Doenças da Coluna Vertebral Flashcards
Podemos agrupalas em…
Deformidades
Inflamatórias
Neoplásicas
Degenerativas
Traumáticas
Doenças relacionadas a deformidades
Escolioses, dorso curvo, espondilolistese
Doenças relacionadas a inflamatórias
Discítes, osteomielite,
Doenças relacionadas a neoplásicas
Benignas, malignas e metastáticas
Doenças Degenerativas
Hérnias de disco, estenose do canal lombar
Doenças”” traumáticas
Fraturas de alta e baixa energia cinética
Escoliose e tipos de escoliose
A escoliose é uma deformidade que surge no plano frontal.
De lado, tem a lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacral.
Toda deformidade que é vista no plano frontal, é uma escoliose.
Pode ser dividida em funcional e estrutural.
A escoliose funcional possui 14 tipos e não tem origem na coluna vertebral, por exemplo apendicite e discrepância de membro, que levam a contraturas musculares e alteração no plano frontal.
Se você corrige a origem, a escoliose se resolve.
As escolioses estruturais têm 54 tipos, a deformidade está na estrutura do corpo vertebral. A escoliose estrutural é vista como uma deformidade no plano frontal, mas ocorre em todos os planos (frontal, coronal e sagital), por isso o paciente apresenta todo um complexo de deformidades.
Pode ser idiopática (mais comum), congênita, neuromuscular, neurofibromatose, colagenoses (síndrome de Marfan).
A escoliose idiopática (EI) subdivide-se em infantil (0-3 anos), juvenil (3-10 anos), do adolescente (>10 anos) e de novo (na vida adulta – EI juvenil ou do adolescente que não foi tratada ou que foi tratada, mas não precisou de ser operada e na vida adulta, depois de 50- 60 anos, com degeneração dos discos e instabilidade, essa curva volta a incomodar).
Cada uma tem uma evolução diferente.
EI infantil
A EI infantil pode ter curso progressivo ou regressivo.
A EI regressiva melhora com o crescimento da criança.
Na EI progressiva, que é mais comum, tem-se uma escoliose de 40°, por exemplo, que vai aumentando para uma deformidade muito grande em um tronco pequeno.
Tem que lembrar que dentro da coluna tem a medula, e se tracionar muito para arrumar a curvatura, o paciente tem chance de ficar paraplégico.
Muito difícil o tratamento, não dá para pôr colete e não tem nem o material para operar
EI adolescente
A EI do adolescente acorre na menina com 10 anos e no menino, com 11 (mais precoce na menina pela maturidade ser mais precoce) e progride muito mais no sexo feminino, afetando a curva torácica direita.
Escoliose: EF
Ao exame físico se observa um ombro mais alto que o outro, proeminência das escápulas, deformidade do tórax, alteração do triângulo de Talhe (espaços desiguais entre braço e tronco), pode ter dismetria dos membros inferiores, gibosidade e redução da flexibilidade.
O teste de Adams permite que você faça o diagnostico em 1 minuto: pede para o paciente fazer flexão do troco e visualiza a deformidade.
Isso afeta a autoestima da menina, impede que ela saia e arranje um namorado (“mulher que não casa morre mais cedo”)
Escoliose: DG
O diagnóstico é de acordo com a idade, menarca (se o diagnóstico é feito antes da menarca, essa curva ainda pode aumentar), potencial de crescimento pelo índice de Risser, e é sempre necessário o exame radiográfico para medir e acompanhar curva (cuidado para não fazer muita radiografia pelo aumento do risco do câncer de mama).
Escoliose: a curva torácica a _____ tem pior prognostico (aumenta chance de complicações)
a curva torácica a esquerda tem pior prognostico (aumenta chance de complicações)
Índice de Risser (Escoliose)
Para estimar o Risser, se divide a crista ilíaca em 4 partes, a linha epifisária começa de anterolateral para póstero-medial, se não tem essa linha, é Risser 0, se presente só em ¼ inial, é Risser I e assim por diante até o Risser IV, se a linha se funde com a crista, é Risser V.
Quando o Risser é IV, normalmente, o paciente não tem mais potencial de crescimento, se abaixo de III tem grande potencial.
Escoliose: estudo radiológico
Na radiografia em AP da coluna, se determina o ângulo de Cobb, para tal deve-se olhar a radiografia invertida e traçar linhas paralelas ao planalto superior e inferior da primeira e da última vertebra da curvatura, depois se traça linhas perpendiculares as linhas superior e inferior e o cruzamento dessas duas constitui o ângulo de Cobb, que equivale ao cruzamento das duas primeiras linhas no infinito.
A radiografia em perfil determina se a criança está compensada ou não, podendo haver descompensação para frente ou para trás, que também deve ser corrigida com o tratamento.
O teste de inclinação é feito com radiografias com flexão lateral do tronco para os dois lados, para medir e ver se a curva corrige, se houver correção de pelo menos 25°, essa curva é flexível (pode usar colete), se menor que isso, é rígida (tratamento cirúrgico).
A RNM é pedida se suspeita de disrafismo ou alterações medulares, se for notado, por exemplo, assimetria do reflexo cutâneo-abdominal ou pé cavo (nas imagens do slide se observa seringomielia, que deve ser tratada antes de tratar a EI).
tratamento conservador da escoliose
O tratamento conservador da escoliose consiste no uso de órtese (colete) até o fim do crescimento (até o Risser se tornar IV ou V).
É indicado se curva de 20-40° Cobb (fora desse intervalo o colete não tem ação), flexível e se Risser <iii.></iii.>
Tem dois tipos de colete: Milwaukee e TSLO, que devem ser usados 23 horas por dia. O colete apenas impede a progressão da curva.
Se mesmo assim a curva aumenta (progressão maligna), é indicado o tratamento cirúrgico.