Doenças renais hereditárias Flashcards

1
Q

Doença mendeliana/monogénica

A
  • alelos raros
  • penetrância elevada

Fibrose quística/Doença poliquística autossómica dominante

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2
Q

Doenças complexas multifatoriais

A
  • alelos frequentes
  • penetrância baixa

Como o peso individual de cada um destes alelos para a expressão fenotípica é muito baixo, a sua presença não condiciona, por si só, o desenvolvimento de doença

DM2/HTA

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3
Q

Doenças autonómicas dominantes

A

• Distribuição vertical
• Todas as gerações afetadas
• Cada progenitor afetado tem risco de
transmissão à descendência de 50%

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4
Q

Doenças autonómicas recessivas

A

• Distribuição horizontal (associadas a consanguinidade – países muçulmanos)
• Progenitores portadores (não afetados)
Doenças ligadas ao X são também chamadas doenças de “tios e sobrinhos” e têm uma distribuição oblíqua.

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5
Q

Rins poliquísticos
D. autossómica dominante
- GENES
- VIAS DE SINALIZAÇÃO

A
  • GENES
    Mutação no cromossoma 16 - PKD1; 4. PDK2

Two-hit:
PDK1 - interações célula-célula/célula-matriz
PDK2 - transportador dos camais de cálcio não seletivo
+
Mutação somática secundária nas células tubulares epiteliais

  • VIAS DE SINALIZAÇÃO

Quistos formam-se e expandem no córtex e medula -> Compressão dos vasos -> ativação renina-angiotensina-aldosterona -> isquémia -> destruição

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6
Q

Rins poliquísticos
D. autossómica dominante
- CLÍNICA

A

Renal
hematúria, dor no flanco, infeções recorrentes, DRC, nefrolitíase

Extrarenal

  • quistos hepáticos, pancreas, ovários, baço e testículo
  • aneurisma cerebral
  • HTA
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7
Q

Rins poliquísticos
D. autossómica recessiva
- GENES
- VIAS DE SINALIZAÇÃO

A
  • GENES e VIAS DE SINALIZAÇÃO

Mutação PKHD1 gene no cromossoma 6 -> fibrocisteína em défice -> dilatação quística no tubo coletor e biliar

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8
Q

Rins poliquísticos
D. autossómica recessiva

CLÍNICA

A

RENAL
IRC
OLiguria in utero
Alargamento art renal bilateral

EXTRA-RENAL
HTA
Fibrose hepática congénita -> insuficiência hepática e hipertensão portal

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9
Q

Rins poliquísticos

TTO

A
- Disfunção renal:
IECA/ARA - HTA
Tolvaptan - <50A, Perda de TFG 5ml/min
Evitar subs tóxicas
Evitar ADH

Casos severos:

  • transplante renal
  • diálise peritoneal/hemodiálise
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10
Q

Síndroma nefrótico - padrão glomeroloesclerose focal

A
  • primária
  • vírus -> IVAN
  • associada a fármacos (heroína)
  • genética
  • APOL1
  • adaptativa: obesidade mórbida, rins únicos em idades precoces, anemia das células falciformes, refluxo VU
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11
Q

Barreira de filtração:

A
  • Endotélio – fenestrado, deixa passar proteínas
  • Membrana basal glomerular – gel, deixa passar proteínas
  • Fenda diafragmática – delimitada por uma estrutura associada ao citoesqueleto das terminações dos pedicelos; assegura a integridade do processo de filtração seletiva a nível da parede capilar

As proteínas não passam devido à fenda diafragmática (e não devido ao endotélio ao à membrana basal glomerular).
Quanto há uma anomalia estrutural desta fenda (por exemplo por lesão podocitária) ela desaparece, resultando em proteinúria. Nas imagens de microscopia eletrónica, esta anomalia estrutural traduz-se na fusão dos pedicelos ou apagamento dos podócitos.

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12
Q

Síndrome nefrótico idiopático

A

Há um fator circulante, provavelmente uma citoquina, daí a necessidade de imunossupressão e, por vezes, de plasmaferese. Pela mesma razão, após transplantação renal há recidiva. Apesar do rim estar íntegro, o fator circulante altera a estrutura da fenda diafragmática, permitindo a passagem de proteínas através da parede capilar e do túbulo proximal, resultando em lesões de esclerose glomerular e fibrose túbulo-intersticial. Sendo corticossensível, após várias recidivas, os doentes podem tornar-se corticodependentes (precisando de doses cada vez maiores e dificultando o desmame).
Se corticorresistente, assume-se anomalia estrutural da parede capilar e suspende-se a imunossupressão. Deste modo, caso o doente progrida para a fase terminal da doença, após transplante renal, não haverá recidiva.

Os genes e respetivas formas de transmissão dos fenótipos é diferente nas idades pediátricas vs. adultos:
• Nas formas congénitas de síndrome nefrótico, entre os 0 e 3 meses, predominam as variantes patogénicas associadas ao gene NPHS1, que codifica a nefrina.
• Nas formas adultas, predominam as variantes patogénicas associadas ao gene TRPC6 (canal de sódio) ou ao INF2 (formina invertida); no entanto, como já vimos no caso clínico, as variantes patogénicas associadas ao gene NPHS2 (codifica a podocina) estendem-se ao longo de todas as faixas etárias analisadas.
Nas idades pediátricas, os genes envolvidos condicionam fenótipos de transmissão recessiva. Isto é importante para o diagnóstico, por exemplo, na caso de uma criança, apesar de não haver ninguém afetado na família, não significa que a criança não possa ter uma doença hereditária.
Nas variantes adultas, condicionam formas de transmissão autossómica dominante. Assim sendo, é frequente haver outro indivíduo afetado na família.

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13
Q

Genes COL4A3, COL4A e COL4A5 - associados a síndrome de alport - causa imp para SNCR

A

.

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14
Q

Nefropatia associada a APOL1 na AA

A

Atividade tripanolítica sérica - tripanossoma (infeção pelo protozoário endémica)

Quem possui variantes polimórficas G1 e G2 tem maior atividade tripanolítica no soro

A presença destes 2 alelos na população afroamericana determina maior risco de:

  • nefropatia não diabética e e hipertensiva
  • FSGS idiopática (colapsante)
  • HIVAN
  • Nefrite lúpica
  • Nefropatia falciforme
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15
Q

Nefrotoxicidade de APOL1 e organelos

A

• APOL1, que também existe no soro, ligado às partículas HDL, quando fagocitado pelo protozoário, no meio relativamente ácido das vesículas endolisossomais, assume a conformação de um poro que, ao inserir-se na membrana mitocondrial causa disrupção do metabolismo e consequente morte do protozoário.
• As células tubulares renais também expressam o APOL1 que, novamente no meio ácido das vesículas endolisossomais, assume também uma diferente conformação e pode inserir-se na mitocôndria da célula tubular, na célula epitelial renal (incluindo
célula podocitária) ou na membrana citoplasmática.
Na presença de estas variantes polimórficas G1 e G2, há maior tendência para formar poros e levar à lise das membranas citoplasmática ou mitocondriais

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16
Q

Polimorfismo afetam 3 locais - Seria 342, Isoleucina 384, Inserção ou deleção destes 2 aminoácidos

No APOL1, ao estarem muito próximos, têm maior tendência para serem transmitidos em blocos. A isto chama-se desequilíbrio de ligação ou linkage

A

.

17
Q

No estado atual da evolução da espécie humana, detetam-se os haplótipos:
• + (“mais”) – existe quase exclusivamente nos caucasianos
• G1 GM, G1 G e G2 D6 – 30% dos cromossomas dos indivíduos afroamericanos ou da África
subsariana têm um destes alelos (G1 tem 2 haplótipos)

A

.

18
Q

Doença multifatoriais - variante alélica G1 ou G2 do APOL1 confere maior risco para HIVAN nos doentes que têm infeção por HIV

A

.

19
Q

HIVAN

  • > Definition: a type of collapsing focal segmental glomerulosclerosis that develops in patients with advanced HIV
  • > Risk factors: poorly controlled HIV, African descent

-> Clinical manifestations
Edema
See “Nephrotic Syndrome”
Severe disease may present with signs of uremia.

-> Diagnostics
Nephrotic range proteinuria (> 3 g in 24 hours)
Elevated serum creatinine
Kidney biopsy: collapsing FSGS, microcystic tubular dilatation, interstitial inflammation, and podocyte proliferation

-> Management
Initiate ART (if not already started).
ACE inhibitors or ARBs (e.g., fosinopril) in consultation with nephrology and infectious disease specialists

A

.