Doenças do Mediastino Flashcards
Tumor mais comum do mediastino anterior, médio e posterior
Anterossuperior: 4 T= TIMOMA, teratoma (benigno calcificação, cabelo), tireoide (bocio mergulhante ao mediastino), terrível linfoma (mais comum entre os 3 mediastinos, muito agressivo)
Médio: CISTO BRONCOGÊNICO, linfoma, cisto pericárdico, cisto entérico
Posterior: TUMORES NEUROGÊNICOS neurogênicos (Schwannoma, Neurofibroma) e Linfoma
Mais comum de todos: TIMOMA
Epidemiologia das Massas mediastinais (sintomas e malignidade)
- 2/3 são benignos
- > 75% assintomáticos
- 2/3 dos sintomáticos tem tumores malignos
- Mediastino anterior responsável por 50% de todos os tumores mediastinais
- Suspeita diagnóstica inicial pode ser feita a partir da localização anatômica da lesão
Quais são as causas mais comuns de tumores mediastinais em adultos?
Tumores da bainha nervosa (21%) Timomas (19%) Cistos (18%) Linfomas (13%) Tumores de células germinativas (10%)
Quadro clínico geral das doenças mediastinais
• Assintomáticos em 75% (diagnóstico por exames de rotina)
• Sintomas mal caracterizados – febre baixa, mal-estar
• Sintomas que sugerem malignidade:
- Rouquidão
- Dor intensa
- Sinais de obstrução de cava superior
- Síndrome de Horner (gânglio simpático - miose/ pstose/ enoftalmia/ anidrose facial ipsilateral)
- Linfoma causa Quilotórax e febre
Exames diagnósticos (Doenças Mediastinais)
Identifica alteração em RX que é seguido de TC c/ contraste (, que identifica origem vascular)
- TC de abdome e pelve em suspeita de linfoma
- RNM para avaliar tumores de bainha nervosa e extensão do forame neural (invasão de medula espinal)
- Biópsia: necessário (agulha, mediastinoscopia e toracoscopia)
Indicação de biópsia de massas mediastinais
Pode não ser necessário em lesões bem definidas como timomas e tumores da bainha nervosa.
Se houver necessidade, usar método menos invasivo possível:
- Biópsia guiada por TC
- EBUS
- Biópsia cirúrgica
TIMOMA Características Clínica Classificação Tratamento
Característica: crescimento persistente e anormal, células epiteliais tímicas, tumores sólidos, mas 1/3 tem hemorragias e cistos; benignos
não podem ser determinados somente pela histologia – ausência de sinais de invasão
Clínica: miastenia gravis (ptose, diplopia, fraqueza muscular); achado acidental ou associada a síndromes para neoplásicas (endórina: Addison, hiperT, hiperparaT, pan-hipopituitarismo; ou hematológicas: aplasia de células vermelhas, hipogamaglobulinemia). Adultos > 40 anos, 1/3 é assintomático, 1/2 tem síndromes paraneoplasicas (30-50% miastenia, 10% hipogama, 5% aplasia cel verm).
Classificação de Masaoka:
1- encapsulado (não invade)
2- a. invasão transcapsular (microinvasão); b. invasão da gordura e pleura (macroinvasão)
3- invade órgãos por contiguidade
4- a. disseminação à distância pleural/pericárdica; b. disseminação linfática e hematogênica
Tratamento:
- Se Masaoka 1 ou 2, ressecção R0 (com margens) + Histopatológico Benigno -> Cirurgia
- Se Masaoka 3 ou 4 ou ressecção R1/R2 ou Histopatológico indicando carcinoma -> Cirurgia + Quimioterapia
Tumores do timo: Carcinoma tímico; carcinoide tímico; timolipoma; cistos tímicos
Carcinoma tímico:
• ocorre mais em
homens de meia-idade (46 anos);
• localmente invasivo e metastatiza
Carcinóide tímico: • assintomático ou produz efeito de massa; • 50% tem síndromes endócrinas paraneoplásicas (Cushing, neoplasias endócrinas múltiplas); • metastatiza para linfonodos e a distância.
Timolipoma:
• benigno e raro;
• TC demonstra combinação de gordura e tecido suave
Cistos tímicos:
• raros; congênito
(remanescente do ducto timofaríngeo), ou adquirido
Principais características dos tumores de células germinativas
- Neoplasias benignas e malignas
- 10-15% dos tumores do mediastino anterior
- Teratoma representa 60-70% dos tumores de células germinativas
- Afeta mais homens brancos entre 20-40 anos
- Podem ser sólidas ou císticas (formas mais diferenciadas podem conter cabelos e dentes)
- Maior parte metastática, com forma retroperitoneal concomitante
Teratoma
• Mais comum tumor de células germinativas • Maioria teratomas maduros, bem diferenciados e benignos • Mais frequente em crianças e adultos jovens • Usualmente assintomáticos • Enzimas digestivas podem causar ruptura (expectoração de cabelo ou sebo é patognomônico) • Massas encapsuladas, com áreas sólidas e císticas; 26% tem calcificações • Cirurgia é curativa
Diferenças entre Tumores de células Germinativas Seminomas e Não Seminomas
Seminoma
- Sem patologia associada
- Metástases não são comuns
- Respondem a RT
- Remissão > 80%
Não Seminoma
- Defeitos cromossômicos
- Metástases são comuns
- Não respondem a RT
- QT e Ressecção
Como diagnosticar tumor de células germinativas mediastinal
Diferença de Semiomas e não-Semiomatosos
Clínica, TC, marcadores tumorais e histologia
- Teratomas: TC típica e marcadores tumorais negativos.
- Semiomas: necessitam de biópsia para o diagnóstico
Marcadores tumorais: dx, monitorar resposta ao tto, monitorar recorrência da doença.
- Alfa-fetoproteína (aFP) e gonadotrofina corionica humana (BhCG)
- Não-Seminomatosos: costumam aumentar ambos marcadores (71% da aFP e 54% de BhCG)
- Teratoma: aFP e BhCG negativos
- Seminoma: aFP negativo, BhCG positivo apenas em 10%
TC
- Não-Seminomatosos: massa heterogenia, irregular no mediastino anterior; áreas de necrose, hemorragia e formação cística, invasão adjacente e metástases
- Teratoma: massa heterogênea, cística, bem definida no mediastino anterior, calcificação em 25%.
- Seminoma: massa homogênea, lobulada, mediastino anterior.
Bócio Mediastinal • Clínica (bócio)? • Benigno/Maligno? • Dx? • Tto?
- 10% das massa mediastinais
- Sem componente cervical é raro. Afeta mais mulheres com bócio cervical palpável
- Raramente contém foco de malignidade
- Dx: Cintilografia com iodo
- Tto: Cx
Adenoma de Paratireoide
• Neoplasia benigna, de localização mais comum no pescoço • 10% são ectópicos • Acomete mulheres mais velhas • Encapsulados e < 3 cm • Raramente visualizados no RX • Cintilografia com Tc-sestamibi tem 88% a 100% de sensibilidade
Cistos mediastinais (broncogênico, enterogênico e pericárdicos)
• Podem originar-se do brônquio, esôfago, pericárdio ou do timo
• Broncogênico: contêm elementos encontrados nos brônquios, como
cartilagem, e são revestidos de epitélio respiratório
• Enterogênicos: ao longo da superfície do esôfago, recobertos por epitélio semelhante ao esôfago ou mesmo mucosa gástrica
• Cistos pericárdios: são cistos mesoteliais