Erros Proc Pen Flashcards

1
Q

Devido ao princípio de vedação da autoincriminação (nemo tenetur se detegere), o acusado é/não é obrigado a

fornecer padrões vocais necessários para subsidiar prova pericial de verificação de interlocutor

fornecer material para exame grafotécnico, para fins de reconhecimento de escritos por comparação de letra

participar da reconstituição do crime

A

não é

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2
Q

Súmula 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que/salvo se em situação de alegada autodefesa.

A

ainda que

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3
Q

Audiatur et altera pars é qual princípio?

A

(“ouvir a outra parte”, em tradução livre), é o princípio do contraditório

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4
Q

V ou F: É exemplo de exceção ao princípio da verdade real no processo penal o descabimento da revisão criminal contra sentença absolutória transitada em julgado, pro societate.

A

V

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5
Q

V ou F: A defesa técnica, se for meramente formal ou deficitária, ocasionará a nulidade de todos os atos do processo, sem a necessidade de valoração de prejuízo causado ao réu, pois presumível.

A

Súmula 523 do STF
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

Ou seja:

a FALTA de defesa técnica gera nulidade ABSOLUTA.

A alegação de DEFICIÊNCIA na defesa técnica, porém, constitui nulidade RELATIVA.

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6
Q

Condenação baseada em elementos do inquérito policial complementados por provas
produzidas em juízo não fere o princípio do contraditório.

A

V.

Elementos de convicção obtidos na fase do inquérito policial não servem para, SOZINHOS,
fundamentarem uma condenação, pois isso importaria violação ao princípio do contraditório, pois são produzidos unilateralmente pelo Estado, sem o contraditório real.

Porém, o Juiz pode fundamentar sua sentença condenatória usando elementos colhidos na fase do inquérito policial JUNTAMENTE com provas produzidas no curso do processo.

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7
Q

Se nomeado defensor pelo juiz, a determinação de continuidade do processo de acusado citado
por edital não fere o princípio do contraditório.

A

F.

o CPP estabelece que se o réu for citado por edital e não comparecer, nem constituir advogado, o Juiz deverá SUSPENDER o processo, ficando suspenso também o curso do prazo de prescrição.

Nomear um defensor para o réu e seguir com o processo implicaria grave violação ao contraditório.

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8
Q

Ação penal iniciada por denúncia que não contenha a exposição do fato criminoso, com todas as
suas circunstâncias, fere o princípio da ampla defesa.

A

V.

Uma denúncia que narre os fatos imputados de forma vaga e genérica dificulta o exercício do direito de defesa pelo réu, já que este não saberá exatamente de quais fatos deve se defender.

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9
Q

Fere o princípio constitucional da não culpabilidade a definição de maus antecedentes na
aplicação da pena, se feita com base em outros processos criminais em curso.

A

V.

Súmula 444 do STJ
É VEDADA a utilização de inquéritos policiais e ações penais EM CURSO para agravar a pena-base.

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10
Q

O indiciado tem o direito de permanecer calado durante o inquérito policial e a ação penal, não sendo permitida valoração desfavorável do silêncio.

A

V.

Derivação natural do princípio da vedação à autoincriminação.

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11
Q

De acordo com o princípio do promotor natural, reconhecido pelos tribunais superiores, a
atribuição para um promotor de Justiça atuar em determinado caso deve ser fixada a partir de
regras abstratas e
preestabelecidas, o que é incompatível com a designação casuística do promotor de justiça pelo procurador-geral de justiça para atuar em casos que não sejam de sua atribuição.

A

V.

A Doutrina e a Jurisprudência majoritárias reconhecem a existência do princípio do
promotor natural.

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12
Q

Em razão do princípio da inocência, caso o crime seja um fato típico, antijurídico e culpável,
caberá à acusação provar a inexistência da causa de exclusão da antijuridicidade alegada pelo
réu.

A

F.

Caso o réu venha a arguir alguma causa de exclusão da ilicitude ou de exclusão da culpabilidade,
o ônus de provar a existência de tal excludente é da defesa.

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13
Q

O Código de Processo Penal, a jurisprudência e os princípios gerais do direito são considerados
fontes formais diretas do direito processual penal.

A

F.

A jurisprudência e os princípios gerais do direito não são fontes formais diretas (ou imediatas) do direito processual penal

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14
Q

O princípio da paridade de armas
(par condicio) é mitigado na ação penal pública pelo princípio da oficialidade.

A

V.

Pois na ACP o MP atua em duas frentes, como acusador imparcial e como fiscal da lei (custos legis), criando um descompasso entre acusação e defesa.

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15
Q

O sistema processual acusatório não restringe a ingerência, de ofício, do magistrado antes da fase processual da persecução penal.

A

F.

a adoção do sistema acusatório traz, como consequência, uma série de limitações à atuação “proativa” do Juiz, inclusive quanto à ingerência na fase investigatória, que é bastante limitada.

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16
Q

O princípio do juiz natural tem origem no direito anglo-saxão, construído inicialmente com base na ideia da vedação do tribunal de
exceção. Posteriormente, por obra do direito norte-americano, acrescentou-se a exigência da
regra de competência previamente estabelecida ao fato, fruto, provavelmente, do federalismo
adotado por aquele país. O direito brasileiro adota tal princípio nessas duas vertentes
fundamentais.

A

V.

O princípio do Juiz Natural, adotado pelo nosso ordenamento jurídico, congrega as duas concepções apontadas, ou seja, a vedação à existência de tribunais de exceção e a exigência de existência de regras abstratas e prévias determinando a competência jurisdicional.

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17
Q

O direito ao silêncio ou garantia contra a autoincriminação derrubou um dos pilares do processo penal tradicional: o dogma da verdade real, permitindo que o acusado permaneça em silêncio durante a investigação ou em juízo, bem
como impedindo de forma absoluta que ele seja compelido a produzir ou contribuir com a
formação da prova ou identificação pessoal contrária ao seu interesse, revogando as previsões legais nesse sentido.

A

F.

Apesar de a vedação à autoincriminação ser uma garantia do acusado, a Doutrina entende que é possível submeter o acusado a situações nas quais não se exija uma participação ativa na produção probatória (ex.: obrigatoriedade de comparecer ao local indicado
a fim de que se proceda ao reconhecimento pela vítima).

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18
Q

No sistema inquisitivo, a
confissão é considerada a rainha das provas e predominam nele procedimentos exclusivamente
escritos.

A

V.

Uma das características do sistema inquisitivo, não adotado pelo nosso ordenamento processual,
é a utilização da confissão como “prova máxima”, ou a “rainha das provas”. Ou seja, uma vez
tendo havido confissão, seriam desnecessárias quaisquer outras provas para que o acusado
pudesse ser condenado.

Além disso, no sistema inquisitivo, como regra, há predomínio de procedimentos escritos (e
sigilosos), não havendo espaço para debates orais.

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19
Q

No Estado democrático moderno não há espaço para a aplicação do princípio processual denominado favor rei, que contraria o jus
libertatis do acusado.

A

F.

O favor rei, princípio que determina a decisão favorável ao réu em caso de dúvida, é adotado pelo nosso ordenamento jurídico, e não contraria em nada o ius libertatis do acusado, muito pelo contrário.

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20
Q

Dado o princípio da busca da
verdade real, que rege o processo penal, o juiz do processo pode esclarecer pontos obscuros,
desde que circunscritos às provas apresentadas pela acusação e pela defesa, à qual se atribui o
ônus probatório, não sendo admitida, conforme a jurisprudência dos tribunais superiores, a atividade instrutória do juiz no processo penal.

A

F.

O Juiz pode produzir provas de ofício no processo penal, com vistas à elucidação de fato relevante.

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21
Q

Interceptações telefônicas — comumente chamadas de grampos — e gravações ambientais realizadas por autoridade policial, sem autorização judicial, ainda que em situações emergenciais,
constituem violações aos princípios estruturantes do estado democrático de direito e da
dignidade da pessoa humana.

A

V.

O sigilo das comunicações telefônicas é inviolável, salvo, por ordem judicial, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (art. 5º, CF)

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22
Q

A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei

A

V.

Racismo = inafiançável e imprescritível

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23
Q

A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.

A

V.

3TH - inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia

24
Q

Os efeitos causados pelo princípio constitucional da presunção de inocência no ordenamento jurídico
nacional incluem a inversão, no processo penal, do ônus da prova para o acusador.

A

V.

A CESPE considerou correta essa “inversão do ônus da prova”.

25
Q

Entende-se por devido processo legal a garantia do acusado de não ser privado de sua liberdade em um processo que seguiu a forma estabelecida na lei; desse princípio deriva o fato de o descumprimento de qualquer formalidade pelo juiz ensejar a nulidade absoluta do
processo, por ofensa a esse princípio.

A

F.

Tendo sido obedecido o procedimento previsto em lei, o acusado pode ser privado de sua liberdade e de seus bens.

O descumprimento de uma formalidade pelo Juiz só anulará o processo se trouxer prejuízo às
partes

26
Q

Impera no processo penal o princípio da verdade real e não da verdade formal, próprio do processo civil, em que, se o réu não se defender, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor.

A

V.

27
Q

O dispositivo constitucional que estabelece serem inadmissíveis as provas obtidas por meios
ilícitos, bem como as restrições à prova criminal existentes na legislação processual penal, são
exemplos de limitações ao alcance da verdade real.

A

V.

A verdade real não pode ser obtida a qualquer custo, encontrando limites na lei, notadamente
quando a obtenção da prova possa ofender direitos fundamentais.

28
Q

No ordenamento jurídico brasileiro, em regra, a lei processual penal será aplicada com fulcro no princípio do tempus delicti.

A

F.

A lei processual penal é aplicada com base no princípio do tempus regit actum, ou seja, será aplicada a lei processual penal em vigor no momento da prática do ato processual, ainda que seja diversa da lei que vigorava no momento da prática delitiva.

29
Q

A lei processual penal brasileira veda a adoção das regras de hermenêutica jurídica ubi eadem
legis ratio ibi eadem dispositio (onde há a mesma razão de ser, deve prevalecer a mesma razão
de decidir) e ubi eadem ratio ibi idem jus (onde há o mesmo fundamento, há o mesmo direito).

A

F.

Tais regras de hermenêutica se referem à analogia, admitida na lei
processual penal.

Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.

30
Q

João praticou um crime em 4/4/2020. Em 21/7/2021, foi oferecida ação penal, tendo a
condenação sido proferida em 15/2/2022. Antes do julgamento do recurso de apelação, interposto em 10/5/2022, entrou em vigor alteração legislativa estritamente processual, que alterava todo o regramento sobre a matéria na primeira instância, trazendo benefícios para o acusado, mas prejuízo em outros aspectos. Na situação hipotética apresentada, a nova lei processual

A
31
Q

João praticou um crime em 4/4/2020. Em 21/7/2021, foi oferecida ação penal, tendo a
condenação sido proferida em 15/2/2022. Antes do julgamento do recurso de apelação, interposto em 10/5/2022, entrou em vigor alteração legislativa estritamente processual, que alterava todo o regramento sobre a matéria na primeira instância, trazendo benefícios para o acusado, mas prejuízo em outros aspectos. Na situação hipotética apresentada, a nova lei processual

A

F.

Será aplicada a lei processual penal em vigor no momento da prática do ato processual.

Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.

A nova lei não deve ser aplicada ao caso, já que suas disposições se referem ao regramento na primeira instância, cujos atos processuais já foram realizados sob a vigência da lei anterior, de forma que permanecem íntegros.

32
Q

O princípio da nacionalidade, como regra geral, é utilizado para a aplicação da lei processual penal no espaço.

A

F.

É utilizado, para a aplicação da lei processual penal no espaço, o
princípio da territorialidade.

33
Q

A revogação total de uma lei processual penal é chamada de derrogação.

A

F.

A revogação total de uma lei processual penal é chamada de
ab-rogação. A derrogação é a revogação parcial.

34
Q

Uma norma processual penal só terá aplicabilidade aos crimes que forem praticados após sua
entrada em vigor.

A

F.

Deve ser aplicada inclusive aos processos já em andamento.

35
Q

Em razão da sucessão de leis genuinamente processuais penais, será observado, nos processos
em andamento o

sistema da unidade processual.

A

F.

Adota-se o sistema do isolamento dos atos processuais, ou seja, sobrevindo nova lei processual penal, esta terá aplicação imediata, SEM PREJUÍZO dos atos realizados sob a vigência de lei anterior.

36
Q

Em razão da sucessão de leis genuinamente processuais penais, será observado, nos processos
em andamento o

sistema das fases processuais.

A

F.

Adota-se o sistema do isolamento dos atos processuais, ou seja, sobrevindo nova lei processual penal, esta terá aplicação imediata, SEM PREJUÍZO dos atos realizados sob a vigência de lei anterior.

37
Q

Em razão da sucessão de leis genuinamente processuais penais, será observado, nos processos
em andamento o

sistema do isolamento dos atos processuais.

A

V.

Adota-se o sistema do isolamento dos atos processuais, ou seja, sobrevindo nova lei processual penal, esta terá aplicação imediata, SEM PREJUÍZO dos atos realizados sob a vigência de lei anterior.

38
Q

O Código de Processo Penal será aplicado a todas as ações penais e correlatas que tiverem curso
no território nacional, nelas inclusas as destinadas a apurar crime de responsabilidade cometido pelo presidente da República.

A

F.

No caso da chamada “jurisdição política”, relacionada aos crimes de
responsabilidade propriamente ditos (infrações político-administrativas que conduzem ao
impeachment) praticados pelo Presidente da República, não se aplica o CPP.

39
Q

Em caso de normas processuais materiais — mistas ou híbridas —, aplica-se a retroatividade da
lei mais benéfica.

A

V.

No caso de normas mistas ou híbridas, ou seja, aquelas que possuem duplo conteúdo (conteúdo de direito PENAL e de direito PROCESSUAL), devem ser observadas as regras relativas à lei PENAL no tempo, inclusive a previsão de que a nova lei deve RETROAGIR se for BENÉFICA ao agente

40
Q

A lei processual penal deverá ser aplicada imediatamente, sem que isso prejudique a validade dos atos realizados sob a vigência da lei
anterior, tampouco constitua ofensa ao princípio da irretroatividade.

A

V.

Cespe considerou correto esse “tampouco constitua ofensa ao princípio da irretroatividade”.

41
Q

O que são normas heterotópicas?

A

São normas de direito material inseridas em lei processual (estão em lugar diferente do que deveriam estar).

42
Q

Norma que altere o Código de Processo Penal e crie nova hipótese de suspensão do prazo
prescricional não deve ser aplicada a fatos ocorridos em data anterior a sua vigência.

A

V.

Em relação às normas heterotópicas (normas de direito material inseridas em lei processual) não se aplicam as regras da lei processual penal no tempo, e sim as regras de aplicação da lei penal no tempo, dentre as quais se encontra o princípio da retroatividade da lei mais benéfica e da IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS GRAVOSA.

Neste caso, temos uma norma PENAL inserida em lei processual (pois se refere à extinção da punibilidade). Desta forma, tal norma seguirá as regras de aplicação da lei penal no tempo e, por ser mais gravosa (já que cria nova hipótese de SUSPENSÃO do prazo prescricional), não será
aplicada aos fatos ocorridos antes de sua entrada em vigor.

43
Q

Lei processual nova de conteúdo
material, também denominada híbrida ou mista, deverá ser aplicada de acordo com os princípios de temporalidade da lei penal, e não com o princípio do efeito imediato, consagrado no direito processual penal pátrio.

A

V.

Em se tratando de lei processual HÍBRIDA (que possui conteúdo de direito processual e de direito material) a Doutrina entende que devam ser aplicados os princípios referentes à aplicação da lei PENAL no tempo, e não os princípios que regem as leis puramente processuais.

44
Q

A lei processual penal brasileira adota o princípio da absoluta territorialidade em relação a sua aplicação no espaço: não cabe adotar lei processual de país estrangeiro no cumprimento de atos processuais no território nacional.

A

V.

O nosso ordenamento processual adota o princípio da absoluta territorialidade em relação à
aplicação da lei processual penal brasileira no espaço.

Todavia, é importante ressaltar a possibilidade de utilização de normas previstas em tratados
internacionais ratificados pela Brasil. Entretanto, isso não configura aplicação de lei estrangeira (pois o tratado passou a fazer parte do nosso ordenamento jurídico).

45
Q

De acordo com o CPP, a
analogia equivale à norma penal incriminadora, protegida pela reserva legal, razão pela qual não
pode ser usada contra o réu.

A

F.

A Lei processual penal admite a interpretação extensiva, a aplicação analógica (analogia) e o suplemento dos princípios gerais de Direito, AINDA QUE desfavoráveis ao réu.

46
Q

A interpretação extensiva
é um processo de integração por meio do qual se aplica a uma determinada situação para a qual
inexiste hipótese normativa própria um preceito que regula hipótese semelhante.

A

F.

Esta é a definição da ANALOGIA.

A interpretação extensiva não é processo de integração, e sim de INTERPRETAÇÃO da norma processual.

47
Q

Para o uso da analogia, é
importante considerar a natureza do diploma de onde se deve extrair a norma reguladora.

A

F.

Não é relevante a natureza do diploma legal de onde se irá extrair a norma reguladora.

48
Q

Dado o princípio da territorialidade, o CPP é
aplicado em todo território nacional, inclusive no que se refere aos processos da competência da
justiça militar.

A

F.

O CPP, em relação aos processos da competência da Justiça Militar, só é aplicável de forma subsidiária.

49
Q

A lei processual aplica-se de imediato, devendo-se respeitar, entretanto, a data em que o crime foi praticado e observar a pretensão punitiva já estabelecida.

A

F.

A lei processual penal aplica-se desde logo, ou seja, inclusive aos processos em curso, independentemente da data em que o crime foi praticado.

50
Q

Aplica-se às normas processuais penais o princípio da extraterritorialidade, visto que são consideradas extensão do território nacional as embarcações e aeronaves públicas a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontrem.

A

F.

Nesse caso haverá extraterritorialidade da lei PENAL brasileira, e não da lei PROCESSUAL brasileira.

51
Q

A lei processual penal admite interpretação sistemática.

A

V.

Apesar de não constar do rol do art. 3º (interpretação extensiva, aplicação analógica e suplemento dos princípios gerais de direito), a lei processual penal também admite interpretação sistemática, como qualquer outra lei, pois ela deve ser interpretada à luz das demais normas que formam o ordenamento jurídico pátrio.

52
Q

A Lei processual penal não deve ser interpretada sempre restritivamente.

A

V.

Nem sempre a lei processual deverá ser interpretada restritivamente, embora haja casos em que isso seja possível. A interpretação a ser utilizada irá
variar caso a caso, para a melhor extração do sentido da norma.

53
Q

Alberto e Adriano foram presos em flagrante delito. O juiz que analisou a prisão em flagrante
concedeu a Alberto a liberdade provisória mediante o recolhimento de fiança arbitrada em um salário mínimo. Quanto a Adriano, foi-lhe decretada a prisão preventiva. Antes que o autuado
Alberto recolhesse o valor da fiança e que a DP impetrasse habeas corpus em favor de Adriano, entrou em vigor lei processual penal nova mais gravosa, que tratou tanto da fiança quanto da prisão preventiva. Nessa situação, a lei processual penal nova que tratou da fiança aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Entretanto, à prisão preventiva aplicar-se-ão os dispositivos que forem mais favoráveis ao interessado.

A

F.

A Doutrina entende que as normas
relativas à liberdade do infrator (normas relativas à prisão, liberdade provisória, fiança, etc.) são normas “processuais-materiais”.

Desta maneira, a lei nova não seria aplicada aos fatos criminosos praticados antes de sua entrada
em vigor, pois é lei mais processual-material mais gravosa

54
Q

Em relação à aplicação da lei processual penal no espaço, vigora o princípio da territorialidade.

A

V.

A Cespe considera tanto TERRITORIALIDADE quanto TERRITORIALIDADE ABSOLUTA.

55
Q

Nova lei processual que modifique determinado prazo do recurso em processo penal terá aplicação imediata, a contar da data de sua vigência, aplicando-se inclusive a processo que esteja com prazo recursal em curso quando de sua edição.

A

F.

No processo penal vigora o princípio do tempus regit actum, ou seja, a lei nova será aplicada aos processos em curso, mas apenas em relação aos ATOS PROCESSUAIS FUTUROS.

Se já está fluindo o prazo recursal, não se aplica a lei nova, pois este prazo já começou a correr sob a vigência da lei anterior.

56
Q

Em regra, a norma processual penal prevista em tratado e(ou) convenção internacional, cuja vigência tenha sido regularmente

A

V.

Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;