DRGE e esôfago de Barret Flashcards

1
Q

Causas de DRGE

A
Relaxamento transitório do EEI - até 90% dos casos
Baixa pressão no EEI - casos mais graves
Hérnia hiatal por deslizamento
Peristaltismo esofageano deficiente
Desordens de esvaziamento gástrico
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2
Q

FR da DRGE

A
Hérnia hiatal.
Obesidade.
Gestação.
Terapia de reposição hormonal.
Alimentos: gordura, chocolate, pimenta.
Cafeína, álcool, tabaco.
Medicamentos: opioides, barbituricos, bloqueadores dos canais de cálcio, antidepressivos triciclicos, nitratos, anticolinérgicos, teofilina, diazepam).
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3
Q

Sinais e sintomas DRGE

A
  • Síndrome apenas sintomática: pirose, regurgitação, síndrome de refluxo com dor torácica, salivação excessiva, sensação de nó na garganta e náuseas.
  • Síndrome com acometimento esofágico: esofagite; estenose péptica; esôfago de Barrett; adenocarcinoma de esôfago distal

disfagia → é comum no cenário de DRGE prolongado, sendo geralmente atribuída a esofagite de refluxo, ou, ainda, estenose esofágica.
odinofagia → incomum na DRGE, mas, quando presente, geralmente indica uma úlcera esofágica.

  • Síndrome extra esofágica: tosse, laringite, asma, erosão dentária (bem estabelecidos); faringite; sinusite; fibrose pulmonar idiopática; otite média recorrente
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4
Q

Quando pedir exames complementares?

A

sintomas atípicos e/ou sinais de alerta para complicações ou pacientes com suspeita de outros diagnósticos.

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5
Q

Quais o exames complementares?

A
  • EDA: DD (falha de tto clínico); rastreamento de complicações e de manifestações esofágicas do DRGE; obrigatório se risco para neoplasia; solicitar se outro exame indicar alteração
  • REED
  • pHmetria ou impedanciometria:
    Confirmar diagnóstico de DRGE quando EDA normal; monitorar adequação do tratamento aos casos refratários ao IBP; Sintomas atípicos ou extraesofagianas na ausência de esofagite (paciente deve estar sem antissecretor por 7 dias)
  • manometria: avalia o peristaltismo e a motilidade do esôfago e as pressões dos EES e EEI. Para exclusão de acalasia e avaliação da função peristáltica antes da cirurgia anti-refluxo para DRGE
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6
Q

FR para esôfago de Barret

A
DRGE com duração > 5-10 anos.
Idade > 50 anos.
Sexo masculino.
Raça branca.
Hérnia hiatal.
Obesidade.
Refluxo noturno.
Tabagismo prévio ou atual.
Parente de primeiro grau com esôfago de Barrett e/ou adenocarcinoma.
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7
Q

FR para neoplasia

A

Início de dispepsia em pacientes com idade > 60 anos.
Evidência de sangramento gastrointestinal (hematêmese, melena, hematoquezia, sangue oculto nas fezes).
Anemia por deficiência de ferro.
Anorexia.
Perda inexplicável de peso.
Disfagia (principal)
Odinofagia.
Vômito persistente.
Câncer gastrintestinal em um parente de primeiro grau.

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8
Q

Achados do EDA

A
  • Normal (DRGE não erosivo).
  • Esofagite péptica em graus variados.
    Ulcerações irregulares ou lineares, múltiplas e no esôfago distal (esofagites induzidas por medicamentos ou infecciosas são proximais).
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9
Q

Medidas comportamentais para o tratamento da DRGE

A

perda de peso,
elevação da cabeceira ao dormir,
evitar alimentos que supostamente pioram o refluxo (alimentos gordurosos, chocolate, álcool, cafeína, hortelã, condimentos, ácidos e pimentas),
Evitar se deitar após refeição, por 1 a 2 horas.
Parcelar refeições.
Cessar tabagismo

Sem comprovação científica: evitar roupas apertadas; cessar tabagismo; evitar álcool; mascar chicletes; exercício de respiração abdominal

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10
Q

Tratamento inicial do DRGE

A

Medidas comportamentais + curso inicial de 8 semanas de IBP (omeprazol)

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11
Q

Tratamento medicamentoso para DRGE

A
  • Menos de um sintoma por semana: antiácido sob demanda para melhora do sintoma (ação em minutos)]
  • Sintomas leves e intermitentes (menos de 2 episódios por semana), ausência de tratamento prévio e sem evidências de esofagite erosiva e esôfago de Barrett → antagonistas dos receptores de histamina 2 em baixas doses ⇒ ranitidina 10 mg 2x/dia, cimetidina 200 mg 2x/dia. Dose padrão: o dobro.
  • Se os sintomas persistirem, descontinuar os H2RAs e iniciar inibidores da bomba de prótons uma vez ao dia em dose baixa e aumentar doses se necessário ⇒ omeprazol 20 mg 1x/dia, pantoprazol 20 mg 1x/dia. Dose padrão: 40 mg
  • sintomas graves frequentes, graves que prejudicam a qualidade de vida, esofagite erosiva ou esôfago de Barrett ⇒ terapia inicial com IBP em dose padrão 1x/dia.
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12
Q

Quanto tempo de tratamento medicamentoso na DRGE?

A
  • Tratamento inicial por 8 semanas
  • Descontinuar a supressão ácida em todos os pacientes com DRGE cujos sintomas desaparecem complementarmente com o tratamento, com exceção daqueles com esofagite grave ou esôfago de Barrett.
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13
Q

Quais os riscos do uso prolongado de IBP?

A

Dificulta absorção de cálcio e ferro, pode levar a supercrescimento bacteriano clostridium, mascaramento do diagnóstico de eventuais tumores.

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14
Q

Indicação cirúrgica

A
  • Evitar o uso prolongado de IBP
  • Falha de tto clínico
  • Sintomas extra esofágicos comprovados
  • Escolha do paciente por melhora da qualidade de vida
  • presença de complicações da DRGE → Barrett ou estenose péptica
  • Hérnia hiatal deslizamento grave
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15
Q

CI do tratamento cirúrgico para DRGE

A
  • Neoplasia na JEG
  • Barrett com displasia de alto grau sem possibilidade de tratamento endoscópico.
  • Obesidade (CI relativa)
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16
Q

Propedêutica pré-operatória

A
  • EDA
  • Manometria (controverso)
  • REED: afastar hérnia de hiato
17
Q

Orientações pré-operatórias

A
  • Perda de peso

- Usar IBP até o dia da cirurgia para evitar complicações

18
Q

Características da cirurgia para DRGE

A
  • Fundoplicatura (estômago abraça esôfago distal –> mimetiza a EES)
  • Via laparoscópica é a padrão
  • manter IBP em casos de esôfago de Barrett no PO
19
Q

Complicações da fundoplicatura

A
  • Raras perioperatórias: perfuração gástrica e esofágica, pneumotórax
  • Disfagia (principal): normal nos 10 primeiros dias, para sólidos. Orientar dieta líquida nestes primeiros dias. Progredir dieta para evitar impactação da dieta.
  • Dificuldade ou impossibilidade de eructação (frequente)
  • Estenose
  • Recorrência (10%)
20
Q

Conceito do esôfago de Barret

A
  • epitélio escamoso estratificado –> epitélio colunar metaplásica (carac. do gástrico e intestinal)
  • no esôfago distal
  • Consequência do DRGE e predispõe adenocarcinoma esofágico
21
Q

Diagnóstico do esôfago de Barret

A
  • EDA
  • Assintomáticos, por volta dos 55 anos
  • > 1 cm de epitélio colunar revestindo o esôfago distal.
  • Biópsia revela metaplasia intestinal especializada.
22
Q

Tratamento do esôfago de Barret

A
  • IBP em todos
  • Esôfago de Barrett não displásico → acompanhamento endoscópico a cada 3-5 anos.
  • Displasia de baixo grau → repetir EDA. Ressecção endoscópica com ablação por radiofrequência, perde oportunidade de estudo histológico posterior.
  • Displasia de alto grau ou carcinoma intramucoso → também ressecção endoscópica com ablação por radiofrequência.