56
Q

O que é amplitudo térmica?

A

Se a temperatura mínima for subtraída da máxima, chega-se ao que se conhece por amplitude térmica, ou seja, o grau de variação da temperatura no período considerado.

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57
Q

Como é a pressão atmosférica e a temperatura de áreas com altitude baixa e altitude alta?

A

Alta altitude: baixa pressão atmosférica e temperaturas baixas.

Baixa altitude: alta pressão atmosférica e temperaturas altas.

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58
Q

Como é a pressão e a temperatura de áreas com latitude baixa e latitude alta?

A

Latitude alta: alta pressão atmosférica e temperaturas baixas.

Latitude baixa: baixa pressão atmosférica e temperaturas altas.

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59
Q

O que é altitude e latitude?

A

A altitude pode ser definida como a distância vertical entre qualquer ponto da superfície terrestre e o nível do mar. Ela é expressa em metros.

A latitude diz respeito à posição de uma área na superfície terrestre em relação ao paralelo de 0°, que é a linha do Equador.

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60
Q

O que são ventos alísios e contra-alísios?

A

Alísios: caracterizam-se por serem quentes, regulares e constantes, soprando com velocidade fraca ou moderada dentro da região intertropical. Deslocam-se dos centros de alta pressão (regiões mais frias) para áreas de baixa pressão equatorial (regiões mais aquecidas da Terra).

Em virtude da força de Coriolis, desviam-se para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no hemisfério sul. São mais intensos no inverno, soprando com mais regularidade sobre os oceanos do que nos continentes.

Contra-alísios: realizam o movimento contrário aos ventos alísios, direcionando-se da linha do equador aos trópicos, sendo, geralmente, muito secos.

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61
Q

O que são monções?

A

Referem-se à circulação de ventos que ocorrem em algumas regiões do planeta e mudam de direção a cada seis meses, aproximadamente. O efeito de monção é causado pelo aparecimento sazonal de grandes diferenças térmicas entre os mares e as regiões continentais adjacentes.

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62
Q

O que é monção marítima?

A

No verão, com continente se aquecendo mais rapidamente do que o oceano, o ar no continente fica mais quente e eleva-se para as zonas mais altas da atmosfera, levando o ar úmido existente sobre o oceano a se deslocar rapidamente para essa região, que passa a sofrer com as chuvas nesse período.

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63
Q

O que é monção continental?

A

Durante o inverno, o ar úmido que estava concentrado sobre o continente passa a se deslocar em direção ao oceano, que nesse momento apresenta uma pressão atmosférica menor. Com isso, a umidade do continente diminui consideravelmente, proporcionando a ocorrência de um extenso e severo período de secas.

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64
Q

O que a Geodésia Física estuda?

A

Estuda o campo gravitacional terrestre, utilizando instrumentos como gravímetros e gradiómetros.

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65
Q

O que é a Cartografia?

A

Ciência que trata da criação, produção e utilização de mapas, cartas e outras formas de representação gráfica da superfície terrestre.

Envolve a coleta, análise e interpretação de dados espaciais, bem como a seleção de símbolos e técnicas de desenho para comunicar informações geográficas de forma clara e precisa.

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66
Q

O que é a Geodésia?

A

Ciência que determina a forma e o tamanho da Terra, o campo gravitacional terrestre e o posicionamento de pontos sobre a superfície terrestre.

Utiliza técnicas matemáticas, físicas e astronômicas para estabelecer referenciais geodésicos que servem de base para a cartografia, navegação e outras áreas.

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67
Q

O que a meteorologia estuda?

A

Estuda e explica os diversos fenômenos climáticos que afetam nosso planeta, como furacões, secas e ondas de calor.

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68
Q

O que é o Sistema de Informação Geográfica (SIG)?

A

Ferramenta computacional que permite a criação, manipulação e análise de dados georreferenciados.

Os SIGs são compostos por hardware, software, dados e pessoas, e são utilizados para uma ampla gama de aplicações, como:

  • Mapeamento e análise de recursos naturais: monitoramento de florestas, análise de risco de desastres naturais, planejamento de uso da terra, etc.
  • Planejamento urbano e regional: zoneamento urbano, planejamento de transporte, análise de impacto ambiental, etc.
  • Gestão de infraestrutura: rede de energia, redes de água e esgoto, telecomunicações, etc.
  • Análise de mercado e logística: seleção de sites de varejo, planejamento de rotas de entrega, análise de mercado espacial, etc.
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69
Q

O que é umidade absoluta e umidade relativa?

A

Umidade absoluta é representada pela quantidade (normalmente em gramas) de vapor de água por unidade de volume (normalmente em ) de ar. Contudo, a quantidade máxima de água que o ar pode conter varia com a temperatura: o ponto de orvalho, também chamado ponto de saturação, que representa a temperatura na qual o vapor de água presente no ar ambiente passa ao estado líquido na forma de pequenas gotas por via da condensação (orvalho), tende a aumentar conforme se eleva a temperatura, tornando um problema a interpretação do quanto determinada umidade absoluta significa.

Então, criou-se a relação entre a umidade absoluta do ar e os valores dos pontos de orvalho: a umidade relativa do ar, que é expressa em porcentagem e representa a relação entre a quantidade de vapor de água existente no ar e a quantidade que poderia existir sem ocorrer saturação em condições iguais de temperatura e pressão.

Em geral, considera-se que, numa massa de ar, o máximo de vapor de água que pode ser retido é 4% de seu volume, o que corresponde a 100% de umidade relativa.

Quando essa quantidade é superada, o excedente condensa-se, isto é, volta ao estado líquido sob a forma de gotículas, podendo ficar em suspensão na atmosfera ou precipitar.

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70
Q

O aspecto físico e a altura das nuvens são os principais indicadores utilizados para a classificação delas, que comporta as seguintes possibilidades: stratus, cumulus e cumulonimbus (nuvens baixas) e nimbostratus, altostratus e altocumulus (nuvens médias) e cirrus, cirrostratus e cirrocumulus (nuvens altas). Quais as características de cada uma delas?

A

Nuvens baixas: geralmente, ocorrem abaixo de 2 km de altura. Podem ser dos seguintes tipos:

→ stratus: nuvem cinzenta que pode ocasionar chuvisco com forte restrição de visibilidade;
→ cumulus: são isoladas e densas, com contornos bem definidos, denotando turbulência e podendo gerar precipitação em forma de pancadas;
→ cumulonimbus: nuvens com grande desenvolvimento vertical que geram trovoadas, pancadas de chuvas e granizo, fortes rajadas de vento e alta turbulência.

Nuvens médias: suas alturas geralmente variam entre 2 e 6 km, a depender da latitude. Podem ser dos seguintes tipos:

→ nimbostratus: possuem base de grande extensão, são cinzentas e espessas, podendo dar origem a chuva ou neve leve ou moderada de caráter contínuo;
→ altostratus: véu cinzento ou azulado que normalmente cobre todo o céu, podendo gerar chuva de intensidade leve e caráter contínuo;
→ altocumulus: formadas em faixas ou camadas, associadas ao ar turbulento de camadas médias, normalmente não gerando precipitação.

Nuvens altas: formam-se a partir de 6 a 18 km, a depender da latitude. São formadas principalmente por cristais de gelo e podem ser dos seguintes tipos:

→ cirrus: nuvens isoladas que prenunciam o avanço de sistemas frontais;
→ cirrostratus: véu de nuvens com aspecto leitoso que formam um halo em torno do Sol ou da Lua;
→ cirrocumulus: formadas quase que exclusivamente por cristais de gelo e indicam ar turbulento em seus níveis de formação.

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71
Q

O que são os rios voadores?

A

No verão, parte da nebulosidade formada na região equatorial da Amazônia, sobretudo por meio da massa equatorial continental, desloca-se para as regiões centro-oeste, sudeste e sul, caracterizando o fenômeno da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).

Esse fenômeno do transporte de vapor de água da região amazônica às regiões mais ao sul é tão intenso que, não raro, é chamado de rios voadores. Isso porque a quantidade de água transportada pelo ar é digna de comparação com cursos de água superficiais.

Trata-se de uma importante contribuição de umidade que chega às zonas centro-oeste, sudeste e sul do país, influenciando a irrigação, o regime de chuvas e o clima dessa regiões.

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72
Q

As demandas de culturas podem considerar tanto tipos gerais de utilização quanto culturas específicas. Nesse sistema, a avaliação da demanda das culturas se baseia em alguns parâmetros previamente fixados. Quais são?

A
  • Nutrientes;
  • Água;
  • Oxigênio;
  • Mecanização;
  • Erosão.
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73
Q

Os patógenos que causam doenças em plantas podem provocar dano potencial e real.
O que é dano real? Qual sua classificação?

A

É o dano que já ocorreu ou que ainda está ocorrendo.

Dano Real Direto: afeta a quantidade ou qualidade do produto ou ainda a capacidade futura de produção. Divide-se em dois grupos: dano real direto primário e dano real direto secundário.

Dano real direto primário – É o dano causado na pré-colheita e pós-colheita de produtos vegetais devidos às doenças de plantas. Eles ocorrem desde a estocagem das sementes, passando pela germinação, crescimento da planta, colheita, manuseio e estocagem do produto colhido.

Dano real direto secundário – É o dano cuja causa é o patógeno veiculado pelo solo ou disseminado por órgãos de propagação vegetativa (sementes, tubérculos, ext.) de seu hospedeiro. Incluem-se aqui também os patógenos que debilitam, usualmente, pela desfolha prematura de seus hospedeiros.

Dano Real Indireto: compreende os efeitos econômicos e sociais das doenças de plantas que estão além do impacto agronômico imediato, podendo ocasionar danos no âmbito do produtor, da comunidade rural, do consumidor, do Estado e do ambiente.

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74
Q

Os patógenos que causam doenças em plantas podem provocar dano potencial e real.
O que é dano potencial?

A

Dano que pode ocorrer na ausência de medidas de controle.

75
Q

Quais são os sintomas mais comuns associados a plantas?

A

Anasarcaextravasamento de conteúdo celular, que resulta em áreas de aspecto encharcado;

Cancro – lesões necróticas, formando depressões nos tecidos corticais dos caules, tubérculos e raízes;

Cloroseausência parcial ou total da coloração verde normal. Os órgãos afetados podem se tornar verde-amarelado, amarelados ou mesmo esbranquiçados;

Galha – desenvolvimento anormal de tecidos resultantes da hipertrofia (supercrescimento de células) e, ou, hiperplasia (multiplicação excessiva de células);

Gomose – exsudação de goma a partir de lesões, principalmente em caules ou frutos;

Mancha – as manchas são mais comuns em folhas, mas também podem ocorrer em flores, frutos ou ramos. O sintoma resulta da morte dos tecidos que se tornam secos e pardos. Dependendo da doença, as manchas foliares têm formas variadas, podendo ser irregulares, angulares, circulares, etc;

Mosaico – áreas cloróticas intercaladas com áreas de verde mais escuro, observadas principalmente em folhas;

Murcha – perda de turgescência de folhas, pecíolos e hastes suculentas, decorrente da obstrução do sistema vascular ou destruição do sistema radicular;

Necrose – escurecimento de tecido resultante da morte/ desintegração de células;

Podridãomorte e desintegração de tecidos, decorrente da atividade enzimática de fitopatógenos; as podridões podem ser adjetivadas como: úmidas, secas, firmes, brancas, marrons, etc.;

Pústula – pequena mancha necrótica (geralmente menor do que 1,0 cm), com elevação da epiderme, que se rompe por força da produção e exposição de esporos fúngicos;

Requeima ou crestamento – necrose repentina de órgãos aéreos (folhas, flores e brotações);

Tombamento (ou damping-off)tombamento ou morte de mudas, resultante da podridão dos tecidos tenros da base de seu caulículo. Se a podridão ocorrer antes da emergência da planta, havendo redução no estande de semeadura, diz-se que houve “ tombamento em pré-emergência”;

Verrugose – crescimento excessivo de tecidos epidérmicos e corticais, geralmente modificados pela ruptura e suberificação das paredes celulares, originando lesões salientes e ásperas, em frutos, tubérculos e folhas.

76
Q

O Cancro Europeu das Pomáceas causada pelo fungo Neonectria ditissima é uma importante doença da macieira. Esta praga afeta principalmente quais partes das plantas?

A

Principalmente as partes lenhosas, como os ramos do ano, os galhos e o tronco principal da planta.

Ocasionalmente os frutos podem ser afetados e nos casos mais graves, causar a morte da planta. As mudas possuem maior sensibilidade à praga.

77
Q

O que são Nitossolos?

A

Nitossolos são solos minerais homogêneos, isto é, tem pequena ou nenhuma diferenciação de cor com a profundidade.

São solos argilosos, com estrutura que favorece a retenção de água, mas que mantêm boa drenagem, propriedades físicas extremamente desejáveis em condições de sazonalidade climática e estação seca prolongada.

A estrutura do horizonte subsuperficial dos Nitossolos é reconhecida no campo pos blocos ou prismas bem definidos. A fertilidade dos Nitossolos é variável com seu material de origem.

78
Q

O que são latossolos?

A

Os Latossolos são a principal classe de solos do Brasil, representando cerca de 39% da área total do país.

São solos com alta permeabilidade à água, podendo ser trabalhados em grande amplitude de umidade. Os latossolos apresentam tendência a formar crostas superficiais, possivelmente, devido à floculação das argilas que passam a comportar-se funcionalmente como silte e areia fina.

Compreendem solos constituídos por material mineral, com horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte diagnóstico superficial, exceto hístico.

São solos em avançado estádio de intemperização, muito evoluídos como resultado de enérgicas transformações no material constitutivo.

79
Q

O que são cambissolos?

A

A ordem dos Cambissolos abrange solos minerais com características bastante variáveis, mas que sempre apresentam textura média ou mais fina e ausência de grande desenvolvimento pedogenético.

São solos com pequena profundidade, elevado teor de minerais primários (minerais herdados da rocha), presença significativa de fragmentos de rocha na massa do solo e outros indícios do intemperismo incipiente do solo.

80
Q

Quais são os fatores físicos e químicos que caracterizam os tipos de solos?

A

Fatores físicos:

Clima: temperatura, precipitação, evapotranspiração, etc.

Relevo: declividade, altitude, forma, etc.

Geologia: tipo de rocha, material de origem do solo, etc.

Hidrografia: presença de cursos d’água, nascentes, etc.

Fatores QUÍMICOS:

pH: acidez ou alcalinidade do solo.

Nutrientes: disponibilidade de macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) e micronutrientes.

Matéria orgânica: quantidade e qualidade da matéria orgânica presente no solo.

81
Q

Quais são os macronutrientes e micronutrientes presentes no solo que são importantes para as plantas?

A

Os macronutrientes mais importantes para o desenvolvimento das plantas são o nitrogênio, o potássio e o fósforo.
Além desses, são também essenciais para as plantas o cálcio, o magnésio e o enxofre.

Mnemônico: O Potássio acendeu o fósforo e o ssio mandou ele namorar.

Quanto aos micronutrientes, os principais para elas são: boro, cloro, molibdênio, cobre, ferro, zinco e manganês.

Mnemônico: O Molibdênio mandou borifar cloro zobre o ferro.

82
Q

O uso dos solos no meio rural pode ter impactos positivos e negativos no meio ambiente. Entre os impactos POSITIVOS e NEGATIVOS, podemos destacar quais?

A

POSITIVOS, podemos destacar:

  1. Produção de alimentos e outros produtos: a agricultura e a pecuária são essenciais para a segurança alimentar da população.
  2. Geração de emprego e renda: as atividades rurais geram emprego e renda para a população local.
  3. Fixação do homem no campo: o desenvolvimento de atividades rurais contribui para a fixação do homem no campo.

Entre os impactos NEGATIVOS, podemos destacar:

  1. Degradação do solo: erosão, compactação, salinização, etc.
  2. Desmatamento: perda de cobertura vegetal natural.
  3. Poluição: contaminação do solo, da água e do ar.
82
Q

O uso dos solos no meio rural pode ser dividido em quais atividades?

A

Agricultura: produção de alimentos, fibras e outros produtos agrícolas.

Pecuária: criação de animais para produção de carne, leite, lã, etc.

Floresta: exploração madeireira, produção de celulose, etc.

Mineração: extração de minerais metálicos e não metálicos.

83
Q

A estrutura do solo é caracterizada conforme três aspectos. Quais são?

A

Tipo: laminar, prismática, colunar, blocos angulares, blocos subangulares, granular.

Tamanho: muito pequena, pequena, média, grande, muito grande.

Grau de desenvolvimento: solta, fraca, moderada, forte

84
Q

Como é classificada a consistência seca e úmida do solo?

A

Consistência seca: avalia o grau de resistência à quebra ou esboroamento do torrão.

É classificada em solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito dura, extremamente dura.

Consistência úmida: é dada pela friabilidade do torrão ligeiramente úmido.

É classificada em solta, muito friável, friável, firme, muito firme, extremamente firme.

85
Q

O que é dano real e dano potencial em plantas?

A

Dano Potencial
Dano que pode ocorrer na ausência de medidas de controle.

Dano Real
É o dano que já ocorreu ou que ainda está ocorrendo.

86
Q

O Dano Real divide-se em dois grupos: dano real direto e dano real indireto. O dano real direto se divide em primário e secundário. O que significa essas classificações?

A

Dano Real Direto:

Afeta a quantidade ou qualidade do produto ou ainda a capacidade futura de produção.

Divide-se em dois grupos: dano real direto primário e dano real direto secundário.

Dano real direto primário – É o dano causado na pré-colheita e pós-colheita de produtos vegetais devidos às doenças de plantas. Eles ocorrem desde a estocagem das sementes, passando pela germinação, crescimento da planta, colheita, manuseio e estocagem do produto colhido.

Dano real direto secundário – É o dano cuja causa é o patógeno veiculado pelo solo ou disseminado por órgãos de propagação vegetativa (sementes, tubérculos, ext.) de seu hospedeiro. Incluem-se aqui também os patógenos que debilitam, usualmente, pela desfolha prematura de seus hospedeiros.

Dano Real Indireto:

Compreende os efeitos econômicos e sociais das doenças de plantas que estão além do impacto agronômico imediato, podendo ocasionar danos no âmbito do produtor, da comunidade rural, do consumidor, do Estado e do ambiente.

87
Q

Existem processos considerados importantes para o aquecimento do ar na atmosfera e para o balanço energético como a condensação. Sobre o processo de condensação, qual seu conceito?

A

Consiste no processo de transferência de energia absorvida da superfície da terra para o ar atmosférico através da evaporação da água.

88
Q

A análise de risco de pragas possui três etapas principais: início; avaliação de risco de pragas e manejo de risco de pragas. Quais os objetivos de cada fase?

A

Fase de início: identificar as pragas de plantas para plantio especificadas, que possam ser regulamentadas como PNQRs e que deveriam ser consideradas para análise de risco em relação ao uso proposto das plantas para plantio na área de ARP identificada.

Avaliação de Risco de Pragas: processo de avaliação de risco de pragas pode ser dividido em três etapas interligadas:
- Categorização da praga;
- Avaliação das plantas para plantio como fonte principal de infestação da praga;
- Avaliação dos impactos econômicos associados ao uso proposto das plantas para plantio.

Manejo de Risco de Pragas: as conclusões da avaliação de risco de pragas são usadas para decidir se o manejo de risco é necessário e a intensidade das medidas a serem tomadas. Se as plantas para plantio são avaliadas como sendo a principal fonte de infestação das pragas e o impacto econômico sobre o uso proposto dessas plantas é considerado inaceitável (fase 2), então o manejo de risco (fase 3) é usado para identificar possíveis medidas fitossanitárias com o objetivo de supressão e, assim, reduzir o risco até ou abaixo de um nível aceitável.

89
Q

O que é clima de acordo com a Organização Mundial Metereológica?

A

É o conjunto flutuante das condições atmosféricas caracterizadas pelos estados e evolução do tempo no curso de um tempo suficientemente longo.

90
Q

O que é a classificação climática de Koppen?

A

Esse sistema de classificação baseia-se no pressuposto de que a vegetação natural presente nas diferentes regiões terrestres são uma expressão do clima que lá existe. Destarte, na classificação de Köppen, a distribuição global dos tipos climáticos possui alta correlação com a distribuição dos diferentes biomas existentes.

Além disso, a classificação Köppen-Geiger se baseia em limites térmicos, pluviométricos e nas características das estações. Nesse tipo de classificação, a designação de cada tipo climático é feita por meio de até 3 letras.

91
Q

O que é a Classificação de Strahler?

A

Utiliza critérios relacionados às características das massas de ar predominantes e à precipitação.

Clima equatorial: clima quente e úmido resultante da convergência dos alísios, que abrange a densa floresta amazônica. Possui temperaturas médias elevadas, variando entre 25° e 27° C, baixa amplitude térmica com chuvas abundantes durante todo o ano;

Clima semiárido: corresponde ao sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São Francisco, passando pelos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia (Polígono das Secas). As temperaturas são bastante elevadas e a ausência de chuvas predomina em quase todo o ano;

Clima tropical: clima predominante no Brasil central, mas também presente na porção oriental do Maranhão, Piauí, porção ocidental da Bahia e Minas Gerais, além de ser encontrado também no extremo norte do país, em Roraima. Caracteriza-se por temperatura elevada e duas estações bem definidas (uma chuvosa - verão - e outra seca - inverno);

Clima tropical úmido/atlântico/litorâneo: exposto às massas tropicais marítimas, atinge estreita faixa do litoral leste e nordeste (do Rio Grande do Norte ao Paraná). Sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que provoca chuvas intensas. No sudeste, a maior concentração de chuvas ocorre no verão; no nordeste, as chuvas predominam no inverno;

Clima tropical de altitude: encontrado nas partes mais elevadas (acima de 800 metros) do planalto atlântico do sudeste, abrangendo principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Está sob influência da massa de ar tropical atlântica, que provoca chuvas no período do verão. No inverno, as geadas ocorrem com certa frequência, em virtude da ação das frentes frias originadas do choque entre as massas tropical e polar;

Clima subtropical: caracterizado pelas temperaturas amenas, com temperaturas médias de 18°C. As geadas são frequentes, chegando a nevar em algumas regiões mais atingidas pelo inverno. As chuvas na região acontecem o ano todo, sendo bem distribuídas, o que favorece a definição das quatro estações do ano.

92
Q

O acompanhamento da variabilidade e da distribuição temporal e especial das variáveis hidrometeorológicas é essencial para quais fins?

A

Gestão dos reservatórios, as práticas agrícolas, a emissão de alertas, bem como a gestão dos recursos hídricos como um todo.

93
Q

O que el niño e la niña?

A

O El Niño, também chamado El Niño Oscilação Sul (ENOS), é um fenômeno caracterizado pelo aquecimento incomum (em geral, a cada 5 anos) das águas oceânicas do Oceano Pacífico nas proximidades do continente sul-americano e, mais intensamente, na costa do Peru. Trata-se de um aumento da ordem de 4 a 6 °C acima da média térmica das correntes quentes que aí circulam.

Alguns dos efeitos observados são: secas anormais, precipitações intensas, perdas agrícolas, prejuízos à pesca, entre outros.

No Brasil, o El Niño costuma provocar precipitações intensas na região sul, aumento das temperaturas nas regiões sul e sudeste, intensificação das secas no nordeste e reduções de chuvas no norte do país.

Já a La Niña é caracterizada como o processo contrário do El Niño, ou seja, um resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, gerando também impactos nas atividades humanas. Ocorre quando a porção leste do Pacífico fica sujeita ao aumento anormal das pressões, que geralmente são elevadas.

Os episódios La Niña favorecem a chegada de frentes frias até a região nordeste do Brasil, principalmente no litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas, bem como chuvas mais intensas nas regiões norte/nordeste e secas mais intensas na região sul (oposto do El Niño). No Centro-sul do Brasil, as frentes frias também têm sua passagem mais rápida que o normal e com mais força.

94
Q

O que é Circulação Termohalina?

A

A circulação termohalina (termossalina) refere-se à circulação oceânica global movida pelas diferenças de densidade das águas dos oceanos devido a variações de temperatura ou salinidade.

95
Q

O que é inversão térmica?

A

Na troposfera, camada da atmosfera mais próxima a superfície terrestre, normalmente o ar vai se resfriando à medida que cresce a altitude. Assim, o ar mais próximo à superfície é mais quente e, portanto, menos denso, o que o possibilita de subir.

Quando, porém, uma camada de ar quente se sobrepõe (fica acima) a uma camada de ar frio, impede-se o movimento ascendente do ar próximo à superfície, que já está mais denso, fenômeno conhecido por inversão térmica.

Nesse sentido, é necessário que haja um deslocamento vertical dos ventos para o ar quente se misture com o ar frio e desestabilize o fenômeno.

É relacionado à poluição atmosférica.

96
Q

O que é pressão atmosférica?

A

É o conceito que define a força que o ar exerce sobre as superfícies com as quais tem contato, devido ao contínuo bombardeamento das moléculas que o compõem contra tais superfícies. É uma medida de tal força por unidade de área.

97
Q

Qual a diferença entre clima e tempo?

A

Ambos constituem as combinações realizadas por certos valores dos elementos climáticos, ou seja, de estados da atmosfera, mas o tempo é caracterizado por um estado instantâneo e efêmero das condições atmosféricas, enquanto o clima é caracterizado por um conjunto de tendências duradouras, analisadas e estudadas ao longo de um período extenso, com pelo menos algumas dezenas de anos de dados acumulados.

98
Q

A transferência de calor de um corpo para outro basicamente pode ocorrer por meio de três formas: radiação, condução e convecção. O que é cada um deles?

A

A radiação é o processo de transferência por ondas eletromagnéticas, que ocorre independentemente do meio (ex.: chegada da radiação solar desde a saída do Sol até a chegada na Terra, ou seja, no espaço).

A convecção é a transferência de calor por meio de movimentos verticais do fluido, com a formação de correntes convectivas ascendentes e descendentes. Lembre-se que o ar mais quente tende a subir porque é menos denso e o ar mais frio tende a descer porque é mais denso.

A condução é a transferência de calor por contato entre as moléculas de dois elementos com temperaturas diferentes, sendo que o mais quente cede calor para o mais frio até chegarem ao equilíbrio térmico. É possível dizer que é um processo em que há um gradiente de temperatura.

99
Q

O que é a zonalidade climática?

A

A distribuição dos climas por faixas de latitude é denominada zonalidade climática e resulta do fato de a inclinação da Terra na região da linha do equador ser menor do que nos polos.

100
Q

Qual é a região que mais recebe energia solar durante o ano?
Em qual latitude estão as zonas temperadas?
E quais latitudes são as regiões polares?

A

A região que mais recebe energia solar durante o ano é a localizada entre as latitudes de 23º N e 23º S (zona intertropical). Das latitudes 23º até as 66º estão situadas as zonas temperadas e as regiões acima das latitudes 66º são as polares.

101
Q

Quais aparelhos são usados para medir a radiação solar?

A

Para medição da radiação global, utilizam-se piranômetros, que possuem vários modelos e modos de funcionamento possíveis e geralmente são instalados entre 1,5 e 2 metros de altura.

Outro instrumento usado para medir a radiação global é o actinógrafo (pode ser considerado um tipo de piranômetro), que é composto de sensores baseados na expansão diferencial de um par bimetálico que, conectados a uma pena, registram o valor instantâneo da radiação solar quando de sua expansão.

102
Q
  1. Não existe uma simetria, em relação ao equador, na variação da insolação com a latitude, pois, no hemisfério sul, há uma maior proporção de superfícies com oceanos do que com continentes, e, assim, há maior evaporação e nebulosidade nesse hemisfério.
  2. Na menor latitude (0) não ocorre o maior nível de insolação, este maior nível ocorre em latitudes um pouco maiores. Pense que o Deserto do Saara não fica na linha do equador e a Floresta Amazônica sim. Esta padrão ocorre principalmente porque na linha do equador ocoore alta nebulosidade (chuvas).
A
  1. correta
  2. correta
103
Q

Dentre os sistemas gerais de circulação atmosférica de destaque para Rondônia, assim como para a Amazônia como um todo, responsáveis pelos padrões hidrológicos e climáticos, vale ressaltar o sistema meteorológico que atua nos trópicos, onde se encontram os ventos nordeste e leste, conhecidos como anticiclone dos Açores e anticiclone do Atlântico Sul, respectivamente.
Esse fenômeno é denominado?

A

Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

104
Q

Os centros atmosféricos de ação são reconhecidos como de alta pressão (anticiclonais) ou de baixas pressões (ciclonais ou depressões).

A

Correto.

105
Q

A velocidade e a direção dos ventos dependem basicamente de quatro fatores. Quais são?

A

1) gradiente de pressão: consiste na diferença horizontal de pressão por fatores térmicos que motivam a movimentação do ar das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão;

2) força de Coriolis: decorrente do movimento de rotação, faz os movimentos do ar serem inversos nos hemisférios norte e sul;

3) força centrípeta: opera para dentro do movimento circular - do ponto de vista de um referencial não inercial em rotação, sofre uma aparente força “centrífuga” no sentido oposto (de dentro para fora do movimento circular);

4) atrito: refere-se aos obstáculos que a superfície da Terra oferece ao movimento do ar.

106
Q

O que é brisa de vale ou anabática?

A

Durante as horas de incidência solar, nas encostas aquecidas, o ar em contato expande-se, tornando-se menos denso e movimentando-se no sentido ascendente das encostas (brisa de vale ou anabática).

107
Q

O que é brisa de montanha ou catabática?

A

No período noturno, como o topo resfria-se mais rapidamente, a direção em que sopram os ventos é revertida, o ar frio das montanhas desce e acumula-se nos vales (brisa de montanha ou catabática).

108
Q

Os ventos _________ geralmente não são fortes, mas a convergência de uns com outros gera um movimento ascendente na vertical, contribuindo para a permanente formação de nuvens de tempestade na região equatorial de todo o planeta, com tempo predominantemente instável e altas taxas de precipitação.

A
  1. Alísios.
109
Q

O que é o ponto de orvalho?

A

O ponto de orvalho é a temperatura na qual a quantidade de vapor de água presente na atmosfera estaria em sua máxima concentração. Ou seja, acima da temperatura do ponto de orvalho, a água mantém-se na forma de vapor e, abaixo, passa à fase líquida.

110
Q

Quais os quatro tipos possíveis de massas de ar?

A

 Quente e úmida: formada em baixas latitudes (zona equatorial-tropical), sobre os oceanos ou locais de muita evapotranspiração, como sobre florestas equatoriais (ex.: Amazônia).

 Quente e seca: formada em baixas latitudes (zona equatorial-tropical), sobre os continentes.

 Fria e úmida: formada em latitudes médias (zona temperada), sobre os oceanos.

 Fria e seca: formada sobre os continentes, nas latitudes médias (zona temperada) e altas (zona polar).

Em termos de classificação das massas de ar, além da umidade e da temperatura, o local onde é formada também é levado em consideração, possibilitando as seguintes notações:

 Umidade: continental (geralmente mais seca) ou marítima (no caso do Brasil, também chamada Atlântica - geralmente mais úmida);

 Região de origem: equatorial (E) tropical (T) ou polar (P);

 Temperatura: fria ou quente.

111
Q

Quais os principais gases presentes na atmosfera?

A

Oxigênio e Nitrogênio (99%).

112
Q

Para a formação da nuvem é necessário o aquecimento ou resfriamento do ar úmido?

A

A formação de nuvens ocorre resfriamento do ar úmido, não aquecimento. À medida que uma massa de ar se eleva, na atmosfera ela se expande em decorrência da diminuição da pressão atmosférica com a altura e resfria-se em razão da menor temperatura.

Esse resfriamento provoca uma diminuição da capacidade de retenção de vapor de água, ocorrendo a saturação e a condensação sobre os núcleos de condensação, que são constituídos por impurezas sólidas que servem de superfícies de contato.

113
Q

O equipamento que mede a umidade relativa do ar é denominado de?

A

Piranômetro.

114
Q

O que é Universal Transversal de Mercator (UTM)?

A

A Universal Transversal de Mercator (UTM) é, provavelmente, o sistema de coordenadas mais utilizado em SIG.

Baseada na projeção cartográfica cilíndrica de Gerhard Mercator, o UTM possui a grande vantagem de apresentar coordenadas planas.

Isto é particularmente útil quando trabalhamos com pequenas áreas (escalas cartográficas grandes), pois a distância e a área serão as mesmas para todos os pontos.

Para que isso fosse possível, o sistema UTM – ao contrário das coordenadas geográficas – divide a Terra em fusos, ou seja, em “pedaços” teoricamente planos.

115
Q

Qual a diferença do Sistema de Coordenadas Geográficas e do Sistema UTM?

A

Sistema de Coordenadas Geográficas:

Leva em consideração a curvatura da Terra.
A principal vantagem é a sua versatilidade, pois pode ser usado para o planeta inteiro.
Trabalha em graus.

Sistema UTM:

Leva em consideração uma Terra teoricamente plana, mas para isso, a divide em fusos (seções planas).
A principal vantagem é a sua regularidade: já que as áreas são “planas”, é possível obter um melhor cálculo de áreas e distâncias.
Trabalha em metros.

116
Q

O que são mapas qualitativos, quantitativos e ordenados?

A

Mapas qualitativos: os métodos de mapeamento para fenômenos qualitativos (que utilizam dados textuais) usam as variáveis visuais forma, orientação e cor. Podem ser pontuais, lineares ou zonais.

Mapas quantitativos: os fenômenos quantitativos (dados numéricos) são representados pela variável tamanho. Podem ser representadas por pontos (tamanho do ponto ou pontos agregados), ou por linha (variação da espessura). Os polígonos são representados em mapas ordenados (que veremos adiante).

Mapas ordenados: Os mapas ordenados também apresentam valores numéricos, mas isso não é uma regra, podendo ocorrer valores textuais também. A representação somente ocorre em polígonos ordenados. Atenção: cuidado para não confundir corocromático (qualitativo) com coroplético (ordenado).

Ex: Mapa coroplético - os mapas coropléticos apresentam a variável visual cor de forma ordenada para que o resultado visual também seja ordenado. Assim, a tonalidade da cor indica as diferenças quantitativas. No caso ao lado, quanto mais forte a cor, maior é a densidade de povoamento.

117
Q

O que é SIG?

A

O termo sistemas de informação geográfica (SIG) é aplicado para sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos.

A principal diferença de um SIG para um sistema de informação convencional é sua capacidade de armazenar tanto os atributos descritivos como as geometrias dos diferentes tipos de dados geográficos.

Assim, para cada lote num cadastro urbano, um SIG guarda, além de informação descritiva como proprietário e valor do IPTU, a informação geométrica com as coordenadas dos limites do lote.”

118
Q

Quais são os componentes do SIG?

A
  • Hardware;
  • Software;
  • Dados;
  • Peopleware.
119
Q

Quais são as possíveis aplicações do SIG?

A

❑ Planejamento urbano (infraestrutura, expansão da cidade)
❑ Saúde e educação (oferta e demanda, controle de doenças)
❑ Transporte (controle de tráfego, aplicativos)
❑ Segurança (espaço aéreo, marítimo e terrestre, crimes)
❑ Uso da terra e agropecuária (produção agrícola, propriedades rurais)
❑ Recursos naturais (extrativismo, petróleo, bacias)
❑ Meio Ambiente (queimadas, áreas protegidas, clima)
❑ Economia (geomarketing, socioeconomia)

120
Q

O que é GEOPROCESSAMENTO?

A

É a ciência que engloba o conjunto de tecnologias voltadas à informação espacial.

121
Q

Dentro de um SIG, há basicamente dois tipos de dados: vetoriais e matriciais. O que é cada um?

A

As representações vetoriais são aquelas nas quais os domínios espaciais são representados por conjuntos de traços, deslocamentos ou vetores, adequadamente referenciados ou seja, com pontos, linhas ou polígonos.

A adoção de uma das três formas de representação de um determinado ente, depende do propósito com que observamos o objeto do mundo real a ser representado.

Já no modelo raster (matricial) o terreno é representado por uma matriz de linhas e colunas que definem células denominadas como pixels. Cada pixel apresenta um valor referente ao atributo, além dos valores que definem o número da coluna e o número da linha, correspondendo, quando o arquivo está georreferenciado, a um par de coordenadas x e y que se encontre dentro da área abrangida por aquele pixel.

Em outras palavras, ao contrário do vetor (representado por pontos, linhas e polígonos), o raster é representado por células que normalmente – porém nem sempre – possuem o formato quadrado. (lembram do conceito de pixel? Pois então…)

É importante dizer que imagens de satélite, fotografias aéreas e produtos do sensoriamento remoto estão sempre em formato raster/matricial.

122
Q

Quais são as vantagens e desvantagens da representação vetorial e raster/matricial?

A

Vetor:

Mapa representado na resolução original (não perde resolução quando amplia);
É possível associar atributos facilmente a elementos gráficos;
É possível fazer relacionamentos topológicos;
Adequado para grandes escalas (1:25.000 e maiores);
Não representa fenômenos com variação contínua no espaço (mais generalização);
Pouco espaço de armazenamento;
Simulação e modelagem é mais difícil;

Raster:

A visualização deteriora quando amplia (os pixels tornam-se “estourados” quando dá zoom);
Trabalhar com atributos é mais complicado, o raster possui uma limitação nesse sentido;
Não é possível utilizar topologia
Adequado para pequenas escalas (1:50.000 e menores);
Representa fenômenos variantes no espaço (mais complexidade visual);
Grande espaço de armazenamento (as imagens são pesadas demais);
Simulação e modelagem é mais fácil.

123
Q

As classes de aptidão agrícola são definidas a partir dos graus de limitação atribuídos às terras. O sistema prevê classes de aptidão para cada tipo de utilização ou nível de manejo indicado. Quais são?

A
  • Boa: terras sem limitações significativas para a produção sustentada em um determinado tipo uso, observando o nível de manejo considerado. As estrições são mínimas, sem expressiva redução da produtividade ou exigência de insumos.
  • Regular: terras com limitações moderadas para a produção sustentada. As limitações reduzem a produtividade ou aumentam a necessidade de insumos, mas ainda economicamente compensadora (ainda que bem inferior à classe boa).
  • Restrita: terras com limitações fortes à produção sustentada. As limitações reduzem a produtividade ou aumentam a necessidade de insumos, com pequena viabilidade econômica.
  • Inapta: terras com condições que excluem a possibilidade de produção sustentada. Esta classe não é representada por símbolos. A interpretação é feita pela ausência de letras (por exemplo, bc indica aptidão restrita nos níveis B e C e inapta no nível a).
124
Q

O que é Banco de Dados Geográficos?

A

O termo Banco de Dados Geográficos caracteriza os sistemas de Bancos de Dados Espaciais utilizados em aplicações de Geoprocessamento, ou seja, são uma especialização dos sistemas de Banco de Dados Espaciais e utilizados como componente de um SIG.

125
Q

O que é o Modelo Entidade-Relacionamento?

A

Modelo baseado na percepção do mundo real, que consiste em um conjunto de objetos básicos chamados entidades e nos relacionamentos entre esses objetos.

Esses relacionamentos são expressos em um diagrama chamado Diagrama Entidade-Relacionamento (DER) que nada mais são do que representações gráficas desses relacionamentos dotadas de formas geométricas.

Trata-se, portanto, de um projeto conceitual de um banco de dados, mostrando a sua estrutura básica.

126
Q

O que é um banco de dados orientado a objeto?

A

Um Banco de Dados Orientado a Objetos (BDOO) é um banco de dados em que, no modelo lógico, as informações são armazenadas na forma de objetos, e só podem ser manipuladas através de métodos definidos pela classe instanciada por tais objetos.

127
Q

O que é topologia?

A

É a parte da matemática na qual se investigam as propriedades das configurações que permanecem invariantes nas transformações de rotação, translação e escala.

No caso de dados geográficos, é útil ser capaz de determinar relações como adjacência (“vizinho de”), pertinência (“vizinho de”), intersecção, e cruzamento; ou seja, determinar as relações de vizinhança entre elementos.

As relações topológicas são consideradas relações que descrevem os conceitos de vizinhança, incidência, sobreposição, mantendo-se invariante ante a transformações como escala e rotação (por exemplo, disjunto, adjacente, dentro de).

128
Q

O que é variância e desvio padrão?

A

Variância: Dado um conjunto de dados, a variância é uma medida de dispersão que mostra o quão distante cada valor desse conjunto está do valor central (médio). Quanto menor é a variância, mais próximos os valores estão da média; mas quanto maior ela é, mais os valores estão distantes da média.

Desvio padrão: o desvio padrão é capaz de identificar o “erro” em um conjunto de dados, caso quiséssemos substituir um dos valores coletados pela média aritmética. O desvio padrão aparece junto à média aritmética, informando o quão “confiável” é esse valor.

129
Q

O que é Desvio padrão – ArcGIS?

A

A classificação de desvio padrão mostra a você quanto o valor de atributo da feição varia a partir da média. Ao enfatizar valores acima da média e abaixo da média, a classificação de desvio padrão ajuda a mostrar quais feições estão acima ou abaixo de um valor médio. Utilizar este método de classificação ao saber como os valores se relacionam na média é importante, tal como, ao visualizar a densidade de população em uma área fornecida ou comparar a taxa de execução de hipoteca em todo o país.

130
Q

Quais são os principais métodos de interpolação e extrapolação em SIG?

A

O Vizinho mais próximo é o método mais simples, tendo como principal característica, assegurar que o valor interpolado seja um dos valores originais, ou seja, não gera novos valores. O produto final deste interpolador é caracterizado por um efeito de degrau.

O Inverso do quadrado da distância ou Inverso da distância ponderada atribui pesos ponderados aos pontos amostrais, de modo que a influência de um ponto sobre outro diminui com a distância do novo ponto a ser estimado.

A Krigagem (também conhecida como Processo Gaussiano de Regressão), parte do princípio de que pontos próximos no espaço tendem a ter valores mais parecidos do que pontos mais afastados; e assim, consegue estimar os espaços vazios.

O Estimador Kernel (ou Densidade Kernel) é um interpolador, que possibilita a estimação da intensidade do evento em toda a área, mesmo nas regiões onde o processo não tenha gerado nenhuma ocorrência real. Por trabalhar com a densidade de pontos, os valores não necessariamente precisam ser quantitativos.

A Média móvel é um interpolador baseado na variação em função da direção espacial, a partir da definição do raio de busca dos vizinhos, que varia com a distância e a direção, fornecendo uma visão geral da tendência espacial.

A Triangulação Irregular do Terreno (TIN) utiliza pontos de amostragem para criar uma superfície formada por triângulos com base em informações do ponto de vizinho mais próximo.

131
Q

O que o método do vizinho mais próximo?

A

O Vizinho mais próximo é o método mais simples, tendo como principal característica, assegurar que o valor interpolado seja um dos valores originais, ou seja, não gera novos valores. O produto final deste interpolador é caracterizado por um efeito de degrau.

132
Q

O que é o Modelo Digital de Terreno (MDT)?

A

Este tipo de modelagem procurava inicialmente representar digitalmente o comportamento da superfície do planeta.

No entanto, com a evolução tecnológica, os MDTs passaram a ser utilizados para outros assuntos, sendo atualmente considerados representações digitais da variação contínua de qualquer fenômeno geográfico que ocorre na superfície ou mesmo na atmosfera terrestre.

133
Q

Qual a diferença entre topografia e geodésia?

A

Topografia: estuda as representações particulares (pequenas dimensões).
A topografia não leva em conta as deformações da superfície terrestre.

Geodésia: estuda as representações gerais (grandes dimensões).

134
Q

Quais as divisões da topografia?

A

A topografia apresenta duas divisões: a topometria e a topologia.

A topometria estuda os processos de medições de distâncias, ângulos e desníveis.
Pode ser dividida entre planimetria (plano horizontal) e altimetria (plano vertical).

A topologia estuda as formas exteriores do terreno e as leis que regem seu modelado.

135
Q

O que é planimetria e a altimetria?

A

Planimetria: conjunto de procedimentos empregados na obtenção da representação gráfica da projeção horizontal do terreno (planta) e das diversas particularidades dessa superfície, sejam naturais ou artificiais. Trabalha essencialmente com ângulos e distâncias horizontais.

Altimetria: define o relevo (irregularidades da superfície do terreno). Necessita a medição da altura de um certo número de pontos em relação a um plano de referência. Dá origem principalmente ao perfil topográfico.

136
Q

A topografia também pode lidar com as direções. Por isso, é importante saber os conceitos de azimute e rumo.
O que é cada um desses conceitos?

A

Azimute: ângulo medido no sentido horário, entre a linha norte-sul e um alinhamento qualquer, com variação entre 0º e 360º.

Rumo: menor ângulo formado entre a linha norte-sul e um alinhamento qualquer. Sua variação se dá entre 0º e 90º, devendo ser indicado o quadrante correspondente: NE, SE, SW ou NW.

137
Q

O que é a Curva de Nível?

A

A Curva de Nível ou isoípsa corresponde a uma linha imaginária que une todos os pontos que têm a mesma altitude ou cota em relação ao nível médio dos mares. A curva de nível é um caso particular de um tipo de representação cartográfica de curvas chamadas de curvas de contorno, curvas de isovalor ou isolinhas, que tem como propriedade o fato de que unem pontos com o mesmo valor da variável que está sendo representada.

o Todos os pontos da mesma área devem ter o mesmo intervalo de elevação ou cota;
o As curvas de nível devem ser paralelas e não podem se cruzar;
o As curvas de nível são circulares e encontram-se em si mesmas;
o Há as curvas de nível mestras, geralmente em negrito, mostrando os intervalos maiores.

138
Q

Quais são as fases do levantamento topográfico?

A

Levantamento

❑ Etapa onde se coletam os dados do objeto do trabalho.

Projeto ou estudo

❑ Etapa onde são trabalhados os dados coletados.

Locação

❑ Etapa na qual os dados trabalhados no projeto irão retornar ao local do
levantamento.

Acompanhamento

❑ Etapa na qual os dados do projeto e da locação serão constantemente trabalhados na execução da obra.

139
Q

Quais as diferenças do levantamento topográfico e do levantamento geodésico?

A

Levantamento topográfico

Não considera a curvatura da Terra;
É limitado à áreas pequenas
(não deve exceder a 25 km de raio);
Plano topográfico local, segundo a ABNT: 50km x 50km;
Não é suficientemente preciso para determinar fronteiras nacionais e estaduais;
Os levantamentos são realizados por topógrafos.

Levantamento geodésico

Considera a curvatura da Terra;
Pode ser aplicado tanto para áreas grandes como para áreas pequenas;
Os equipamentos utilizados e os métodos de medição aplicados são praticamente os mesmos dos levantamentos topográficos;
Determina fronteiras nacionais e estaduais;
A maioria dos levantamentos geodésicos são realizados por órgãos oficiais do governo (ex: IBGE).

140
Q

Os quatro sistemas geodésicos de referência (SGBs) adotados no Brasil foram o Córrego Alegre, o SAD69, o WGS84 e o SIRGAS. Conceitue cada um deles.

A

Córrego Alegre

Topocêntrica.
Adotado em 1950 no Brasil e
aposentado em 1979,
quando veio o SAD-1969.

SAD69

Topocêntrica.
Utilizado a partir de 1979 e
aposentado em 2015
(período de transição 2005 a
2015).

WGS84

Geocêntrica.

Muito utilizado, principalmente por GPS e aplicativos com base em Google.

O WGS84 é a quarta versão do sistema de referência geodésico global estabelecido pelo Departamento de Defesa Americano (DoD) desde 1960 com o objetivo de fornecer posicionamento e navegação em qualquer parte do mundo.
Ele é o sistema de referência das efemérides operacionais do sistema GPS. Daí a importância do WGS84 frente aos demais sistemas de referência.
No Brasil, os parâmetros de conversão entre SAD69 e WGS84 foram apresentados oficialmente pelo IBGE em 1989. Uma das principais características do WGS84 diante do SAD69 é este ser um sistema geocêntrico, ao contrário do
sistema topocêntrico do SAD69.

SIRGAS 2000

Geocêntrica

Oficial do Brasil desde 2015
(entre 2005 e 2015 coexistiu
com o SAD-1969).

A adoção do SIRGAS segue uma tendência atual, tendo em vista as potencialidades do GPS e as facilidades para os usuários, pois, com esse sistema
geocêntrico, as coordenadas obtidas com GPS, relativamente a esta rede, podem ser aplicadas diretamente aos levantamentos cartográficos, evitando a
necessidade de transformações e integração entre os dois referenciais.
O elipsóide utilizado é o GRS80 (Geodetic Reference System 1980), sendo considerado idêntico ao WGS84 em questões de ordem prática, como é o caso do mapeamento.

No Brasil, fazem parte das estações SIRGAS, 9 estações da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo). Foi oficialmente adotado como
Referencial Geodésico Brasileiro em 2005, através da Resolução do Presidente do IBGE N°1/2005, onde é alterada a caracterização do Sistema Geodésico Brasileiro, estando atualmente em um período de transição de 10 anos, onde o SAD69 ainda poderá ser utilizado pela comunidade, com a recomendação de que novos trabalhos sejam feitos já no novo sistema.

141
Q

Se a altitude tiver como referência o elipsoide, chamamos de?

A

Chamamos de altitude geométrica.

142
Q

Se a altitude tiver como referência o geoide, chamamos de?

A

Chamamos de altitude ortométrica.

143
Q

A implantação de um SGR segue quatro etapas. Quais são?

A

Conceitual

Do ponto de vista conceitual, é visualizada a origem do sistema se, por exemplo, será geocêntrico ou topocêntrico.

Definição

Define princípios que fixam a origem, a orientação e eventual escala de sistemas de coordenadas. É nesta etapa, por exemplo, que o elipsoide é
escolhido.

Materialização

É o conjunto de pontos materializados no terreno, aos quais é estabelecido um conjunto de coordenadas de referência para os mesmos.

Densificação

Materialização de pontos auxiliares com um espaçamento menor entre os pontos do que os pontos principais da rede.

144
Q

Nós podemos classificar os referenciais terrestres de acordo com a orientação e de acordo com o método empregado. A orientação pode ser topocêntrica ou geocêntrica. O que são cada uma delas?

A

Geocêntrica:

A origem é no centro de massa da Terra e o eixo de rotação é paralelo à rotação da Terra.
Exemplo: SIRGAS 2000.

Topocêntrica

A origem é no vértice escolhido, não no centro da Terra.
Exemplo: SAD69

145
Q

O que é a Geodésia?

A

A geodésia é a ciência que estuda a forma e as dimensões da Terra, a posição de pontos sobre sua superfície e a modelagem do campo de gravidade.

146
Q

Qual a diferença do formato real da terra, do elipsoide e do geoide?

A

Formato real

Vista do espaço, a Terra
parece uniforme, mas na
verdade é cheia de
irregularidades no relevo,
como depressões e cadeias
de montanhas.

Elipsoide

Trata-se de um modelo
matemático no qual as
imperfeições do relevo são
“corrigidas”. A Terra torna-se
uma esfera perfeita e regular.

Geoide

Ao contrário do elipsoide, o
geoide leva em consideração as
imperfeições do relevo.
Trata-se, portanto, de um
modelo gravitacional da
Terra.

147
Q

O que é o Geoprocessamento?

A

Também chamado de geomática, o geoprocessamento é a ciência que engloba o total conjunto de técnicas (ou tecnologias) ligadas à informação espacial, desde a coleta, o tratamento até a análise de dados georreferenciados. A geomática/geoprocessamento engloba áreas como topografia, fotogrametria, cartografia, sensoriamento remoto, geoestatística ou os sistemas de informação geográfica.

O Geoprocessamento é a técnica de coleta e processamento de dados espaciais. Esse processo envolve informações coletadas tanto pelo Sensoriamento Remoto quanto pelo GPS.

148
Q

O que é um banco de dados orientado a objeto?

A

Um Banco de Dados Orientado a Objetos (BDOO) é um banco de dados em que, no modelo lógico, as informações são armazenadas na forma de objetos, e só podem ser manipuladas através de métodos definidos pela classe instanciada por tais objetos.

149
Q

O que é topologia e topografia?

A

Topografia é a ciência que estuda a superfície terrestre, sobretudo suas características e formas.

A topologia estabelece como pontos, linhas e polígonos compartilham geometrias justapostas.

150
Q

O que é a mira topográfica?

A

A mira topográfica, também chamada de mira falante, é uma ferramenta usada por topógrafos para marcar pontos em terrenos.

Ela é usada para tornar esses pontos visíveis e precisos em operações de nivelamento geométrico.

151
Q

O que são isométricas e isopletas?

A

As isométricas são isolinhas que representamdados absolutos commesmo valor, tais como número de habitantes, produção, renda.

Já as isopletas são isolinhas que representam dados relativos com mesmo valor, tais como velocidade do vento e precipitação.

152
Q

O que é um SIG?

A

De forma geral, Sistema de Informação Geográfica (SIG) é um conjunto de programas, equipamentos, metodologias, dados, e pessoas (usuário), perfeitamente integrados, de forma a tornar possível a coleta, o armazenamento, o processamento, e a análise de dados georreferenciados, bem como a produção de informação derivada de sua aplicação.

De forma mais sucinta, SIGs são sistemas computadorizados destinados ao processamento de dados espaciais. Ou seja, sistemas que envolvem mapas e bases cartográficas.

153
Q

O que são dados espaciais?

A

Dado espacial é qualquer tipo de dado que descreve fenômenos aos quais esteja associada alguma dimensão espacial. Dados geográficos ou georreferenciados são dados espaciais em que a dimensão espacial está associada à sua localização na superfície da terra, num determinado instante ou período de tempo.

154
Q

O que é o Modelo Orientado a Objeto?

A

No Modelo Orientado a Objeto, a unidade fundamental de armazenamento de informações é o objeto, o qual concentra propriedades descritas pelos atributos.

Objetos podem ser agrupados em classes (se forem semelhantes) e estas podem se estruturar em hierarquias.

155
Q

O que é sensoriamento remoto?

A

O sensoriamento remoto é a técnica de obtenção de informações de um objeto, área ou fenômeno localizado na Terra, sem que haja contato físico com o mesmo.

Essas informações podem ser obtidas por meio de radiação eletromagnética gerada por fontes naturais (sensor passivo), como o Sol, ou por fontes artificiais (sensor ativo), como o radar.

As informações são apresentadas sob a forma de imagens, sendo mais utilizadas, atualmente, aquelas captadas por sensores óticos orbitais carregados por satélites.

As imagens orbitais possibilitam muitas aplicações, como o mapeamento e a atualização de dados cartográficos e temáticos, a produção de dados meteorológicos e a avaliação de impactos ambientais.

As imagens de satélite permitem identificar objetos presentes nas imagens por meio do processo chamado de interpretação. A interpretação de imagens utiliza as chamadas “chaves de interpretação” que são representados pelos seguintes aspectos: cor, forma, tamanho, textura e localização.

156
Q

O que é a cartografia temática?

A

A cartografia temática tem como objetivo gerar a representação das informações geográficas referentes a um ou vários fenômenos (físicos ou sociais) de todo o planeta ou de uma parte dele.

Como exemplo cartografia temática tem como objetivo gerar a representação das informações geográficas referentes a um ou vários fenômenos (físicos ou sociais).

157
Q

Para utilização em Sistema de Informação Geográfica (SIG) existem dois tipos de fontes de dados espaciais: Fontes primárias e Fontes secundárias. O que são cada uma delas?

A

Fontes primárias: são aquelas advindas de dados amostrados, medidos por levantamentos, coletas de campo e sensoriamento remoto. Exemplo: Fotografias aéreas, imagens de satélite, etc.

Fontes secundárias: são aquelas advindas de dados obtidos de fontes pré-existentes como mapas, tabelas,estatísticas e outros.

158
Q

O que é a análise de proximidade, a krigagem, o cruzamento, Interpolação espacial e a análise de contiguidade?

A

Akrigagemé uma metodologia de interpolação de dados, feita por meio de uma estimativa de atributos, de acordo com a ideia de que unidades de análise mais próximas entre si são mais parecidas do que unidades que se encontram mais afastadas e por isso as unidadesmais próximas recebem uma pontuação maior e as unidades mais afastadas uma pontuação menor.

O cruzamento é umcaso específico de interseção, no qual os elementos lineares cruzam pelo menos dois lados de um polígono.

Interpolação espacialé o processo de utilização de pontos com valores que não são conhecidos para estimar os valores em outros pontos desconhecidos.

Aanálise de proximidade, também conhecida como operação debufferou análise decorredores, consiste em gerar subdivisões geográficas bidimensionais naforma de faixas, cujos limites externos possuem uma distância fixa.

Aanálise de contiguidaderefere-se aos procedimentos matemáticos envolvendo o atributo de um determinado pixel e os atributos dos pixels vizinhos.

159
Q

O que diferencia oSistema de Banco de Dados Geográficosde outros sistemas de dados é que o primeiro tem suas informações georreferenciadas (torna as coordenadas geográficas conhecidas num dado sistema de referência). Existem cinco Modelos de Banco de Dados Geográficos:Modelo Relacional, Modelo Hierárquico, Modelo Sequencial, Modelo Orientado a ObjetoeModelo de Rede.
Explique cada um deles.

A

No Modelo Orientado a Objeto, a unidade fundamental de armazenamento de informações é o objeto, o qual concentra propriedades descritas pelos atributos. Objetos podem ser agrupados em classes (se forem semelhantes) e estas podem se estruturar em hierarquias.

No Modelo Sequencial os registros estão guardados de forma sequencial,linearmente, um após o outro. Esse banco de dados não permite análise espacial, sendo por issolimitado.

No Modelo Relacional os arquivos estabelecem uma ligação entre si de forma lógica. Esse é o principal banco de dados utilizado atualmente, pois além de possibilitaranálises complexas, permite ao usuário ainteração com os dados.

No Modelo Hierárquico os registros são classificados de acordo com umahierarquiae se o “arquivo mãe” é apagado, os que encontram-se “abaixo” dele é apagado também. Serviu de base para os modelos atuais.

O Modelo de Rede foi idealizado para representarrelacionamentos complexos com alto desempenho.No modelo de rede as diversas informações são relacionadas entre si por meio de apontadores. Os apontadores podem estabelecer relações do tipo”1 para 1” (1:1)ou”1 para n” (1: n)ou de forma mais genérica”m para n” (m: n).

160
Q

O que é um Modelo Numérico do Terreno (MNT)?

A

Um Modelo Numérico do Terreno (MNT) é uma representação matemática computacional da distribuição espacial de um fenômeno que ocorre dentro de uma região da superfície terrestre.Esse fenômeno pode ser a altitude, a inclinação, a rugosidade ou qualquer outra característica da superfície terrestre que possa ser quantificada numericamente.

Um MNT é criado a partir de um conjunto de pontos medidos na superfície terrestre, onde esses pontos são então interpolados para criar uma superfície contínua que representa a superfície terrestre em uma grade regular de pontos.

161
Q

Existem diversas maneiras de representar graficamente a superfície do terreno. Quais são s principais?

A

As principais formas de representação são; curvas de nível, mapa hipsométrico, perfis topográficos, modelos digitais de terreno (MDT), modelos 3D.

162
Q

A técnica de análise geográfica que consiste no uso de operadores lógicos de interseção, união e negação para criar novos planos de informação ou calcular medidas, denomina-se?

A

Álgebra boolena que é representada visualmente na forma de diagramas de Venn.

163
Q

As classificações do solo são indispensáveis para?

A
  • Garantir um uso sustentável dos recursos terrestres;
  • Orientar decisões de manejo agrícola; e
  • Fundamentar políticas de conservação do solo e desenvolvimento rural, ajudando a maximizar a eficiência produtiva enquanto se minimizam impactos ambientais adversos.
164
Q

A classificação do solo é crucial por várias razões, especialmente no campo da engenharia agronômica e no manejo de recursos naturais.
Por que é importante?

A

Otimização do Uso da Terra: A classificação ajuda a determinar o uso mais adequado para diferentes tipos de solo, maximizando a produtividade agrícola enquanto minimiza impactos negativos como a erosão do solo e a degradação ambiental.

Planejamento e Gestão Sustentável: Compreender as características e capacidades dos solos permite aos planejadores e gestores desenvolver práticas sustentáveis de uso da terra, garantindo que as terras sejam usadas de acordo com sua capacidade de suporte. Isso ajuda a preservar os recursos naturais para as gerações futuras.

Prevenção de Degradação do Solo: A classificação técnica pode indicar áreas que necessitam de práticas especiais de conservação do solo e da água para prevenir problemas como erosão, compactação, e salinização, que podem degradar a terra e reduzir sua utilidade para futuras atividades agrícolas ou de conservação.

Melhoramento da Terra: A classificação pode orientar sobre as intervenções necessárias para melhorar a qualidade do solo em áreas com limitações específicas, como baixa fertilidade ou problemas de drenagem, permitindo um uso mais eficiente dos insumos agrícolas e melhorando a viabilidade econômica das operações agrícolas.

Políticas Públicas e Legislação: Informações sobre a classificação dos solos são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes e legislação relacionada à proteção ambiental, uso do solo e planejamento urbano.

Mitigação de Riscos e Resposta a Emergências: A classificação do solo pode ajudar na preparação e resposta a desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra, ao identificar áreas de risco e permitir intervenções proativas para mitigar esses riscos.

Em resumo, a classificação do solo é uma ferramenta essencial para
assegurar que os solos sejam usados de maneira eficiente e sustentável, contribuindo para: a segurança alimentar, a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico.

165
Q

O SiBCS é um sistema taxonômico de solos, hierárquico, multicategórico e aberto, com a finalidade de classificar todos os solos existentes no Brasil.
Sua chave é composta por 6 níveis categóricos de classificação. Quais são?

A

1.Ordem,
2.Subordem,
3.Grande Grupo,
4.Subgrupo,
5.Família e
6.Série.

166
Q

A classificação de aptidão agrícola das terras considera vários fatores, incluindo quais?

A

Fertilidade do solo: capacidade do solo de fornecer nutrientes em quantidades e proporções adequadas para o crescimento das plantas.

Profundidade do solo: que afeta a capacidade das raízes de se desenvolverem e acessarem água e nutrientes.

Drenagem: a capacidade do solo de permitir a infiltração e o movimento adequado da água, que é crucial para evitar salinização e alagamentos prejudiciais ao crescimento das plantas.

Erosão: risco de perda de solo, que pode ser exacerbado por práticas de manejo inadequadas ou condições climáticas adversas.

Declividade do terreno: influencia a mecanização e as práticas de cultivo, onde terrenos mais inclinados apresentam maiores desafios e
riscos de erosão.

167
Q

Quais são os Níveis de Manejo Considerados para os solos?

A

NÍVEL DE MANEJO A: Práticas agrícolas que refletem um baixo nível tecnológico. Não há aplicação de capital no manejo, melhoramento e conservação das terras e das lavouras.

NÍVEL DE MANEJO B: Práticas agrícolas que refletem um nível tecnológico médio. Modesta aplicação de capital e de resultados de pesquisas no manejo, melhoramento e conservação das condições das terras e das lavouras.

NÍVEL DE MANEJO C: Práticas agrícolas que refletem um alto nível tecnológico. Caracteriza-se pela aplicação intensiva de capital e de resultados de pesquisas no manejo, melhoramento e conservação das condições das terras e das lavouras.

168
Q

Quais são as Classes de Aptidão Agrícola das Terras?

A

CLASSE BOA: terras sem limitações significativa para a produção sustentada de um determinado tipo de utilização, observando-se o nível de manejo considerado.

As restrições ao uso são mínimas, não reduzindo a produtividade ou os benefícios. E, não aumentam a necessidade de insumos, acima de um nível aceitável.

CLASSE REGULAR: terras com limitações moderadas para a produção sustentada de um determinado tipo de utilização, observando-se o nível de manejo considerado.

As limitações já reduzem a produtividade ou os benefícios, elevando a necessidade de uso de insumos.

CLASSE RESTRITA: terras que apresentam limitações fortes para a produção sustentada de um determinado tipo de utilização, observadas as condições do manejo considerado.

As limitações reduzem consideravelmente a produtividade ou os benefícios, ou então, aumentam os insumos necessários, de tal maneira, que os custos só seriam justificados marginalmente.

CLASSE INAPTA: terras nas quais as limitações são tão fortes que impedem a produção sustentada do tipo de utilização considerado.

169
Q

O que é a Capacidade de Uso do Solo?

A

A classificação conforme a Capacidade de Uso do Solo é um método projetado para avaliar a capacidade produtiva do solo e determinar o uso mais adequado para cada tipo de terra, minimizando a degradação e promovendo o manejo sustentável.

Este sistema foi desenvolvido nos Estados Unidos pelo Serviço de Conservação de Solos e é amplamente utilizado mundialmente, incluindo no Brasil, para orientar decisões sobre o uso e manejo das terras.

170
Q

Quais são os Grupo de Capacidade de Uso do solo?

A

GRUPO A: compreende as terras que podem ser utilizadas com qualquer tipo e intensidade de uso (culturas anuais, pastagens, reflorestamentos e vida silvestre).

GRUPO B: compreende terras, cuja intensidade de uso fica limitada à utilização com pastagens, reflorestamentos e vida silvestre, sendo impróprias para culturas anuais.

GRUPO C: compreende terras que somente devem ser utilizadas para preservação da fauna e flora, armazenamento de água e recreação.

171
Q

Quais são as Caracterizações das Classes de Capacidade de Uso do solo?

A

A caracterização das classes de capacidade de uso das terras, leva em consideração a maior ou menor complexidade das práticas, conservacionistas necessárias para manter a produtividade permanentemente.

Classe I – Apta para quaisquer culturas, sem práticas de conservação e correção do solo.

Classe II – Apta para quaisquer culturas, desde que adotadas práticas simples de conservação e correção do solo.

Classe III – Apta para culturas, com práticas complexas de conservação e correção do solo.

Classe IV – Apta para cultivos com mínimo revolvimento do solo; adotando práticas complexas de conservação do solo, pode ser utilizada para manejos que expõem o solo ou mantém o solo sem cobertura em algum período, apenas em cultivos ocasionais ou em extensão bastante limitada.

Classe V – Culturas, pastagens e reflorestamento apenas em situações especiais, indicadas em função do tipo de limitação, em geral excesso de água, com práticas de conservação do solo e da água.

Classe VI – Apta para culturas permanentes, protetoras do solo ou cultivos de pequena extensão com boa cobertura no solo, para pastagens bem manejadas e reflorestamentos com práticas de conservação do solo.

Classe VII – Apta apenas para pastagens bem manejadas, reflorestamentos e cultivos perenes de espécies arbóreas com práticas complexas de conservação do solo e manutenção constante de cobertura no solo.

Classe VIIIImpróprias para culturas, pastagens ou reflorestamentos. Servem como abrigo e proteção para a fauna e flora silvestres, ambiente para recreação e armazenamento de água. Encontram-se também nesta classe as áreas com restrição ao uso agrícola estabelecidas pela legislação, denominadas de Áreas de Preservação Permanente - APP.

172
Q

Quais são as subclasses de capacidade de uso so solo?

A

Constitui o terceiro nível categórico, e compreende subdivisões das classes de capacidade de uso de acordo com a natureza da limitação de uso e/ou riscos de degradação, ou tipo de problema dentro do uso considerado.

Subclasse IIe: como práticas de conservação recomenda-se plantio e cultivo em nível, culturas em faixas e manutenção ou melhoramento das condições físicas do solo, como por exemplo: rotação com culturas de raízes profundas ou com grande quantidade de matéria residual;

Subclasse IIes: além das práticas conservacionistas que devem ser aplicadas na subclasse IIe, recomenda-se adubação e calagem em função do solo e cultura, e práticas para diminuir a evaporação através de cobertura morta;

Subclasse IIIe: como práticas de conservação recomendam-se plantio e cultivo em nível aliado a culturas em faixas e/ou terraceamento, aumento da proporção de culturas densas nos planos de rotação; canais de divergência; e plantio direto, sem aração;

Subclasse IVe: como práticas de conservação, recomendam-se controle de sulcos de erosão; preparo do terreno de acordo com a cultura a ser instalada (covas e sulcos), plantio e cultivo em nível; terraceamento (base média, estreita ou patamares), cordões em contorno, banqueta individuais, cobertura morta, adubação e calagem para correção do solo, e melhoria das condições físico-químicas do solo (incorporação de matéria orgânica);

Subclasse Va: como práticas de conservação, recomenda-se escolha de espécies adaptadas a terrenos encharcados;

Subclasse VIe: como práticas de conservação recomendam-se controle dos sulcos de erosão, sulcos em nível, controle do pisoteio, plantio de forrageiras de vegetação densa.

173
Q

Quais os principais solos do Brasil e suas características?

A

Latossolos

Está presente em aproximadamente 39% do Brasil onde temos a presença de grande fração de argila, caulinita, óxidos de ferro e alumínio. Observamos assim a composição mineralógica simples deste solo que possuem horizontes A, B e C de coloração avermelhada típica dos óxido de alumínio. É importante observar a continuidade do horizonte A mesmo após 1,5 m de profundidade do solo demonstrando a sua grande espessura, que é repetido também para o caso dos argilossolos.

Argissolos

Os argissolos são constituídos predominantemente por argilas como a calinita e óxidos. Estando presentes em 24 % do País e possuindo características muito parecidas como os latossolos.

Estão presentes neste solo a grande profundidade com horizonte B bastante contínuo resultado do auto grau de desenvolvimento.

Neossolos

Apesar de ser menos desenvolvido do que os anteriores sua presença está em torno de 15 % do território nacional. Observamos o horizonte B e C de coloração amarelada típica de material argiloso misturado ao material arenoso.

Chernossolo

Apesar de estar em apenas 0,5 % do Brasil é importante observamos que seus horizontes B e C é amarelado como está presente no correta. Assim como a presença de argilominerais (2:1) comprovando a composição simples como está expresso na primeira lacuna.

“Nas regiões tropicais, como é o caso do Brasil, cada tipo de solo possui propriedades físicas, químicas e morfológicas especificas. Os principais atributos comuns aos solos brasileiros são: composição mineralógicasimples,grandeespessura e horizontes com cores dominantemente amarelas ou vermelhas.”

174
Q

O que é amalgamento?

A

Oamalgamento (ou amolgamento, dependendo da bibliografia consultada) é a destruição da estrutura original do solo, que ocorre nas argilas, elimina as ligações existentes desde a formação do solo e provoca a redução da sua resistência.

175
Q

O que é limite de liquidez, limite de plasticidade e índice de plasticidade?

A

O limite de liquidez corresponde ao estado limite entre os estados plástico e líquido do solo devido a presença de umidade.

Já o limite de plasticidade diz respeito ao limite entre os estados plástico e semissólido de um solo, e depende também da quantidade de umidade presente.

O índice de plasticidade define a zona em que o terreno se encontra em estado plástico, devendo ser máximo para argilas e mínimo para areias, é um critério utilizado para determinação do índice de argila do solo.

Quanto maior o índice de plasticidade, mais plástico é o solo.

176
Q

O que são solos residuais, aluvionares e coluvionares?

A

Solos residuais são aqueles que permanecem no local de origem da rocha, em que é possível observar uma transição gradual do solo até a rocha.

Solos sedimentares (ou alotóctones): são os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (quando transportados pela água), eólicos (quando pelo vento), coluvionares (pela ação da gravidade) e glaciares (pelas geleiras).

177
Q

Dois aparelhos são comumente empregados nas medições das chuvas: o pluviômetro e o pluviógrafo. Quais as suas características?

A

O pluviômetro é mais utilizado devido à simplicidade de sua instalação, e operação e custo. No pluviômetro é lida a altura total de água precipitada, ou seja, a lâmina acumulada durante a precipitação sendo que seus registros são sempre fornecidos em milímetros por dia ou em milímetros por chuva, com anotação dos mesmos.

O pluviógrafo é mais encontrado nas estações meteorológicas propriamente ditas e registra a intensidade de precipitação, ou seja, a variação da altura de chuva com o tempo. Este aparelho registra, simultaneamente, a quantidade e a duração da precipitação. A sua operação é mais complicada e dispendiosa e o próprio custo de aquisição do aparelho, tornam seu uso restrito.

178
Q

O que é fluxo de base de um rio?

A

O fluxo de base de um rio é a porção do fluxo total proveniente do aquífero, ou seja, corresponde à descarga de água subterrânea para o sistema superficial.

É, portanto, o aporte que mantém a perenidade do canal em períodos de seca.

179
Q

Qual a classificação dos solos quanto ao tamanho?

A

< 0,002 mm = argila

entre 0,002mm e 0,06mm = silte

entre 0,06 mm e 2 mm = areia (incluindo areia fina, média e grossa)

entre 2 mm e 60 mm = pedregulho (incluindo pedregulho fino, médio e grosso)

entre 60 mm e 200 mm = pedra de mão

180
Q

O governo brasileiro através da Resolução número 32, de 15 de outubro de 2003, do Conselho Nacional dos Recursos Hídricos,dividiu o território em 12 regiões hidrográficas, quais são elas?

A

Região Hidrográfica Amazônica - maior do mundo

Região Hidrográfica Atlântico Leste

Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental

Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental

Região Hidrográfica Atlântico Sudeste

Região Hidrográfica Atlântico Sul

Região Hidrográfica do Paraguai

Região Hidrográfica do Paraná

Região Hidrográfica do Parnaíba

Região Hidrográfica do São Francisco

Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia

Região Hidrográfica do Uruguai

181
Q

Quais níveis de manejo a avaliação da aptidão agrícola da terra considera?

A

A (manejo primitivo, baixo nível tecnológico), B (manejo pouco desenvolvido, nível tecnológico intermediário) e C (manejo desenvolvido, alto nível tecnológico).

182
Q

O sistema inclui seis grupos de aptidão que indicam diferentes tipos de utilização e e quatro classes de aptidão. Quais são?

A

Seis grupos de aptidão que indicam diferentes tipos de utilização (grupos 1 a 3 para lavouras, grupo 4 para pastagens plantadas, grupo 5 para pastagens naturais e silvicultura e grupo 6 para áreas de preservação) e quatro classes de aptidão (boa, regular, restrita e inapta) que são reunidas nos subgrupos de aptidão juntamente com a indicação dos diferentes níveis de manejo.

183
Q

O que é evasão ou escape?

A

Evasão ou Escape são estratégias que permitem que as plantas evitem a exposição aos fitopatógenos, como o ajuste do calendário de plantio para evitar períodos de alta incidência de doenças e a seleção de locais de cultivo menos propensos a infecções, “fuga à doença”.