Eletrofisiologia Flashcards

1
Q

ELETROCARDIOGRAMA

A

Fenômenos elétricos que se originam durante atividade cardíaca e que podemos registar na superfície corporal através de eletrocardiógrafos.

Padrão de normalidade: varia com idade, sexo e biotipo.

As anomalias cardíacas podem ou não alterar o ECG

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2
Q

células marca passo definição

A

emitem disparos elétricos periodicamente (automatismo). Esse conjunto de células localiza-se no nó sinusal. Responsáveis pela liberação de energia

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3
Q

Nó sinusal

A

localizado no átrio direito, parede posterior; determina a velocidade das contrações cardíacas por meio da liberação de energia

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4
Q

Células de condução

A

conduzem a energia elétrica (“fios de condução” - formados por células miocárdicas) → distribuição da energia

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5
Q

Células musculares função

A

células autônomas controladas pelo SNA (movimentação involuntária), responsáveis pela contração

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6
Q

Célula em repouso características

A

predomínio de Na+ extra e de K+ intra - entretanto, a concentração de Na+ extra é maior que a concentração de K+ intra → célula positiva fora e “negativa” dentro. Assim, a diferença entre dois campos extracelulares e entre dois campos intracelulares é igual a zero). Já a diferença entre um campo intra e um campo extra é igual a -90mV (conforme mostrado abaixo).

Meio intracelular: voltagem zero
Meio extracelular: voltagem zero
Diferença de voltagem entre intra e extra: -90mV

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7
Q

Quando a célula está em repouso

A

sua membrana encontra-se polarizada, isto é, há mais íons positivos do lado externo da membrana que do lado interno.

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8
Q

Despolarização

A

disparo elétrico ativa a bomba sódio-potássio → entra Na+ e sai K-, invertendo a polaridade da célula (+20mV). Essa despolarização vai sendo conduzida célula a célula

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9
Q

Contratura muscular

A

no sarcômero (unidade funcional), a actina se liga à miosina (pontes cruzadas), contraindo o músculo. Esse estímulo é conduzido célula a célula. Para otimizar essa condução, o coração tem um sistema de condução para não depender da condução célula a célula e contrair simultaneamente

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10
Q

Repolarização

A

após a despolarização, a célula sofre repolarização (entra K+ e sai Na+), formando a curva de potencial de ação da célula miocárdica. Na repolarização, um estímulo elétrico é incapaz de despolarizar a célula → é necessário que a célula volte ao repouso para ser despolarizada novamente

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11
Q

Sistema de condução ordem

A

Nó sinusal → feixes internodais (fios elétricos espalhados pela parede dos átrios) → nó atrioventricular → feixe de Hiss → ramos direito e esquerdo → fibras de Purkinje

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12
Q

Vetor de despolarização atrial

A

+60º (vetor resultante átrios)
Considerado normal entre 0º e +90º

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13
Q

Vetores de despolarização ventricular:

A

1º septo interventricular, 2º ventrículos (predomina o esquerdo), 3º base do coração.

A força dos 3 ventrículos juntos é considerada normal quando fica entre +110º e -30º

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14
Q

DI

A

eletrodo positivo no braço esquerdo e negativo no direito. A corrente com direção horizontal que une 0º com ± 180º (eixo x)

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15
Q

DII

A

eletrodo positivo na perna esquerda e negativo no braço direito. A corrente do centro do círculo até +60º e na direção oposta até os -120º

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16
Q

DIII

A

eletrodo positivo na perna esquerda e negativo no braço esquerdo. O eixo segue do +120º até -60º

17
Q

Posicionamento dos eletrodos - como é obtido o registro do ECG

A

Punho D (aVR): vermelho
Punho E (aVL): amarelo
Tornozelo E (aVF): verde
Tornozelo D: preto
V1: 4º EIC na linha paraesternal D
V2: 4º EIC na linha paraesternal E
V3: linha de intersecção entre o V2 e o V4
V4: 5º EIC na linha hemiclavicular E
V5: 5º EIC na linha axilar anterior E
V6: 5º EIC na linha axilar média E

18
Q

Onda P

A

despolarização atrial (1ª parte = lado direito / 2ª parte = lado esquerdo)

A repolarização dos átrios coincide sempre com a despolarização do ventrículo, sendo “escondida” por tamanha descarga elétrica dos ventrículos - por isso, nunca vemos a onda de repolarização do átrio (se fosse vista, significa que o ventrículo não contraiu, portanto morte).

19
Q

Complexo QRS

A

despolarização dos ventrículos
Q: ativação septal
R: ativação das paredes livres (duas metades - ramos direito e esquerdo)
S: ativação das porções basais

20
Q

Onda T

A

repolarização ventricular. Geralmente ⅓ do tamanho do QRS

21
Q

Segmento ST

A

importância grande, analisamos nos infartos - tempo que o ventrículo leva para contrair

22
Q

Intervalo PR

A

mais fiel do que o segmento PR (onda P pode mudar de forma, aumentando ou diminuindo segmento PR). Importante para analisar tempo de condução do nó sinusal até os ventrículos, diagnosticando bloqueios do nó AV

23
Q

Intervalo QT

A

se muito longo, indica repolarização atrasada. Pode causar arritmias graves

24
Q

12 passos para interpretar um ECG

A

Passo 1: sexo, idade, peso, altura
Passo 2: verificar calibração do aparelho (voltagem e velocidade) → padrão de 1 mV de altura e velocidade de 25mm/s
Passo 3: frequência cardíaca
Passo 4: ritmo (identificar onda P e eixo)
Passo 5: analisar amplitude, duração e polaridade da onda P
Passo 6: intervalo PR (duração)
Passo 7: eixo do QRS
Passo 8: analisar amplitude e duração do complexo QRS
Passo 9: morfologia do QRS
Passo 10: segmento ST (infra ou supradesnivelamento)
Passo 11: morfologia onda T
Passo 12: intervalo QT

25
Q

Identificação

A

Sexo, idade, peso, altura
Crianças: eixo para direita e FC alta
Gestante ou obeso: coração sobe e desvia o eixo para a esquerda
Pessoa muito magra: a captação da energia é exacerbada porque o eletrodo está muito próximo (poderia falsear uma sobrecarga do VE com QRS muito elevado, por exemplo). De forma oposta, pessoa muito obesa vai ter registro menor → precisa calibrar eletro para padrão 2n (captação melhor). Existe padrão 2n e n/2.

26
Q

Verificar calibração

A

Desenho no início do traçado do ECG: “1mV 25mm/s” ou “calibrado em padrão n”

Padrão n: 10 quadradinhos (2 quadradões) de altura X 5 quadradinhos (1 quadradão) de largura

27
Q

Identificar ritmo

A

Calcular em DII longo
FC = 1500 / nº de quadradinhos entre duas ondas R
FC < 50 bpm: bradicardia
FC > 110 bpm: taquicardia

28
Q

Bloqueio atrioventricular 1º grau

A

mais inofensivo; pode ocorrer na juventude / adolescência e depois vir a desaparecer. Há um prolongamento do intervalo PR, mas esse espaçamento é constante (largura mais larga e constante)

29
Q

Bloqueio atrioventricular do 2º grau Mobitz I ou Wenckebach:

A

intervalo PR começa normal, vai alargando a cada batimento, bloqueia (onda P some), volta ao normal. Visto em DII longo → provável doença do nó AV

30
Q

Bloqueio atrioventricular do 2º grau Mobitz II ou tipo Mobitz (bloqueio 2 para 1)

A

frequência atrial boa, mas resposta ventricular baixa (um passa e outro não) = 2 ondas P para 1 QRS → tratamento com marcapasso
A cada 2 batimentos atriais, só conduz 1 ventricular
No exemplo abaixo: 80 bpm no átrio; 40 bpm no ventrículo

31
Q

Bloqueio atrioventricular do 3º grau ou total (BAVT):

A

onda P e complexo QRS batem sem correlação. Não segue padrão de 2 ondas P seguida por 1 QRS. O intervalo PR não é constante

32
Q
A