escroto agudo Flashcards

1
Q

causas da dor escrotal aguda em crianças

A
  • torção de testículo
  • torção de apêndices testiculares
  • orquiepididimite
    a criança com dor escrotal apresenta um dilema diagnóstico urgente. dano espermatogênico costuma ocorrer em 6 a 24h do início dos sintomas
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2
Q

conceito torção de testículo

A

torção das estruturas do cordão espermático em torno de sua base (testículo), que apresenta fixação incompleta ou anômala. resulta em oclusão da suplementação sanguínea, que, se não aliviada, causa necrose testicular (há o impedimento do fluxo sanguíneo). pode variar de 180° a 720°

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3
Q

prognóstico torção testicular

A

depende da duração dos sintomas, do número de voltas e da intensidade da compressão. 20% dos operados após 12h são viáveis e menos de 10% quando operados após 24h.

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4
Q

classificação da torção testicular

A
  • extravaginal que é dividida em pré natal: ocorre antes do nascimento; e pós natal: após o nascimento, mas é rara.
  • intravaginal: mais de 90% das torções
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5
Q

torção extravaginal

A

não fixação na túnica vaginal. é característica dos RN e testículos criptorquídicos.
- ocorre antes da túnica tornar-se aderente à parede escrotal, fato esse que proporciona maior mobilidade do testículo dentro da bolsa escrotal, pode predispor a ocorrência de torção por contração cremastérica forte intra uterina ou durante o parto, ocasionando a perda do testículo afetado.
- tem pós natal mas é mais rara (18%)

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6
Q

diagnóstico diferencial de torção testicular extravaginal no RN

A
  • hérnia encarcerada
  • hidrocele tensa
  • tumor testicular
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7
Q

torção intravaginal

A

má fixação na túnica vaginal. a túnica vaginal circunda completamente o testículo e o epidídimo, eles ficam completamente móveis, sem estarem ancorados na bolsa escrotal - badalo de sino, predispõe a torção em torno do eixo do cordão. o pico de incidência encontra-se próximo à puberdade. algumas vzs, o epidídimo e o testículo estão separados por um mesórquio muito longo e a torção pode ocorrer entre ambos.
- quase 100% ocorre após os 2 anos de vida.

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8
Q

epidemiologia torção testicular

A
  • é mais comum no testículo esquerdo, pq o cordão espermático é mais longo
  • pico inicial de frequência dos 13 aos 15 anos (intravaginal)
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9
Q

quadro clínico torção testicular

A
  • história prévia de trauma, exercícios com grande esforço ou esforço súbito. mas pode ocorrer em repouso ou sono
  • pode ser encontrada história anterior de episódios dolorosos semelhantes que resolveram espontaneamente
  • dor geralmente é abrupta
  • a dor pode ser referida na bolsa escrotal, na coxa, região inguinal, no flanco ou no abdome
  • náuseas e/ou vômitos
  • febre baixa
  • bolsa escrotal edematosa e com hiperemia
  • testículo doloroso e aumentado de volume
  • hidrocele reacional
  • nenhum sinal clínico é patognomônico
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10
Q

testículo doloroso e aumentado de volume na torção

A

ele pode modificar seu eixo, tornando-se horizontalizado. o epidídimo pode adquirir uma posição anormal. no RN com torção intra utero, o testículo fica aumentado, indolor, de consistência firme. a pele escrotal adquire uma coloração azul equimótica e/ou edematosa, fixando-se à gônada necrótica.

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11
Q

o que pode ocorrer dependendo do número e graus de voltas do cordão na torção testicular

A

o testículo eleva-se na bolsa, fica em posição transversal e o epidídimo fica posicionado mais anterior. isso acontece por causa da contração reflexa do cremaster e encurtamento do cordão torcido.

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12
Q

reflexo cremastérico ausente

A

elevação do testículo. é um reflexo superficial da pele provocado pela passagem de um objeto de ponta romba na face interna da coxa ipsilateral. observa-se contração cremastérica da bolsa e elevação do testículo, quando não há torção

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13
Q

investigação diagnóstica torção testicular

A
  • história e exame físico
  • leucocitose
  • cintilografia
  • USG e USG com doppler
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14
Q

cintilografia na torção testicular

A

demonstra ausência de fluxo sanguíneo, o testículo aparece como uma área fria. podem ser encontrados falso negativos nas torções intermitentes ou parciais .

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15
Q

USG e USG com doppler colorido

A

deve-se observar o testículo e o trajeto do cordão espermático desde o canal inguinal até a bolsa escrotal. estuda-se comparativamente com o testículo contralateral o tamanho, ecogenicidade, posição do epidídimo e do fluxo arterial intratesticular.
- o cordão espermático pode apresentar trajeto tortuoso (spiral twist), caracterizado pela mudança abrupta do trajeto, tamanho e forma

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16
Q

USG na torção intra uterina

A

testículo de textura heterogênea, com túnica albugínea e parede escrotal espessadas e hidrocele reacional

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17
Q

tratamento torção testicular

A

indicação cirúrgica de urgência - todos os casos de escroto agudo que nas primeiras 24 não apresentarem sinais patognomônicos de torção (nódulo palpável, nódulo azulado, ponto preto à transiluminação) ou aumento de volume do epidídimo.
- no RN com torção intra útero, a cirurgia costuma ser realizada eletivamente
- destorção manual do testículo.
- testículo inviável faz orquiectomia p alívio sintomático e p evitar risco de auto imunização contra suas próprias espermatogônias

18
Q

torção de apêndices do testículo e do epidídimo

A

torção de restos embrionários de regressão derivados dos ductos de Muller e Wolff. apêndices podem ser encontrados no testículo, no epidídimo e no cordão espermático.

18
Q

apêndice testicular (hidátide de Morgagni)

A

deriva do ducto de muller (paranéfrico), situa-se no polo superior do testículo ou em uma fenda entre o testículo e o epidídimo.

19
Q

apêndice do epidídimo

A

deriva do ducto de wolff (mesonéfrico), situa-se na cabeça do epidídimo. somente os pedunculados e oriundos do testículo e do epidídimo são propensos à torção, ela causa isquemia e infarto.

20
Q

epidemiologia torção de apêndice

A
  • pico de incidência dos 10 a 11 anos
  • mesma distribuição de lados
  • torção do apêndice de testículo ocorre 10x mais
  • aparece dor e inflamação da túnica vaginal e do epidídimo, que podem ser acompanhadas por hiperemia da parede da bolsa escrotal, hidrocele e aumento da cabeça do epidídimo
21
Q

quadro clínico torção de apêndice

A
  • dor menos intensa que na torção testicular, ela é subita e gradual, de intensidade leve ou moderada.
  • presença de edema e eritema da bolsa escrotal
  • nódulo esférico, endurecido, doloroso, móvel (5 a 10mm), no polo superior do testículo ou entre o testículo e o epidídimo
  • apêndice torcido e infartado pode ser visualizado como nódulo paratesticular azulado por meio da pele escrotal no 1/3 superior
  • na transiluminação pode ser visualizada a presença de nódulo escuro na bolsa escrotal
  • hidrocele reacional
22
Q

investigação diagnóstica de torção de apêndice

A
  • história e exame
  • USG
  • USG com doppler colorido
  • cintilografia
23
Q

USG na torção de apêndice

A

mostra nódulo hipo, iso ou hiperecóico extratesticular, adjacente ao polo superior do testículo e cabeça do epidídimo, com aumento da vascularização das estruturas adjacentes pelo processo inflamatório que evoca.
- se o apendice testicular e a cabeça do epidídimo estão muito próximas, a imagem obtida na vista transversa pode se assemelhar a cabeça do mickey mouse, frequentemente encontra-se hidrocele reacional

24
Q

USG com doppler colorido na torção de apêndice

A

aparece massa avascular separada do testículo e epidídimo. o testículo aparece com vascularização normal.
obs: os testículos de crianças pre puberais tem fluxo sanguineo de baixa velocidade

25
Q

cintilografia na torção de apêndice

A

o sinal positivo é o sinal do nódulo quente, que é uma área de captação aumentada do radiotraçador

26
Q

tratamento conservador na torção de apêndice

A

restrição de atividade física, analgésicos, anti-inflamatórios

27
Q

achados clínicos patognomônicos de torção remanescente apendicular

A

nódulo azulado na porção superior da bolsa escrotal à inspeção e nódulo escuro à transiluminação. são complementados pela palpação e pela identificação da presença de um nódulo esférico ovalado endurecido, doloroso, móvel, junto ao polo superior do testículo ou entre o testículo e o epidídimo e pela palpação de um testículo sem aumento de volume

28
Q

indicações cirúrgicas da torção testicular

A
  • dor forte, incapacitante
  • dor recorrente ou prolongada
    as dúvidas diagnósticas são causadas pelo edema e eritema escrotal, hidrocele reacional, induração e edema ao testículo e/ou epidídimo.
29
Q

epididimite/orquite

A

processo inflamatório infeccioso do testículo e/ou do epidídimo causado por vírus e bactérias. em geral inicia pelo epidídimo e só mais tarde atinge o testículo.

30
Q

epidemiologia epididimite/orquite

A
  • 10 a 50% dos casos são associados a anomalias geniturinárias
  • mais comum nas crianças >10 anos
  • vias de contaminação: hematogênica, fluxo retrogrado de urina infectada ou não da uretra prostática ao epidídimo, cistoscopia (sondagem/cateter vesical)
31
Q

quadro clínico epididimite/orquite

A
  • dor escrotal de aparecimento gradual
  • náuseas e vômitos
  • queixas urinárias (disúria, piúria, frequência, urgência)
  • febre
  • edema e hiperemia da bolsa escrotal
  • aumento doloroso inicialmente do epidídimo e posteriormente de ambos
  • se elevados na bolsa, a dor diminui (sinal de Prehn)
  • hidrocele reacional
32
Q

investigação diagnóstica epididimite/orquite

A
  • história e exame físico
  • exame comum de urina e urocultura podem demonstrar infecção urinária
  • leucocitose
  • USG bidimensional e eco doppler colorido
  • quando acompanhada de bacteriúria, a investigação deve prosseguir com a finalidade de detectar alguma anormalidade estrutural geniturinária
33
Q

USG bidimensional e eco doppler colorido epididimite/orquite

A

aumento do epidídimo e/ou testículo com hipoecogenicidade. mostra aumento da vascularização

34
Q

tratamento epididimite/orquite

A
  • repouso
  • anti inflamatórios
  • antibióticos (?)
  • suporte escrotal (púberes ou dor muito intensa)
35
Q

etiologia edema escrotal idiopático agudo

A

espontâneo. causa desconhecida, provavel causa alérgica.

36
Q

quadro clínico edema escrotal idiopático agudo

A
  • aparece entre 2 e 11 anos mas tem pico máximo nos 6 anos
  • assintomático ou prurido escrotal
  • eritema e edema escrotal podendo estender para o pênis, períneo, abdome inferior e coxa. em 2/3 dos casos é unilateral. edema costuma atingir as túnicas que recobrem o testículo, o qual pode não ser palpado, apresenta tamanho normal e é indolor.
  • eritema e edema intensos
37
Q

investigação diagnóstica edema escrotal idiopático agudo

A
  • história e exame físico
  • hemograma normal
  • USG escrotal
38
Q

USG escrotal edema escrotal idiopático agudo

A

espessamento da parede escrotal, tamanho testicular normal, parênquima de ecogenicidade habitual normal, testículo com fluxo sanguíneo normal, fluxo sanguíneo levemente aumentado nos tecidos peritesticulares e hidrocele residual leve em certas ocasiões.

39
Q

tratamento edema escrotal idiopático agudo

A

não necessita tratamento específico. somente sintomáticos, se necessário. desaparecimento espontâneo em 72h.