Distúrbios dos Linfócitos (Cecil - Geral + LNH) Flashcards
Principais tipos de distúrbios de Linfócitos
Neoplasia (leucemia e linfoma)
Síndromes de immunodeficiência
Alterações da contagem e sintomas de infeção: linfadenopatia, linfocitose e linfocitopenia
Grupos de neoplasias de origem linfóide
Linfoma não-Hodgkin; linfoma de Hodgkin; leucemias linfoides; distúrbios dos plasmócitos
Qual a posição dos LNH na frequência de tipos de cancro ?
7°
Grupos epidemiologicos em que é mais frequente o LNH
Idade de 66 anos, homens e caucasianos
Sistema de classificação de linfomas
Classificação da OMS, com base no padrão morfológico, imunofenótipo e características citogenéticas
Quais os principais tipos mais frequentes de LNH ?
Linfoma difuso de grandes células B, linfoma folicular, linfoma linfocítico e leucemia linfocítica crónica, linfoma do manto , (D - linfoma MALT)
… (é/não é) conhecida nenhuma predisposição genética, epidemiológica ou ambiental para LNH.
Não é
Que tipo de alterações genéticas está mais frequentemente associada a LNH ?
Alterações cromossómicas que envolvem o locus da Ig(BCR)/TCR e um oncogene/Gsupressor tumoral
2 fatores de risco para LNH
Síndrome de imunodeficiencia e doenças autoimunes
Alguns vírus estão associadas às formas mais … (comuns/raras) de LNH.
Raras (e agressivas)
Vírus associados a LNH
EBV, HIV, HTLV-1 e HHV-8
V/F
O linfoma de Burkitt é endémico em África
Verdadeiro
LNH associado ao HTLV-1
Leucemias/linfomas de células T (Japão e Caraíbas)
LNH associado aos HHV-8
LNH das serosas, mais frequente se co-infeção pelo HIV
V/F
Alguns linfomas indolentes estão relacionados com determinados agentes patogénicos, como é o caso do linfoma MALT gástrico associado a infeção por H.pylori
Verdadeiro
Divisões conceptuais de LNH de acordo com o tipo de evolução
Indolentes ou agressivos
Evolução temporal da adenopatia associada a linfomas indolentes
Adenopatia recorrente e regressiva, com sintomas mais lentos e tardios
A maioria dos doentes com LNH apresenta linfadenopatia … (dolorosa/indolor) nos locais ganglionares periféricos.
Indolor
Locais de adenopatia extra-ganglionar
TGI, Medula óssea, ossos, fígado, pele, anel de waldeyer
Quais os tipos de linfomas mais associados a adenopatia extra-ganglionar ?
Linfomas agressivos
Que outro local podem atingir os linfomas mais agressivos ?
SNC - envolvimento leptomeningeo
Quais e em que percentagem dos doentes ocorrem sintomas constitucionais ?
Febre, perda de peso e sudoeste noturna. Ocorrem em 20% dos doentes, mais frequentemente os que apresentam subtipos agressivos de linfoma.
(D - 2 sintomas típicos de Linfoma)
Adenopatia e esplenomegália
Causas de linfadenopatia
Infecciosa (viral; infeção bacteriana local com adenopatia regional); imunológica (RA, LES); neoplasia (linfoma; metástase); proliferações linfoides atipicas (hiperplasia); outras (sarcoidose; amiloidose)
Causas mais comuns de adenopatia cervical
Infeção do trato respiratório superior (viral, mononucleose, faringite bacteriana)
Causas de adenopatia regional unilateral
Infeção localizada da pele
Causas de adenopatias generalizadas
Infeções sistémicas (HIV,CMV), RAM, autoimunes
V/F
As adenopatias supra-claviculares devem ser sempre biopsadas
Verdadeiro (são muito sugestivas de malignidade)
V/F
O diagnóstico adequado dos linfomas não requer biópsia do tecido linfóide
Falso
V/F
A biópsia ganglionar é necessária face apenas à aspiração de células
Verdadeiro
Em doentes com envolvimento medular e de sangue periférico, que outras análise pode ser efetuada ?
Imunofenótipo de linfocitos do sangue periférico por citometria de fluxo
Exames laboratoriais para diagnóstico e estadiamento do Linfoma
Hemograma
LDH e beta2-microglobulina
Função renal e hepática
Cálcio e Ácido úrico
(D - Utilidade da beta2-microglobulina)
Monitorização terapêutica, deteção precoce de recidiva e prognóstico. Costuma aumentar mais nas neoplasias de linfócitos B
Que outros exames de imagem podem ser realizados para estadiamento de linfomas ?
RaioX de tórax, TC, PET. Análise do LCR. Análise do HTLV-1 e HIV em caso de leucemia/linfoma T em adultos. Avaliação endoscopica se sintomas do TGI ou linfomas com grande involvement do TGI (LManto e do Anel de Waldeyer)
Sintomas associados ao linfoma e categoria de classificação de Ann Arbor associada
Febre, suor e perda de peso de mais de 10%. Categoria B
Classificação de estadiamento de Ann Arbor
I - 1 única região/esttrutura linfática ou um único local extralinfatico (E)
II - 2 regiões do mesmo lado do diafragma ou região + local extralinfatico contíguos
III - Dos 2 lados do diafragma (possível E e S - Baço)
IV - envolvimento difuso de órgãos extra linfáticos (fígado e medula)
(+ A - assintomatico; B - sintomático)
Formas mais comuns de linfoma indolente
Linfoma folicular, linfoma linfocítico e linfoma da zona marginal
(D - evolução dos sintomas nas formas indolentes)
Adenopatias de crescimento lento e com regressões e avanços; sem outros sintomas; recaídas; difíceis de erradicar completamente.
O linfoma folicular corresponde a que proporção dos linfomas totais ?
1/3
Características histológicas, imunofenotipicas e citogeneticas do linfoma folicular
Envolve todo o gânglio linfático com manutenção da organização e arquitetura nodular. Imunofenótipo positivo para CD10,19,20,21 (- para CD5) Translocacao t(14:18) - fusão IGH (Ig) com BLC2 (imortalização)
Sobrevivência mediana do linfoma folicular
10 anos
A maioria dos doentes com linfoma folicular é diagnosticado num estado … (precoce/avançado (III/IV)) da doença.
Avançado (III/IV)
V/F
O linfoma folicular (indolente) não costuma ser conseguido tratar com as modalidades standard de tratamento
Verdadeiro
Estratégia de tratamento do linfoma folicular de estádio I
Radioterapia (1/2 atinge remissão duradoura ou cura)
Estratégia terapêutica em caso de linfoma folicular
Atraso do tratamento até ao aparecimento de sintomas. Indicações mais rápidas se já houver sintomas constitucionais, compromisso medular ou problemas cosméticos e mecânicos associados a adenopatia
Opção terapêutica frequente em linfomas foliculares
Rituximab com ou sem quimioterapia
De que tipo de linfócitos é o linfoma folicular ?
Linfocitos B maturos
Esquema CHOP
Ciclofosfamida, hidroxidaunorubicina (doxorubicina), oncovin (vincristina), prednisona
V/F
Uma minoria dos doentes com linfoma folicular agressivo responde à terapêutica
Falso (maioria); 1/3 remissão clínica completa por 1 a 3 anos, com descontinuamento
V/F
O Rituximab não deve ser continuado depois da remissão completa.
Falso (pode ser continuado intermitentemente para manter a remissão)
Após uma recidiva do linfoma folicular, as remissões subsequentes podem ser atingidas, mas costumam durar … (menos/mais).
Menos
V/F
Uma maioria dos doentes encontra-se em estádio avançado no momento do diagnóstico
Verdadeiro (80 a 90%)
O linfoma folicular … (costuma ser/não costuma ser) resistente a terapêutica.
Costuma ser
(D - idade de aparecimento de linfoma folicular)
55 anos
Linfoma MALT
Indolente, excelente prognóstico e natureza localizada. Tratamento mais baseado na radioterapia e cirurgia. (D - 60 anos; relacionado com doenças autoimunes e inflamatórias; CD5-; =Tx)
Gástrico - relação com a H.pylori (AB)
Exemplos de linfomas agressivos
LDGCB, linfoma anaplasico de grandes células, linfoma T periférico (+ muito agressivos: Burkitt e linfoblástico)
Tipo de linfócitos implicados nos linfomas difusos de grandes células
Linfocitos B
Os linfomas de células T têm geralmente … (melhor/pior) prognóstico que os de células B.
Pior
Que percentagem dos LNH são LDGCB ?
40% (maioria ??)
V/F
A todos os doentes com linfomas difusos e agressivos deve ser oferecido tratamento imediato
Verdadeiro (muito mortais, mas potencialmente curáveis)
Terapêutica inicial para linfomas agressivos
Quimioterapia combinada (com antraciclina) - CHOP + Rituximab
V/F
Os doentes com doença precoce (I) podem realizar apenas 3 ciclos de CHOP-R e depois radioterapia, para limitar a exposição à radiação
Verdadeiro
Quantos ciclos de CHOP-R devem ser efetuados em caso de doença avançada ?
6 ciclos
Que percentagem de doentes têm cura após CHOP-R ?
Mais de 50%
Estratégias terapêuticas do linfoma agressivo em caso de remissão
Quimioterapia de dose elevada e transplante autologo de células estaminais circulantes
Percentagem dos LNH que são do manto ?
5 a 8%
Que percentagem dos LNH são linfomas do manto ?
5-8%
Os linfomas do manto são mais comuns em … (homens/mulheres) com … (mais de/menos de) 60 anos.
Homens; mais de
O linfoma do manto é de linfócitos … (T/B).
B
Grupo epidemiologico em que os linfomas do manto são mais comuns
Homens idosos
Imunofenótipo dos linfomas do manto
CD5+ e CD23-
Que característica imunofenotipica distingue os linfomas do manto dos linfomas linfociticos crónicos ?
Nos linfomas do manto não há expressão de CD23
Citogenética dos linfomas do manto
t(11,14) - fusão Ig + BCL1 (codifica a ciclina D1)
Que regiões sao tipicamente e caracteristicamente afetadas pelos linfomas do manto ?
Anel de Waldeyer e TGI
A maioria dos doentes aquando do diagnóstico de LM apresenta que estádio ?
Avançado
Os LM … (são/não são) habitualmente curáveis e estão associados a sobrevivência mediana de … anos.
Não são; 3
Estratégia terapêutica em doentes com LManto
Quimioterapia (CHOP) + Rituximab. Durante a remissão - transplante autologo de células estaminais em jovens
2 LNH de alto grau
Linfoma de Burkitt e linfoma linfoblástico
V/F
Os linfomas de alto grau (LB,LL) costumam ser frequentes em adultos
Falso
Os linfomas de alto grau (LB, LL) … (são/não são) potencialmente curáveis.
São
O linfoma linfoblástico é de células … (T/B).
T
Grupo epidemiologico em que os linfomas linfoblástico são mais frequentes e manifestação clínica típica
Homens jovens; massa mediastinica e envolvimento leptomeningeo e medular.
O linfoma de Burkitt afeta que tipo de linfócitos ?
B
Alteração citogenética típica do LB
t(8,14) - fusão MYC com gene de cadeia longa de Ac
Região onde o LB é endémico
Africa central, em crianças, associado a infeção pelo EBV
Qual o principal perigo da terapêutica dos linfomas de alto grau (LL,LB) apesar de serem potencialmente curáveis ?
Síndrome de Lise tumoral (deve ser feita profilaxia de diminuição do ácido urico)
V/F
Há vários sistemas de definição de prognóstico, muito variáveis e alguns específicos para determinados tipos de LNH
Verdadeiro
Fatores de prognóstico e definição da sobrevivência em LNH
Idade, performance status, estádio, número de locais extraganglionares (>4), anemia, LDH elevada
Os linfomas de células B estão associados a … (melhor/pior) prognóstico que os de células T.
Melhor
3 tipos de variantes de índice de prognóstico nos LNH e utilização
IPI (pode ser usado em todos); FLIPI (LFolicular); R-IPI (LDGCB com Rituximab - sobrevivência sempre superiores a 50%)
Fatores do IPI
Estadio clínico (III/IV); Estadio funcional (PS>/=2); LDH; Idade; Local Extranodal
Fatores do FLIPI
Idade; Estadio clínico (III/IV); Nodais >4; LDH; Hb<12 (NoLASH - mnemónica)
Classes de grau segundo scores de prognóstico e sobrevivência a 10 anos associada
Baixo: 0-1 (70%); Alto: 3-5 (35%)