CLM 10 Flashcards
Duração de Tosse Aguda
3 semanas
Classificação da Tosse
AGUDA
SUBAGUDA
CRÔNICA
Duração de Tosse Subaguda
3 a 8 semanas
Duração de Tosse Crônica
> 8 semanas
Doenças relacionadas com a Tosse Cônica
- Tuberculose
- Tosse de VAS (via aérea superior)
- Asma
- DRGE
Agente Etiológico da Tuberculose
Mycobacterium tuberculosis (ou Bacilo de Koch)
São Aeróbicos: Órgão preferido é o pulmão por ter +O2 (reproduzem mais) - 80 a 85% dos casos
Como é formado o Granuloma Caseoso (proteção contra a TB)
Resposta imune especifica celular (linfócitos T liberam Interferon-alfa):
- Células fazem um cordão de isolamento com Mycobacterium no seu interior (terá menos O2 logo se replicam menos)
- Se Granuloma ativo = nunca vai desenvolver a doença.
Tipo de Infecções Tuberculose
Infecção Latente (não é doença - 90%)
TB Primaria (infecção no 1° contato)
TB Pós primaria (anos após o enfraquecimento do sistema imune = reativação do foco latente)
=> Poucos adoecem (10% dos casos)
Grupo afetado pela Forma Primária de Tuberculose
Crianças (Pneumonia que não respondem a ATB)
Clinica da Forma Primaria de Tuberculose
Pneumonia “Arrastada” que Não responde a ATB
Adulto com TB na casa
Radiologia da Forma Primária da Tuberculose
Adenopatia Hilar Unilateral (Hilo pulmonar mais denso em um pulmão)
Transmissão da Forma Primária de Tuberculose
Paucibacilifera (“pouco bacilifera”)
Geralmente tem uma pessoa na casa da criança que tem TB
Complicações da Forma Primária Tuberculose
TB Miliar (“sepse de tuberculose”)
Grupo que sofrem com a complicação: TB Miliar
- Crianças < 2 anos
- Imunodeprimidos
- Não Vacinados (BCG)
Se dissemina pelo corpo todo
Radiografia da TB Miliar
Micronódulos Difuso Bilaterais (“semente de milha”)
TB miliar é sistêmica não acomete apenas pulmões
Grupos afetado pela Forma Pós-Primária de Tuberculose
Adolescente e adultos jovens
Clinica da Forma Pós-primária da Tuberculose
Tosse ≥ 3 semanas, Febre Vespertina, Perda Ponderal de peso e Sudorese noturna
Radiologia da Forma Pós-Primária Tuberculose
Cavitação em Lobos Superiores - Ápice (bolota/bolha dentro da cavitação)
Transmissão da Pós-primaria de Tuberculose
Bacilífera (pessoa bacilifera e susetivel a TB)
Complicações da Forma Pós-primária da Tuberculose
Bola fúngica do Aspergillus (Aspergilloma) - Sinal da lua crescente
- Sintoma de Hemoptise
Exames Bacteriológicos para Tuberculose
🧬TESTE RAPIDO MOLECULAR (TRM-TB): Teste de Escolha
- Basta apenas 1 amostra para confirmar (resistência a “R”)
🔬 BACILOSCOPIA (BAAR): Realizado apenas se TRM indisponível
- Necessário 2 AMOSTRAS para confirmar
- Quanto mais coletar, melhor
🥣 CULTURA, Se:
- TRM ou Baciloscopia (+)
- População VULNERAVEIS (Indígenas, HIV, prisão, situação de rua, imigrante): realizar 1° a cultura
- DUVIDA Diagnostica
Diagnóstico de Tubérculose em ≥ 10 anos (Adolescentes e Adultos)
São 3 pilares (2 dos 3 critérios = confirma diagnóstico)
- CLÍNICA (15 pontos)
- RAIO X (15 pontos)
- ESCARRO (15 pontos)
Diagnóstico da Tuberculose em Crianças < 10 anos
SISTEMA DE PONTUÇÃO
1. CLINICA (15 pontos):
- Sintomas > 2 sem
2. RAIO X DE TORAX (15 pontos):
- Últimos 2 anos (caseosa em mediastino)
3. CONTATO DE TB (10 pontos):
- ≥ 2 semanas (adulto com sintomas)
4. PROVA TUBERCULÍNEA (5 pontos):
- ≥ 10
5. DESNUTRIÇÃO (5 pontos):
- Peso < p10
⇒ TB POSSIVEL: 30 pontos
⇒ TB MUITO PROVAVEL: ≥ 40 pontos
Alternativa: CULTURA POR LAVADO GASTRICO (por criança engole o catarro que possui a bacteria)
Forma Extra-pulmonar de Tuberculose mais comum
Mais Comum: TB Pleural
HIV e Crianças: TB Ganglionar
Características do Liquido da Tuberculose Pleural
- Amarelo Citrino (amarelo claro)
- Exsudato (muita proteína)
- Glicose Baixa
- ADA > 40 U/L (altamente sugestível)
- Predomínio de Linfomononucleares (sem células mesoteliais)
Diagnóstico da Tuberculose Pleural
BIOPSIA PLEURAL (padrão ouro)
Outros: BAAR e Cultura
Grupo mais afetado pela Tuberculose Meníngea (epidemiologia)
- Crianças não vacinadas
- Imunodeprimidos
Características da Tuberculose Meníngea
⇒ Mais Seuquelante
⇒ Subaguda
⇒ Hidrocefalia / Par craniano (Vl par mais acometido)
⇒ Liquor: Hiperproteinorraquia, glicose baixa, PNM - Polimorfonucleares
Diagnóstico da Tuberculose Meníngea
-LIQUOR: Cultura (80%) / Baciloscopia (15%)
Esquema Básico de Tratamento para Tuberculose
Básico:
- RIPE por 6 meses (2 RIPE + 4 RI)
- Crianças < 10 anos: não usar o Etambutol (neurite óptica / cegueira)
- Crianças de 3 m a 16 a (forma não grave) = RIPE por 4 meses de tratamento (2 + 2)
Esquema Básico de Tratamento para Tuberculose
Meningite/Osteoarticular: 12 meses de RIPE (2 RIPE + 10 RI)
- Miningite: associa Corticoide por 1 - 3 meses (reduz sequelas)
Efeitos Adversos da Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida
Hepatotoxicidade
Hepatotoxicidade por R, I e P, qual conduta?
INTERROMPER RIPE 30 dias se:
- Icterícia / Aumento do AST/ALT (TGO e TGP) 3x LSN (transaminases) + sintomas / acima de 5 x LSN (transaminases)
APÓS INTERRUPÇÃO 30 dias:
- Melhorou: Reintroduzir RE, Reintroduzir depois I (3 a 7 dias), Depois P (3 a 7 dias)
- Novo esquema: Capreomicina, Etambutol e Levofloxacin (CEL - se não melhorar em 30 dias)
Efeitos Adversos Pirazinamida
Hiperuricemia (acompanhar paciente com gota)
Efeitos Adversos Rifampicina
- Gripe
- Alergia (NIA, asma)
- Suor e Urina laranja
Efeitos Adversos Isoniazida*
Neuropatia periférica (reduz piridoxima = vitmina B6)
Efeitos Adversos Etambutol
Neurite óptica (”etambutolho”)
Acompanhamento do Tratamento de Tuberculose
Testes com BACILOSCOPIA MENSAL (ideal) OU 2°, 4° e 6° mês (mínimo)
Critérios de Falência do Tratamento para Tuberculose
- BAAR (+) ao final do tratamento
- BAAR (+2/+3) até o 4° mês
- BAAR que volta a ser (+) e se mantem 2 meses
⇒ Tratar conforme Cultura e Teste de Sensibilidade
Estratégias para Controle da Tuberculose
- Busca Ativa de Sintomáticos Respiratório com Tosse ≥ 3 semanas
- Notificação e Tratamento Diretamente Observado
- Vacina BCG : formas graves (miliar e meningea)
- CONTROLE DOS CONTACTANTE (Clinica + Radiografia)
sintomático x assintomático
➡️SINTOMTICO: Escarro por TRM-TB ou BAAR (Investigar o adoecimento)➡️ASSINTOMATICO + RX Normal: PPD / IGRA (Investigar a Infecção Latente)
1) PPD < 5mm ou IGRA (-) = Sem Infecção ⇒ Repetir em 8 semanas
2) PPD >= 5 mm ou IGRA (+) = Infectado ⇒ Tratar (risco de adoecer)
Tratamento da Infecção Latente
🥇Escolha: Isoniazida + Rifapentina 12 doses por 3 meses (dose semanal)
🥈Alternativas:
- Isoniazida: 270 doses de 9 a 12 meses
- Rifampicina: 120 doses de 4 a 6 meses
⇒ Se < 10 anos, > 50 anos, Hepatopatia ou intolerância a Isoniazida = Preferir Rifampicina
Indicação para Quimioprofilaxia da Infecção Latente
RN contactante de Bacilífero
É permitido a amamentação mãe com Tuberculose?
PODE (com uso de mascara)
Conduta em RN Contactante de Bacilifero*
- NÃO VACINAR BCG ao Nascer (pode falsear teste)
- Isoniazida ou Rifampicina por 3 meses em não vacinados
- Após 3 meses realizar Prova Tuberculina:
- Se PPD < 5 mm: Vacinar BCG + Suspender “I”/”R”
- Se PPD ≥ 5 mm: Não vacinar + “I” 3 meses OU “R” por 1 mês
Agente Etiologico Histoplasma
Histoplasma capsulatum (fungo que vive em cavernas, galinheiros, aves)
Classificação da Histoplasmose
AGUDA
CRÔNICA
Duração da Histoplasmose Aguda
Até 3 semanas após contato
Clinica da Histoplasmose Aguda
Sd. gripal + Tosse seca e Dispneia
Clinica e Imagem da Histoplasmose Crônica
Restrita aos pulmões
Clinica e Imagem = TB
Fator de risco de Histoplasmose
Pneumopatia prévia
Grupo de risco de Forma de Histoplasmose Disseminada
Imunodeficiente
Classificação e Clinica da Forma de Histoplasmose Disseminada
AGUDA: Pancitopenia, Encefalite
SUBAGUDA: Lesões Sólidas destrutivas de órgãos sólidos
CRÔNICA: Lesão cutâneo-mucosas (pápulas com umbilicação central)
Diagnostico da Histoplasmose
CULUTURA
- Crônico: Escarro e Lavado Bronquico
- Disseminada: Sangue e MO
Outras opções:
- Exame direto e Pesquisa de antigeno no sangue ou na urina
- Testes sorologicos (uteis nos quadros agudos, mas tambem demoram 30d)
Tratamento da Histoplasmose
AGUDA: Autolimitada (não melhorou após 1 mes = Itraconazol 6 a 12 meses)
CRÔNICA e DISSEMINADA: Itraconazol por 12 meses (opções: posa/vori/fluconazol)
GRAVE: Anfotericina B (2 semanas) -> Itraconazol
Agente Etiologico da Paracoccidioidomicose
Paracoccidioides brasiliensis (termodimorfico)
Grupo que entram em contato com Paracoccidioidiomicose
Trabalhador Rural (geralmente homens)
Formas da da Paracoccidioidomicose
Forma Aguda/Juvenil (< 10%)
Forma Crônica/Adulto (> 90%)
Clinica da Forma Aguda da Paracoccidioidomicose
Síndrome Mononucleose-like mais arrastada:
- Febre + Adenopatia generalizada (fistuliza) + Hepatoesplenomegalia
Achados Laboratoriais da Forma Aguda da Paracoccidioidomicose
Anemia, Hipergamaglobulinemia, Eosinofilia*, Hipoalbuminemia
Clinica da Forma Crônica da Paracoccidioidomicose
“Tuberculose do Campo”
- Tosse + Expectoração de evolução arrastada, Dispneia e Febre…
Acometimento Cutâneo-mucoso
- PLACAS, ÚLCERAS e LESÕES VEGETATENTE (estomatite moriforme)
Insuficiência Adrenal
Tratamento da Paracoccidioidomicose
Leve/Moderada: ITRACONAZOL 100 - 200 mg/dia por 6 a 18 meses
Formas Graves (hipotenso, ins. respiratoria, desnutrido): ANFOTERICINA B + INTERNAÇÃO + ITRACONAZOL
- Alternativa: SMX/TMO de 12 a 24 meses
Radiografia da Forma Aguda da Paracoccidioidomicose
Infiltrado Peri-hilar Bilaterais Simétricos, em “asa de morcego”
Diagnostico da Paracoccidioidomicose
“Roda de Leme”
- microscopia direta: Escarro, Raspado, Aspirado linfonodal
- Cultura (acurácia duvidosa - bactérias inibem o fungo)
- Histopatológico: Granulomatose + Fungo
- Sorologia: para diagnostico e para monitorar resposta