Direito Penal Flashcards

1
Q

No crime de calúnia contra pessoa morta, a retratação efetuada pelo réu é uma das causas que extinguem a punibilidade?

A

Verdadeiro.

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2
Q

A devolução, à Previdência Social, de valores percebidos ilicitamente quando da prática de estelionato previdenciário, é uma das causas que extinguem a punibilidade?

A

Não confundam estelionato previdenciário com apropriação indébita previdenciária. No estelionato previdenciário a restituição dos valores percebidos ilicitamente é causa de arrependimento posterior. Já no que tange ao crime de apropriação indébita previdenciária, a restituição é causa de extinção da punibilidade, ainda que após o trânsito em julgado da condenação.

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3
Q

(DEFINA O CRIME, MAJORANTE/QUALIFICADORA, PENA E MODALIDADE DE REPRESENTAÇÃO)
Wilson, por meio de telefone celular, enviou uma mensagem para um número desconhecido ofertando falso empréstimo a juros baixos. Em 5 de junho de 2021, foi respondido por Alexandre, de 64 anos de idade, que se interessou pela oferta. Para concretizar o empréstimo, Wilson solicitou os dados pessoais e bancários de Alexandre, com senhas, além de um depósito inicial de mil reais. Diante da oferta, Alexandre repassou todas as informações por mensagens e realizou o depósito. Para sua surpresa, no mesmo dia, Alexandre observou, em sua conta bancária, um empréstimo consignado, no valor de R$ 12.000,00, bem como uma transferência para uma terceira pessoa, mediante PIX, no valor de R$ 13.145,00, o que deixou sua conta negativada em R$ 1.145,00. Após esse evento, Wilson não respondeu aos contatos de Alexandre. Com as investigações policiais, confirmou-se a autoria e a existência do delito.

A

Wilson praticou crime de fraude eletrônica, com pena de reclusão de 4 a 8 anos e multa, majorada de 1/3 ao dobro; nessa situação, é indispensável a representação da vítima.

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4
Q

Quanto ao concurso de pessoas, o Código Penal adota, como regra, a teoria unitária ou monista e, excepcionalmente, a teoria pluralista.

A

Correto. O nosso Código Penal adotou em seu artigo 29 do Código Penal a teoria monista, segundo a qual todos que concorrem para a prática do crime respondem por ele, ainda que na medida da sua culpabilidade.
Há, no entanto, exceções pluralísticas pelas quais alguns agentes que concorrem para o delito respondem por crime diverso, previsto em tipo penal autônomo. Por exemplo: o agente provocador do aborto responde pelo tipo do artigo 126 do Código Penal, enquanto a gestante que o consentiu responde pelo crime previsto no artigo 124 do Código Penal.

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5
Q

São elementos do tipo culposo: Conduta humana voluntária, violação de um dever objetivo de cuidado e assunção de um risco permitido que gera um resultado naturalístico previsível.

A

Errado. A menção a assunção de um risco permitido se refere a uma situação de culpa consciente ou mesmo dolo eventual, que não se encaixa aqui, pois no crime culposo não se assume o risco de produzir o resultado.

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6
Q

Com a intenção de praticar um golpe, Luiz pagou diversos produtos comprados em determinada loja com um cheque clonado pré-datado. Antes da data do vencimento do cheque, Luiz, arrependido, retornou à loja e trocou o cheque por dinheiro em espécie, tendo quitado o débito integralmente. Houve arrependimento posterior?

A

Falso. A conduta narrada no enunciado da questão configura arrependimento eficaz, previsto na segunda parte do artigo 15 do Código Penal, uma vez que o agente praticou todos os atos executórios para a consumação do crime de estelionato. Todavia, o resultado não ocorreu, uma vez que, por meio de uma nova conduta, Luiz impediu a produção do resultado do crime que originariamente se propusera a praticar. A conduta não é atípica em razão do cheque ser pré-datado, uma vez que a emissão de cheque clonado pré-datado consubstancia a elementar do crime de estelionato consistente na fraude com o objetivo de, por meio do induzimento a erro, obter vantagem ilícita em prejuízo alheio. Por fim, não se trata de tentativa, uma vez que o resultado só não ocorreu, nos termos do enunciado, por vontade do agente e não por circunstâncias alheias a sua vontade.

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6
Q

São elementos do tipo culposo: conduta humana voluntária, violação de um dever objetivo de cuidado, resultado naturalístico involuntário e previsível, e nexo causal.

A

Correto. Em um crime culposo, a conduta é voluntária no sentido de que a ação foi realizada por vontade própria, mas o resultado não é desejado. Existe uma violação de um dever de cuidado, e o resultado deve ser previsível. O nexo causal é a ligação entre a conduta e o resultado.

Exemplo prático: Um motorista dirige acima da velocidade permitida (conduta voluntária e violação de dever de cuidado) e, por isso, atropela um pedestre (resultado involuntário e previsível).

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7
Q

Com a intenção de praticar um golpe, Luiz pagou diversos produtos comprados em determinada loja com um cheque clonado pré-datado. Antes da data do vencimento do cheque, Luiz, arrependido, retornou à loja e trocou o cheque por dinheiro em espécie, tendo quitado o débito integralmente. A conduta foi atípica, devido ao fato de o cheque ter sido pré-datado?

A

Falso. A conduta narrada no enunciado da questão configura arrependimento eficaz, previsto na segunda parte do artigo 15 do Código Penal, uma vez que o agente praticou todos os atos executórios para a consumação do crime de estelionato. Todavia, o resultado não ocorreu, uma vez que, por meio de uma nova conduta, Luiz impediu a produção do resultado do crime que originariamente se propusera a praticar. A conduta não é atípica em razão do cheque ser pré-datado, uma vez que a emissão de cheque clonado pré-datado consubstancia a elementar do crime de estelionato consistente na fraude com o objetivo de, por meio do induzimento a erro, obter vantagem ilícita em prejuízo alheio. Por fim, não se trata de tentativa, uma vez que o resultado só não ocorreu, nos termos do enunciado, por vontade do agente e não por circunstâncias alheias a sua vontade.

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8
Q

teoria sobre a relação de causalidade penal, que define causa como uma condição sem a qual o resultado não teria ocorrido, sendo um antecedente invariável e incondicionado de algum fenômeno, sem distinção entre causa e condição.

A

Teoria da equivalência das condições. Não existe diferença entre causa, ocasião e condição. Concorreu para o resultado é causa deste. Por isso, o que diferencia da teoria da causalidade adequada no presente caso é não existir distinção entre causa e condição, errei por não me atentar a essa informação.

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8
Q

Para que fique caracterizado o concurso de pessoas, é necessário que exista o prévio ajuste entre os agentes delitivos para a prática do delito.

A

Errado. A questão requer conhecimento sobre concurso de pessoas, autoria, coautoria e participação, segundo o Código Penal. Para o concurso de pessoas é necessário um nexo psicológico entre os agentes, uma vontade homogênea voltada à produção do mesmo resultado. Sem o nexo psicológico, há vários crimes autônomos, e não concurso de agentes. O nexo psicológico INDEPENDE de prévio ajuste, bastando que um agente tenha ciência da vontade do outro e decida cooperar (adesão de um à conduta do outro). Neste sentido, não é necessário um ajuste prévio, como prevê a situação hipotética.

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8
Q

Um elemento que integra o conceito de culpabilidade aplicado ao direito brasileiro é real consciência da ilicitude.

A

Errado. É a potencial consciencia da ilicitude.

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9
Q

a participação, que pode ser moral ou material, é admitida até a consumação do crime.

A

Correta pela CBSP. É o que explica Cunha (2020): “A participação, adotada a teoria formal-objetiva quanto à autoria, consiste na realização de atos que de alguma forma concorram para o crime, sem que o agente ingresse na ação nuclear típica. (…) Aponta a doutrina que a participação pode ocorrer por via moral ou material. (…) O auxílio pode ser prestado durante os atos preparatórios ou executórios, mas, se consumado o delito, somente se considera eventual assistência se previamente acordada entre os agentes. (…)”.
Obs.: muito cuidado com o estilo de cobrança CESPE-CEBRASPE. Como se viu acima, é possível, ainda que excepcionalmente, que a participação ocorra após a consumação. Isso não é contraditório com a assertiva porque ela não disse que a participação somente é admitida até a consumação ou que a participação não será admitida após a consumação.
Para facilitar a compreensão, é como se a banca dissesse: “o ser humano tem quatro dedos na mão”. Isso é verdade? Sim, pois se ele tem 5 dedos no total, obviamente tem 4. Essa assertiva está, portanto, correta para a banca. Incorreta estaria se tivesse dito “o ser humano só tem quatro dedos na mão”.

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9
Q

O erro de proibição em crime culposo só é admissível nos crimes praticados com culpa consciente, pois deriva da valoração equivocada da ação negligente quando o agente, em razão de circunstâncias especiais, acredita ser lícita a sua ação descuidada.

A

Correto. Erro de proibição consiste na falsa compreensão de uma norma legal, ou seja, o erro do agente é sobre a norma e não sobre o fato. Assim, a culpabilidade da conduta do agente, no erro de proibição inescusável, é excluída. Dessa forma, o erro de proibição só pode ser aplicado ao crime culposo quando a culpa é consciente, pois nesta modalidade de culpa o agente prevê um resultado, mas acredita que o resultado previsto por ele, embora danoso, é permitido por lei (aqui está ao erro de proibição). Já na culpa inconsciente não há essa previsibilidade.

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10
Q

Tais prazos serão reduzidos pela metade nas situações em que, ao tempo do crime, o agente fosse menor de vinte e um anos de idade ou, na data do trânsito em julgado da sentença condenatória, fosse maior de setenta anos de idade.

A

Errado, conta da data da prolação da sentença.

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11
Q

O indulto extingue os efeitos penais primários e secundários, penais e não penais, da condenação, exceto para fins de reincidência penal.

A

está incorreta conforme o entendimento da Súmula 631 do STJ, “o indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou extrapenais”.

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12
Q

A reincidência penal implica o aumento, em um terço, do prazo da prescrição da pretensão punitiva.

A

está incorreta porque “a prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente” (Artigo 110, do Código Penal).

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13
Q

A extinção da punibilidade de crime antecedente não interfere na punibilidade do delito de lavagem de dinheiro.

A

Correto, são independentes.

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14
Q

A sentença que concede o perdão judicial afasta os efeitos penais da sentença penal condenatória, exceto para fins de reincidência.

A

está incorreta. O Artigo 120, do Código Penal, fala que “a sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência”

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15
Q

Comete o crime de prevaricação funcionário público que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo.

A

Errado. A prevaricação exige a satisfação de interesse ou sentimento pessoal. A conduta do agente que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo, configura o delito de condescendência criminosa, tipificado no artigo 320 do Código Penal.

16
Q

Particular que aquiesce com a exigência de funcionário público, quando este comete o crime de concussão, entregando-lhe o valor pedido em razão do exercício de sua função, não comete nenhum crime nesse caso.

A

Correto. Não confundir concussão com corrupção passiva. O agente que entrega o valor na concussão, não comete crime.

16
Q

Um médico de hospital particular conveniado ao Sistema Único de Saúde pode ser equiparado a funcionário público, para fins de responsabilização penal.

A

Correto. A empresa particular está prestando serviço público, por isso, se equipara.

17
Q

Quem oferece dinheiro a perito para que este elabore laudo favorável à sua pretensão comete crime de corrupção ativa, definido no art. 333 do Código Penal.

A

Errado. Existe crime próprio contra a administração da justiça. A conduta descrita neste item corresponde ao crime previsto no artigo 343 do Código Penal, que tem a seguinte redação: “dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação”. Não se trata, portanto, de crime de corrupção ativa, conforme asseverado nesta alternativa, que está errada.

18
Q

No âmbito dos crimes contra a administração pública, o ato de solicitar para si vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público, insinuando o agente que a vantagem é também destinada ao funcionário público, caracteriza o crime de

A

Tráfico de influência majorado. Veja que em uma leitura rápida, aparenta tratar-se de corrupção passiva, porém, com mais esmero, verificamos que o agente não se trata de funcionário público, mas sim particular que solicita a vantagem para influenciar em um FP. Ai já fica claro que se trata do crime de tráfico de influência, resta saber se simples ou majorado. Como o fim do dinheiro também é destinado ao agente público, temos como majorado.

19
Q

O pagamento do tributo devido extingue a punibilidade do crime de descaminho.

A

Errado, se trata de crime formal, e se consuma quando o agente ilude (deixa de informar corretamente ou oculta totalmente a informação), no todo ou em parte, o imposto devido pela saída, entrada ou consumo de mercadoria. Logo, para que se consume, é prescindível a instauração de procedimento administrativo-fiscal.

20
A fuga do réu após a ordem de parada dos policiais para abordagem configura crime de desobediência.
Correto. Não é por ser réu, que não configura desobediência. As vezes fico buscando pegadinha na cabeça.
21
Em relação à lei penal no tempo e à irretroatividade da lei penal, é correto afirmar que à lei penal mais benigna aplica-se o princípio da extra-atividade
Verdadeiro. Extra atividade é tipo do qual são espécies a retroatividade e a ultra atividade. De modo que de fato, a lei penal mais benigna terá aplicação extra ativa já que retroagirá em benefício do reu e será aplicada em caso de nova lei que seja pior.
22
Quais tipos de crime são uma exceção a teoria da ubiquidade no código penal?
Crimes conexos, plurilocais, IMPO, crimes falimentares e atos infracionais.
23
No direito penal, a analogia é uma fonte formal mediata, tal como o costume e os princípios gerais do direito.
Errado. Não é fonte formal do direito, mas sim metodo interpretativo. é uma forma de autointegração da norma penal para suprir as lacunas porventura existentes.
24
O direito penal do autor poderá servir de fundamento para a redução da pena quando existirem circunstâncias pessoais favoráveis ao acusado.
Correto. O direito penal do autor diz respeito a uma punição baseada no autor e sua personalidade, precedentes e etc, afastando-se do fato realizado. Normalmente é utilizado para majorar penas, contudo, pode sim ser utilizado para diminuir.
25
O direito penal do ato tem como característica a ampliação da tipicidade do crime para atingir também os atos preparatórios e os de tentativa.
Incorreto. A ampliação da tipicidade para atingir os atos preparatórios e os de tentativa diz respeito ao direito penal do autor. O direito penal do ato, ao contrário, se vincula à LESÃO JURÍDICA que a conduta produz. O erro da questão está na parte “tem como característica a ampliação da tipicidade do crime para atingir atos preparatórios”. Essa parte não possui qualquer relação com o direito penal do ato, mas do autor.
26
Em razão da vedação constitucional de imposição de pena de trabalhos forçados, a recusa injustificada de apenado a trabalho interno não constitui falta grave.
Incorreta. De fato, a Constituição Federal veda, de maneira expressa, a imposição de pena de trabalhos forçados, no art. 5º, XLVII, “c". Contudo, o trabalho exigido dos condenados, previsto no art. 39, V, da Lei nº 7.210/84, inserido dentro do rol dos deveres destes, não é considerado como trabalho forçado, pois, como descrito no art. 28 da mesma Lei, o trabalho do preso é considerado dever social e meio para promover a dignidade humana, possuindo finalidade educativa e produtiva. Por isso, o entendimento pacificado dos Tribunais Superiores é o de que a recusa ao trabalho é considerada como falta grave (possível sofrer consequências negativas), conforme menciona o art. 50, VI, da LEP.
27
O condenado terá direito a remir o tempo efetivamente trabalhado em domingos e feriados, mesmo que ainda não tenha a efetiva autorização do juízo ou da direção do estabelecimento prisional para esse labor.
Correto. Se o preso, ainda que sem autorização do juízo ou da direção do estabelecimento prisional, efetivamente trabalhar nos domingos e feriados, esses dias deverão ser considerados no cálculo da remição da pena. A remição da pena pelo trabalho se perfaz à razão de 1 dia de pena a cada 3 dias de trabalho, conforme o regramento do art. 126, § 1º, II, da LEP. E, nos termos do art. 33 do mesmo estatuto, considera-se dia trabalhado aquele em que cumprida jornada não inferior a 6 nem superior a 8 horas. (...) (HC 218.637-RS, Quinta Turma, DJe 19/4/2013). HC 346.948-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 21/6/2016, DJe 29/6/2016.
28
O benefício da remição da pena será suspenso no caso de o condenado, por acidente, ficar impossibilitado para o trabalho ou o estudo.
Errado. O benefício da remição não será suspenso em razão de acidente que gere impossibilidade para o trabalho.
29
É possível o acréscimo de um terço do tempo a remir no caso de conclusão, durante o cumprimento da pena, do ensino fundamental, médio ou superior.
Correto, o prazo é exatamente esse. 1/3. Alem disso, abrange ensino fundamental, médio ou superior.
30
No curso da execução da pena de reclusão, sobreveio a incapacidade mental do apenado, o que resultou na conversão da pena em medida de segurança e na internação do preso em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico. Nessa situação hipotética, sendo improvável a recuperação do interno, a medida de segurança, em regra, não poderá perdurar por mais tempo do que o correspondente à pena substituída.
Correto, não poderá ultrapassar. Sempre confundo no que será feito com o cidadão, mas no fim, não importa. A lei impõe que não deverá ultrapassar do tempo, e faz relativo sentido.
31
Compete à direção do estabelecimento prisional autorizar o trabalho externo.
Correto.
32
Transitada em julgado a sentença penal condenatória, no caso de ser editada lei de natureza penal mais benéfica, competirá ao juiz da vara de execução penal aplicá-la em benefício do condenado, salvo se a condenação tiver sido estabelecida pelo STF em ação penal originária, hipótese em que competirá aos ministros modificar seus julgados e ao juiz, remeter carta de guia ao ministro relator.
Falso. A aplicação por parte do juiz da execução independe se a decisão foi tomada pelo STF.
33
É isento de pena o agente do crime de furto qualificado cometido contra o próprio pai, desde que este não tenha idade igual ou superior a 60 anos.
Sim, é isento de pena. O crime de furto, ainda que qualificado, não possui violencia nos seus elementos (ou então seria roubo), e por isso, se enquadra nas imunidades absolutórias que são: Ascendente e descendente, conjuge na constancia da sociedade conjugal. Além do mais, os crimes cometidos contra a administração pública, contra maior de 60 anos, deficiente mental, não necessita de representação.
34
Na saída de uma festa, após uma discussão, Francisco, motivado por ciúmes, desferiu um único soco em José. Este, surpreendido, não esboçou reação e caiu no chão, bateu a cabeça no meio-fio da calçada e faleceu em seguida. Iniciado e instruído o processo, o laudo do IML apontou que José tinha morrido em decorrência de um aneurisma cerebral, fato desconhecido de ambos. Nessa situação hipotética, a conduta de Francisco é considerada crime de:
Lesão corporal simples. Existe um julgado específico do STJ que trata acerca do aneurisma cerebral pretérito, e traz como que ele é causa absolutamente independente, desta forma afastando das ações do agente o resultado morte. Essa questão já foi cobrada mais de uma vez pela CBSP. Normalmente aponta que o fato era desconhecido de ambos e que o resultado morte foi o aneurisma.
35
O funcionário público que se utilizar de violência ou grave ameaça para obter vantagem indevida cometerá o crime de extorsão e não o de concussão.
Correto. A violência ou grave ameaça é elementar da extorsão e não da concussão. Na concussão a elementar é exigir a indevida vantagem, contudo, sem o uso de violência ou de grave ameaça.
36
João arrombou a loja onde trabalha, e que pertence à sua mãe de 60 anos de idade, levando mercadorias avaliadas em milhares de reais. João praticou crime ou é isento de pena?
Praticou o crime de furto consumado qualificado por rompimento de obstáculo. A mãe de Joao possuí 60 anos, o que afasta a imunidade absoluta nos crimes sem violência. 60 ou mais, já afasta.
37
Segundo o STF, é típico o furto de sinal de TV a cabo.
Falso. É atípico, para não configurar analogia em malam partem.
38
A pena pelo crime de estelionato é aumentada de um terço se a conduta for cometida em detrimento do Instituto Nacional de Seguridade Social.
Correto. O crime de estelionato está previsto no art. 171 do Código Penal Brasileiro. A questão específica aborda a hipótese de aumento de pena, que é tratada no § 3º do mesmo artigo, onde se estabelece que a pena é aumentada de um terço se o crime for cometido contra entidade de direito público ou instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
39
Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a contemplação lasciva de uma criança, por meio da Internet, sem qualquer contato físico, configura qual crime?
Estupro de vulnerável. O crime de estupro de vulnerável, conforme o Superior Tribunal de Justiça, prescinde de contato físico direto do réu com a vítima. A respeito de CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL, conforme o STJ, é CORRETO afirmar que a contemplação lasciva pode tipificar o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP).
40
Antônio, visando matar Carlos, desferiu tiros na direção deste, o que lhe causou a morte. Todavia, alguns disparos, por clara culpa, atingiram Francisco, que não faleceu, mas perdeu o braço por amputação em decorrência dos ferimentos. Nesse caso, Antônio deverá responder por
Homicídio doloso em concurso formal com lesão corporal culposa. Cabe pontuação de que existe um julgado do STJ, da 6a turma, que aponta que deveria responder pelo dolo da primeira ação, assim seria homicidio doloso + tentativa de homicídio. Contudo, aparentemente, esse posicionamento destoa da doutrina e jurisprudência majoritária. Questão da CBSP polêmica.
41
O emprego de violência contra a pessoa, com a finalidade de inutilizar coisa alheia, descaracteriza o crime de dano.
Não descaracteriza, é inclusive forma qualificada de dano.