CM- Infecto Flashcards

1
Q

O que pensar em transaminases > 1000?

A

Hepatites virais agudas / Febre amarela

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2
Q

O que pensar em transaminases 200-300?

A
  • Dengue, leptospirose e malária.
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3
Q

Fases clínicas da hepatite viral?

A
  • PRÓDROMO VIRAL: Sintomas mais proeminentes em TGI: Náuseas/Vômitos, dor abdominal, hepatomegalia dolorosa / Mialgia, cefaléia, febre é incomum.
  • Fase ictérica: Síndrome colestática: às custas de BD, acolia fecal e colúria. / Leucopenia com linfocitose.
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4
Q

Quando realizamos tratamento específico na Hepatite B aguda?

A
  • Não se trata hepatite B aguda na maioria dos casos, EXCETO quando se tem risco de hepatite fulminante

> Que se da:
- RNI> 1,5 por + 15 dias;
- Bilirrubina > 3 por + 15 dias;
- Sintomas > 4 semanas;
- Encefalopatia hepática;

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5
Q

Porque não se faz o tratamento antiviral na fase aguda?

A
  • Raciocínio simples: Se diminuirmos a carga viral, diminuímos a resposta do hospedeiro, diminuindo as chances do indivíduo evoluir para cura e quase induzindo uma hepatite B crônica.
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6
Q

Porque a hepatite A é a doença que geralmente complica no adulto?

A
  • Porque nas crianças 50 % tem pródromo e APENAS 1-2% evoluem para fase ictérica, em contrapartida, nos adultos 5% tem clínica e 80% evoluem para icterícia.
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7
Q

Porque a vacina da hepatite A dura a vida inteira?

A
  • PicoRNAvírus: apenas 1 sorotipo, sendo assim, a vacina dura a vida inteira. 2 doses em imunossupressos e 1 dose nas demais indicações.
    > Indicada em Hepatopatas, imunossupressos em geral, hemoglobinopatias, coagulopatias, HSH (homens que fazem sexo com homens).
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8
Q

Porque a hepatite B “nunca vai embora”?

A
  • Porque é um DNA vírus, se integra ao DNA humano;

> Além disso tem potencial carcinogênico independente de cirrose, tendo que ser feito acompanhamento com USG e alfafeto a cada 6 meses PARA SEMPRE.

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9
Q

Porque a hepatite B “nunca vai embora”?

A
  • Porque é um DNA vírus, se integra ao DNA humano;

> Além disso tem potencial carcinogênico independente de cirrose, tendo que ser feito acompanhamento com USG e alfafeto a cada 6 meses PARA SEMPRE.

> IMPORTANTE: Se já teve contato, pode ocorrer reativação!

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10
Q

Quais as possiveis interpretações das sorologias envolvidas na hepatite B?

A

1- AgHBS: + / AntiHBS: - / AntiHBc: + / AgHBE: + / AntiHBe: - => Doença replicante
2- AgHBS: + / AntiHBS: - / AntiHBc + / AgHBE - / AntiHBE + => Não obteve cura;
3- AgHBS - / AntiHBS + / AntiHBc + / AgHBE - / AntiHBE + => Cura funcional
4- AgHBS - / AntiHBS + / AntiHBc - / AgHBE - / AntiHBe - => Imunização

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11
Q

O que é por definição a hepatite B crônica?

A
  • AgHBS + por > 6 meses.
    > O sistema imune se “acostumou” com o vírus.
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12
Q

Qual a diferença do portador inativo do MUTANTE PRÉ-CORE?

A
  • Portador inativo: AgHBS + / AntiHBS - / AntiHbc + / AgHBE - / AntiHBE +: Nunca se curou, não soroconverteu, mas convive bem com o vírus, ou seja, não tem replicação e não leva a hepatite.
  • Mutante pré-core: AgHBS + / AntiHBS - / AntiHbc + / AgHBE - / AntiHBE +: Mesma coisa do portador inativo no que diz respeito a sorologia. No entanto, essa CEPA mutante tem uma mutação que abdica do marcador de replicação AgHBE, ou seja, ele consegue replicar mesmo com o AntiHBE presente, que teoricamente impediria a replicação com sintomas. Sendo assim, é um paciente que altera transaminases (>2LSN) e tem PCR elevado (> 2.000 UI).

> > Diferença: Portador inativo não se trata, mutante pré-core se trata.

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13
Q

O que é uma hepatite B oculta?

A

Ocorre na MUTANTE POR ESCAPE: Ou seja, essa CEPA mutante abdica do AgHBS para se replicar na presença do antiHBS, com PCR elevado e transaminases elevadas.
Também se trata.

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14
Q

Qual a indicação de tratamento da Hepatite B?

A
  • Risco de Fulminar (RNI> 1,5 ou BT>3 por mais de 15 dias / Encefalopatia hepática );
  • Hepatite B crônica:
    > Alto risco de CHC ( Cirrose / > ou = F2- Biópsia hepática ou elastografia- / Histórico familiar de CHC / Coinfecção HCV/HIV)
    > Quem sofre muito: Manifestação extra-hepática (poliartrite nodosa);
    > Todo AgHBE POSITIVO: > ou = 30 anos (menor chance de soroconversão) Ou transaminases > 2xLSN

> Todo AgHBE negativo, mas com transaminases > 2x LSN e PCR > 2000UI (Mutante pré-core);
Todo imunossuprimido em contato prévio (terapia preemptiva)

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15
Q

Porque nos pacientes em uso de rituximab (antiCD20) que tem cura funcional da Hep B devem realizar o tratamento independentemente do ANTI-HBS estar presente ou não?

A
  • Porque há a chance de ocorrer a SOROREVERSÃO, que é o desaparecimento do antiHBS e reativação da hepatite B. Sendo assim, o tratamento deve ser feito até 18 meses do término do rituximabe, CHAMADA TERAPIA PREEMPTIVA.
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16
Q

O que fazer na gestante portadora de hepatite B?

A
  • Mãe com AgHBS+ e com PCR>2000: TDF até 30 dias depois do parto;
  • Imunoglobulina: Se RN de mãe AgHBS + : Transmissão perinatal correspondem a 90-95% das transmissões verticais.
  • AMAMENTAÇÃO ESTÁ LIBERADA.
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17
Q

Cronologia da sífilis?

A
  • > 2-3 semanas: Lesão primária
    -> 6 sem - 6 meses: Lesão secundária
    -> Após, latente precoce < 1 ano e latente tardia >1 ano;

No processo de aparecimento da lesão primária, já há invasão do sistema nervoso central:
Neurossífilis precoce< 5 anos;
Neurossífilis tardia> 10 anos;

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18
Q

Diagnóstico de sífilis primária?

A
  • Eminentemente clínico: Os testes até em torno de 30 dias estão negativos.
    -> Possibildiade: Microscopia de campo escuro;
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19
Q

O que o MS recomenda para tratamento de úlcera genital?

A
  • Abordagem sindrômica:
    < 4 semanas: Penicilina G benzatina + Azitromicina 1g ou ceftriaxone 250mg.
    > 4 semanas, Deve-se fazer biópsia: Penicilina G benzatina + Azitromicina 1g + Doxiciclina 21 dias;
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20
Q

Qual manifestação grave do TGI a Chlamydia granulomatis pode causar?

A
  • Proctite/proctocolite .
    -> Descarga mucopiosanguinolenta, estenose retal, etc.
    Diag: Teste de amplificação de ácido nucleico (NAAT) do Swab retal.
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21
Q

Quais características são tipicamente cobradas em provas de sífilis secundária?

A
  • Rash máculo-papular, descamativo nas bordas, geralmente atingindo palmas e plantas dos pés.

*EXTRa: Na sífilis secundária, ocorre disseminação hematogênica do Treponema pallidum, com aumento importante do VDRL.
Ministério da sáude recomenda: Toda erupção cutânea sem causa determinada deve ser investigada para sífilis.
-> Lembrar que pode inclusive fazer síndrome Mono-LIKE;

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22
Q

Quando pode haver falso VDRL?

A
  • Idosos, gestantes, reumatológicos (até 1/8).
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23
Q

Tratamento sífilis formas precoces?

A
  • Penicilina G benzatina, 1.200.000 UI IM em cada nádega (2.400.000 dose única);
    OU
    DOXICICLINA 100mg 12/12h por 15 dias;
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24
Q

Tratamento formas tardias sífilis?

A
  • 2.400.000 UI de benzetacil, em cada nádega, por 3 semanas.
    OU
    DOXICICLINA 100mg 12/12h por 30 dias.
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25
Q

Tratamento de neurossífilis?

A

Penicilina G cristalina (4.000.000 UI 4/4h) OU Ceftriaxona , AMBOS POR 14 dias.

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26
Q

O que pedir no líquor na suspeita de neurossífilis?

A
  • VDRL no líquor: A molécula é muito grande, não ultrapassa barreira hematoencefálica, se presente em líquor, há treponema no SNC.
  • FT-ABS: + sensível
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27
Q

Qual a evolução clínica e como se da o diagnóstico de leptospirose?

A
  • Contato com urina de roedores , com incubação de 4-30 dias -> Fase leptospirêmica (3-5 dias, ocorrendo febre, mal-estar, náuseas, vômitos, mialgia em panturrilhas e dorso, e 80 % dos pacientes, há evolução para cura -> 20 % desenvolvem síndrome de Weil : Vasculite sistêmica + injúria renal (IRA não oligúrica e hipoK, EAP, icterícia rubínica.

Diagnóstico:
> PCR no sangue-> Fase leptospirêmica
> PCR na urina-> Fase imunológica
> Sorologia -> Fase imunlógica pra frente;

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28
Q

Qual a fase leptospirêmica da leptospirose?

A
  • 4-15 dias, em média 7;
  • Sintomas febris inespecíficos: Febre de início súbito, mialgia (panturrilhas e lombar), Astenia, cefaléia, anorexia e náuseas/vômitos;
  • Laboratório: Aumento de CPK, TGO>TGP, leucocitose com desvio E;
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29
Q

Nos Gram+, qual é catalase positivo? e negativo?

A
  • Catalase negativo -> Streptococcus;
  • Catalase positivo -> Staphylococcus;
    >COAGULASE POSITIVO: Staphylococcus aureus;
    > COAGULASE NEGATIVO: Staphylococcus epidermidis , S. hominis, S.capitis;
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30
Q

Porque está indicado tratamento com apenas uma cultura positiva para S.aureus?

A
  • Devido sua virulência;
  • 1 cultura já é considerada clinicamente relevante e indica tratamento;
  • ECOTT para todos (transesofágico se bacteremia persistente, anormalidades valvares, dialítico, estigmas de endocardite ou uso de drogas endovenosas);
31
Q

Qual a duração de tratamento do S.aureus?

A
  • 14 dias após cultura de controle negativa (48-72 h após início do tratamento);
32
Q

Qual a antibioticoterapia indicada para tratamento do S.aureus?

A
  • MSSA: Oxacilina ou Cefazolina.
  • MRSA: Vancomicina (Ou teico) OU Daptomicina.
    » Para coagulase negativo (ou seja, Não aureus) : 7 dias após controle do foco;( P.ex: Se for cateter retirar, se houver abcesso drenar, etc);
33
Q

Qual a forma de infecção de corrente sanguínea?

A
  • Duas formas:
    > Migração do microorganismo da pele para corrente sanguínea atraves da quebra de barreira promovida pelo cateter
    E/OU
    > Inoculação direta: Manipulação de forma contaminada do catéter, com colonização e formação de biofilme por dentro do cateter.
34
Q

V ou F?
- A saída de secreção e sinais infecciosos vistos no CVC é muito frequente, e associa-se com infecção de corrente sanguínea.

A

FALSO
> A saída de secreção e sinais infecciosos no cateter está presente em apenas 4,6% das infecções.
> OU seja, nas infecções comprovadas de corrente sanguínea, aproximadamente 5/100 possuíam sinais de infecção do cateter culpado.

35
Q

Paciente com cateter há mais de 48 horas + piora clínica, qual a suspeita?

A
  • Infecção de corrente sanguínea;
  • Coleta de hemoculturas periféricas.
36
Q

Qual o quadro da hanseníase?

A
  • Mácula hipocrômica + Perda de sensibilidade na seguinte ordem: Térmica -> Dolorosa -> Tátil.
37
Q

Qual a classificação da hanseníase em paubacilar e multibacilar segundo a OMS?

A
  • Paubacilar: até 5 lesões e baciloscopia de raspado intradérmico negativo;
  • Multibacilar: 6 ou mais lesões OU baciloscopia de raspado intradérmico positivo;

> Hanseníase neural pura;

38
Q

Qual a classificação de MADRI de hanseníase?

A

Paubacilar(OMS) = Indeterminada e tuberculoide (Madri)
Multibacilar(OMS) = Dimorfa e Virchowiana (Madri)

39
Q

Quais as fases da hanseníase?

A

PB:
- Indeterminada: TODOS
Mácula hipocrômica: Térmica-> Dolorosa -> Tátil
Prova de histamina: Incompleta;
Baciloscopia: Negativa
Biópsia: Pode não demonstrar;

  • Tuberculóide: Sistema imune OK
    Incubação 5 anos;
    Placa anestésica com bordas elevadas e centro claro;
    Único nervo espessado
    OMS: Sempre há perda total de sensibilidade

MB:

-Dimorfa: Forma mais comum (70%);
Hipocromiante “Lesão foveolar”;
Espessamento de nervos - sensibilidade
Incubação > 10 anos (bacilo multiplica a cada 14 dias);
Baciloscopia da lesão (+)

  • Virchowiana:
    Não tem manchas visíveis;
    Pele infiltrada , poupa áreas quentes (dobras, lombar) e couro cabeludo;
    Comum: Hansenoma, madarose, perda de pelos, suor reduzido;
    DOR NEUROPÁTICA, parestesia, espessamento, artrite, orquite;
    BACILOSCOPIA +++
40
Q

V OU F?
O ÚNICO MODO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA DENGUE É ATRAVÉS DO VETOR Aedes aegypt.

A

FALSO
RARAMENTE PODEM OCORRER TRANSMISSÕES VERTICAIS / TRANSFUSIONAIS.

41
Q

Quais as peculiaridades de notificação das arboviroses?

A
  • A notificação é obrigatória.
  • Se DENGUE GRAVE é obrigatória E IMEDIATA.
42
Q

QUAIS OS SINAIS DE ALARME DA DENGUE?

A
  • DOR ABDOMINAL INTENSA E CONTÍNUA (REFERIDA OU À PALPAÇÃO);
  • VÔMITOS PERSISTENTES;
  • HIPOTENSÃO POSTURAL;
  • SONOLÊNCIA E/OU IRRITABILIDADE;
  • HEPATOMEGALIA DOLOROSA;
  • HEMORRAGIAS (MUCOSA, HEMATÊMESE, MELENA);
  • QUEDA ABRUPTA DAS PLAQUETAS;
  • SINAL CLÍNICO DE ACÚMULO DE LÍQUIDO;
  • AUMENTO ABRUPTO DO HEMATÓCRITO (ACIMA DE 3% EM CRIANÇAS);
  • DESCONFORTO RESPIRATÓRIO;

-> COMO PODE-SE PERCEBER, SÃO SITUAÇÕES RELACIONADAS EM GRANDE PARTE A UM QUADRO SÉPTICO VIRAL;

43
Q

QUAL A PECULIARIDADE DA DENGUE GRAVE, COM RELAÇÃO AO APARECIMENTO EM CRIANÇAS MENORES DE 3 ANOS?

A
  • AS FORMAS GRAVES DA DOENÇA GERALMENTE SURGEM POR VOLTA DO 3º DIA DE DOENÇA, ACOMPANHADAS OU NÃO DE DEFERVESCÊNCIA.
44
Q

Como fazemos a prova do laço?

A
  • Delimitamos na pele do paciente um quadrado de 2,5cm ;
  • Determinamos a PA do doente, calculamos a média da pressão SISTÓLICA E DIASTÓLICA (PAS+PAD/2) e então deixamos o manguito insuflado na medida por 5 minutos (adultos) e 3 minutos em crianças.
  • Caso hajam petéquias > ou = 20 em adultos (ou 10 em crianças), consideramos o teste positivo;
45
Q

Quais os principais testes laboratoriais disponíveis para o diagnóstico de Dengue e quando devemos solicita-los? (2)

A
  • Pesquisa de IgM por testes sorológicos (ELISA)=> Feito a PARTIR DO 6º DIA DE DOENÇA (ANTES NÃO É DETECTÁVEL);
  • Pesquisa do antígeno NS1 (ELISA) => 1º ao 3º dia (até 5º);
46
Q

QUAL A CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO PARA CRIANÇAS QUANTO A GRAVIDADE DA DENGUE?

A
  • GRUPO A: NÃO TEM ALTERAÇÃO DE GRAVIDADE
    > HIDRATAÇÃO VIA ORAL EM CASA (60-80ML/KG/DIA), 1/3 SRO E 2/3 LÍQUIDOS CASEIROS;
  • GRUPO B:
    > AMBULATORIAL COM HIDRATAÇÃO VO: 60-80ML/KG/DIA DE HIDRATAÇÃO VO;
    > INTERNAÇÃO SE SINAIS DE ALARME OU BAIXA ACEITAÇÃO DE VIA ORAL;
  • GRUPO C (SINAIS DE ALARME PRESENTES) E D (DENGUE GRAVE):
    > INTERNAÇÃO E HIDRATAÇÃO EV- EXPANSÃO E MANUTENÇÃO;
    > CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL;
    > RISCO DE SANGRAMENTOS;
    > PLQ PARA ALTA > 50 MIL (ALÉM DE ESTABILIDADE CLÍNICA E HEMATIMÉTRICA);
47
Q

QUAL A PREVENÇÃO ESTABELECIDA PARA DENGUE?

A
  • CONTROLE DE VETORES;
  • VACINAS:
    >DENGVAXIA (SONOFI-AVENTIS DESDE 2016);
  • PARA PESSOAS INFECTADAS ANTERIORMENTE;
  • MAIS CHANCES DE HOSPITALIZAÇÃO (5 A CADA 1000 PESSOAS) E DE DESENVOLVER DENGUE COM SINAIS CLÍNICOS DE ALARME (2 A CADA 1000) PARA QUEM NUNCA TEVE CONTATO COM O VÍRUS;
  • QUADRIVALENTE (DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4);
  • RECOMENDADAS PARA CRIANÇAS A PARTIR DE 6 ANOS DE IDADE, SOROPOSITIVAS PARA DENGUE. ESQUEMA DE 3 DOSES COM INTERVALO DE 6 MESES ENTRE ELAS (0-6-12 MESES) / CONTRAINDICADA PARA CRIANÇAS IMUNODEPRIMIDAS;
  • NÃO DISPONÍVEL NO PNI;

> VACINAS PROMISSORAS: BUTANTAN DV;

48
Q

Quais exames laboratoriais principais temos para o ZIKA-vírus?

A
  • RT-PCR no sangue <7 dias e urina se < 14 dias da doença;
  • Pode-se lançar mão do método sorológico IgM caso haja mais de 14 dias da doença;
49
Q

Qual a família do vírus da chikungunya?

A
  • Alphavirus da família Togaviridae;
50
Q

Quais as complicações da chikungunya?

A
  • Meningoencefalite, mielite, síndrome de Guillain-Barré, Paralisia de nervo craniano, uveíte, retinite, miocardite, hepatite, nefrite, lesões bolhosas de pele e complicações hemorrágicas;
    > A Poliartralgia, poliartrite e tenossinovite podem durar por meses;
51
Q

Qual o método laboratorial para diagnóstico de chikungunya?

A
  • RT-PCR no sangue até a primeira semana após início dos sintomas. Pode-se usar método sorológico IgM, estando tais anticorpos positivos por 30-90 dias (* ocasionalmente pode indicar infecção passada);
52
Q

Qual o quadro clínico da febre amarela grave?

A
  • É uma febre ICTEROHEMORRÁGICA;
    > Nas formas graves pode-se apresentar com icterícia, hemorragia gastrointestinal, Choque e disfunção de múltiplo órgãos ( Renal, hepática, injúria miocárdica, pancreatite e disfunção de SNC);
    > Mortalidade para casos graves é de 20-50%;
53
Q

Diagnóstico laboratorial da febre amarela?

A
  • RT-PCR sangue 1-5 dias / Pode-se usar método sorológico IgM, tais anticorpos podem durar de 30-90 dias;
54
Q

Com relação às provas inflamatórias, qual a diferença das arboviroses?

A
  • Dengue: PCR pode ser normal;
  • ZIKA e Chikungunya: Geralmente elevadas;
55
Q

Com relação a mordedura do cão, qual a conduta?

A

Principais agentes: Pasteurella canis, S.aureus, Streptococcus sp, Moraxella spp, Proteus spp.

Abordagem inicial: Lavagem exaustiva com água e sabão neutro e solução salina, podendo-se considerar solução iodada e degermante tópico.

TTO com ATB (amoxicilina + clavulanato): Se houver suspeita de infecção da ferida OU profilática em alguns casos como:
> Alto risco de contaminação: Mordeduras em extremidades com comprometimento vascular ou linfático subjacente, mordedura nas mãos, mordeduras próximas a próteses, mordedura de gato, mordedura humana, lesão com esmagamento, acesso tardio ao serviço de saúde(6-12 h para braços e pernas e 12-24 h para região de face), feridas puntiformes, PRESENÇA DE DM E IMUNOSSUPRESSÃO.
* PACIENTES ESPLENECTOMIZADOS: RISCO DE INFECÇÃO SÉRIA E ATÉ FATAL POR Capnocytophaga canimorsus. Clavulin nesse cara!!

56
Q

Porque utilizamos rifampcina no tratamento empírico de endocardite em prótese valvar?

A
  • Por este ter alto potencial de combate de biofilme relacionado a próteses.
    LOGO:
    Vanco + Rifampcina + Gentamicina
57
Q

Como se dá a imunidade da dengue?

A
  • Sorotipo específica. Não há mais infecção do mesmo sorotipo.
58
Q

Porque há uma tendência a um quadro clínico mais grave na Reinfecção por dengue?

A
  • Porque os anticorpos contra o determinado sorotipo, após 3-6 meses se tornam heterólogos, não só não protegendo contra outros sorotipos como aumentando a resposta inflamatória, aumentando a chance de dengue grave.
59
Q

Qual o curso clínico da dengue?

A
  • Incubação: 3-7 dias após picada do mosquito;
  • Infecção sintomática: 3-4 dias; (exame: NS1/PCR)
  • Defervescência: 5-7 dia (período crítico em que podem aparecer os sinais de dengue grave); (Exame: Sorologia)
60
Q

Quais as características do exantema da dengue?

A
  • GERALMENTE mais tardio, maculopapular central, atingindo face, tronco, membros, pega palma e plantas, surgindo do 5-7 dia.
  • Lembrar do SARAMPO como diag diferencial: Morbiliforme, cefalocaudal, geralmente mais precoce.
61
Q

Qual o GAP da dengue em que nenhum teste é positivo?

A
  • Entre 3-6 dias de doença.
62
Q

Qual o curso clínico da infecção pelo HIV?

A
  • Contato , Incubação 7-15 dias (eclipse viral) -> SRA (síndrome retroviral aguda) -> Latência clínica (não há latência viral, havendo um decréscimo de CD4 de 50 ao ano) -> AIDS
  • LEMBRAR QUE O CURSO DA DOENÇA É INEXORÁVEL;
63
Q

V ou F?
O acometimento de Herpes-Zoster só deve ser considerado se a lesão for em 2 dermátomos contíguos, caso não seja o caso, devemos considerar outros diagnósticos.

A

FALSO
- Localizado: Até 2 dermátomos contíguos;
- Disseminado: 2 dermátomos não contíguos ou se ultrapassar a linha média;

64
Q

O que é trombose séptica do veio cavernoso?

A

É a trombose do seio cavernoso, frequentemente causada por infecções em face.
-Estão presentes edema palpebral, exoftalmia, quemose conjutival, cefaléia intensa, vômitos, febre.
É uma entidade grave, e seu tratamento dá-se com antibiótico + anticoagulação.

65
Q

Como se da a vacinação contra o tétano?

A
  • Separamos em ferimentos superficiais e profundos, bem como tempo de vacina.
  1. Incerta ou menos de 3 doses: Superficial: Vacina dT sem soro antitetânico. / Outro tipo de corte: Vacina dT + Soro antitetânico (SAT ou Ig).
  2. Três doses ou mais:
    -> Última dose há menos de 5 anos: Não administrar nada, em nenhum tipo de corte.
    -> Ultima dose entre 5-10 anos: Superficial: Não administrar nada / Profundo: Reforço com dT;
    -> Ultima dose + 10 anos: Superficial ou profundo, realizamos reforço com dT.
66
Q

Quais as verminoses que podem causar Síndrome de Loeffler?

A

A pneumonia eosinofílica com infiltrado migratório ocorre nas seguintes verminoses:
- Estrongiloidíase;
- Ascaridíase;
- Ancilostomíase (Necator americanus e Ancylostoma duodenali);
- Toxocaríase;
- Ancilostomíase ( Ancylostoma brasiliensis e caninum);

67
Q

Qual o tratamento da hanseníase?

A
  • Dapsona (100mg) e clofazimina (50mg) diários + DOSE MENSAL de rifampcina 600mg, dapsona 100mg e clofazimina 300mg.

> Trata-se do esquema terapêutico para paubacilar e multibacilar, o que muda é o TEMPO DE TRATAMENTO: Paubacilar 6 meses e Multibacilar 12 meses.
** ATENÇÃO: NÃO HÁ RESTRIÇÃO NA GRAVIDEZ

68
Q

Como classificamos a hanseníase em paubacilar e multibacilar?

A
  • Paubacilar: Até 5 lesões e acometimento de um tronco neural;
  • Multibacilar: Mais do que o que foi citado acima.
69
Q

Qual o quadro clínico da febre amarela?

A
  • É bifásico, período de Infecção e período toxêmico;
    Infecção:
  • O período de infecção é prodrômico, quadro agudo de febre, cefaléia, calafrios, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos, duranto em média 3 dias.

Podendo surgir a fase———————————————————->Toxêmica:
- Há geralmente remissão, com aparente melhora do quadro clínico, durando de poucos horas a 2 dias.
- Evolui para período toxêmico, quando há retorno da febre, diarréia e vômitos.
- Há quadro de insuficiência hepato-renal, com icterícia, oligúria, anúria e albuminúria, além de manifestações hemorrágicas e grave comprometimento sistêmico (inclusive SNC, com obnubilação, torpor, coma e até morte). Os quadros malignos evoluem para óbito em até 50 % dos casos.

70
Q

Quais os vetores da febre amarela?

A

Urbana: Aedes aegypt
Silvestre: Haemagogus e Sabethes.

71
Q

Como são caracterizadas infecções urinárias de repetição?

A
  • 2 ou mais infecções nos últimos 6 meses OU 3 episódios em 1 ano;
72
Q

Qual o esquema de ATB profilático na infecção urinária de repetição?

A
  • Nitrofurantoína 100mg/dia por 3-6 meses, outras opções são cefalexina, sulfametoxazol+trimetoprim e fosfomicina.
73
Q

V ou F?
Em um episódio de infecção urinária, devemos iniciar o TTO empírico com solicitação de sumário de urina e urocultura.

A

FALSO
Em mulheres jovens devemos iniciar ATB empírico e não é necessário realização de exames. No entanto, em episódios subsequentes com uso prévio de ATB devemos solicitar SU e urocultura.

74
Q
A