Câncer de Esôfago Flashcards
Característica epidemiológicas para o CA de esôfago
- 6ª década
- Homens
- Descoberto tardiamente (assintomático)
- Invasão local e disseminação vascular e linfática
Tipos de carcinoma de esôfago
- Adenocarcinoma (DRGE e esôfago de Barret): geralmente são lesões ulcerovegetantes, menos infiltrativas
- CCE
Classificação de Siewert para o adenocarcinoma
I → epicentro do tumor no esôfago distal. É a forma mais comum quando trata-se de uma evolução do Barrett.
Conduta: esofagectomia subtotal + ressecção cárdia estomacal.
II → epicentro na junção esofagocárdia.
Conduta: esofagectomia subtotal + gastrectomia subtotal.
III → epicentro subcárdico. Recentemente deixou de ser classificado como tumor esofágico e é abordado com câncer gástrico.
Conduta: esofagectomia distal + gastrectomia total.
Peculiaridade do tumor na junção esofagogástrica
Quando há tumor na junção esofagogastrica, é preciso diferenciar se a origem é esôfago ou estômago.
Tratamento é diferente (esôfago: possibilidade de radioterapia, estômago: fazer linfadenectomia). Prognóstico também.
Características do CCE
- comum no BR
- 60-70 anos, homens
- Localizado em região proximal do esôfago
FR do CCE
- Tabagismo
- Etilismo
- Dieta: defumados, alimentos contaminados por Aspergillus (armazenamento de grãos), condimentados, bebidas muito quentes, deficiências nutricionais
- HPV
- Megaesôfago
- Esofagite cáustica
- Radiação ionizante (ex.: radioterapia)
- Hereditariedade
Sintomas
Desconforto retroesternal.
Mudança de hábitos alimentares
Sensação de corpo estranho.
Disfagia → sintoma muito tardio, que só se manifesta quando 2/3 do esôfago estiver comprometido. Disfagia progressiva rápida de sólidos para líquidos.
Odinofagia.
Anemia → perda de sangue nas lesões ulceradas.
Anorexia e emagrecimento.
Regurgitação e pirose refratárias ao tratamento.
Sialorreia.
Doença avançada: Rouquidão → invasão das pregas laríngeas.
Tosse.
Soluço.
Hematêmese.
Hipercalcemia, dor óssea e alcalose metabólica → produção de PTH-like pelo tumor: substância que mimetiza o paratormônio.
Exames complementares
- EDA
- Ecoendoscopia → informa o grau de infiltração do tumor na parede do órgão (definição do T) e avalia pontos de clivagem e presença de linfonodo reacional.
- Esofagograma ou REED → exame de rastreio (maça mordida)
Fatores de bom prognóstico da doença
Sexo feminino. Bom estado geral e nutricional. Lesões mais distais → adenocarcinoma. Doença localizada. Boa função respiratória.
Estadiamento
- TC ou RM de tórax e abdome: busca de metástase e acometimento linfonodal
- PET-CT: metástase
- Ecoendoscopia: T
Broncoscopia → identifica fístula traqueoesofágica.
Invasão de aorta e traqueia: irressecável
Metástases para fígado, ossos e pulmões
Opções de tratamento conservador
RADIO + QUIMIO
- CCE responde melhor do que o adenocarcinoma
Indicação da cirurgia curativa
doença localizada sem suspeita de envolvimento linfonodal ⇒ T1 ou T2 e N0 M0.
Pré-operatório da cirurgia curativa
- Sempre preparar o cólon
- Atb profilático
Técnica cirurgia curativa
- esofagectomia subtotal (retirada da maior parte do esôfago, deixando o segmento cervical) com esofagogastroplastia ou esofagocoloplastia
- dependendo da localização do tumor, pode ser necessário gastrectomia total ou parcial
- Deve ser realizada linfadenectomia mediastinal e abdominal.
Extração de no mínimo 7 linfonodos para estadiamento.
Cirurgias paliativas no tratamento do carcinoma esofágico
- Gastrostomia ou jejunostomia.
- Tunelização esofágica (prótese colocada endoscopicamente).
- Bypass: Esofagogastroplastia retroesternal, isolando o segmento acometido do trânsito intestinal.