Diabetes mellitus Flashcards

1
Q

Explique resumidamente a fisiopatologia do DM tipo 2:

A

Por conta de fatores ambientais, como dieta e falta de exercícios físicos há uma elevação nos níveis de glicose plasmáticos. Somado a isso, a função metabólica das células beta pancreáticas, produtoras de insulina, também fica reduzida, agravando o estado metabólico hiperglicêmico dessa condição.

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2
Q

O que ocorre com os níveis séricos de insulina em pacientes com DM2?

A

Os pacientes apresentam na fase que antecede a doença um aumento dos níveis insulínicos de maneira compensatória em relação a hiperglicemia. Com o tempo o corpo tende a desenvolver resistência a insulina e a secreção desse hormônio decresce.

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3
Q

O que faz parte da síndrome metabólica que acompanha a DM?

A
  • Aumento dos níveis de LDL e VLDL
  • Redução dos níveis de HDL
  • Aumento da pressão arterial
  • Hiperglicemia
  • Hipertensão
  • Aumento do risco cardiovascular.
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4
Q

Explique o mecanismo pelo qual dietas ricas em gordura pode contribuir para o desenvolvimento da condição:

A

Esse tipo de dieta tende a gerar um stress oxidativo pela formação de espécies reativas de o2. Isso afeta as células beta de maneira mais intensa porque essas células tantos componentes atioxidantes como as demais células. Além disso, a resistência insulínica pode ser associada a fatores secretados por adipócitos, como leptina.

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5
Q

Qual o limite de glicose sérica em jejum que caracteriza um paciente como diabético:

A

Acima de 126 mg/dl.

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6
Q

O DM2 pode ser causado pelo uso de medicamentos, como por exemplo antipsicóticos clorpromaniza, quetiapina, risperidona, olanzapina, explique o mecanismo pelo qual isso ocorre

A

Os medicamentos podem atuar de 3 formas:

  1. Provocando redução da secreção insulínica pelas células beta. (antiretrovirais HIV,
  2. Aumentando a secreção hepática de glicose; (epinefrina e norepinefrina)
  3. Causando resistência insulínica. (betabloqueadores, diuréticos tiazídicos)
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7
Q

Um dos diagnósticos diferenciais da DM é a hiperglicemia por estresse. Caracterize esse quadro:

A

É um quadro caracterizado por hiperglicemia transitória consequencia de diversos fatores como aumento dos níveis séricos de catecolaminas, cortisol, glucagon, GH que levam a gluconeogenese e resistência insulínica.

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8
Q

Cite algumas complicações relacionadas à DM. De que elas decorrem?

A

Decorrem de distúrbios vasculares e microvasculares. Como a retinopatia diabética, nefropatia, neuropatia, DAC, doenças cerebrovasculares e doenças arteriais periféricas.

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9
Q

Porque a gestação é uma condição diabetogênica?

A

Porque as enzimas placentárias degradam a insulina além de a placenta produzir hormônios tidos como hiperglicemiantes,

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10
Q

O que é tido plea SBD 2020 como valor de referência para normoglicemia de glicose em jejum, glicose e TTOG:

A

Valores <100mg/dl (110 segundo OMS) e <140mg/dl

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11
Q

O que é o exame de hemoglobina glicada, qual seu valor de ref. e qual sua vantagem em relação à dosagem apenas da glicose:

A

É um exame realizado que reflete os níveis glicêmicos dos últimos 3-4 meses de um paciente. Valor de ref >=6,5 Sua vantagem em relação à dosagem habitual de glicose é que ela independe do jejum para realização e está sujeita a menir variabilidade.

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12
Q

Em quais estados devemos evitar a dosagem de hemoglobina glicada em um paciente:

A

Em pacientes com anemias, hemoglobinopatias e uremia.

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13
Q

Quando podemos classificar um paciente com teste de glicose ao acaso como diabético:

A

Quando os níveis séricos são acima de 200mg/dl associados à sintomas inequívocos de hiperglicemia.

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14
Q

A respiração de Kussmaul pode ser encontrada em pacientes com DM. Explique o que a caracteriza e em que casos isso ocorre:

A

É uma respiração característica com FR elevada e respiração profunda. Ocorre em pacientes em cetoacidose diabética é um mecanismo respiratório compensatório ao aumento do pH interno na tentativa de eliminar ácido carbônico através da respiração.

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15
Q

Cite os fatores que segundo a SBD2020 justificam o rastreamento para DM:

A
  • Histórico familiar de DM em parentes de 1º grau;
  • Raça/etnia de risco para DM (negros, hispanicos e índios Pima);
  • Mulheres com diagnóstico prévio de DMG;
  • Histórico de doença cardiovascular;
  • HAS;
  • HDL-c<35 e/ou triglicérides>250;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Sedentarismo;
  • Acantose nigricans;
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16
Q

Quais avaliações laboratoriais devem ser realizadas em pacientes com suspeita de cetoacidose diabética? Qual o valor de corte que determina o quadro:

A

determinação da glicose plasmática, fósforo, ureia, creatinina, cenotemia, cetonúria, gasometria, hemograma e ECG. O valor de referência adotado pela ADA é de >250mg/dl de glicemia. No entanto a Fed. Int.de diabetes determina para crianças valores acima de 200 e pH venoso<7.3, ou bicarbonato abaixo de 15mmol/l, além de cetonemia e cetonúria.

17
Q

O que é a síndrome hiperglicêmica hiperosmolar:

A

É uma condição que é uma complicação da DM na qual há um aumento importante da osmolaridade sérica>320, com níveis de glicose séricos acima de 600mg/dL no entanto, os pacientes não tendem a apresentar o quadro de acidose tendo pH venoso>7,3 , prevenida por uma quantidade mínima de insulina circulante.

18
Q

Cite alguns fatores que podem precipitar uma síndrome hiperglicêmica hiperosmolar:

A

Os mais frequentes são infecção urinária e pneumonia. Além disso, pode ser desencadeada por eventos cardiovasculares, uso de medicamentoes (glicocorticoides, betabloq., antipsicóticos, etc.)

19
Q

De quanto em quanto tempo deve ser avaliada a hemoglobina glicada em pacientes com diabeticos que não atingiram a meta glicêmica ou com a terapia em ajuste:

A

Deve ser reavaliada de 3 em 3 meses. Além de dosar lipídios e relação albumina/creatina (pesquisa precoce de lesão renal) anualmente.

20
Q

Em pacientes com DM controlada de quanto em quanto tempo dosamos a A1C

A

A cada 6 meses.

21
Q

O médico solicitou a sr. José sua relação albumina/creatinina a qual indicou presença de 45mg de albumina na urina de 24h, como podemos classificar o paciente em relação à nefropatia.

A

Ele apresenta a chamada nefropatia incipiente, na qual os níveis de albumina inicam microalbuminúria (30-300mg em 24h) é um dos estágios iniciais que indicam a nefropatia diabética.

22
Q

Um paciente com DM1 há 2 anos, não apresenta alterações visuais e aos exames apresenta uremia sem proteinúria. Do que podemos suspeitar?

A

A nefropatia diabética apesar de muito prevalente entre os portadores de DM, normalmente acompanha a retinopatia e se apresenta com proteinúria, logo nesse caso específico devemos suspeitar de uma doença glomerular primária.

23
Q

Cite algumas causas, além da nefropatia diabética para proteinúria que não necessáriamente refletem lesões renais:

A
  • Exercícios físicos intensos;
  • Ingesta elevada proteica
  • Infecções
  • Mau controle glicêmico;
  • HAS descompensada
  • ICC;
  • Litíase renal;
24
Q

Qual a conduta que deve ser tomada em um paciente com DM descompensada (glicotoxicemia) e HAS descompensada quando precisamos avaliar proteinúria e possível nefropatia diabética:

A

Devemos primeiramente, procurar controlar o quadro do paciente para não superestimarmos a proteinúria, que pode também ser provocada por HAS e hiperglicemia.

25
Q

Quando devemos investigar possível nefropatia diabética em pacientes com DM1 e pacientes com DM2?

A

DM1: Anualmente após 5 anos do diagnóstico em indivíduos>12 anos.
DM2: Anualmente desde o diagnóstico

26
Q

Por conta de outras possíveis causas de albuminúria o que deve ser feito afim de se caracterizar o quadro de um paciente como com microalbuminúria fixa?

A

Devem-se obter pelo menos 2 de 3 amostras alteradas em um período de 3-6 meses.

27
Q

A presença de microalbuminúria pode ser detectada em pelo EAAS (urina tipo I)?

A

Não. O EAS só detecta dosagens de albumina>300mg/dia ou proteinúria>500mg/24h

28
Q

Na nefropatia diabética como pode se apresentar os níveis séricos de albumina do paciente?

A

Podem se apresentar inalterados, isso porque há uma albuminemia, normalmente em processos renais nos quais há uma resposta inflamatória sistêmica e os rins passam a excretar muita albumina, algo que não é compensado pelo fígado. Jà na ND essa perda pode ser compensada pela secreção hepática.

29
Q

Quando devemos lançar mão da biopsia renal em caso de suspeita de ND?

A

Quando há suspeita de nefropatia não diabética. Como em pacientes:

  • Com proteinúria antes de 5 anos da DM1
  • Presença de hematúra dismórfica e/ou cilindros celulares no eas
  • rins reduzidos
  • IRA de evolução muito aguda
30
Q

O que compreende a fase azotêmica:

A

É a fase IV da ND na a TFG está<40ml/min e a creatinina sérica passa a se elevar. É nessa fase que há evolução para insuficiência renal crônica e uremia.

31
Q

Em quanto tempo após a azotemia costuma ocorrer a evolução dos pacientes para rins terminais?

A

2-3 anos

32
Q

Qual a meta de Ac1 para controle glicêmicos em pacientes diabéticos?

A

> 7%