empiema pleural Flashcards

1
Q

conceito

A

p uns é a presença de pus na cavidade pleural, p outros é o acúmulo de líquido infectado (presença de bactérias no gram e/ou cultura positiva no espaço pleural, sem ainda ter se transformado em pus.

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2
Q

derrame parapneumônico

A

presença de líquido no espaço pleural desencadeada por pneumonia, abscesso pulmonar e bronquiectasias. (derrame pleural com presença de bactérias)

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3
Q

epidemiologia

A
  • pico de incidência é do 0 aos 3 anos
  • são mais comuns em meninos
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4
Q

fases de formação

A
  • fase aguda ou exudativa
  • fase fibrino purulenta
  • fase organizada ou crônica
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5
Q

fase aguda ou exudativa

A

caracterizada por líquido pleural transparente, baixa contagem de leucócitos e poucas bactérias presentes. dura cerca de 24 a 72h

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6
Q

fase fibrino - purulenta

A

caracterizado por líquido espesso, turvo, aparecimento de fibrina e pus e tendência a loculações. estende-se até o 14º dia.
- aumento do número de neutrófilos polimorfonucleares e nível de glicose diminuída (glicólise aumentada provocada pelos PMN e metabolismo bacteriano). os produtos final do metabolismo da glicose são CO2 e ácido lático, causam diminuição do pH.
- níveis de interleucinas 8 aumentados
- aumento da deposição de fibrina na superfície pleural, fibroblastos movem-se para o espaço pleural e começam a secretar colágeno, ele e fibrina podem compartimentalizar o líquido pleural em loculações ao criar pontes entre as duas superfícies pleurais

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7
Q

fase organizada ou crônica

A

aparecimento de espessa camada fibrosa junto às pleuras visceral e parietal, que pode encarcerar o pulmão, ela organiza-se pelo crescimento de capilares e fibroblastos. após o 14º dia do início do empiema

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8
Q

aparecimento da fase crônica está associada a que

A
  • retardo diagnóstico
  • escolha impropria dos antibióticos
  • cavidade pleural não drenada, drenagem inadequada, ou drenada tardiamente
  • remoção prematura da drenagem
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9
Q

quadro clínico

A
  • febre
  • piora da pneumonia
  • taquipneia, tosse, cianose
  • dor torácica
  • dor abdominal
  • distensão abdominal por íleo paralítico
  • egofonia: alterações da voz alta (voz caprina)
  • diminuição da amplitude dos movimentos respiratórios
  • abaulamento do hemitórax
  • desvio do ictus
  • macicez à percussão
  • diminuição ou ausência do FTV
  • sopro pleural (expiratório)
  • pectoriloquia afônica (com voz sussurante)
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10
Q

sopro pleural

A

expiratório. é o sopro tubário modificado pela presença de camada líquida. é necessária, além do derrame, a presença de condensação pulmonar

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11
Q

pectoriloquia afônica (com voz sussurrante)

A

voz cochichada transmite-se perfeitamente, percebendo-se bem as sílabas

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12
Q

investigações diagnósticas

A

Rx de tórax, USG torácica, TC

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13
Q

radiografia de tórax

A

borramento/apagamento dos seios costofrênicos e cardiofrênicos. após, o líquido pleural começa a se depositar junto à parede lateral do tórax, em decúbito supino, com mudança de decúbito o líquido livre deve deslocar-se. nos derrames maiores, o hemitórax fica opacificado, aparece alargamento dos EIC e desvio de mediastino.
- aparecimento de pneumatoceles sugere pneumonia estafilocócia.

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14
Q

USG torácica

A

ajuda a definir a existência de líquido livre, loculações, septo, espessamento pleural, quantifica a fibrina, orienta a toracocentese, ou drenagem torácica.

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15
Q

divisões dos achados ultra sonográficos

A
  • efusão de baixo grau de complexidade
    efusão de alto grau de complexidade
  • TC
  • cintilografia de perfusão
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16
Q

efusões de baixo grau de complexidade

A

presença de fluido ou loculação única

17
Q

efusão de alto grau de complexidade

A

evidências de organização fibrinosa, com múltiplas septações e loculações

18
Q

TC

A

estuda o espessamento pleural, loculação de fluidos e consolidação pulmonar

19
Q

cintilografia de perfusão

A

hipocaptação por compressão do parênquima pulmonar

20
Q

tratamento

A
  • antibióticos: deve sempre ter início precoce
  • agentes fibrinolíticos intrapleurais (estreptoquinase e uroquinase): em casos de empiema multiloculados e dreno torácico
  • toracocentese/drenagem torácica
21
Q

toracocentese - vantagens

A

é a punção do tórax.
- confirma a presença de líquido
- determina se o líquido é purulento
- providencia material para cultura e dosagens bioquímicas
- geralmente é a 1ª fase de tratamento

22
Q

drenagem torácica

A

confirmada a presença de pus, está indicada a drenagem pleural fechada, realizada no 5°EIC, linha axilar média, preferencialmente com anestesia geral. sistema com dois frascos é o ideal para drenagem de líquidos.
- confirmada tb posteriormente a presença de bactérias no líquido pleural ou pela bioquímica positiva, tb está indicada a drenagem, dependendo da evolução clínica a partir do dia da toracocentese.

23
Q

falha na drenagem torácica

A
  • empiema multiloculado persistente (pela USG)
  • sem melhora clínica (sepse pleural persistente) febre persistente, recusa alimentar, disfunção respiratória persistente, leucocitose
  • fístula broncopleural persistente
24
Q

meios alternativos de tratamento cirúrgico

A
  • debridamento pleural (empiemectomia) toracoscópico videoassistido
  • minitoracotomia descrita por Raffensperger
  • drenagem pleural aberta com dreno tubular
  • drenagem pleural aberta não entubada
25
Q

debridamento pleural (empiemectomia) toracoscópico videoassistido

A

modalidade de tratamento mais atual e moderna. principal vantagem decorre da hospitalização menor

26
Q

minitoracotomia descrita por Raffensperger

A

sem retirada de costelas e evacuação do material fibrinoso e purulento, lise das loculações, desfazendo as adesões entre as pleuras visceral e parietal, lavagem da cavidade com soro fisiológico, colocação de dreno torácico em selo d’água

27
Q

drenagem pleural aberta com dreno tubular

A

aproveitando-se do dreno tubular primariamente utilizado na drenagem pleural fechada. pelo dreno cortado são realizadas lavagens da cavidade. o dreno é trocado a cada 48h por um mais curto e de menor largura. utilizada nos casos de fístula broncopleural persistente

28
Q

drenagem pleural aberta não entubada com costectomia

A

faz-se a ressecção de um a dois segmentos de costela, lavagem e retirada dos debris e sutura da pele à pleura parietal. pouco usada.

29
Q

tratamentos de acordos com as fases

A
  • fase 1 (exudativa): toracocentese + drenagem + antibioticoterapia
  • fase 2 (fibrinopurulenta): empiectomia por vídeo
  • fase 3 (crônica): toracotomia com decortificação