Direito tributário Flashcards
A capacidade tributária depende da capacidade civil do agente?
Não, a capacidade tributária independe da capacidade civil do agente, conforme art. 126, do CTN “a capacidade tributária passiva independe da capacidade civil das pessoas naturais”
Rendas auferidas de maneira ilícitas, ou seja, oriundas de atividades ilícitas como o tráfico de drogas, podem ser fato gerador de lançamento de tributo relativo a renda?
Sim, independente da ilicitude que originou a renda auferida, pode ser objeto de lançamento tributário. De modo que, o tráfico de entorpecente, mesmo sendo crime, pode ser objeto de tributação, pois o pagamento de imposto em tal hipótese não significa que o Estado está chancelando uma atividade ilícita.
(C ou E) A capacidade tributária independe da capacidade civil, de modo que é correto o lançamento contra o menor que, no caso, percebeu remuneração que pode ser considerada renda.
Correto.
Qual a diferença entre tributos de consumo considerados regressivos e progressivos?
Os tributos de consumo considerados progressivos são aqueles que a alíquota aumenta a medida que a base de calculo progride, assim como imposto de renda, em que é cobrado um percentual maior em razão dos que auferem maior renda. Enquanto o regressivo não opera com essa distinção, de modo que o mesmo percentual é aplicado independente da renda do agente, dessa forma, ocorrendo um peso proporcionalmente maior aos que auferem menor renda. Os tributos de consumo no Brasil, são regressivos.
Os tributos de consumo no Brasil são regressivos ou progressivos? Explique.
Em regra são regressivos, pois, embora o valor pago entre aqueles que auferem maior renda e menor renda sobre o consumo de produtos seja o mesmo, proporcionalmente esse valor terá substancialmente maior peso no que diz respeito aqueles que auferem menor renda.
A anterioridade nonagesimal deve ser observada na majoração do imposto de renda?
O Imposto de Renda (IR) constitui exceção a anterioridade nonagesimal. O imposto de Renda (previsto no art. 153, III) é uma exceção (art. 150, §1º) ao princípio da noventena (anterioridade nonagesimal – prevista no art. 150, III, “c”). Logo, ela não deve ser por ele respeitada (a anterioridade anual deve ser, pois não é exceção).
(C ou E) Nos termos da jurisprudência do STF, é inadmissível a aplicação retroativa da imunidade tributária, motivo por que a sucessão de determinado imóvel particular pela União não a desobrigará de pagar os tributos até então devidos pelo sucedido.
Correto. Ao se transferir imóvel particular com dívida tributária, o novo proprietário deverá efetuar o pagamento dos tributos em dívida, mesmo que o novo proprietário seja a união.
(C ou E) A imunidade tributária recíproca não exonera o sucessor das obrigações tributárias relativas aos fatos jurídicos tributários ocorridos antes da sucessão (aplicação “retroativa” da imunidade tributária)
Correto.
(C ou E) A Emenda Constitucional n.º 132/2023 estendeu às entidades religiosas e às suas organizações assistenciais e beneficentes a imunidade a impostos e contribuições sociais?
Errado. Foi atribuído imunidade a impostos (imunidade tributária), porém, não se foi atribuído imunidade a contribuições sociais. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
b) entidades religiosas e templos de qualquer culto, inclusive suas organizações assistenciais e beneficentes
(C ou E) A Emenda Constitucional n.º 132/2023 estabeleceu expressamente o dever de observância ao princípio da justiça tributária, prescrevendo que as alterações na legislação tributária buscarão amenizar os efeitos progressivos.
Errado. Buscarão amenizar os efeitos regressivos em que impacto desigual na renda do agente.
O que são impostos extraordinários? Quais princípios tributários são dispensados na aplicação desse imposto?
Impostos instituidos na iminencia ou em caso de guerra externa. O imposto extraordinário pode conduzir a um Bis in Idem, não depende do principio da anterioridade anual e nonagesimal, e não está vinculado ao princípio da reserva das competencias impositivas
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Correto. Transcrição literal do art 3 do CTN.
Imposto é uma espécie de tributo que tem como fato gerador uma atuação estatal específica, diretamente referida ao contribuinte.
Errado. Impostos são tributos cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de uma atuação estatal específica em relação ao contribuinte. Ou seja, impostos não estão vinculados a um serviço específico prestado pelo Estado ao contribuinte. Exemplos incluem o Imposto de Renda e o ICMS.
Taxa é uma espécie de tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição.
Correto. Art 145, II, CF.
Em que consiste a taxa de policia? É possivel cobra-la pelo serviço sem a efetiva contraprestação, apenas por disponibiliza-la?
É a taxa instituída pelo poder público para custear a sua atuação no exercício efetivo do poder de polícia. Em outras palavras, é a taxa cobrada como contraprestação pelo fato de o Estado estar realizando uma atividade de fiscalização. É necessária a contraprestação, diferentemente da taxa de serviço efetivo e potencial.
Só se pode cobrar taxa de polícia pelo efetivo exercício desse poder
Correto. No entanto, o STF considera que o simples fato de existir um órgão estruturado que exerça permanentemente atividade de fiscalização já permite a cobrança da taxa de polícia de todos quantos estejam sujeitos a essa fiscalização.
É vedado à União instituir tributo que incida sobre o patrimônio dos demais entes federativos.
Errado. É vedada a instituição de impostos e não tributos.
Norma complementar nacional pode restringir o exercício da competência tributária dos estados.
Certo. Constituição Federal, em seu artigo 146, inciso III, atribui à lei complementar nacional a competência para estabelecer normas gerais em matéria tributária.
A imunidade tributária religiosa abrange o ICMS importação, devendo, para tanto, haver a comprovação de que os bens se destinam à finalidade essencial da entidade.
A alternativa está correta porque a imunidade tributária religiosa abrange o ICMS na importação, desde que os bens importados sejam utilizados na atividade religiosa, conforme a finalidade essencial da entidade. O STF tem decisões que sustentam essa interpretação ampla, como a ADI 2.028, que reconhece a imunidade para garantir a liberdade de culto.
As fundações instituídas e mantidas pelo poder público podem ser enquadradas no conceito de entidade beneficente de assistência social, sendo-lhes, nesse caso, permitido o gozo da imunidade relativa às contribuições sociais.
A imunidade tributária prevista no artigo 195, §7º, da Constituição Federal, destina-se exclusivamente às entidades privadas que exercem atividades de assistência social em colaboração com o Estado, não se aplicando às fundações públicas.
Os municípios detêm poder constitucional para instituir, além de seus impostos, contribuições sociais, taxas e contribuição para o custeio, a expansão e a melhoria do serviço de iluminação pública e contribuições de melhoria.
Correto.
A norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
Correto.
Conforme o princípio da legalidade tributária, previsto na Constituição Federal de 1988 (CF), tributos só podem ser instituídos por lei, porém, podem ser aumentados por meio de decreto.
Errado. Tributos devem respeitar o princípio da legalidade tributária tanto para sua instituição quanto para sua majoração. Assim: Os tributos só podem ser instituídos ou aumentados por lei.
A competência tributária e a capacidade tributária ativa são delegáveis.
Falso, por ferir o CTN (competência é indelegável, mas capacidade tributária ativa, que é a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos pode):
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do art. 18 da Constituição.