Direito Constitucional- Adm Pública (parte 1) Flashcards
A concessão de reajustes a servidores públicos deve observar o princípio da legalidade, edição de lei. Assim não é cabível o deferimento de aumento salarial com base no princípio da
Isonomia
O STF decidiu que não é preciso criar uma lei formal para proibir o nepotismo. Mesmo que a proibição tenha começado em uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ela vale para todos os poderes do país. Portanto, a vedação do nepotismo é aplicável a todos os setores do governo, não apenas ao Judiciário.
Certo
A contratação de cônjuges ou parentes até o terceiro grau, seja por vínculo consanguíneo ou de afinidade, viola o princípio da
impessoalidade, da moralidade e da eficiência.
O princípio da legalidade determina que, na administração pública, o agente só pode agir quando há lei permitindo. Esse princípio é estrito para a administração. Já a legalidade ampla, presente no artigo 5º, permite ao cidadão agir quando não há lei proibindo. A doutrina atual inclui o princípio da juridicidade, que exige que o agente público observe não apenas a lei, mas todo o ordenamento, incluindo atos normativos de agências reguladoras e princípios. O reajuste de servidores demanda lei e não pode ser concedido por decisão judicial, ato administrativo ou acordo coletivo. A proibição de contratar parentes não precisa estar expressa em lei.
Certo
Governante não pode se valer de obras públicas ou outros feitos para buscarem autopromoção. Diz respeito ao princípio da…
Impessoalidade
Conforme o princípio da impessoalidade, viola a Constituição Federal lei estadual que proíbe a realização de processo seletivo para a contratação de estagiários.x
Certo
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou ainda de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos municípios compreendido, o ajuste mediante designações recíprocas viola a Constituição Federal.
Certo
No que se refere ao nepotismo, a proibição não vale para cargos de natureza política, ou seja, para ministros de Estado, secretários de Estado. Assim, poderia, por exemplo,
um governador nomear seu irmão para ocupar a Secretaria de Transportes naquele estado.
Também se proíbe o nepotismo póstumo. Assim,
filho de notário, tabelião, não pode assumir, mesmo de forma temporária, o cartório que estava com seu pai quando dele falecer.
No que se refere à diferença entre ineligibilidade reflexa e nepotismo, a ineligibilidade reflexa impede que cônjuges e parentes dos chefes do executivo se candidatem a mandatos eletivos. Ela vai até o segundo grau de parentesco, pais, filhos e irmãos além de cônjuge, e a proibição não vale se o parente está concorrendo à reeleição. E o rompimento do vínculo no curso do mandato não afasta a ineligibilidade reflexa. Agora, no que tange ao nepotismo, é um impedimento que cônjuges e parentes ocupam cargos em comissão. Vai até o terceiro grau de parentesco, pais, filhos, irmãos e tios ou sobrinhos além de cônjuge, e a proibição não vale para cargos de natureza política e é proibido o nepotismo na forma direta e na forma cruzada.
Certo
Em uma eleição municipal, o prefeito em exercício é candidato à reeleição. Seu tio, que sempre demonstrou interesse em questões sociais e políticas, decide concorrer ao cargo de vereador no mesmo município. Diante do exposto, considerando a ineligibilidade reflexa, qual é a avaliação correta dessa situação?
Correta, pois a ineligibilidade reflexa atinge até o segundo grau de parentesco, não incluindo tios.
Em um contexto eleitoral, Jair Bolsonaro, atual presidente, está se preparando para concorrer à reeleição. Seu filho, que atualmente exerce o cargo de deputado federal, decide lançar sua candidatura para continuar no cargo nas próximas eleições. Considerando a ineligibilidade reflexa, qual é a avaliação correta dessa situação?
A ineligibilidade reflexa abrange até o segundo grau de parentesco, incluindo pais, filhos, irmãos e cônjuges. No entanto, a proibição não vale se o parente está concorrendo à reeleição. Portanto, a candidatura do filho de Bolsonaro não configura uma situação de inelegibilidade reflexa.
Com base na moralidade e no princípio republicano, foram consideradas inconstitucionais as leis estaduais que previam pagamento de subsídio vitalício para ex-governadores, além da transmissão dos benefícios às respectivas viúvas na forma de pensão.
Certo
O princípio da publicidade em concursos públicos é violado quando o edital
não aborda claramente a oportunidade de aproveitar candidatos aprovados em um departamento diferente daquele para o qual realizaram as provas.
O STF decidiu que recursos públicos vinculados ao orçamento de estatais prestadoras de serviços essenciais, sem fins lucrativos primários e em regime não concorrencial, não podem ser bloqueados judicialmente para pagar indenizações trabalhistas. Isso seria considerado violação
dos artigos 100 (regra do precatório), 60 (separação de poderes) e 37 (princípio da eficiência).
Sabendo-se que o nepotismo também fere o princípio da eficiência, o intuito está em
que a administração pública deve contar com melhores quadros, aquelas pessoas bem qualificadas e comprometidas em prestar um serviço público de qualidade.
No âmbito federal, a Lei nº 8.112 fala que as Universidades e Centros de Pesquisa Científica e Tecnológicas Federais poderão prover seus cargos com
professores técnicos e cientistas estrangeiros. Sigla PTC
O estrangeiro só poderá ter sua nomeação barrada em concursos para os cargos de professor técnico e cientista de universidade e centro de pesquisa, se a restrição da nacionalidade estiver
expressa no edital e, além disso, justificar-se devidamente com o objetivo de preservar o interesse público.
Existem também funções de confiança que só podem ser exercidas por servidores efetivos e cargos em comissão que podem ser exercidos tanto pelos servidores efetivos quanto por pessoas que não tenham vínculo com a administração.
Certo
É constitucional a hipótese de contratação temporária para pesquisas estatísticas do IBGE.
Certo
É inconstitucional, lei estadual que permitia a contratação sem concurso público para o exercício de atividades típicas do Estado, usando a motivação de excepcional interesse. Essa lei escandalosamente permitia a contratação para áreas como saúde, educação e assistência jurídica.
Certo
A contratação temporária exige previsão legal, prazo determinado, necessidade temporária e interesse público excepcional, geralmente para suprir vagas temporárias decorrentes da ausência de servidores efetivos. Essa contratação deve perdurar apenas até a realização do próximo concurso público.
Certo
É válida lei estadual que preveja a isenção de taxa de inscrição em concursos públicos para os candidatos de baixa renda. Prevaleceu a ideia de que não haveria violação ao princípio da isonomia, a diferenciação entre os candidatos.
Certo
Ofende à Constituição Federal norma estadual que conceda isenção de taxa de inscrição em concursos a servidores públicos estaduais, pois não há razão para o tratamento diferenciado.
Certo
No concurso, a fase de títulos não pode ser eliminatória, apenas
Classificatória
O STF pontuou quatro requisitos para afastar o direito líquido e certo de um candidato aprovado dentro das vagas ser chamado, sendo eles a
superveniência, a imprevisibilidade, a gravidade e a necessidade.
O surgimento de novas vagas ou abertura de novo concurso para o mesmo cargo durante o prazo de validade do certame anterior não
geraria automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital.
É válida e não ofende o princípio da isonomia cláusula de edital que limite o número de candidatos para a próxima fase do certame. É a chamada cláusula de barreira ou de desempenho.
Certo
É válida a regra do edital que preveja limite de idade para ingresso na carreira, desde que possa justificar a restrição pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
Certo
Não pode uma lei estadual estabelecer como critério de desempate em concurso público o fato de um dos candidatos contar com mais tempo de serviço prestado àquele Estado. Seria uma violação da regra do artigo 19 da Constituição Federal, segundo a qual é
vedado à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
A comprovação do requisito etário estabelecido na lei deve ocorrer no
momento da inscrição no concurso e não no ato da inscrição no curso de formação.