Asma Flashcards
Definição de asma
- Doença heterogênea, geralmente caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas
- Hiperresponsividade
- Obstrução reversível das vias aéreas (mas não
completamente em alguns casos) espontaneamente
ou pelo tratamento - História de sintomas respiratórios, tais como sibilos, dispneia, opressão torácica retroesternal e tosse, os quais variam com o tempo e na intensidade, sendo esses associados à limitação variável do fluxo aéreo.
Fatores que influenciam o controle da asma
Os fatores que influenciam a resposta ao tratamento da asma incluem:
- diagnóstico incorreto;
- falta de adesão;
- uso de drogas que podem diminuir a resposta ao tratamento (anti-inflamatórios não esteroidais e β-bloqueadores);
- exposição domiciliar (por exemplo, poeira ou fumaça);
- exposição ocupacional;
- tabagismo; e
- outras comorbidades.
Fisiopatologia da asma: células inflamatórias envolvidas
Mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, células dendríticas, macrófagos e neutrófilos
Fisiopatologia da asma: células brônquicas estruturais envolvidas
Células epiteliais, musculares lisas, endoteliais, fibroblastos, miofibroblastos e nervos
Fisiopatologia da asma: mediadores químicos envolvidos
Quimiocinas, citocinas, eicosanoides, histamina e óxido nítrico
Fisiopatologia da asma: hiperresponsividade
- Hiperresponsividade brônquica: é a resposta broncoconstritora exagerada ao estímulo que seria inócuo em pessoas normais
- Ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais irreversíveis - remodelamento das vias aéreas.
Hiperresponsividade das vias aéreas; hipertrofia da musculatura lisa brônquica; transformação de fibroblastos em miofibroblastos, que, por sua vez, produzem colágeno; deposição de colágeno subepitelial dos tipos I, III e V, além de fibronectina e tenascina; hiperplasia e metaplasia das células caliciformes produtoras de muco (que leva a mais obstrução em vias aéreas); proliferação aumentada de vasos e nervos; maior permeabilidade desses vasos e consequente edema
Fenótipos da asma
Fenótipos inflamatórios:
- eosinofílica e não eosinofílica
- alérgica e não alérgica
Inflamação persistente tipo 2 (asma eosinofílica alérgica)
Inflamação neutrofílica
Inflamação mista
Fenótipo paucigranulocítico
Endótipos da asma
Inflamação tipo 2 (T2) alta
• asma de início precoce, mais grave, associada atopia atopia/IgE e à eosinofilia nas vias aéreas e sistêmica. Costumam ser responsivos aos corticoides e às drogas que inibem a inflamação T2.
Inflamação tipo 2 (T2) baixa
• início tardio, ausência de eosinofilia e resposta diminuída a corticoides e inibidores de inflamação
Quadro clínico da asma/ critérios clínicos
Diagnóstico eminentemente clínico
* Dispneia, tosse e sibilância
* Podem melhorar espontaneamente
* Melhora total/parcial com tratamento
* Opressão/desconforto torácico
* Piora com exposição a alérgenos
* Sintomas: noturnos/primeiras horas do dia
* Período intercrise: assintomático/ oligossintomático
Quanto ao paciente asmático, quais são os achados ao exame físico?
- Sibilância na ausculta pulmonar, taquicardia, tiragem intercostal, uso de musculatura acessória e pontos de ancoragem, dificuldade de falar e cianose. (Tavares)
- Tempo expiratório prolongado, assim como podem ocorrer sinais de rinite alérgica, com hipertrofia de cornetos e sinais de dermatite atópica. (Conitec, 2021)
Definição de controle da asma pelo GINA:
- Últimas 4 semanas
- Sintomas diurnos > 2 vezes por semana
- Despertares noturnos por asma
- Medicação de resgate > 2 vezes por semana
- Limitação das atividades por asma
Asma controlada: nunhum item
Asma parcialmente controlada: 1-2 itens
Asma não controlada: 3-4 itens
“Hipótese da higiene”: explique o motivo da asma ser menos prevalente em crianças do meio rural
Maior exposição a certos produtos e agentes microbianos, o que determinaria uma diferenciação imunológica com ativação predominantemente de linfócitos Th1, em detrimento dos linfócitos Th2, implicados diretamente na gênese dos processos inflamatórios relacionados a atopia e asma
Quanto ao diagnóstico da asma, quais são os testes de função pulmonar, seus marcadores e parâmetros?
Valores normais excluem diagnóstico de asma?
Espirometria- confirma a limitação ao fluxo aéreo, mas tem valor limitado na distinção entre asma com
obstrução fixa (DPOC)
VEF-1 pós-broncodilatador: decréscimo do VEF1 de mais de 12% do valor basal e superior a 200 mL.
Razão VEF1/CVF- geralmente superior a 0,75-0,80 em adultos e maior que 0,90 em crianças. Valores inferiores são compatíveis com distúrbio obstrutivo.
Pico de fluxo expiratório (PFE)- Avalia a dificuldade de saída do ar dos pulmões, ou grau de broncoconstrição.
Medidas matinais e vespertinas do PFE devem ser obtidas durante duas semanas. A diferença entre os valores matinais e vespertinos é dividida pelo maior valor e expressa em percentual. Especialmente útil em pacientes com baixa percepção dos sintomas de obstrução. Na falta de espirometria, uma mudança de pelo menos 20% no PFE é indicativa de asma, sendo especialmente útil no diagnóstico de asma ocupacional.
Assim como na espirometria, valores normais de PFE não excluem o diagnóstico de asma.
(Conitec, 2021)
Manejo da asma por etapas baseado no controle
- O tratamento de controle da asma é dividido em etapas de I a V, nas quais a dose de CI é aumentada progressivamente e/ou outros tratamentos de controle são adicionados.
- O tratamento individualizado da asma de acordo com o controle da doença, características e preferências do paciente e acesso ao tratamento implica em consultas mais frequentes (a cada 3-6 meses) e acompanhamento regular do asmático.
- Se a asma não estiver controlada, ajusta-se a medicação subindo as etapas e, vice-versa, se a asma estiver controlada.
Exames complementares para avaliação diagnóstica inicial de asma no adulto.
RX de tórax - especialmente em fumantes
HC - excluir anemia como causa ou fator agravante de dispneia, bem como identificar eventuais anormalidades da série branca, eosinofilia, etc.
(Conitec, 2021)