Antidiabéticos Flashcards
Sensibilizadores de insulina
Biguanidas
Tiazolinedionas
Classe mais usada
Biguanidas (Metformina)
1ª opção para início de tto do DM2
Ação da metformina
Ativação de AMPk (AMP quinase)
Farmacodinâmica da metformina
Fígado: reduz neoglicogênese
Músc. esq.: aumenta captação periférica de glicose
Tec. adiposo: reduz lipólise e lipogênese
Pâncreas: reduz insulina e glucagon
Efeitos colaterais da metformina
Bloqueio da oxidação da glicose nas células intestinais com aumento da produção de lactato > aumenta o risco de acidose lática
Mais comum: intolerância gastrointestinal
Perda de peso
Deficiência de B12
Sintomas gastrointestinais da MTF
Diarreia, náuseas, dor e desconforto abdominal
Sintomas transitórios
Iniciar com doses baixas + aumento gradual
Modo de usar metformina
Após as refeições
Iniciar com 500-850 mg/dia
Aumento gradual 2-3x dia até 2550 mg/dia
Metformina XR 1-2x dia (liberação lenta)
Ação das tiazolinedoionas (pioglitazona)
Ativação do PPAR gama
Farmacodinâmica da pioglitazona
Aumenta captação periférica de glicose
Reduz lipólise
Aumenta lipogênese subcutânea
Reduz depósito de gordura visceral
Efeitos colaterais da pioglitazona
Aumento de peso
Osteoporose (desvia células mesenquimais para produzir gordura)
Aumenta reabsorção de água e sódio (retenção hídrica/NÃO USAR em pacientes com ICC)
Modo de usar pioglitazona
15-45 mg
1 x dia
Contraindicações da metformina
Doença renal crônica avançada (ClCr < 30)
Doença hepática avançada
Doença cardiopulmonar grave (hipóxia ou redução da perfusão tecidual)
Pacientes críticos ou cirúrgicos (suspender 48h antes)
Secretagogos
Sulfonilureias
Glinidas
Ação dos secretagogos
Sulfonilureias se ligam ao sítio sulfonil e glinidas se ligam ao sítio benzamido e fecham o canal da sulfonilureia (KATP) independente de glicose
Acúmulo de K+ dentro da célula
Aumento do potencial de despolarização
Influxo de Ca++ nas células beta
Liberação de insulina independente de glicose
Efeitos colaterais dos secretagogos
Hipoglicemia
Aumento de peso
Exemplos de sulfonilureias
Primeira geração (pouco usadas, maior risco de hipoglicemia, meia vida longa): Tolbutamida Clorpropamida Segunda geração: Glibenclamida Glicazida Glipzida Glimepirida
Exemplos de glinidas
Rapeglinida
Nateglinida
Uso das glinidas
Ação rápida
Controle da glicemia pós-prandial
Usada antes das refeições
Indução de secreção de insulina somente na presença de glicose
Análogos de GLP-1
Inibidores de DPP-4
Ação dos incretinomiméticos
Células intestinais em contato com glicose produzem INCRETINAS
Hormônios GLP-1 e GIP (células L e K)
Aumentam secreção de insulina pelo pâncreas e diminuem secreção de glucagon
Aumentam sensação de saciedade (hipotálamo)
Dipeptidil peptidase tipo IV degrada a GLP-1 e GIP
Inibidores da DPP-4 impedem a degradação
Exemplos de análogos de GLP-1
Via subcutânea
Ação curta: Exenatida e Lixizenatida
Ação prolongada: Liraglutida e Exenatida LAR
Ação semanal: Semaglutida e Dulaglutida
Benefícios dos análogos de GLP-1
Perda de peso significativa
Redução da mortalidade (reduz risco CV)
Liraglutida atravessa barreira hematoencefálica e aumenta sensação de saciedade
Efeitos colaterais dos análogos de GLP-1
Sintomas gastrointestinais Pancreatite aguda (rara)
Inibidores de DPP-4
Via oral
Não há perda de peso significativa
Saxagliptina e Alogliptina aumentam risco de hospitalização por ICC
Linagliptina não precisa de ajuste de acordo com função renal (dialíticos podem usar)
Ação dos inibidores de SGLT-2
Aumentam a perda renal de glicose
Canal SGLT-2 no TCP reabsorve glicose e sódio (normal até 180 mg/dl e DM até 220 mg/dl)
Inibidores de SGLT-2 bloqueiam o canal e provocam perda de glicose a partir de 100-120 mg/dl
Benefícios dos inibidores de SGLT-2
Reduz glicemia Reduz PA Perda de peso Reduz mortalidade geral Reduz mortalidade CV Reduz progressão da doença renal do diabético
Exemplos de inibidores de SGLT-2
Canaglifozina
Dapaglifozina
Empaglifozina
Efeitos colaterais dos inibidores de SGLT-2
Aumenta risco de ITU (bacteriana e fúngica)
Cetoacidose euglicêmica (contraindicado em DM1)
Risco de amputação no pé diabético (Canaglifozina)
Ação dos inibidores de alfa glicosidase
Alfa glicosidase quebra carboidratos de cadeiras longas em glicose para ser absorvida nas vilosidades intestinais
Exemplo de inibidor de alfa glicosidase
Acarbose
Benefícios dos inibidores de alfa glicosidase
Reduz glicemia pós-prandial
Usada antes das refeições
Discreta perda de peso
Efeitos colaterais dos inibidores de alfa glicosidase
Gases
Distensão abdominal
Diarreia
Metas de HbA1c menos rigorosas
Maior risco de hipoglicemia Comorbidades (precisa evitar hipoglicemia) Maior tempo de diagnóstico Menos motivação Menos acesso ao sistema de saúde
Situações em que se inicia insulina no diagnóstico
Evidência de hipercatabolismo
4 Ps
HbA1c > 10%
Glicemia > 300 mg/dl
Insulina > retira da glicotoxicidade > antidiabético
Sem fatores complicadores ou IRC no diagnóstico
Metformina
Dosar B12
Avaliar tolerância
HbA1c > 1,5% do alvo terapêutico após início da metformina
Associar outro antidiabético
- perda de peso: GLP-1 ou SGLT-2i
- ICC: SGLT-2i
- DRD (ClCr > 30): SGLT-2i ou GLP-1
- muito longe do alvo: GLP-1 ou insulina
- esteatose hepática: TZA ou GLP-1
- risco de hipoglicemia: evitar SU
- preço: SU