Doenças do Colo Uterino Flashcards

1
Q

Conceitos no Câncer de colo de útero

A
  1. Problema de saúde pública, que vem diminuindo em países em transição socioeconômica devido progmas de prevenção
  2. Incidência maior em países menos desenvolvidos
  3. Em geral CA cervical começa aos 30 anos e aumenta risco 50-60 anos
  4. Mais comum: Carcinomas de células ESCAMOSAS (85-90%), seguido pelo adenocarcinoma
  5. Principal fator de risco p/ desenvolvimento: HPV
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2
Q

Infecção por HPV

A
  1. É a IST mais comum do mundo
  2. 90% regridem espontaneamente em 6-18 meses
  3. Mais comuns: 16 e 18 (faz neoplasia anogenital)
  4. Desenvolvimento de neoplasia depende da persistência da infecção e associação a outros FR (tabagismo, imunossupressão)
  5. Vacina não protege contra todos subtipos oncogênicos
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3
Q

Colo Uterino

A
  1. Ectocérvice (vagina): epitélio escamoso e estratificado
  2. Junção Escamocolunar (JEC): dentro do canal cervical (infância, pós-menopausa) ou na altura do OE ou p/ fora desse c/ ectopia ou eversão (menacme)
  3. Endocérvice (canal cervical): epitélio colunar simples (produtoras de muco por céls cilíndricas)
  4. Na menacme a JEC fica em contato c/ ambiente vaginal ácido podendo forma novo epitélio: Terceira mucosa ou zona de transformação → pode obstruir ductos excretores e originar os Cistos de Naboth (Achados NORMAIS)
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4
Q

Conceitos do Colo Uterino

A
  1. Epitélio colunar (cilíndrico) simples: região endocervical, única camada de céls p/ secretar muco
  2. Epitélio escamoso estratificado não queratinizado: ectocérvice, várias camadas de céls que faz proteção que reveste tb fundo de saco e vagina
  3. JEC: ponto de encontro entre colunar e escamosos que se modifica em cada faixa etária → no OE tem colo uterino padrão
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5
Q

Metaplasia escamosa do colo uterino

A
  1. Indica substituição fisiológica do epitélio colunar evertido na ectocérvice por um epitélio escamoso
  2. É um processo FISIOLÓGICO na menacme → NÃO INDICA TTO
  3. É um processo irreversível
  4. Na maioria se converte em epitélio escamosos metaplásico maduro = escamoso original (contém glicogênio)
  5. Minoria se transforma em epitélio atípico por influência do HPV
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6
Q

Conceitos em Metaplasia escamosa do colo uterino

A
  1. Zona de Transformação (ZT): região do colo onde metaplasia escamosa ocorre e onde se localiza 90% das lesões precursoras ou malignas do colo
  2. Ectopia ou ectrópio: JEC ativa deslocada p/ fora do OE do colo uterino → mácula rubra
  3. Cisto de Naboth: pode ocorrer pelo processo metaplásico por oclusão das criptas endocervicais pelo epitélio escamosos metaplásico c/ aspecto peroláceo → Indica área de metaplasia
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7
Q

HPV (papilomavírus humano)

A
  1. É causa necessária p/ desenvolvimento do câncer de colo do útero
  2. Infecção comum → 80% das sexualmente ativas irão adquirir
  3. É um fator necessário, mas não suficiente p/ desenvolver o CA do colo uterino
  4. Maioria transitória e regride espontaneamente, entre 6 meses a 2 anos após exposição
  5. Na minoria que persiste no geral é causada por um tipo viral oncogênico
  6. Maioria dos infectados são assintomáticos
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8
Q

Aspectos que influenciam na desenvolvimento da lesão persistente do HPV

A
  1. Tipo e carga viral oncogênica do HPV (16* e 18)
  2. Idade > 30 anos
  3. Tabagismo
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9
Q

Lesões de colo de útero

A
  1. Lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (LSIL): refletem a manifestação citológica da infecção pelo HPV e não representam lesões verdadeiramente precursoras do CA do colo de útero, regredindo espontaneamente na maioria
  2. Lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (HSIL): apresentam efetivamente potencial para progressão → sua detecção é primordial p/ prevenção 2ª
  3. Lesão precursoras encontradas progridem em 10-15 anos (processo lento)
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10
Q

Infecção pelo HPV

A
  1. Principal FR p/ CA colo
  2. É um parasita intracelular, que acelera a velocidade das mitoses celular e ⬆︎ chance de atipias (interage gene supressores de tumor p53 e erb)
  3. Há 12 de ⬆︎ risco p/ CA: 16*, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59
  4. O 16 e 18 causam 70% dos CA (mais mitogênicos*), sendo tb responsáveis por 90% do CA ânus, 60¨de vagina e 50% vulva
  5. O 16 é mais frequente no CA de céls ESCAMOSAS
  6. O 18 é responsável po 20% dos tumores e o mais comum entre os Adenocarcinomas
  7. O 6 e 11 de baixo risco p/ CA e causa maioria dos condilomas genitais e papilomas laríngeos s/ risco p/ malignidade (outros 42,43 e 44)*
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11
Q

Fatores de Risco para CA colo uterino

A
  1. Infecção pelo HPV: principal fator p/ desenvolvimento de atipias na zona de transformação (99%)
  2. Coitarca ou sexarca precoce (<16 anos)
  3. Vários números de parceiros sexuais
  4. Outras ISTs (herpes, gonorreia, sífilis)
  5. Uso de ACO por comportamento sexual
  6. Deficiência de vitamina A* e C
  7. TABAGISMO: efeitos carcinogênico da nicotina e cotinina no muco cervical
  8. Imunossuprimidos: HIV, LES, DM, corticoide
  9. Deficiência de alfa-1-antitripsina (+ em negros)
  10. Baixo nível socioeconômico
  11. Outros: multiparidade, desnutrição, má higiene genital…
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12
Q

Sintomas do Câncer de colo uterino

  • Propagação por contiguidade ou via linfática/hematogênica
  • Sintomas só quando avançados
A
  1. LSIL: maioria assintomático
  2. Câncer: sangramento vaginal anormal, leucorreia e dor pélvica. Pode aparecer lesões tumorais.
  3. Toque retal: avaliação infiltração dos paramétrios (avalia volume tumor, extensão)
  4. Lesões tipo couve-flor: vegetações na ectocérvice
  5. Lesões de aspecto nodular: infiltrativas e endurecidas
  6. Ulcerações (odor)
  7. Lesões tipo barrel-shaped (formato de barril): expansão p/ endocérvice
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13
Q

Prevenção Primária do HPV (Vacina de VLP)

  • Diminuição do risco de contágio
  • Uso de preservativos sempre
A
  1. Vacina bivalente: HPV 16 e 18
  2. Vacina quadrivalente: 6, 11, 16 e 18
  3. Vacina nonovalente (aprovada em 2017): 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52, 58
  4. Todas são eficazes contra lesões precursoras, principalmente se utilizadas antes do contato c/ vírus
  5. Benefícios são significativos antes do início da vida sexual
  6. Não são de vírus vivo
  7. Mesmo se vacinados, não elimina a necessidade de colpocitologia (risco de 30% de outros oncogênicos)
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14
Q

Vacinas anti-HPV pelo MS

  • VLP: virus-like particle (produzidas em fungo com partículas semelhantes a vírus)
  • Partículas que simulam o capsídeo proteico externo do vírus
A
  1. Quadrivalente: administrada em 2 doses (0-6 meses) IM
  2. Meninas: 9 a 14 anos
  3. Meninos: 11 a 14 anos
  4. ♀ e ♂ imunossuprimidos (HIV, transplante, oncológicos) entre 9 e 26 anos: fazer 3 doses (0-2-6 meses)
    1. Obrigatório prescrição médica no ato da vacinação
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15
Q

Vacina anti-HPB pela Bula do Laboratório

A
  1. Quadrivalente: 3 doses (0-2-6)
    1. HPV4 foi licenciada p/ ♀ de 9-45 anos e ♂ entre 9-26 anos
    1. É preferível a HPV2 p/ ampliar a proteção p/ verrugas genitais
  2. Bivalente: 3 doses (0-2-6)
    1. HPV2 foi licenciada p/ ♀ a partir dos 9 anos
  3. Ambas podem ser administradas até os 45 anos nas mulheres
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16
Q

Vacina anti-HPV

A
  1. Não há benefício em vacinar ♀ previamente expostas ao HPV e não há risco à saúde
  2. Anvisa aprovou uso para ♀ até 45 anos (rede privada)
  3. Vacinação após lesões deve ser individualizada
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17
Q

Condiloma Acuminado - TTO

*HPV 6 e 11

A
  1. Cautério/ laser: ideal as lesões extensas
  2. Ácido tricloroacético (várias vezs): ideal em lesões menos extensas e pode em GESTANTES → Alto sucesso, mas muita complicações
  3. Imunomoduladores: uso domiciliar c/ baixa taxa de sucesso e pouco efeitos adversos
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18
Q

Coleta da Colpocitologia ou Exame Preventivo

  • Citologia = dx citológico = preventivo (Rastreio)
  • Em HIV+ colher após sexarca de 6/6 meses
A
  1. Não indica forma de TTO e NÃO faz diagnóstico
  2. Coleta: 1x ao ano e após 2 negativo a cada 3 anos entre 25 a 64 anos, após sexarca
  3. Espátula de Ayre e escova endocervical reduzem falso-negativos
  4. Técnica de coloração é o Papanicolaou
  5. Lei 11.664/08: garante citopatológico do colo uterino a todas as ♀ que tenham iniciado vida sexual, independente da idade
  6. Interromper após 64 anos que tiveram 2 exames negativo consecutivos no últimos 5 anos
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19
Q

Situações especiais na Coleta da Colpocitologia

A
  1. Gestante: tem o mesmo risco de não gestantes de ter CA colo → Colher = c/ a mesma técnica (>25 anos)
  2. Nas puérperas: aguardar 6-8 semanas até colo voltar ao normal
  3. Virgem: NÃO colher
  4. Pós-menopausa: pode ter resultados falso-positivos por atrofia 2ª ao hipoestrogenismo → feito normal = às outras até 64 anos (pode ser prevenido c/ uso de estrogênio tópico)
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20
Q

Situações especiais na Coleta da Colpocitologia

A
  1. HIV+ ou imunossuprimida: após sexarca de 6/6 meses no 1º anos e se normais manter seguindo anual, caso CD4<200 manter de 6/6 meses.
  2. Histerectomia TOTAL por condições benignas s/ hx de lesões de alto grau NÃO deve ser realizado novamente
  3. Histerectomia subtotal deve seguir rotina normal
  4. Mulheres c/ IST: feito mais frequentemente por maior risco
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21
Q

Cuidados antes da coleta

A
  1. Não utilizar duchas vaginais em 48h antes do exame;
  2. Abstinência sexual nas 48-72h que precedem a coleta
  3. Não utilizar cremes vaginais nos 7 dias precedentes ao exame
  4. Não utilizar nenhuma espécie de lubrificante no espéculo
  5. Coletar mais no período periovulatório (não é recomendado no período menstrual)
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22
Q

Classificação de BETHESDA

A
  1. Normal: negativo p/ lesão intraepitelial/ malignidade
  2. Alterações celulares benignas: inflamação, metaplasia escamosa imatura, atrofia
  3. Céls escamosas atípicas: ASCUS (de significado indeterminado) e ASCH (significado indeterminado que não pode excluir lesão de alto grau) → NIC I
  4. LIEBG ou LSIL → NIC I (displasia leve)
  5. LIEAG ou HSIL →NIC II e III (displasia moderada, carcinoma in situ)
  6. Origem indefinida
23
Q

Classificação de BETHESDA

A
  1. LIE-BG (LSIL): REPETIR em 6 meses (≥ 25a) ou 3 anos (<25 anos)
  2. Céls escamosas atípicas de significado indeterminado:
    1. ASC-US (possivelmente não neoplásica): REPETIR em 6 m (≥30a) ou 12 m (25-29a) ou 3a (<25a)
  3. 1 ASC-H (não pode afastar lesão de alto grau): COLPOSCOPIA
  4. Céls glandulares atípicas de significado indeterminado (AGC - AGUS): COLPOSCOPIA
  5. Atipia de origem indeterminada (AOI): COLPOSCOPIA
  6. LIE-AG (HSIL): COLPOSCOPIA
24
Q

Classificação de BETHESDA

A
  1. Se repetir e tiver 2 LIE-BG (LSIL) e 2 ASC-US: COLPOSCOPIA
  2. Se HIV+ c/ LIE-BG ou ASC-US: COLPOSCOPIA
  3. Se PARECER câncer: COLPOSCOPIA
  4. Colposcopia indica biópsia
  5. ASC-US (céls escamosas atípicas) desaparecem em 70-90%
  6. ASC-H: risco de lesão de alto grau alto/NIC II ou III (24-94%)
  7. JEC deve ser completamente visível* na colpocitologia
25
Q

Classificação de BETHESDA

A
  1. AOI: risco de NIC II e III de 9-54%
  2. LIEBG: 15-30% de risco e NIC II e NIC III na biópsia, mas maioria tem regressão espontânea não necessitando colposcopia
  3. LIEAG ou HSIL: 70-75% apresentam confirmação dx histopatológica e 1-2% de carcinoma invasor
  4. Casos de JEC não visível ou parcialmente e a colposcopia não revela achados anormais, deve ser investigado canal endocervical → se mantiver ou mais grave excluir lesão vaginal (recomendado excisão tipo 3)
26
Q

Coleta SATISFATÓRIA da Colpocitologia

*OBS: se só apresentar céls escamosas → repetir em 1 ano e se 2 exames normais anterior em 3 anos

A
  1. Presença de céls escamosas
  2. Céls glandulares (não inclui epitélio endometrial)
  3. Céls metaplásicas
  4. Material acelular ou hipocelular (<10% esfregaço)
  5. Leitura prejudicada (>75%) c/ sangue, píocitos, arefatos
  6. REPETIR EM 6-12 SEM c/ correção
27
Q

Achados microbiológicos anormais

A
  1. Candida sp
  2. Trichomonas
  3. Herpes-simplex:: céls gigantes multinucleadas
  4. Actinomycer: típico de usuárias de DIU
  5. Efeito citopático compatível com HPV: coilocitose, discariose e disceratose
28
Q

DIAGNÓSTICO de CA Cervical

A
  1. Colposcopia + Biópsia
  2. “Olhei e não gostei = tira um pedaço”
  3. Ácido acético 5%: Atividade proteica se acetobranca → Biópsia (indica imaturidade celular)
  4. Teste de Schiller (lugol): cora nas céls c/ ⬆︎ glicogênico (céls normais) e não cora nas céls s/ glicogênio (anormais) → Iodo negativo = biópsia (= Schiller +)
  5. Em GESTANTE: biópsia só na suspeita de invasão na colposcopia
29
Q

Indicações de Colposcopia

A
  1. LIEAG
  2. 2 citologias consecutivas de ASCUS e LIEBG
  3. ASCH
  4. AGC (AGUS)
  5. Colposcopia insatisfatória (JEC não visualizada)
  6. Imunossuprimidos c/ lesões intraepiteliais de baixo grau citologia (LIEBG e ASCUS)
  7. Alteração à inspeção visual do colo uterino à especuloscopia ou colposcopia c/ ác. acético e lugol
30
Q

Teste de Schiller POSITIVO

A
  1. Indica IODO negativo = BIÓPSIA (coloração amarelo-mostarda)
  2. Teste Schiller negativo = iodo positivo (coloração marrom-escuro)
  3. Um é o contrário do outro
31
Q

Colposcopia INSATISFATÓRIA

A
  1. JEC não visível
  2. Processo inflamatório intenso no colo (colpocervicite)
  3. Atrofia intensa
  4. Quando não é possível visualizar o colo
32
Q

Colposcopia SATISFATÓRIA

A

JEC VISUALIZADA

33
Q

Indicações de biópsia na Colposcopia

*É indicado “ver e tratar” = exérese (excisão) de zona de transformação

A
  1. Alterações colposcópicas maiores, como epitélio acetobranco denso, mosaico grosseiro, pontilhado grosseiro, iodo negativo, vasos atipicos
  2. Achados colposcópicos sugestivos de CA invasor como superfície irregular, erosão ou ulceração, epitélio acetobranco enso, pontilhado e mosaico amplos e irregulares, vasos atípicos
34
Q

Achado na Colposcopia MAIS SUSPEITO

A

VASOS ATÍPICOS

35
Q

Se Colposcopia INSATISFATÓRIA (sem JEC)

A
  1. Abrir mais espéculo
  2. Espéculo endocervical
  3. Estrogênio tópico (pós-menopausa)
36
Q

Como avaliar canal cervical (Ex: AGC)

A
  1. Escovado endocervical* (preferível)

2. Curetagem cervical

37
Q

Tipos de Excisão

A
  1. Excisão tipo 1 (EZT 1): trata doença ectocervical ou até 1 cm no endocervical
  2. Excisão tipo 2: ultrapassa JEC c/ excisão entre 1,5 2 2 cm
  3. Excisão tipo 3 (ou conização): retira entre 2-2,5 de canal endocervical retirando mais glândulas (feito em NIC III c/ HSIL) → TTO CA in situ
38
Q

Câncer de colo uterino

A
  1. Para rastreio: colpocitollogia

2. Para confirmação diagnóstica: histologia (biópsia) → Padrão-ouro

39
Q

Histologia e TTO das Lesões intraepiteliais (NIC)

A
  1. Destrutivo: NIC I por 2 anos (maioria regride em <2 anos)→ Crioterapia ou Cauterização (p/ reparação celular destruindo 6mm de profundidade)
  2. Exérese (EZT): NIC II ou III → Exérese da zona de transformação (EZT tipo 1,2 ou 3)
    1. Só Conização/ Cone =(EZT 3): suspeita de invasão, não vê limite da lesão e JEC não visível
40
Q

Câncer Cervical - Tipo histológico MAIS COMUM

A
  1. Epidermoide ou escamoso (80% dos casos) → Tumor epitelial
  2. Adenocarcinoma está em 2º lugar c/ 15%, seguido do adenoescamoso 3-5% →Tumores epiteliais (são mais frequentes)
41
Q

Estadiamento do Câncer de Colo de Útero é …

A

CLÍNICO

42
Q

Estadiamento do Câncer de Colo de Útero

*Invasão por continuidade (vagina e corpo uterino) e contiguidade (paramétrios, paracolpos, bexiga, reto)

A
  1. Estádio 0: Carcinoma IN SITU
  2. Estádio I: Restrito ao colo uterino
    1. Estádio IA.1: <3 mm
    1. Estádio IA.2: ≥3-5mm
    1. IB.1: ≥5mm a 2 cm (limitada à cérvice uterina) → Cx e Wertheim-Meigs
    1. IB.2. ≥2 cm a 4 cm
    1. IB.3: ≥4 cm
  3. Estádio II: Invade colo, útero e vagina superior
    1. IIA: Parte superior da vagina (IIA.1 <4 cm / IIA.2 ≥ 4 cm)
    1. IIB: Invade Paramétrio (palpável) mas não parede pélvica
43
Q

Estadiamento do Câncer de Colo de Útero

  • Invasão maioria por CONTIGUIDADE
  • Lesões avançadas morre ou por Síndrome urêmica (obstrução ureteral) ou por choque hemorrágico
  • O fumo pode levar complicações actínicas na RT
  • Obesidade NÃO tem relação com prognóstico
A
  1. Estágio III: envolve vagina inferior e se estende à pelve
    1. IIIA: 1/3 inferior da vagina
    1. IIIB: Parede pélvica/ hidronefrose → risco de obstrução ureteral (sd urêmica) → desobstruir (duplo J ou nefrostomia percutânea)
    1. IIIC: Linfonodo pélvico (IIIC1) ou linfonodos para-aórticos (IIIC2) → invasão linfática
  2. Estádio IV: invasão além da pelve
    1. IVA: Invade bexiga e reto (contiguidade)
    1. IVB: Metástase à distância → disseminação hematogênica p/ fígado, pulmões, ossos (tardia)
44
Q

Tripé citologia-colpocopiahistologia

A
  1. Define localização das lesões
  2. Grau histológico
  3. Extensão em profundidade
  4. Ocupação glandular
  5. Realiza conduta terapêutica (estadiamento é clínic)
45
Q

Seguimento após Tratamento das NIC

A
  1. NIC I: citologia 6-12 meses após procedimento, feito anual até completar 5 anos (colposcopia à critério)
  2. NIC II/III: citopatológico e colposcopia semestrais nos primeiros 2 anos, após fazer anual até 5 anos do tto na UBS
  3. Todas lesões de NIC II e III exigem tto (histerectomia é muito radical)
46
Q

TTO do CA Cervical de acordo com Estadiamento

RM pode ajudar no estadiamento e fornece melhores resultados que a TC

A
  1. Estádio 0 (CA in situ): CONE (EZT 3) é dx e tto
  2. Estádio I A1: Padrão é histerectomia (HT) tipo 1, caso deseja engravidar fazer CONE (EZT 3)
  3. Estádio I.A2: Padrão é HT tipo 2 + linfadenectomia pélvica
  4. Estádio IB1 e 2: Padrão é Wertheim-Meigs (HT ampliada)
  5. Estádio IB3 e IIA1: Wertheim-Meigs ou QuimiorRadioterapia
  6. Estádio ≥ IIA1: QuimiorRadioterapia primária
47
Q

TTO do CA Cervical

A
  1. Histerectomia tipo I ou HT simples ou hT extrafascial: estágio Ia1 s/ desejo de engravidar → a traquelectomia radial tem alto risco recorrência (fazer em IB1 c/ desejo de engravidar)
  2. Piver II ou HT radical modificada ou tipo II: estágio IA2 que remove parte dos paramétrios e uterossacros, terço superior da vagina, linfadenectomia pélvica e paraótica
  3. Wertheim-Meigs ou HT radical ou tipo III: HT ampliada c/ remoção de todo paramétrio e disseção linfonodos pélvicos, c/ maior parte ligamentos uterossacros, caridnais e terço superior da vagina → pode PRESERVAR OS OVÁRIOS
48
Q

Fatores de alto risco p/ dça recorrente

A
  1. Margens positivas ou próximas
  2. Linfonodos positivos
  3. Acometimento microscópico do paramétrio
49
Q

Prognósticos do CA cervical

A
  1. Tumor inicial tem maior cura (IB tem sobrevida de 80% e 2-3 meses no IVB)
  2. Carcinoma de céls escamosas (CCE de grandes céls não queratinizados tem melhor que de pequenas céls) tem melhor prognóstico que adenocarcinoma
  3. Quanto mais indiferenciado, pior prognóstico
  4. Quanto > diâmetro, pior px por > chance de acometer linfonodo
  5. Invasão da vagina, envolvimento parametrial, do corpo tem pior px
50
Q

Seguimento após TTO de CA Cervical

A
  1. No 1º ano: exame ginecológico de 3-3m (p/ todos estádios), coleta de citopatológico e colposcopia semestral, toque vaginal e retal, USG abd total e TV aos 6 e 12 meses, RX tórax aos 12 meses (estágios III e IV)
  2. No 2º ao 5º ano: consultas semestrais + todas acimas
  3. Após 5º ano: periodicidade anual c/ todos exames acimas e outros conforme queixa (TC e cintilorgafia óssea)
51
Q

Cirurgia de Wertheim-Meigs é indicada quando….

A

Restrita ao colo com até 4 cm (IB1 ou IB2)

52
Q

TTO HSIL

A
  1. Se achado na colpocitologia HSIL em <25 anos á é indicado colposcopia
  2. Até 20 anos: seguimento citológico e colposcópico semestral por 2 anos
  3. Entre 21 e 24 anos: tratamento excisional (EZT) ou destrutivo, mas seguindo citológico e colposcópico semestral por 2 anos ou até completar 25 anos também é aceitável
  4. > 25 anos: exérese da zona de transformação c/ cx de alta frequênci
  5. Em adolescente e <25 anos é comum regressão sendo recomendado a cx conservadora
53
Q

Coleta do colpocitologia na pós-menopausa (atrofia)

A
  1. O uso de vaselina para lubrificação do espéculo pode alterar a interpretação do preventivo, NÃO sendo recomendado, mesmo se atrofia
  2. A melhor conduta seria tto da atrofia c/ estrogênio tópico (promestrieno) antes da coleta do exame
  3. O laudo da citologia oncótica é capaz de descrever a atrofia genital
  4. É indicado coleta entre 25 e 64 anos (INCA) → americano entre 21 anos ate 65-70 anos
54
Q

Metaplasia não visualizada na colpocitologia

A
  1. Ectopia ou ectrópio é a JEC ativa deslocada para fora do OE do colo, é definida como mácula rubra durante o espcular
  2. Jovens e usuárias de ACO ou gestante tornam esse friável ao sangramento pós-coito ou no colpocitológico
  3. Não há necessidade de tto, todavia o estrogênio estimula a metaplasia escamosa (não apresentará mais sangramento) e o óvulo vaginal é uma opção tb terapêutica
    1. Policresuleno é um agente cicatrizante que tb pode ser usado