Complicações Agudas DM Flashcards

1
Q

Fisiopatologia da cetoacidose diabética

A

Células beta não produzem insulina → redução da captação de glicose pelos tecidos periféricos → tecidos entendem que está faltando glicose → aumento da gliconeogênese (glicogenólise e lipólise) por aumento dos contrarreguladores (glucagon, cortisol, catecolaminas e GH)
Hiperglicemia → diurese osmótica → desidratação

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2
Q

Níveis dos triglicérides na cetoacidose diabética

A

ALTÍSSIMOS

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3
Q

Formação dos corpos cetônicos na cetoacidose diabética

A

Grande quantidade de ácidos graxos no fígado SEM INSULINA → corpos cetônicos → fonte alternativa de energia para o cérebro

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4
Q

Principais corpos cetônicos na CAD

A

Beta-hidroxibutirato (maior quantidade)
Ácido acetoacético
Acetona

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5
Q

Fisiopatologia do estado hiperglicêmico hiperosmolar (EHH)

A

Hiperglicemia → aumento dos hormônios contrarreguladores → gliconeogênese hepática
Déficit insulínico não é absoluto → supressão da formação de corpos cetônicos
Hiperglicemia → diurese osmótica → desidratação

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6
Q

Fatores relacionados ao EHH

A

DM2
Pacientes mais velhos
Pouco acesso a líquidos
Gatilho: INFECÇÕES, isquemia, intoxicações, inflamação, pancreatite

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7
Q

Fatores relacionados à CAD

A

DM1
Mais jovens
Má aderência
DM2 insulinopênico ou estresse metabólico
Gatilho: INFECÇÕES, isquemia, intoxicações, inflamação, pancreatite
Pode haver leucocitose sem infecção
Pode haver aumento de amilase e lipase sem pancreatite

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8
Q

Tríade da CAD

A

Glicemia ≥ 250
Cetonemia (≥ 3,0 mmol/L) ou cetonúria significativa (≥ 2+)
Acidose metabólica (pH ≤ 7,3 e/ou bicarbonato sérico < 18)

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9
Q

Tríade do EHH

A

Glicemia > 600
Hiperosmolaridade sérica (> 320 mOsm/kg)
Ausência de cetoacidose

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10
Q

CAD com glicemia normal

A

Gravidez
Glifozinas (inibidor de SGLT-2)
Inanição

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11
Q

Fórmula da osmolaridade sérica

A

Osmolaridade sérica = 2 x Na + glicemia/18

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12
Q

Sintomas relacionados à presença de cetoácidos

A
Hálito cetônico
Cefaleia
Náuseas e vômitos
Dor abdominal
Respiração de Kussmaul (rápida e profunda)
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13
Q

Manifestações clínicas da CAD e do EHH

A

Hiperglicemia → diurese osmótica → DESIDRATAÇÃO
Distúrbios eletrolíticos
EEH: sede + rebaixamento do nível de consciência
Poliúria, polidipsia e perda de peso

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14
Q

Avaliação laboratorial nas emergências hiperglicêmicas

A

K, P e Mg podem estar altos ou normais → na REALIDADE, estão BAIXOS

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15
Q

Sódio nas emergências hiperglicêmicas

A

CAD: normal, baixo ou elevado
EHH: hipernatremia (desidratação intensa)
CALCULAR SÓDIO CORRIGIDO

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16
Q

Fórmula do sódio corrigido

A

Sódio corrigido = sódio medido + 1,6 x (glicemia - 100 / 100)

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17
Q

Cetoacidose leve

A

pH arterial: 7,3 - 7,25
HCO3: 18 - 15
Estado mental: alerta

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18
Q

Cetoacidose moderada

A

pH arterial: 7,24 - 7,0
HCO3: < 15 - 10
Estado mental: sonolento

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19
Q

Cetoacidose grave

A
UM CRITÉRIO já classifica como grave
pH arterial: < 7,0
HCO3: < 10
Estado mental: estupor ou coma
EHH é SEMPRE grave
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20
Q

Manifestação eletrocardiográfica mais precoce devido baixa concentração intracelular de potássio que ocorre na CAD

A

Ondas T apiculadas

potássio sérico alto devido shift do potássio intra para extracelular

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21
Q

Fórmula para cálculo do ânion gap

A

AG = Na (medido) - (Cl + HCO3)

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22
Q

Ânion gap na CAD

A

Valores maiores que 12 (referência 8-12 mmol/L)

Cetoácidos: ânions não medidos na fórmula

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23
Q

Exame sumário de urina normal exclui CAD?

A

NÃO

Beta-hidroxibutirato, principal cetoânion, não é detectado na urina

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24
Q

3 pilares do tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

V. volume (hidratação)
I. insulina
P. potássio

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25
Q

Primeira conduta na suspeita de emergências hiperglicêmicas

A

HIDRATAÇÃO

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26
Q

Hidratação nas emergências hiperglicêmicas

A

SF 0,9% 10-20 ml/kg em 1 hora

27
Q

Após 1 hora de hidratação nas emergências hiperglicêmicas

A

Continua desidratado: SF 1 L/h
Choque cardiogênico/edema agudo de pulmão: monitorização hemodinâmica
Euvolêmico: AGORA AVALIA SÓDIO

28
Q

Avaliação do sódio após estabilização hemodinâmica nas emergências hiperglicêmicas

A

Sódio corrigido ≥ 135: NaCl 0,45% 250-500 ml/h

Sódio corrigido < 135: NaCl 0,9% 250-500 ml/h

29
Q

Por que devemos evitar o SF 0,9% quando o sódio está maior que 135 mEq/L na CAD?

A

Pelo risco de acidose hiperclorêmica

30
Q

Primeiro cuidado antes de iniciar insulina nas emergências hiperglicêmicas

A

DOSAR POTÁSSIO

31
Q

Potássio no tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

K > 5,2: liberado para fazer insulina
K 3,3 - 5,2: 20-30 mEq potássio/L no soro de manutenção, só depois fazer insulina
K < 3,3: parar/não iniciar insulina, repor 10-20 mEq/kg/h de potássio

32
Q

Esquema de insulina no tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

INICIAR INSULINA
Insulina Regular 0,14 UI/kg/h
ou
0,1 UI/kg bolus + 0,1 UI/kg/h

33
Q

Objetivo da insulina no tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

Queda da glicemia entre 50-70 mg/dl/h

34
Q

Alvo do tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

CAD: 200 mg/dl
EHH: 300 mg/dl

35
Q

Conduta após atingir alvo do tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

Insulina Regular 0,02-0,05 UI/kg/h + SG5% na infusão

36
Q

Cuidados durante o tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

Monitorização de glicemia capilar 1/1h
Controle de K + gasometria venosa a cada 2-4 horas
Na, Cl e ânion gap a cada 6 horas
Ureia, Cr, Mg e fósforo a cada 12 horas
Heparina para profilaxia de TEV durante a internação

37
Q

Conduta de exceção na CAD leve

A

Análogos rápidos de insulina (Lispro e Aspart) SC
Inicial: 0,2-0,3 UI/kg
Manutenção: 0,1-0,2 UI/kg a cada 1 a 2 horas
Monitorização e reposição de eletrólitos seguem o mesmo protocolo

38
Q

Reposição de bicarbonato no tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

APENAS se pH < 6,9
100 mmol HCO3 em 400 ml de água destilada + 20 mEq de potássio em 2 horas
Até pH > 7,0

39
Q

Reposição de fósforo no tratamento das emergências hiperglicêmicas

A

APENAS se PO4 < 1 mg/dl

20-30 mEq/L de fosfato de potássio podem ser adicionados aos fluidos infundidos

40
Q

Resolução da CAD

A

Glicemia < 200 + 2 dos seguintes critérios:
Ânion gap < 12
Bicarbonato > 15
pH > 7,3

41
Q

Resolução do EHH

A

Glicemia < 300
Osmolaridade < 315
Recuperação de nível de consciência

42
Q

Cuidados antes de desligar a bomba de infusão após resolução das emergências hiperglicêmicas

A

Iniciar insulina SC
Empírica: 0,1-0,2 UI/kg de insulina regular SC
Manter bomba por 30-60 minutos
Liberar dieta oral

43
Q

Complicações relacionadas à doença nas emergências hiperglicêmicas

A
Desidratação
Distúrbios eletrolíticos
Hiperlipidemia
Pancreatite
Infecções (mucormicose)
Fenômenos tromboembólicos
44
Q

Complicações relacionadas ao tratamento nas emergências hiperglicêmicas

A

Hipoglicemia
Acidose hiperclorêmica
Edema cerebral
Edema pulmonar

45
Q

Manifestações clínicas mais precoces do edema cerebral (antes da TC)

A
Cefaleia
Alteração do nível de consciência
Bradicardia
Aumento da PA
Incontinência urinária
46
Q

Tratamento do edema cerebral

A

Manitol

NaCl 3%

47
Q

Definição de hiperglicemia hospitalar

A

Glicemia > 140 mg/dl

48
Q

Identificação de paciente com hiperglicemia hospitalar

A

TODOS os pacientes internados devem fazer glicemia capilar na admissão

49
Q

Controle glicêmico em pacientes estáveis clinicamente, mas que desenvolveram hiperglicemia hospitalar

A

Insulinoterapia
Protocolo de hipoglicemia
Suspensão de fármacos antidiabéticos, exceto insulina
Monitorização da glicemia

50
Q

Protocolo de hipoglicemia

A

Correção VO 15g de carboidrato
ou
15-20g de glicose EV

51
Q

Monitorização glicêmica intra-hospitalar segundo dieta

A

Dieta oral: pré-prandial e às 22h

Jejum/enteral/parenteral: 4/4 ou 6/6h

52
Q

Alvos glicêmicos do tratamento de hiperglicemia hospitalar em pacientes não críticos

A

Glicemia pré-prandial < 140
Glicemia em qualquer outro momento: < 180
Evitar hipoglicemia

53
Q

Controle glicêmico de pacientes críticos

A

APENAS se glicemia persistentemente ≥ 180
Insulina em bomba de infusão EV
Suspender medicamentos antidiabéticos, exceto insulina

54
Q

Alvo glicêmico de pacientes críticos

A

140 a 180 mg/dl

55
Q

Definição de hipoglicemia

A

Glicemia < 45 mg/dl (critério absoluto)
ou
Tríade de Whipple

56
Q

Tríade de Whipple

A

Critérios de hipoglicemia:
Sinais e sintomas consistentes com hipoglicemia
Glicemia < 55
Resolução dos sintomas após correção da glicemia

57
Q

Classificação das hipoglicemias

A

Grau I: 70-55
Grau II: < 54
Grau III: alteração mental com necessidade de ajuda de terceiros

58
Q

Primeiros sintomas na hipoglicemia

A

Autonômicos de origem adrenérgica (taquicardia, tremores, ansiedade) e colinérgica (sudorese, sensação de fome, parestesias)

59
Q

Sintomas neuroglicopênicos na hipoglicemia

A
Alterações comportamentais
Fadiga
Confusão mental
Convulsão
Coma
Morte
60
Q

Tratamento dos primeiros sintomas da hipoglicemia

A

REGRAS DOS 15
Ingerir 15g de carboidratos simples
Aguardar 15 minutos
Repetir o procedimento se o alvo glicêmico não for atingido

61
Q

Tratamento da hipoglicemia se paciente confuso ou comatoso, ou internado com recomendação de jejum

A

30-40 ml de glicose 50% EV
Glicemia capilar após 5 minutos
Acesso venoso imediato indisponível: 1 ampola de glucagon IM ou SC

62
Q

Principais etiologias das hipoglicemias não relacionadas ao DM: hipoinsulinêmicas

A
Falência hepática/renal
Deficiência hormonal (GH, cortisol, TSH)
Álcool
Doença grave (sepse)
Inanição (neoplasias)
63
Q

Principais etiologias das hipoglicemias não relacionadas ao DM: hiperinsulinêmicas

A

Hipoglicemias de jejum:
Insulinoma, hipoglicemia autoimune, anticorpo anti-insulina, anticorpo antirreceptor de insulina, factícia, tumor produtor de IGF-2
Hipoglicemias pós-prandiais:
Hipoglicemia hiperinsulinêmica pancreatogênica não insulinoma (NIPHS), pós-cirurgia gástrica