Doenças do Ovário Flashcards

1
Q

Anatomia dos Ovários

A
  1. Estruturas intraperitoneais, sólidas
  2. Na nulípara ocupam a fossa ovárica (fossa de Waldeyer) de formato triangular, limitada pela artéria ilíaca interna, ureter e ligamento largo na parede lateral
  3. No pós parto fica em posição mais inferior na cavidade
  4. Vascularização pelas artérias ovariana dos ramos da aorta abdominal que transitam pelo ligamento infundíbulo-pélvico (perifericamente)
  5. Circulação venosa pelo plexo pampiniforme que drena p/ veias ovarianas à direita p/ cava inferior e à esquerda para veia renal
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2
Q

Camadas do ovário

A
  1. Córtex: camada externa com epitélio germinal que origina os folículos
  2. Medula: estroma de tecido conjuntivo frouxo com maior número de fibras elásticas e com vasos espiralados
  3. Hilo (rete ovarii): onde se insere as fibras nervosas e vasos sanguíneos
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3
Q

Função do ovário

A
  1. Funções gametogênicas e endócrinas: eixo H-H-O regula síntese e liberação das gonadotrofinas (FSH e LH na hipófise)
  2. No ovário o FSH induz maturação folicular e síntese de E e P
  3. LH estimula secreção de andrógenos e luteinização dos folículos pós-ovulatórios
  4. 5 fases de desenvolvimento folicular: folículos primordiais → primários → secundários → terciários → Graff (pré-ovulatório)
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4
Q

Classificação dos tumores ovarianos benignos

A
  1. Tumores não neoplásicos:
    1. Cisto folicular, cisto do corpo lúteo e cisto tecaluteínico (são cistos funcionais)
    1. Edometriomas (hemossiderose,aspecto achocolatado), abscesso tubo-ovariano, ovário policísticos
  2. Tumores proliferativos (neoplásicos):
    1. TU epiteliais: cistoadenoma seroso e mucinoso
    1. TU de céls germinativas: teratoma cístico benigno
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5
Q

Classificação dos tumores ovarianos benignos

*Durante periódo reprodutivo (20-44 anos) 80% são benignos

A
  1. Tumores sólidos benignos: fibroma, TU de Brenner, Luteoma da gravidez
  2. Tumores funcionantes:
    1. Feminilizantes: tecoma, tumor de céls hilares, gonadoblastoma
    1. Virilizante
    1. Struma ovarii
  3. Tumores limítrofes
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6
Q

Predomínio das dçs benignas de acordo com a faixa etária

*Pós-menopausa maior risco de malignidade

A
  1. Infância: tumores de céls germinativas* e cisto funcional → maior mobilidade e propensão torção/lesão isquemica
  2. Adolescência: cisto funcional, gravidez ectópica (GE), teratoma, TU ovariano epitelial
  3. Menacme: cistos funcionais do ovário, endometriomas, tumores epiteliais (cistoadenoma seroso e mucinoso), GE
  4. Perimenopausa: TU ovariano epitelial, cisto funcional
  5. Pós-menopausa: TU ovariano (maligno* ou benigno), cisto funcional
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7
Q

Cisto Folicular (Menacme)

*Ausência de neoformação vascular

A
  1. Cisto funcional mais comum
  2. Cisto simples com >3 cm
  3. Origina-se de um folículo estimulado pelas gonadotrofinas hipofisárias que não se rompeu no ciclo
  4. Mais comum na puberdade entre 12-14 anos, mas podem estar presentes desde o nascimento
  5. Se resolvem espontaneamente em 4-8 semanas com conduta expectante (80%)
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8
Q

Cisto do Corpo Lúteo ou Luteínico (Menacme)

*Rotura faz dxx c/ gravidez ectópica (dor pélvica, hemorragia e hipersensibilidade bilateral ao exame pélvico)

A
  1. Resulta do corpo amarelo que se tornou cístico por hemorragia excessiva na cavidade folicular
  2. Pode ser causado por acúmulo anormal de líquido cístico (estímulo excessivo do LH)
  3. Tem regressão espontânea na maioria
  4. Maior risco de rotura e hemorragia (vascularização) do lado direito* (20º-26º dia do ciclo ou no coito)
  5. Conduta conservadora em casos de estabilidade e se hemoperitônio abordagem cx
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9
Q

Cisto Tecaluteínico

A
  1. Cisto funcional menos comum
  2. Bilaterais e incidem na gravidez especialmente nas gestações molares
  3. São multicísticos e podem atingir grandes dimensões e tendem a regredir espontaneamente
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10
Q

Torção Anexial

*Causa cirúrgica de abdome agudo na mulher

A
  1. Torção do pedículo de um ovário, tuba uterina ou de um cisto paratubário resulta em isquemia e em rápido início de dor pélvica aguda
  2. Associada ou não a cisto, pode ocorrer em ovário normal (pré-púberes)
  3. QC: náusea/vômito, massa pélvica, leucocitose, elevação da tempratura
  4. Se ausência de infarto: desfazer torção e fazer cistectomia
  5. Se necrose: ooforectomia
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11
Q

Cistoadenoma Seroso

  • 20% são malignos e 5-10% limítrofes
  • Massa pélvica
A
  1. TU epitelial originado epitélio superficial do ovário
  2. Incidência entre 20-50 anos
  3. São multiloculares
  4. Corpos de Psammoma: granulações calcificadas espalhada pelo tumor identificada ao RX
  5. Assitomáticos
  6. TTO: cirurgia c/ preservação ovariana e biópsia
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12
Q

Cistoadenoma mucinoso

  • 15% dos tumores benignos
  • Massa pélvica
A
  1. São mais volumosos c/ grandes tumores abdominais
  2. Entre 3ª-4ª década
  3. Complicação: PSEUDOMIXOMA PERITONEAL, secreção de material mucinoso/gelatinoso formando ascite e recidiva
  4. TTO: cx c/ ooforectomia preferível
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13
Q

Causas de Pseudomixoma peritoneal

A
  1. Carcinoma Mucinoso: mais comum
  2. Cistoadenoma Mucinoso
  3. Tumor de colo
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14
Q

Teratoma Cístico Benigno (Dermoide)

  • Risco de torção quando pequeno
  • USG: ecos brilhantes, sombras ac´sticas, parede espessa
  • Massa pélvica
  • Não secreta marcadores tumorais
A
  1. Normalmente unilateral
  2. Risco de malignidade raro (1%) maior pós-menopausa c/ Carcinoma de céls escamosas
  3. Combinações variadas de ectodérme, mesoderme, endoderme (céls diferenciadas) → folículos pilosos, sebáceo, dente, osso
  4. Maior incidência na menacme (30 anos)
  5. Complicação: torção do pedículo (excesso gordura)
  6. TTO: cx
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15
Q

Fibroma (TU sólido benigno)

A
  1. Turmo do cordão sexual mais comum
  2. Deriva das céls estromais da granulosa, mas não tem atividade hormonal
  3. Associação c/ ascite (10-15%), hidrotórax (1%) o que caracteriza Sd de Meigs
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16
Q

Tumor de Brenner (TU sólido benigno)

A
  1. Ninhos de céls de Walthard
  2. Epitélio transicional
  3. Raramente tem transformação maligna
  4. Pode estar associado à Sd de Meigs
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17
Q

Síndrome de Meigs

*Geralmente ocorre de doenças benignas do ovários (mais frequente é o fibroma)

A
  1. Tumor de ovário + Ascite + Derrame pleural
  2. Associado à TU sólido benigno (fibroma, Brenner, Krukenberg)
  3. Pressão intratorácica negativa c/ passagem de líquido atraves do diafragma (poros)
  4. Síndrome se resolver ao retirar o tumor
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18
Q

Luteoma da Gravidez (TU sólido benigno)

A
  1. Raro, sólido, pode ser bilateral e fazer aumento do ovário
  2. 25% se associam a virilização e tem início no 2º Trimestre de gestação
    1. Produz testosterona - Androluteoma
    1. Pode ocorre masculinização do feto feminino
  3. Maioria regride espontaneamente, mas persistência indica cx
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19
Q

Tecomas (tumor funcionante)

A
  1. Origina do estroma cortical dos ovários
  2. Predomínio na pós-menopausa
  3. Em 75% produzem estrógeno
  4. TTO: ooforectomia
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20
Q

Gonadoblastomas

A
  1. Tumor misto, constituído por elementos germinativos (disgerminoma)e do cordão sexual (céls granulosa e de Sertoli)
  2. Podem produzir androgênios e estrogênio
  3. Pctes c/ disgenesia gonadal e cromossoma Y tem alto risco p/ desenvolver o turmo, indicado gonadectomia
  4. TTO: ooforectomia
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21
Q

Struma Ovarii

A
  1. Variante do teratoma cístico madura
  2. Predomínio de mais de 50% de tecido tireoidiano
  3. Produção ectópica de hormônios tireoidianos e 5% desenvolvem Tireotoxicose
  4. Possui baixo potencial maligno
22
Q

Abordagem Dx dos tumores ovarianos benignos

  • Massas inflamat´roias e cistos de corpo lúteo pode mimetizar maligndade (baixa resistência ao doppler) c/ alta taxa de falso-positivo isolado
  • Não faz análise citológica do cisto p/ fins dx
A
  1. Anamnese e ex físico: pré-menoausa, sintomas inespecíficos, assintomático
  2. USGTV: diferencia massa cística de sólida
  3. Dopplerfluxomeria: reduz falso-positivo
  4. RM: alteranativa à USGTV (teratomas)
  5. CA-125: mais sensível p/ TU epiteliais serosos***
  6. Outros marcadores tumorais: alfafetoproteina, hCG, LDH, CA-19-9 (TU mucinosos)
23
Q

Características USG das massas ovarianas BENIGNAS

A
  1. Volume do tumor: <8 cm
  2. Aspecto da parede interna: regular
  3. Aspecto do conteúdo: unilocular, cístico
  4. Septações: se presentes finas
24
Q

Características USG das massas ovarianas MALIGNAS

A
  1. Volume do tumor: >8 cm
  2. Aspecto da parede interna: irregular
  3. Aspecto do conteúdo: multilocular, misto
  4. Septações: grosseiras, espessas >3 mm
25
Q

Observações IMPORTANTES

A
  1. Cistos funcionais são pequenos (<5 cm), uniloculares e paredes internas lisas
  2. Cistos neoplásicos: maiores >5 cm, multiloculares, áreas sólidas, irregularidade na parede interna
  3. Cistos uniloculares de todos tamanhos geralmente são benignos (98%)
  4. Cistos malignos tem septos grossos, mal delimitados, irregulares e se associa com ascite*
  5. Massas multilobulares são mais malignas tanto na pré e na pós-menopausa
  6. TU c/ partes sólidas ou mistas são no geral malignas (achado sólido interno)
  7. Tumores totalmente sólidos são raros e só 16% são malignos
  8. Cisto c/ diâmetro >8-10 cm tem alta malignidade
  9. Bilateralidade à USG aumenta 3x risco de malignidade*
26
Q

Tratamento Tumores Benignos

*Risco de em cças ser maligno em 80%

A
  1. Geralmente conservador com retirada só do tumor
  2. ACO reduz risco de cisto ovarianos subsequentes
  3. Evitar cx pelo risco de aderêcia pélvica
  4. Cx se dor ou lesões suspeitas por via laparoscópica: TU sóldios, císticos pré-púberes, císticos >5 cm e por >6 meses, TU misto, >10 cm, CA-125 >200, ascite, hx familiar CA
  5. Na pós-menopausa cx: cistos >5 cm, sintomática, CA-125>35 e ascite/metástase
27
Q

Doenças Malignas dos ovários

A
  1. TU de difícil dx e menor chance de cura (alta letalidade)
  2. 3/4 já se apresentam em estágio avançado no dx
  3. Disseminação SEMPRE PERITONEAL precoce de metástase
  4. Teoria epitélio da superfície ovariana: ambiente pró-inflamatório (ovulação) c/ expressão de cistos de inclusão e biomarcadores
  5. Teoria epitélio das fímbrias da tuba uterina (cistos de inclusão)
28
Q

Fatores de Risco para Câncer de Ovário

  • Maior tempo do ovário funcionando
  • Semelhante ao CA mama
A
  1. HISTÓRIA FAMILIAR (principal FR)
  2. Mutação BRCA 1 e 2
  3. Sd de Lynch (CA ovário-cólon autoss. dominante) ou Sd CA mama-ovário hereditária
  4. IDADE >60 anos (mais velhas que da mama)
  5. Menacme longa
  6. TABAGISMO: CA mucinoso
  7. NULIGESTA
  8. Uso indutores de ovulação
  9. Raça branca
  10. Dieta rica em gordura/ obesidade >30
  11. Endometriose
29
Q

Fatores de Proteção para Câncer de Ovário

*Inibem fç ovariana

A
  1. Amamentação (↑ anovulação)
  2. ACO: única quimioprevenção comprovada p/ CA ovário
  3. Laqueadura tubária ou fimbriectomia: ↓ fluxo sanguíneo e migração
  4. Salpingo-ooforectomia profilática: indicada p/ mulheres c/ mutação BRCA 1 e 2
30
Q

CA ovário

A
  1. Não há rastreio para baixo risco, pois não há rastreio efetivo que impacte na redução das taxas de mortalidade p/ Ca ovário
  2. Dx: avaliação clínica e USG PRECOCE (dopplefluxometria pode auxiliar)
  3. Sintomas são inespecíficos, pouco sintomáticos, silenciosos e alta letalidade
  4. Exame pélvico, CA-125, USGTV NÃO reduz mortalidade de CA de ovário e nem aumentam taxa sobrevida
31
Q

CA ovário - Clínica

A
  1. Plenitude gástrica, saciedade precoce, dispepsia ou distensão abdominal e constipação
  2. Dor abdominal leve a moderada
  3. Massa ovariana palpável ao toque bimanual ou abdominal
  4. Dispneia, sangramento vaginal, inchaço em mmii (edema)
  5. Emagrecimento, ascite
32
Q

Benigno x Maligno

A
  1. Pré-púbere: 50% é maligno
  2. Menacme: maioria benigno por cisto funcional
  3. Pós-menopausa: maior risco de malignidade
33
Q

USG no CA Ovário

  • Primeiro exame a ser solicitado na avaliação de massa anexial → SUSPEITA
  • Baixa resistência doppler indica que não há dificuldade ao fluxo sanguíneo(= neovascularização)
  • Se não é suspeita = conduta expectante e repetir USG em 6 meses*
A
  1. S ólida (não anecoica) → hiperecogênica
  2. U SG doppler de ↓ resistência (<0,4 e índice pulsatilida <1,0)
  3. S eptada (espesso/grossa)
  4. P apilas
  5. E espessamento de parede
  6. I rregular
  7. T amanho >8 (CA ovario)
  8. A ntes/pós menacme
34
Q

Critérios de Sassone (linha clara) em benigno x maligno

Se não é suspeita = conduta expectante e repetir USG em 6 meses

A
  1. Benignos: massa na menacme, <8cm, unilateral, cápsula fina, lisa e intacta, homogêneo (anecoico), unilobular, móvel, fluxo de ↑ resistência doppler
  2. Maligno: massa pós-menopausa ou pré-púbere, bilateral, >8 cm, cápsula espessa, heterogênea, multilobular, papilas intracísticas, aderente, fluxo ↓ resistência Doppler e neovascularização ao Doppler
35
Q

Observações do CA ovário

A
  1. Dx nas fases iniciais (tumor confinado) geralmente ocorre por detecção de tumor anexial assintomático no exame pélvico rotineiro
  2. Solicitação de USG é mandatório na pós-menopausa se volume, ascite, sintomas
  3. Dx laparoscópico incidental é incomum
  4. Presença de massa pélvica sólica, fixa, bilateral, heterogênea sugere malignidade
  5. Ascite e derrame pleural pode ocorrer na dç ovariana benigna (Sd; Meigs)
36
Q

Marcadores Tumorais

A
  1. CA-125: tumores de linhagens epiteliais (os mais comuns*).
    1. Não é específico (endometriose, DIP, mioma)
    1. Se achar massa anexial deve ser solicitado
  2. D esidrogenage (LDH): D isgerminoma, teratoma imaturo (tecidos embrionários fetais*)
  3. hCG e alfaFETOproteína: Embrionário (teratoma, disgerminoma, coriocarcinoma, saco vitelínico, céls Sertoli-Leydig)
  4. CA-19-9: tumores epiteliais MUCINOSOS
  5. CEA (carcinoembriônico): tumores epiteliais mucinosos
37
Q

Diagnóstico e Estadiamento do CA ovário

A
  1. É CIRÚRGICO: laparoscopia (disseminação p/ outros sítios)
  2. Estadiamento: laparoscópico
  3. A dç é estadiada e tratada ao mesmo tempo (estadiamento cx já é terapêutico)
  4. O estadiamento de TODOS CA ginecológicos é cx, exceto colo útero
38
Q

CA ovário mais comum em crianças

A
  1. DISGERMINOMA
    1. TU Germinativo maligno mais comum em cças
  2. AlfaFETOproteína e hCG
  3. Outros:Teratoma, struma ovarii, carcinoma embrionário, coriocarcinoma, gonadoblastoma
39
Q

CA ovário maligno mais comum

A
  1. ADENOCARCINOMA SEROSO* (epitelial c/ 42%)
  2. Origem epitelial ocorre em 65-70% e adenocarcinomas em 80-90% malignos
  3. Outros epiteliais: mucinoso (12%), endometrioide (15%), céls claras (6%), papilífero, Brenner
  4. Transformação maligna do epitélio da superfície ovariana (celômico)
40
Q

CA ovário maligno que causa PseudoMixoma

A
  1. Adenocarcinoma MUCINOSO
  2. Secretor de mucina
  3. TU ovariano que atinge maiores dimensões (até 1 m) podendo ocupar toda cavidade abdominal
  4. Elevação de CEA e resposta parcial à QT
41
Q

Tumores de ovários malignos derivados do estroma gonadal e cordões sexuais

A
  1. TU de céls granulosa (tecagranulosa): Corpúsculo de Call-Exner (= folículo primordial), pseudopuberdade precoce, hiperplasia/CA endometrail, dç cística mama
  2. Tecoma
  3. Arrenoblastoma
  4. Fibroma
  5. TI céls Sertoli e Leydig
  6. Ginandroblastoma: virilização
42
Q

Tumores Serosos

A
  1. Secretam líquido serosos (céls secretoras tubárias)
  2. Corpos de Psammoma (aderências)
  3. Áreas de granulação calcificada fina
  4. Benignos: cistoadenoma seroso é mais frequente e pode malignizar
  5. Limítrofes
  6. Malignos: invasão do estroma, mais velhas e maligno mais comum
43
Q

Tumores Endometrioides

A
  1. Associação c/ endometriose em 10-20%
  2. Potencial maligno da endometriose é muito baixo, mas pode ocorrer transição maligna
  3. Padrão adenomatoso
  4. CA-125 alto
  5. Macroscopicamente: depósito de hemossiderina e coloração achocolatado
44
Q

Tumor de Krukenber

  • 30-40% da metástase p/ ovário
  • Geralmente bilaterais (80%)
A
  1. Geralmente são 1ºs gástricos (céls em anel de sinete*)
  2. Quando metastizam p/ ovário recebem esse nome (disseminação linfática)
  3. Encaminhar p/ um gastrologista
  4. Pode causar Síndrome de Meigs (em menor proporção que os fibromas*)
  5. Pode estar associado a carcinoma mucinoso (mama)
  6. Geralmente bilaterais cresce no estroma ovariano com produção de mucin intracelular
45
Q

Tumores de céls claras

A
  1. Diversos padrões histológicos básicos: tubulocístico, papilar, reticular, sólidos
  2. Céls claras e céls em cabeça de prego que projetam seus núcleos p/ citoplasma apical
  3. É o de pior prognóstico entre os epiteliais (metástases precoce)
46
Q

Disgerminoma

A
  1. Tu céls germinativas malignas mais comum em cças/adolescentes (30-40%)
  2. É a malignidade ovariana mais comum observada na gravidez
  3. Crescimento rápido, unilateral, sintomas compressivos e abdome agudo, massa inferior e aumento volume abdominal
  4. São encontrados em ambos sexos e em sítio gonadais ou extragonadais
    1. Disgenesia gonadal pura ou mista, e Sd insensib completa aos androgênios (Morris)
47
Q

Disgerminoma

  • Apresenta mais relação c/ o LDH +
  • Apresenta marcadores tumorais negativos (sem elevar alfafetoproteína,BhCG)
A
  1. Secreta LDH ou hCG
  2. Histopatológico: céls gigantes multinucleadas e nucléolos proeminentes, estroma infiltrado por linfócitos e granulomas
  3. Único maligno que possui taxa de bilateralidade baixa de 10-20%
  4. Predileção por disseminação linfática (para-aórticos)
  5. Sensibilidade à QT e RT, mas tto é cx c/ exérese
  6. TTO conservador no estágio Ia tem excelente px (90%)
48
Q

Tumores Germinativos de Ovários (malignos)

*LDH, hCG e alfaFETOproteína aumentados

A
  1. Disgeminoma: mais comum e costuma não apresentar marcadores tumorais, só de LDH
  2. Teratoma imaturo: tecido embrionário e fetais de grau 1 a 3
  3. TU do seio endodérmico ou CA saco vitelino ou do Yolk SAC: Corpúsculo de Schiller-Durval, 100% unilaterais e o de pior px dos germinantivos. Apresenta secreção de marcadores tumorais.
  4. Carcinoma embrionario: secretor de E e pseudopuberdade precoce e hemorragia genital irregular → elevado alfafetoproteína e B-hCH***
49
Q

Disseminação CA ovário maligno

A
  1. Transcelômica: mais comum e precoce (esfoliação das céls que implantam na cavidade peritoneal)
  2. Continuidade ou Extensão direta
  3. Linfática: mais tardio pelo ligamento infundíbulo pélvico p/ linfonoso para-aórticos e ao redor da veia cava
  4. Hematogênica: RARA e só se avançada
50
Q

Sítio mais comum de METÁSTASE do CA ovário

A
  1. Fígado, seguido do pulmão e cérebro
  2. Avaliação rigorosa da cavidade abdominal e peritoneal (estadiamento)
  3. Estadiamento: laparoscópico
51
Q

Tratamento do Câncer Maligno

  • CX + QT (isolada ou combinada e NÃO faz RT)
  • Apendicectomia se mucinoso
A
  1. Laparotmia: diagnóstico, estadiamento e tratamento
  2. Lavado + biópsias peritoneais + histerectomia total + anexectomia bilateral + omentectomia infracólica + ressecar implantes e linfonodos pélvicos e para-aórticos
  3. Idade fértil IA (Apenas 1 ovário acometido) e G1 (bem diferenciado): avaliar salpingooferectomia unilateral
  4. QT adjuvante: sempre, exceto se IA e IB (bilateral) não sendo indiferenciado* (apenas cx isolado)
52
Q

Estadiamento ovariano

A
  1. Estádio I: limitado ao ovário ou tuba de falópio
    1. IA: tumor limitado apenas a 1 ovário ou tuba
    1. IB: tumoral Bilateral /ambos
    1. IC: tumor limitado ao ovário ou tuba c/ evento de risco metástase
  2. Estádio II: extensão p/ pelve (carcinoma 1º peritônio)
  3. Estádio III: dç além da pelve sempre c/ confirmação cito-histológica
  4. Estádio IV: metástase à distância excluindo metástase peritoneal