DRC Flashcards

1
Q

definição de DRC

A

Persistência ≥ 3 meses independente da causa das seguintes alterações:

🔴 Presença de lesão/dano renal estrutural/funcional* 
        OU
🔴 TFG < 60 ml/min/1,73 m2
(marcador da progressão da doença renal)
ideal: MDRD, CKD-EPI
        

*consideradas lesão renal:
● Exame de Imagem com ALTERAÇÃO ESTRUTURAL-perda de massa nefrônica ou esclerose, rins pequenos e ecogênicos, hidronefrose, Rim policístico
● albuminuria em 24h ou relacao albumina/Cr em amostra isolada de urina ≥ 30mg/g
● História de transplante renal
● Anormalidades no EAS, como cilindros de glóbulos vermelhos ou brancos, indicando a presença de lesão glomerular ou inflamação tubular

Para documentar cronicidade:
● Rever medições anteriores TFG ou de albuminúria.
● medições repetidas do momento e além de 3 meses, pois pacientes sem evidência de cronicidade é essencial descartar doença renal aguda.

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2
Q

fatores de risco para DRC que devem ser investigados nos pacientes e rastreio

A

● DM
● HAS e DCV como ICC e Sd Metabolica, dislipidemia, Estenose de artéria renal
● anemia falciforme
● Histórico familiar DRC
● Dça renal policistica
● Agenesia renal
● Dça renovascular
● HIV, HCV, HBV
● Dças autoimunes (LES, esclerodermia…)
● DAOP
● CA atual ou em tratamento (pelo próprio tto)
● Tabagismo
● ITU recorrentes
● Uso crônico de medicações nefrotóxicas: Lítio, AINEs
● Idosos
● HPB

Diante da presença desses fatores de risco disso, realizar screening para busca de casos com pesquisa:
●EAS (Avaliar dças glomerulares)
●USG (afastar causas anatômicas - policisticos- e estruturais como hidronefrose)
● Albuminúria na urina ou relação Alb/Cr urina
● Cr e TFG a partir dos valores séricos

Além disso, o screening para população em geral sem fatores de risco adicionais não é recomendado pois não existem evidencias de que uso de iECA/BRA em pacientes detectados com microalbuminuria SEM FATORES ADICIONAIS para DRC se beneficiem do seu uso quanto a diminuição da progressão para DRT ou perda da função renal

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3
Q

Estágios de DRC

A

Definidos a partir da TFG/GFR (CkD-EPI). A diminuição da TFG (< 60) é o marcador da progressão da doença renal e que está asosciado a maior mortalidade CV

●estágio 1 :
TFG normal ≥ 90 e albuminúria persistente

● estágio 2:
TFG 60-89 e albuminúria persistente

● estágio 3 (TFG diminuída)
TFG 30-59
G3a 45-59
G3b 30-44
Na prática os indivíduos com TFG < 60 são definidos como portadores de DRC
* complicações e sintomas surgem a partir do 3b

●estágio 4:
TFG 15-29

●estágio 5: (insuficiência renal)
TFG ≤ 15 ou doença renal em estágio final com terapia de substituição renal/ hemodiálise

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4
Q

qual a importância da albuminúria e quais os estágios de albuminúria no contexto da DRC

A

Sinal de que a vasculatura geral em especial a renal não está funcionando bem (aumento permeabilidade glomerular a macromoléculas). Além disso, é associada a risco de piora/progressão da função renal e aumento gradativo da mortalidade (especialmente vascular) a depender de quanto maior for albuminúria por ser marcador consistente de dano renal

Razão de albumina e creatinina :
●A1 < 30 mg/g (normal OU ligeiramente aumentado)
pois níveis 10-29 aumentam risco aparente
●A2 30-300 mg/g
(microalbuminuria ou moderadamente aumentada)
●A3 ≥ 300 mg/g
(macroalbuminuria ou severamente aumentada)

OBS.: não existem evidencias de que iECA/BRA em pacientes microalbuminuria SEM FATORES DE RISCO ADICIONAIS para DRC se beneficiem do seu uso quanto a diminuição da progressão para DRT (doença renal terminal)

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5
Q

Qual a importancia da albuminuria e da TFG para pacientes com DRC

A

●Na presença de albuminúria
Exame laboratorial é mais sensível para indicar LESÃO RENAL. Além disso, é marcador do RISCO DE PROGRESSÃO DRC e de mortalidade CV em níveis mais elevados, independente da TFG.

●A TFG baixa é um preditor mais forte de complicações da DRC do que a albuminúria alta. Há associações entre niveis baixos TFG e eventos adversos, como morte CV e DRT. A TFG permite documentar a progressão da DRC e da função renal e as metanalises mostraram que associação de niveis baixos de TFG com esses eventos desfavoraveis não diferem muito quando se compara a idade desses pacientes, ou seja, níveis mais baixos de TFG e risco de evolução para eventos como mortallidade cardiovascular e DRT relacionadas a DRC foram semelhantes entre eles independente da idade (se adultos jovens ou idosos > 65 anos )

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6
Q

diante de diminuição recente da TFG sempre importante descartar

A
Causas reversíveis de diminuição da TFG
● Medicações
- AINE, aminoglicosideos, ieca/bra, contraste
● Obstrução trato urinario
- HPB,litiase
● Clinica sugestiva de IRA
- vômitos, diarreia, desidratação , sepse, 
- Disfunção miocardica ou pericardite
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7
Q

achados USG de DRC

A

🔴 Perda da relação cortico medular renal
🔴 Espessura do parênquima renal < 7mm
🔴 Aumento da ecogenicidade renal (em relacao a imagem do fígado)

tamanho normal não descarta…..

CAUSAS DE DRC com tamanho NORMAL:
● Amiloidose renal
● Nefropatia por HIV
● Nefropatia DM
- Mieloma múltiplo
- Doença renal policística

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8
Q

monitoramente e quando referenciar DRC para nefrologista

A

Pacientes com doença renal estável, leve a moderada podem ser monitorados a cada 3-6 meses

● TFG reduzida isolada (< 60) sem albuminúria
● TFG < 30 (estagio 4) ou partir do estagio 3
● TFG < 60 em paciente com rim único
● Incapacidade de identificar uma causa de DRC
● Macroalbuminuria ( > 300mg) / proteinuria nefrótica
● Hematúria de possivel origem glomerular (descartar causas benignas e câncer para hematuria)
● Declínio TFG em 30% ou mais em < 4 meses
● Nefrolitiase recorrente
● HAS resistente
● Gravidez
● Rins císticos
● Mieloma multiplo
● Dificuldade de manejo de complicações da DRC

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9
Q

clinica de pacientes com DRC

A

SINTOMAS NÃO TEM RELAÇÃO com NIVEIS UReia

1) ASSINTOMÁTICOS (especialmente G1, G2)
ou
2) SINTOMAS comumente a partir de G3b:
-Sint TGI (náuseas matinais , vômitos, anorexia) são geralmente os primeiros a aparecer especialmente perda apetite
- convulsões e/ou encefalopatia
-HAS de difícil controle e retenção hidrossalina = hipervolemia (HAS, edema, dispneia por edema pulmonar)
-Anemia (↓ eritropoietina) alem de angina, IC, fadiga, intolerância a exercícios, diminuição imunidade
-Acidose metabólica
-Pericardite e derrame pericardico
-Neuropatia periférica sensorial (G4,G5) e SPI, soluços, caibras, abalos musculares, convulsão
-Alt eletrolítica
-Disf plaquetária
-Perda de massa óssea pela ↓ vitamina D
- unhas de lindsay

●Devido a alterações da TFG tem risco de intoxicação por certos medicamentos, daí a correção conforme TFG

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10
Q

qual a principal apresentação clinica de pacientes com DRC recém diagnosticada e qual dificuldade desse diagnostico inicial

A

A maioria dos pacientes podem se apresentar com pouco sintomas, apenas edema e HAS. Sintomas outros podem ser relatados tais como

  • Fadiga, fraqueza, cansaço
  • Prurido, anorexia.
  • Vômitos
  • Convulsão, encefalopatia

Achados laboratoriais:
⏺️anemia
⏺️ Hiperfosfatemia (< 45),
⏺️HiperK+
⏺️ HipoCa+ e elevação PTH

No entanto o desafio diagnóstico é estabelecer se a causa da Cr elevada e da TFG reduzida são de processo crônico ou de processo agudo ( presença de parâmetros prévios como Cr, TFg e albuminuria ajudarão bastante) pois requer que dados mais antigos sejam obtidos para comparação. Normalmente, a avaliação requer EAS, valores seriados de creatinina sérica TFG são úteis assim como exames de imagem para descartar quaisquer eventos obstrutivos que justificaria intervenção. Na ausência de exames previos, alguns sinais podem dar pistas uteis:
● Avaliar no EAS sinais de alguma doença glomerular ou se cilindros granulares e células epiteliais tubulares renais devem ser avaliados para NTA.
● Oligo/anuria é incomum nos processos cronicos a não ser que ocorra de maneira aguda por algum fator obstrutivo súbito como choque ou obstrução TGU
● Rins de tamanho menor sugere processo crônicos mas se normal não descarta
● aumentos diários da Cr sérica sugere processo agudo em andamento

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11
Q

Por que investigar e descartar nefropatias obstrutivas em pacientes recém diagnosticados com alteração da TFG e Cr ?

A

A obstrução pode ocorrer em qualquer parte do trato urinário com redução substancial na TFG o que sugere obstrução bilateral ou de único rim. Isso é comum a doenças da próstata ou câncer intra-abdominal. Esses pacientes portanto se beneficiariam de intervenção que levaria a reversão da lesão renal

Porém a obstrução aguda do trato urinário geralmente causa sintomas de dor (cólica renal ou plenitude suprapúbica), mas a obstrução grave e gradual pode causar disfunção renal sem sintomas óbvios. Se não for tratada, a nefropatia obstrutiva causa fibrose tubulointersticial irreversível

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12
Q

exames uteis na investigação da etiologia da DRC

A
● Bioquímica:
   Eletrólitos: Na+ e K+
   EAS (proteina, hematuria e cilindros)
   Cr e TFG
   Proteinúria 24h ou relação albumina/Cr urina
   Cálcio, fosforo,  PTH
   HCO3
   CT e frações, HbA1c
● USG vias urinarias (excluir obstrução)
● Doppler de artérias renais
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13
Q

tratamento clinico conservador do DRC

A

Objetivo é frear a progressão e reduzir a morbimortalidade
- tratar edema, sintomas TGI, disfunção erétil, controle pressórico, nefropatia,
🔴 monitorar, encaminhar nefrologista se estagio G3
🔴 Encaminhar para seguimento nutricional para dieta hipoproteica, hipofosfatemica e hipossodica (< 2,4g/dia)
🔴 Suspender tabagismo
🔴 vacinação
- Influenza anual
- pneumococica 5/5a
- hepatite B
🔴 Anemia (alvo Hb 10-12)
checar 6/6m na ausencia de dialise e 3/3m se dialise
DRC 3,4,5: ferritina > 100 e IST > 20%
DRC 5 dialitico: ferritina > 200 e IST > 20%
* dialise, tratar ferro EV
🔴 Acido úrico < 7,5 (alopurinol)
🔴 Tratar proteinúria (mesmo na ausência de HAS)
- iECA/BRA e manter albuminuria entre 30-300mg/g ou o menor possivel para maiores doses toleradas. Pelo risco de HiperK+ pode ser associada HDCTZ ou Furosemida para espoliar K+
🔴 Tratar HAS. alvo < 130x80
🔴 Tratar DM. alvo HbA1c < 7%
** uso SGLT2 reduz risco de progressão
** usar conforme TFG
🔴 Controle dislipidemia com LDL < 70
- Atorvastatina (sem ajuste dose)
- Sinvastatina e Rosuvastatina max 5-10mg (DRC4-5)
🔴Edema/ controle sobrecarga líquidos
Dieta + diuréticos (tzd +/- furosemida+/- espirono)
🔴 Evitar medicações nefrotóxicas a partir do G3 (AINES, LItio, etc) e ajuste conforme TFG
🔴 suspender medicacoes conforme TFG

FISTULA se Cr > 4 ou TFG < 25 com vascular apos avaliação com nefro

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14
Q

indicação de dialise na DRC

A

● TFG 5-15 (desde que descartada outras causas) na presença de sintomas urêmicos:
- pericardite uremica SEMPRE
- encefalopatia uremica SEMPRE
- sangramento
- sobrecarga volêmica, como EAP, refrataria a diuréticos
- HiperK ou Hiper PO4 refrataria
- Acidose metabólica refrataria
- anorexia, perda de peso, náuseas
(descartar gastroparesia diabética ou náuseas por terapia com sulfato ferroso)
- fadiga e mal estar (que não pela anemia, depressão)

● TFG < 5 independente da presença de sintomas
Nos pacientes crônicos submetidos a primeira necessidade de dialise a queda de Ur pode causar cefaleia, nausea, daí prescrever manitoil para não diminuir tanto a osmolaridade sérica. A acidose desse pacientes antes da dialise diminui afinidade do cálcio pela albumina. A correção da acidose faz com que aumente a associação Ca-albumina diminuindo o Ca+ total, dando caimbra, dai gluconato de calcio para amenizar essa queda

Transplante renal é contraindicado:

  1. CA
  2. HIV
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15
Q

Qual a diferença da classificação usada para DRC e para IRA

A

● Nos casos de LRA a gnt usa Cr como valor e DU tendo como parâmetro o tempo mas numa variação da Cr basal numa média de 7d ou diária com base no DU

● nas DRC usamos a TFG e albuminúria mas o estadiamento é feito pela persistência por um tempo de 3 MESES

● Anemia normo normo e alterações USG acontece mais na DRC

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16
Q

tratamento e metas da PA/HAS nos DRC

A

● Meta PA < 130x80 (e acima > 125)
● Meta Proteinuria < 300mg/g ou menor valor possível
● Dieta hipossódica, hipoproteica (0,6-0,8g/Kg/d) e baixo fósforo (< 800mg/d)
● Cessar tabagismo
● Controle de peso com IMC < 25
● Atividade fisica regular
● Acompanhar Fósforo, Ca, PTH se ≥ G3, eletrolitos
~~~

MANEJO:
☑️ Iniciamos com ieca/BRA +/- Diurético
(mesmo na ausencia de edema pela redução TFG)
A escolha vai depender da presença de proteinuria enquanto que a presença de edema vai orientar a necessidade de diuretico ou nao

🔴 sem proteinuria
●ieca +/- BCC (anlodipino) –> sem edema
●ieca. +/- TZD/ furosemida +/- BCC –> se edema
**iECA ou BRA (suspender se Cr > 25% ou TFG < 30)
*Tiazidico (evitar se TFG < 15 e trocar por Furosemida): começar 12.5-25mg/d. Se edema persistir, acrescentar Diuretico alça pelo efeito adicional que pode ser alcançado ao tzd. TZD tem menor efeito G3-G5

🔴com proteinuria,  demais escolhas dependem da presença de edema e da meta de proteinuria
●ieca/BRA 
    \+/-
● iSGLT2
       \+/-
●  Furosemida 40mg Vo pela manhã  /TZD
(de alca pode melhorar efeito ieca e melhora edema) dobrar em 2-3m se não tiver melhora do edema ou PA , pois é mais eficaz que TZD  se G3-G5 
      \+/-
● verapamil ou ditialzem 
(antiproteinurico mas nao melhora edema)

outros:
* hidralazina (apresolina)
* clonidina (atensina)
* prasozina

17
Q

dislipidemia no DRC

A

METAS
● LDL < 70
● TAG < 150
● Acido úrico < 7,5

🔴 Estatinas a partir G3, mas G5 SEM BENEFICIO
🔴 ATORVASTINA e FLUVASTATINA:
sem necessidade de correção dose
🔴 Não associar estatina com fibrato
🔴 Sinvastatina e Rosuvastatina max 5-10mg (DRC4-5)
🔴 CIPROFIBRATO se hiperTG > 500

18
Q

diabetes na DRC

A

● Meta de HbA1c < 7%
● EVITAR se TFG < 30 !
Metformina, pioglitazone, sulfoniureias (exceto glipizida), iDPP4 ( exceto linaglitpina), GLP1
*** Se < 30 preferir glipizida

🔴 SGLT2
- contraindicados : Dapagliflozina se ClCr < 25 e a empagliflozina em ClCr < 30ml/min
-beneficio cardiovascular e renal
(pois causa constricção da aferente, diminuindo a pressão intraglomerular alem de causar natriurese e glicosuria)

🔴Metformina
- Reduzir 1/2 da dose se TFG < 45 (max 1000mg)
- Se TFG 30-45, iniciar 500mg, não ultrapassando 1000mg/dia.
- Contraindicada se Clcr < 30

🔴 iDPP4
- unico que nao precisa de ajuste: Linagliptina
- Alogliptina 6,25mg se TFG < 30
- Sitagliptina 25mg se TFG < 30

🔴 Insulina
precisa de ajuste de dose na DRC !!!
– Reduzir a 75% da dose quando TFG 10-50
– Reduzir a 50% da dose quando TFG <10

19
Q

acidose na DRC

A

comum a partir G4 por comprometimetno da reabsorção tubular de HCO3, leva a piora da anemia e do metabolismo mineral osseo, intensificandoa a desmineralizaçaõ por isso é ideal diante de DRC com HCO3 < 22, repor.

● Dieta restrição proteica
● Bicarbonato de Sodio VO
iniciar 500mg 1x/dia e ajuste dose para meta HCO3 > 22

20
Q

HiperK na DRC

A

Acontece por aumento catabolismo celular e pela menor eliminacão tubular pela massa néfrons reduzida. Pode acontecer também pelo uso de ieca/BRA a despeito do efeito nefroprotetor.

CLINICA
-🔹A principal complicaçaõ é arritmias. Dado risco de hiperK pelo ieca/bra, costumamos associar furosemida/hctzd. Alem disso, a acidose pode causar hiperK, por isso, o controle da acidose pode ajudar
-🔹 fraqueza muscular
-🔹 acidose metabolica

nos casos agudos (ver tto hiperK)

nos casos cronicos:
● se K ≥ 6,5: hospital
● se K 6-6,4 assintomático : repetir em 24h
● controle nutricional com dieta
- bons alimentos : abacaxi, maca, pera, limão, morango, ameixa, pepino, alface, pimentão
- evitar cafe solúvel, amendoim, feijão, abacate, beterraba
● cuidado com espironolactona e iECA pois aumentam risco de hiperK em estágios avançados
● evitar medicacoes que podem causar : AINE, heparina, SMX-TMP, BB, digitalicos
● HCO3 se < 22

21
Q

anemia na DRC não dialitica

A

ANemia normo normo hipoproliferativa + ferritina N ou ↑ + IST ↓ + fadiga, cefaleia, dispneia, cognição

Multifatorial:
1- menor EPO pela redução massa néfron
2- deficiencia de ferro por perdas sanguíneas pela disf plaquetária devido a uremia e pela diminuição da absorção do ferro
3- Hiperparatireoidismo 2º reduzindo a absorção Fe
4- Diminuição meia vida das hemácias pela uremia
5- carencia de B12 e acido folico

⏺️ Solicitar sempre para investigar (solicitar 6/6 meses nas DRC 3-5 na presença de anemia ou se em uso de EPO 1/1mes ):
- Hemograma, reticulocitos
- B12, acido fólico
- ferritina, Ferro serico, TIBC
- indica de saturação de transferrina ( IST = Fe / ( TIBC x100)
- sangue oculto fezes

⏺️1-Tratar sempre que Hb baixo mas sempre avaliar antes estoques de ferro e IST, reticulocitos, folato e B12, sangue oculto. Iniciar EPO se Hb < 10 ou Hb > 10 com sintomas (fadiga, cefaleia, dispneia, cognitivo)
🔴 Se Ferritina < 100 e ISAT < 20% :
sulfato ferroso IV respeitando a diluição e o tempo para infusão ou VO por 1-3meses e reavaliar parâmetros 3/3meses excluindo perda sanguinea.
🔸Noripurum 100mg + 100mL SF 0,9% em ≥ 30min
🔸 Noripurum 200mg + 250mL SF 0,9% em 60min
🔴 Se Ferritina 200-700 e/ou ISAT 20-50%
Ferro + ALFAPOIETINA (hemax Eritron)
🔴 se Ferritina > 700 e/ou IST > 50%
ALFAPOIETINA apenas
⏺️2- EPO (darbopoetina ou alfapoietina )
- cuidado com viscosidade do sangue pois pode estar associada a eventos tromboembolicos se Hb > 13
- tentar usar apenas qdo anemia Hb < 10 em pacientes que não respondem a reposição ferro (ver detalhes em resumo)
- alguns indivíduos podem apresentar descontrole pressóricos
- reavaliar estoques de ferro e Hb semanalmente no inicio
- considerar refrataria se doses > 200 UI/Kg de alfapoietina
- uso cauteloso em pacientes com neoplasia ativa ou antecedente
⏺️ 3-Correção B12 e acido folico se necessario

ALVO
🔴 Hb 10-12g/dL (incluindo dialitico)
🔴 DRC nao dialítico : Ferritina > 100 e IST ≥ 20%
🔴 DRC dialitico : ferritina > 200 e IST. > 20%

22
Q

patogênese do distúrbios metabolismo mineral ósseo na DRC

A

REdução da massa nefrons e menor ativação de vitamina D pelo rim, logo há menor absorção de Ca+2 a nível intestinal (pois o calcitriol produzido nos rins esta mais baixo) alem de menor eliminação de fosfato pelo rim com TFG reduzida. Esse aumento de fosforo favorece que Fosfato quele junto do Ca+2, depositando esse complexo em tecidos e vasos, levando a calcificação vascular

A paratireoide percebe ⇩ Ca+2 que foi reduzido pelo excesso de fosfato e daí o fosfato em excesso estimula indiretamente ao baixar os níveis de cálcio a liberação de PTH (hiperparatireoidismo 2º) para aumentar Cálcio serico a partir da desmineralização óssea. Alem disso, o calcitriol que é antagonista ao PTH esta baixo e isso favorece ainda mais o PTH alto que aumenta a reabsorção ossea
- coluna com aparência de camisa de Rugbi
- Tumor osseo marrom
- Lesoes cranianas em sal e pimenta

⇩Ca
⇩Vit D
⬆️ Fosforo (VR 2,5-4,5mg/dL)
⬆️ PTH (VR : 10-60pg/dL) e FA

A acidose metabólica concomitante intensifica ainda mais a desmineralização óssea, pois o osteoclasto retira CAlcio e fosfato do osso com mais facilidade.

CLINICA
- prurido
- dor muscular e perda de forca
- fadiga
- calcificacao vascular com obstrucao coronaria, disfuncao de conducao cardiaca e HVE
- fratura ossea

23
Q

tratamento do DMO na DRC

A

PREVENÇÃO REMODELAÇÃO ÓSSEA INICIADA NO G3 : pois O QUE MAIS MATA O DOENTE RENAL É A DOENÇA MINERAL ÓSSEA. ELE VAI TER MAIS INFARTOS E AVC. ENTROU NA CLASSE 3 JÁ PRECISA SER MONITORADO.

Monitorar se TFG < 60 a cada 6-3 meses :
➖Ca+2 ionico ou Ca total corrigido com albumina
➖PTH, fosforo (ambos em jejum)
➖25-OH-vitamina D
➖ fosfatase alcalina
➖ Densitometria ossea ( bianual): femur, radio distal e coluna lombar

🟥 Metas
● PTH 150-300pg/mL
● vitamina D > 30
● Ca conforme valores de referencia
● P < 4,5 (SEM DIALISE)
● P 3,5-5,5 (DIALISE)

1 - 🔴 Dieta hipofosfatemica
Restrição fósforo < 0,8-1g/dia da dieta a partir G3
● TRATAR acidose qdo HCO3 < 22
* Queijos, frutos mar, chocolate, refrigerante + avaliação nutricional

2- 🔴 Quelante fosforo
Iniciar logo se níveis de fosfato > 5,5 se ja estiver com medidas de dieta ou independente da dieta se > 6
⏺️ Carbonato de cálcio 500mg
Uso na dose 1-2g/dia)
➖ junto as refeições 1-3x ao dia conforme niveis de CA e P
➖ se desenvolver hiperCa com o uso, a dose deve ser reduzida ou trocar para sevelamer
⏺️ Sevelamer- RenagelⓇ
* 01cp 800mg junto com refeição 3x/dia. a dose deve ser ajustada em 01 cp na refeição a cada 2 semanas e pode usar ate dose máxima de 8.000mg conforme niveis de Ca e P
➖uso se refratario ao Calcio VO ou HiperCa em uso de calcio ou PTH < 150 nos dialiticos
➖causa constipação, nausea, vomito

4** 🔴 vitamina D
deve ser administrada quando atingir valores séricos de Fósforo NORMAL e desde que a Cálcio esteja próximo ao normal para aumentar vitamina D
➖ ver detalhes de como usar em
resumo
➖ evitar se hiperCa ou Hiper PO4

4 🔴 Analagos de vitamina d (calcitriol)
- ver detalhes

5** 🔴 ultima linha: Cinacalcete (calcimimetico) NAO USAR SE HIPOCa+
➖ PTH > 800 e Ca > 8,4
➖ PTH 600-800 + Ca persistentemente elevado
➖ para diminuir PTH (manter PTH 150-300)

6- 🔴 se HiperCa + HiperPTH : paratireoidectomia

24
Q

causas outras de elevação da ureia que não DRC

A

● desidratação
● sangramento TGI
● corticoides
● sepse
● alta ingestão proteica
● envelhecimento

25
Q

quando aventar outra possibilidade excepcional de causa de DRC que nao por HAS ou DM

A

paciente > 40 anos + hiperCa + anemia + lesões ósseas + redução da TFG
=
solicitar eletroforese de proteínas na urina para avaliação de MM

26
Q

contraste e DRC

A

evitar gadolínio se TFG < 30

27
Q

hemostasia e DRC

A

aumento do TS (diminuição da agregação plaquetária)

28
Q

medicações que ajudam a retardar progressão da DRC

A

Diminuem a hiperfiltração glomerular
🔴 iSGLT2
🔴 ieca/BRA

29
Q

derrame pericárdico por pericardite uremica

A
  • Dispneia
  • Taquicardia
  • hipotensao
  • Turgencia jugular
  • Bulhas hipofoneticas
  • atrito pericárdico
  • descartar : SCA, malignidade, trauma, infecção

Resolve com dialise e fazer análise do liquido se sinais de tamponamento ou > 8 semanas ou volumoso

30
Q

paciente com DRC em uso de ieca/BRA mas ainda com proteinuria signficativa no EAS

A

+ espironolactona*
ou
+ iSGLT2

*● ● ● O problema é que IECA/BRA, pode aumentar os níveis de K+ e a espironolactona associada pode causar hiperK também, o que limita o uso dessa droga .

31
Q

EPO (alfapoietina) na DRC

A

Apresentações de 1000, 2000, 3000, 4000 UI SC

Iniciar apenas se Hb < 10 ou Hb >10 + sintomas e apenas apos avaliar estoques de ferro:
🔴 ferritina 200-700 ou IST 20-50%: EPO + Ferro VO/EV
🔴 ferritina > 700 ou IST > 50%: apenas EPO

Fazer 50-100UI/Kg UI SC 3x/sem (dialitico)
Fazer 50-100UI/Kg UI SC 1x/sem ou 15/15d (n dialitico)

Reavaliar Hb/Ht com 30dias (esperado que aumente 1pto de Hb) e reduzir a dose 25-50% se houver elevacao de Hb > 1-2mg/dL apos 30dias. Manter por 3 meses o ferro ate corrigir estoques de ferro. Suspender temporariamente se Hb> 13 (risco mortalidade)

CONTRAINDICACOES
- evitar se alergia a albumina
- evitar se recentemente AVC ou SCA ou DAOP
- evitar se sera submetido a cirurgia ortopédica

32
Q

NA DRC quando TFG < 30 (≥ G4)

A

🔴 Suspender sulfouniulreia exceto glipizida
🔴 suspender iSGLT2 se diálise
🔴 suspender GLP1
🔴 suspender/reduzir dose Metformina
🔴 suspender Tiazidico ( exceto clortalidona )
🔴 Ajustar dose insulina
– Reduzir a 75% da dose quando TFG 10-50
– Reduzir a 50% da dose quando TFG <10
🔴 Ajustar dose de idpp4 exceto Linagliptina e evo
🔴 Ajustar dose Betabloqueador exceto carvedilol
🔴 Ajustar dose de ALopurinol a 100mg/d maximo podendo ser em intervalos a cada 1-2dias
🔴 suspender estatina exceto ATORVASTATINA

Nao precisa ajustar medicacoes tireoide, atorvastatin, Linagliptina, carvedilol

33
Q

Anemia na DRC dialitica

A

🔴 Tratar com Ferro EV
Ferritina < 100 e ISAT < 20%
🔸Noripurum 100mg + 100mL SF 0,9% em ≥ 30min
🔸 Noripurum 200mg + 250mL SF 0,9% em 60min

🔴 Tratar com ferro + EPO
se Hb < 10 + ferritina 200-700 e/ou ISAT 20-50%

🔴 apenas EPO
ferritina > 700 e ISAT > 50%

34
Q

Ferro EV no tratamento da Anemia da DRC

A

(Noripurum 100mg + 100mL SF 0,9% em ≥ 30min)
🔴 DRC grau 5 dialitico sempre
🔴 DRC não dialitico (se intolerancia, se refrattario, se Hb muito baixo )

  • 100mg em 10 sessões : IST < 20 + ferritina < 200
  • 100mg 1x/sem: IST 20-40 + ferritina 200-700
  • 100mg 15/15d: IST 40-50 + ferritina 700-800
35
Q

Estatina a ser evitada na DRC

A

Rosuvastatina

36
Q

Qual fórmula usar para calcular ajuste de dose de medicamentos

A

TFG crockouft gsult ( evitar ckdepi e mdrd)

37
Q

sobre uso de ferro venoso

A
  • evitar usar se estiver em vigência de infeccao
  • realizar em ambiente hospitalar pelo risco de anafilaxia
38
Q

causa hematológica de DRC

A

falciforme