estenose hipertrófica de piloro Flashcards

1
Q

conceito

A

hipertrofia adquirida da musculatura pilórica, provocando obstrução progressiva ao esvaziamento gástrico. o canal pilórico torna-se estreitado, alongado e espessado

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2
Q

etiologia

A

provavelmente causas multifatoriais.
- hiperacidez gástrica induzindo espasmo pilórico e hipertrofia
- pilorospasmo com liberação aumentada de gastrina e hipertrofia
- imaturidade ou alterações degenerativas das células ganglionares mioentéricas
- redução de fibras nervosas peptidérgicas causando deficiência da síntese de óxido nítrico
- motilidade anormal secundária à diminuição de células tipo marca passo

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3
Q

epidemiologia

A
  • causa mais comum de vômito de tratamento cirúrgico em RN e lactentes
  • mais frequente em meninos
  • 30% dos vômitos não biliosos persistentes em crianças < 1 ano
  • mais comum nos primogênitos, rara a apresentação após a 12ª semana de vida
  • predisposição familiar bem estabelecida
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4
Q

malformações associadas

A
  • má rotação intestinal
  • uropatia obstrutiva
  • atresia esofágica
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5
Q

síndromes associadas

A
  • smith lemli opitz
  • trissomia 18
  • turner
  • cornelia de lange
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6
Q

diagnóstico diferencial

A
  • refluxo gastroesofágico
  • síndrome adrenogenital perdedora de sal
  • hipertensão endocraniana por lesões do SNC
  • membrana atral pré pilórica
  • atresia pilórica
  • duplicação cística do piloro
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7
Q

quadro clínico

A
  • vômitos alimentares ou claros sem bile que se iniciam entre a 3ª e 6ª semana de vida
  • perda de peso ou peso estacionário
  • desidratação, desnutrição
  • icterícia
  • constipação intestinal
  • distensão do andar superior do abdome (estômago dilatado)
  • ondas peristálticas visíveis
  • palpação do piloro hipertrofiado de forma ovióide e móvel
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8
Q

vômitos

A

geralmente são em jato e ocorrem 30 a 60 minutos após a alimentação, podem conter sangue (hematêmese) por gastrite associada. é a causa da alcalose hipoclorêmica, o desequilíbrio hidroeletrolítico é menos visto hj em dia, essa diminuição pode ser atribuída ao diagnóstico mais precoce associado ao uso de USG.

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9
Q

1ª fase da correção da alcalose metabólica pelo rim

A

quando ainda não existe grande depleção corporal de sódio e potássio, p rim produz urina alcalina, excretando bicarbonato em troca da reabsorção de sódio e potássio

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10
Q

2ª fase da correção da alcalose metabólica pelo rim

A

com a continuação dos vômitos, as concentrações de sódio, potássio e coloro diminuem muito. o rim é forçado a escolher entre a conservação de sódio e potássio e a correção da alcalose. a reabsorção de sódio começa a ocorrer avidamente em troca de íons hidrogênio e cloro. a urina torna-se ácida (acidúria paradoxal).

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11
Q

explicações para a icterícia

A
  • diminuição da atividade da enzima hepática glicuronil - transferase por redução da ingesta calórica
  • aumento da circulação entero - hepática nos RN
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12
Q

ondas peristálticas visíveis

A

dirigem-se do QSE para o QSD do abdome

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13
Q

palpação do piloro hipertrofiado

A

situado no QSD ou epigástrio. o bebê deve estar relaxado, com todo o abdome despido e não deve estar chorando, muitas vezes é preciso passar sonda gástrica para esvaziar o estômago de ar e líquidos.
- as pontas do segundo e terceiro dedos da mão direita são colocadas sobre o QSD e movimentadas em direção súpero inferior, o piloro hipertrofiado é móvel e apresenta consistência firme.

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14
Q

investigação laboratorial

A

hemograma, plaquetas, provas de coagulação, eletrólitos, exame comum de urina, cálcio, gasometria arterial, proteínas totais e fracionadas, uréia, creatinina.

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14
Q

investigação por imagem

A
  • radiografia de abdome
  • radiografia contrastada do TGI superior: sinais
  • USG abdominal
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15
Q

Rx de abdome

A

distensão gástrica com pouco ar distal ao piloro

16
Q

radiografia contrastada do TGI superior

A

imagens radiológicas características. a camada muscular circular torna-se espessada, estreitando e alongando o canal pilórico. a mucosa torna-se redundante e pode parecer hipertrófica. com o alongamento e espessamento do músculo, o piloro desvia-se pra cima em direção a vesícula.

17
Q

causas de falso negativos e falso positivos

A
  • estômago hiperestendido com leite e ar (piloro esconde-se atrás do antro), inexperiência do radiologista, bebê muito pequeno e apresentação muito precoce
  • pilorospasmo
18
Q

REED pode mostrar

A
  • distensão gástrica
  • presença de refluxo gastroesofágico
  • tempo de esvaziamento gástrico retardado
  • presença de membrana antral pré pilórica
19
Q

USG abdominal

A

o piloro é observado em relação à espessura da sua parede, diâmetro do piloro no corte transversal, comprimento do músculo pilórico no corte longitudinal e formas características

20
Q

forma característica da hipertrofia de piloro no corte transversal

A

sinal do alvo ou do biscoito em forma de rosca. observa-se um anel externo espesso hipoecóico e anel interno menor hiperecóico.

21
Q

outros sinais indiretos

A

falha de abertura do canal em 15 min, contrações retrógradas ou hiperperistálticas, ecogenicidade não uniforme do músculo pilórico.

22
Q

cuidados pré operatórios

A
  • nada via oral
  • decúbito elevado
  • sonda nasogástrica
  • não existe indicação cirúrgica de urgência
  • corrigir previamente os déficits de líquidos, eletrólitos, hemoglobina e proteínas
23
Q

pq não colocar SNG

A

provoca desconforto para o paciente, estimula glândulas salivares e aumenta a salivação, desidrata o bebê ao retirar todo conteúdo gástrico. somente colocar se mesmo em NPO a criança apresentar vômitos, a passagem da sonda deve anteceder a indução anestésica.

24
Q

distúrbios hidroeletrolíticos

A
  • bicarbonato de sódio normal do lactente: 18 a 25
  • distúrbio moderado: 26 a 35
  • grave: maior que 35
25
Q

se estiver em desnutrição grave

A

nutrição parenteral total por vários dias

26
Q

profilaxia antibiótica

A

quando se utiliza a incisão circumbilical

27
Q

piloromiotomia via de acesso clássico

A
  • pequena laparotomia transversa no QSD.
  • incisão de Robertson (pequena laparotomia subcostal direita paralela ao RC, lateral ao mm. reto abdominal, com separação das fibras musculares)
  • incisão circumbilical (incisão curvilínea junto à prega junto à prega umbilical superior), com abertura da fáscia na linha média no sentido longitudinal
  • via vedeolaparoscópica
28
Q

piloromiotomia clássica de Fredet - Ramstedt

A

realizada na porção ântero superior do piloro, área relativamente avascular, após sua exteriorização pela incisão abdominal. o piloro hipertrofiado termina abruptamente na extremidade duodenal e essa transição é demarcada externamente pela veia pilórica. a incisão na musculatura pilórica deve parar a aproximadamente 4mm do final do músculo hipertrofiado, as fibras musculares são separadas por dissecção romba até completo abaulamento da mucosa intacta pela incisão. as fibras remanescentes se separarão espontaneamente.

29
Q

perfuração duodenal

A

sempre pesquisar ordenhando distalmente a bile do duodeno em direção ao estômago, caso houver perfuração
- fechar completamente a piloromiotomia, girar o piloro 90 a 180° e refazer nessa nova área
- suturar a mucosa perfurada

30
Q

cuidados pós operatório

A
  • NPO e sonda nasogástrica por 8 a 12h
  • hidratação parenteral
  • realimentação gradual após as primeiras 12h
  • se tiver havido perfuração, ficar sem nd por via oral e com SNG por 48h
31
Q

complicações

A
  • perfuração da mucosa
  • vômitos pós operatórios
  • infecção