Coqueluche Flashcards
1
Q
Introdução e quadro clínico
A
- Agente etiológico:
–> Bordetella pertussis
–> Coco-bacilo gram-negativo
–> Período de incubação: 7-10 dias em média
–> População mais vulnerável: lactentes
–> Altamente contagioso - Fatores de risco associados a gravidade:
–> Quanto menor a criança, maior é a gravidade
–> Nos adultos, o quadro clínico é frusto. Isso torna essa população uma grande carreadora do agente etiológico. - Fases clínicas: cada fase dura em média 2 semanas, porém a tosse pode persistir por meses.
–> Fase catarral: tem duração média de 1-2 semanas, apresenta quadro típico de IVAS não complicada - febre, coriza e tosse que progressivamente evolui para os paroxismos.
–> Fase paroxística: com duração de 2-6 semanas, a criança começa a melhorar da febre (afebril ou febre leve) e apresentar tosse paroxística ou em salvas - SÚBITA, INCONTROLÁVEL E SEM PAUSAS, DETERMINANDO DURANTE AS CRISES O APARECIMENTO DE CIANOSE, APNEIA, VÔMITOS E UM SOM ESPECÍFICO NA INSPIRAÇÃO, O GUINCHO! Hemorragias conjuntivais e petéquias em face pelo grande esforço do lactente podem ocorrer
–> Fase de convalescença: tem duração média de 2-6 semanas, caracterizada por melhora do paroxismo, porém que pode retornar em casos de estímulos em via aérea ou coinfecções virais. A tosse vai se tornando mais branda. - Exames laboratoriais:
–> Como consequência das toxinas liberadas pela B. pertussis, há estímulo para gerar LINFOCITOSE
–> RX de tórax: aspecto de “coração borrado” ou “franjado/felpudo”, porque as bordas da imagem cardíaca não são nítidas, devido aos infiltrados pulmonares
–> PCR é o método de maior sensibilidade e especificidade para isolamento da bactéria.
2
Q
Manejo
A
- Antibioticoterapia:
–> Macrolídeos (claritromicina, azitromicina) ou fluoroquinolonas
–> Cefalosporinas de 3ª geração
–> Casos graves e refratários: meropenem
–> Pode-se utilizar sulfametoxazol e trimetoprim. - Outras condutas necessárias:
–> Isolamento respiratório
–> Oxigenioterapia com suporte de O2
–> Notificação da suspeita diagnóstica ao SINAN
–> Coleta de sorologias ou PCR para B. pertussis para confirmação diagnóstica.
3
Q
Epidemiologia e profilaxias
A
- Alta vigilância - deve-se suspeitar de coqueluche nos quadros clínicos que envolvam tosse paroxística (em crises) que está aumentando a partir da 2ª semana da doença
- Em pacientes vacinados, o quadro pode ser atípico, com tosse irritativa, seca e persistente. Adultos tendem a ter quadros frustos e subclínicos.
- Profilaxia:
–> Vacinação contra B. pertussis reduz sua transmissibilidade mesmo que os indivíduos vacinados desenvolvam a infecção
–> dTPa é mandatória a partir da 20ª semana de gestação
–> Pela perda gradual da memória imunológica contra a B. pertussis com o passar dos anos, é de suma importância manter uma elevada cobertura vacinal dos bebês e seus contactantes, começando pelas mães durante a gestação.