CLM 07 Flashcards
Definição de Pneumonia Comunitária
Ocorre fora do Ambiente Hospitalar
Causas de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)
Aspiração (principal) | Inalação | Hematogênica | Extensão Direta
Diagnostico Pneumonia Comunitária
CLINICA + RADIOGRAFIA
Clinica da Pneumonia Comunitária
Febre, Tosse, Dispneia, Dor torácica, Crepitações…
Radiografia da Pneumonia Comunitária
Padrões: LOBAR x BRONCOPNEUMONIA
- Lobar: Hipotransparencia de um lobo pulmonar (pneumococo)
- Broncopneumonia: Partes do lobo acometido
O que define se o Germe é Típico ou Atípico na Pneumonia Comunitária
AGENTES TIPICOS x ATIPICOS (tem ou não parede celular)
- Coram pelo Gram?
- Respondem a B-Lactamicos?
TIPICOS (tem parede): Coram Gram | Respondem B-Lactamicos
ATIPICOS (não tem parede): Não Coram Gram | Respondem a Macrolideo
Quadro clinico e Radiológico Pneumonia Típicas x Atípicas
TÍPICO
- Quadro AGUDO
- FEBRE ALTA / TOSSE PRODUTIVA
- Padrão Radiográfico: Hipotransparenia (branca)
- PNEUMONIA LOBAR
- BRONCOPNEUMONIA (acometimento saltatorio, em varios lugares. não respeita limite de lobos)
- Germes Típicos, Exceto: Legionella
ATÍPICO
- Quadro SUBAGUDO (mais ou menos 10 dias)
- Sindrome Gripal (FEBRE, TOSSE SECA, MIALGIA, DOR DE GARGANTA)
- Radiografia: Pneumonia Intersticial (bolas pequenas hipertransparente/mais pretas)
- Agente: Germes Atípios, Exceto: Legionella
Agentes Típicos relacionados com a Pneumonia Comunitária
- PNEUMOCOCO (principal)
- HAEMOPHILLUS INFLUENZA
- KlLEBSIELLA PNEUMONIAE
- STAPHYLOCOCUS AUREUS
Características do Streptococco pneumoniae
- MAIS COMUM
- Qualquer padrão radiológico
- + Comum: Broncopneumonia
- + Especifico: Lobar
- Outros: INTERSTICIAL/ DERRAME / Pneumonia Redonda (pseudotumoral)
Características do H. Influenza
- Gram (-)
- Mais comum na DPOC* e Idoso
Características da Klibsiella pneumoniae
- Gram (-)
- Mais Suscetíveis: Etilista 🍺* e Diabéticos 🍬
- Pode causar Pnuemonia Necrosante
- Pneumonia do Lobo Pesado (Friedlander)
- Radiografia: Hipotransparencia no lobo superior (hipotransparencia faz um abaulamento para baixo)
Características do Staphylococcus Aureus
- Gram (+) em chachos
- Mais Suscetíveis: Drogas IV / Pós influenza / Fibrose Cística / Broquiectasias
- Grave, Necrosante, Derrame, Pneumatocele
- Pneumatoceles (tipo um cisto de paredes finas com ar dentro - “bolha”)
- Tratar pneumonia que trata pneumatoceles
Agentes ATÍPICOS relacionados com a Pneumonia Comunitária
- MYCOPLASMA PNEUMONIAE (2° mais comum)
- LEGIONELLA
- CLAMYDIA PNEUMONIAE
- ANAERÓBIOS
- INFLUENZA
Características do Mycoplasma pneumoniae
- Síndrome Gripal (+) e/ou Miringite bolhosa ou e/ou Anemia hemolítica e/ou Reynaud e/ou Guillain barret
- Miringite bolhosa (dor de ouvido e otoscopia com bolha na membrana timpânica)
- Anemia hemolitica autoimune (ictericia / geralmente associada ao IgM)
- Síndrome de Stevens-Johnson
- Fenômeno de Reynaud
- Síndrome de Guillain Barré
Características da Clamydia pneumoniae
- Acometimento de Vias Áreas Superior (VAS
- C. trachomatis: IST
- C. psittaci: pássaros (pombo, aves e etc) - acometimento pulmonar
Características dos Anaeróbios
- Mais suscetíveis:🦷 Dente em mau estado de conservação
- Fator de risco para macroaspiração** (ex. demência, acalasia, paciente om redução nível de consciência ou bebeu muito álcool)
- Tratamento: **AMOXI-CLAVULANATO OU CLINDA (≥ 3 sem)
Características do Influenza
- SINDROME GRIPAL - Pode ser GRAVE: SINDROME RESPIRATORIA AGUDA GRAVE (SRAG)
- 😮💨 Dispneia ou Desconforto Respiratório: ⬇️ Sat. <95% / ⬇️ PA
- Diagnostico: SWAB NASOFARINGE + PCR
- Tratamento: OSELTAMIVIR para SRAG ou alto risco de desenvolve-la
- Alto risco
- Idade < 2 anos ou > 65 anos
- Imunodeprimidos / comorbidades / IMC ≥ 40
- Indígenas
- Gestante e Puérperas
Características da Legionella
- Pneumonia GRAVE
- Associações: Diarreia e Dor abdominal, SIADH (hiponatremia), ⬆️TGP e TGO / Sinal de Faget
- Sinal de Faget: É a dissociação pulso-temperatura (aumento da temperatura e a FC fica normal)
O que é o CURB-65 e Para o que serve o
CURB-65 (pontua de 0 a 5)
- 😵💫 C onfusão mental
- 🧪 U reia > 50 mg/dL (ou BUN ≥ 43 mg/dL)
- 🫁 R espiração ≥ 30 irpm
- ❤️🩹 B aixa PA: PAS ≤ 90 ou PAD ≥ 60 mmHg
- 👴🏻 65 (idade ≥ 65 anos)
Serve p/ indicar Tratamento Ambulatorial e Hospitalar (internar):
- AMBULATORIAL: 0 e 1 ponto
- CONSIDERA INTERNAR: 2 Pts
- INTERNAÇÃO: 3 pts
- AVALIAR UTI: 4 e 5 pts
Aonde é utilizado o CRB-65 e Como é pontuado
Atenção Primaria (só é tirado o “U” da ureia)
INTERNAÇÃO: ≥ 1 pt
O que é o IDSA/ATS e Para que serve
Critérios Maiores
- Ventilação Mecânica
- Choque séptico
Critério Menores
- CURB
- Tax < 36°
- Relação PaO2/FiO2 ≤ 250
- Pneumonia Multilobar
- Leucócitos < 4.000
- Plaquetas < 100.000
Serve para avaliar se a Internação será na Enfermaria ou UTI
- UTI: 1 Maior OU 3 Menores
Tratamento Ambulatorial da Pneumonia Comunitaria
TRATAMENTO ORAL
1. Paciente SEM comorbidades
- MACROLÍDEO: Azitromicina ou Claritromicina (3 a 5 dias)
- B-LACTAMICO: Amoxicilina +/- Clavulanato (7 dias de tto) ou Doxiciclina
- Paciente COM Comorbidades / Dç Graves / ATB recente:
- B-LACTAMICO + MACROLIDEO (5 a 7 dias)
- ALÉRGICOS (Quinolona Respiratória): Moxi ou Levofloxacino ou Gemi (5 a 7 dias)
- Reavaliação em 48 a 72 horas!
Tratamento Enfermaria da Pneumonia Comunitária
TRATAMENTO VENOSO
- MACROLIDEO + B-LACTAMICO (cefritaxona)
- B-LACTAMICO ISOLADO (ceftriaxona ou clavulin)
- QUINOLONA RESPIRATORIA (moxi ou lexo)
Tratamento UTI da Pneumonia Comunitária
B-LACTAMICO (cefritaxona ou ampi-subactam) + AZITRO ou FLUOROQUINOLONA RESPIRATORIA
Se Pseudomonas: MUDAR p/ PIPERACILINA ou CEFEPIME ou IMPENEM + LEVO ou CIPRO
Se Staphylococcus aureus (MRSA): Adicionar VACOMICINA ou LINEZOLIDA
Quais são as Complicações da Pneumonia Comunitária
- Derrame Pleural Parapneumonico
- Abcesso Pulmonar
Achado Radiográfico no Derrame Pleural Parapneumonico
Radiografia: Parábola de Damoiseau ou Sinal do Menisco (Condensação da arco costofrênico)
Indicação da Toracocentese no Derrame Pleural Parapneumonico
Incidência de Laurell > 1 cm (decúbito lateral)
O que avaliado na Toracocentese
Avalia Liquido Pleural Exsudato e Se é Complicado
EXSUDATO (pelo menos 1):
- Proteina pleural/Sérica > 0,5
- LDH pleural/Sérica > 0,6
- LDH > 2/3 do limite superior no soro (> 200 LDH)
COMPLICADO (pelo menos 1):
- pH < 7,2
- Glicose < 40 - 60
- LDH > 1.000
- Bactérias presente corado pelo Gram
- PUS (empiema)
- Loculado
Tratamento do Derrame Pleural Parapneumonico
NÃO COMPLICADO: ATB
COMPLICADO: ATB + Drenagem em Selo d´agua
Definição do Abcesso pulmonar
≥ 2 cm (se < 2 cm é pneumonia necrosante)
Fator de Risco do Abcesso pulmonar
MACROASPIRAÇÃO (cuidado com Anaeróbios)
Clinica do Abcesso pulmonar
Evolução Lenta (dias), Secreção Fétida… Febre
Tratamento do Abcesso pulmonar
Amoxicilina + Clavulanato
Opção: Clindamicina (clavulanato)
Como apresenta a Pneumonite Química (tempo, qual sd relacionada e conduta)
Se Horas de Evolução
Síndrome de Mendelson
Conduta: Suporte (atb não!)
Definição de Pneumonia Associada a ventilação mecânica (PAVM)
Ocorre APÓS 48H do Início da Ventilação Mecânica Invasiva
Diagnóstico da Pneumonia a Ventilação Mecânica (PAVM)
Radiológico: INFILTRADO PULMONAR (novo ou progressivo) + 2 SINAIS DE INFECÇÃO:
- Febre
- Leucocitose ou Leucopenia
- Secreção purulenta
- Piora da Oxigenação
Agentes da Pneumonia a Ventilação Mecânica (PAVM)
Gram Negativos Entéricos (P. aeruginosa, Gram - MDR)
Staphylococus aureus (MRSA)
Tratamento da Pneumonia a Ventilação Mecânica (PAVM)
ATB de Base (obrigatório): CEFEPIME ou PIPERACILINA-TAZOBACTAM ou IMI/MEROPENEM
Se Risco Gram (-) MDR (ex. fibrose cística, bronquiectasias): Adicionar Base + AMINOGLICOSIDEO ou CIPRO/LEVOFLOXACINO ou AZTREONAM
Se Risco de MRSA (> 20% da MRSA na unidade ou desconhecida): Adicionar Base + VANCOMICINA ou LINEZOLIDA
Se Ventilação Mecânica + ATB IV últimos 3 meses | Dialise | Choque séptico | SDRA | > 5 dias de internação (alto risco): Escolher UM DE CADA GRUPO ACIMA (ex. cefepime + cipro + vanco)
Definição de Pneumonia Hospitalar ou Nosocomial
Ocorre APÓS 48H da Admissão Hospitalar
Classificada em:
- Precoce: 48 H a 5 dias
- Tardia: > 5 dias
Fatores de Risco da Pneumonia Hospitalar
- Ventilação Mecânica (principal)
- Idade > 70 anos
- Pneumopatia crônica (DPOC) / Sinusite
- Hospitalização prolongada / Má higienização das mãos
- IBPs e Antagonista H2 / Dieta Enteral / Uso prévio de ATB
Diagnostico da Pneumonia Hospitalar
☢️ CLINICA + IMAGEM + PESQUISA do agente etiológico
- TC (mais sensivel) ou RX: INFILTRADO novo ou progressivo (piorando)
- 2 Sinais: Febre + Escarro Purulento + Leucocitose / Leucopenia+ Redução da Oxigenação
- CULTURAS DO TRATO RESPIRATORIO INFERIOR (agente)
- BAL / Aspirado traqueal - HEMOCULTURAS
Quais São os Agente Etiológicos da Pneumonia Hospitalar
- Staphylococcus auereus (MSSA e MRSA) - principal
- Pseudomonas aeruginosa
- Klibsiella pneumoniae
Outros: H. Influenza, S. pneumoniae, Acinetobacter baumaii, stenotrophomonas maltophilia
Avaliação do Risco de Germes MDR
- ATB ultimos 3 meses
- Quadros Graves (choque / SDRA / HD)
- > 5 dias de hopsitalização
- Crescimento de MDR em > 10 a 20%
?? Tratamento da Pneumonia Hospitalar (não falado nesta aula MED, apenas MEDCurso)
Terapia Tripla: 2 anti-pseudomonas + 1 anti-MRSA
- Droga anti-pseudomonas 1:
- Ceflosporina (ex.: cefepime)
- Betalactamico + Inibidor (ex.: piperacilina-tazobactam)
- Carbapenêmico (ex.: meropenem ou imipenem) - Droga Anti-Pseudomonas 2:
- Aminoglicosídeo (amica ou gentamicina)
- Quinolona (cipro ou levofloxacino) - Droga Anti-MRSA:
- Vancomicina OU Linezolida
ESCOLHER 1 DE CADA CLASSE E JUNTAR AS 3
Tratamento Pós Cultura Pneumonia Hospitalar
Staphyloccus aureus
- MSSA: Oxacilina ou Cefazolina
- MRSA: Vanco ou Linezolida
Pseudoonas: Pip-tazo / Cefepime ou Ceftazidime / Imi ou Mero / Levo ou Cipro / Aztreonam
Enterobactérias ESBL: Cefepime ou Cefatazidime / Imi ou Mero ou Erta
KPC: Ceftazidima-avibactam / Associações com Polimixina B
Acinetobacter: Ceftazidime / Cefepime / Pip-Tazo / Ampi-Sulbactam (primeira linha, mas pode haver resistencia)
S. Maltophila: Sulfatoxazol-trimetoprim
Prevenção e Profilaxia para Pneumonia Hospitalar
- Cabeceira elevada (30 a 40°)
- Reduzir Sedação
- Drenagem de Secreções
- Cuff pressurizado (20-30 cmH2O)
- Higiene oral diária
Definição do Derrame Pleural
Acumulo de liquido anormal no espaço pleural
Exame Físico do Derrame Pleural
Expansibilidade ⬇️ / Sinal de Lemos-Torres (abaulamento expiração)
Frêmito Toracovocal ⬇️/ABOLIDO
Som MACIÇO/SUBMACIÇO
Murmúrio Vesicular ⬇️/ABOLIDO
Diagnósticos Diferenciais com Derrame Pleural
ATELECTASIA: Retração Intercostal
CONSOLIDAÇÃO: FTV Aumentado
PNEUMOTORAX: Som Timpânico
Achado Radiográfico no Derrame Pleural e Suas Incidências
Achado: Velamento Seio Costofrênico (perde a ponta)
INCIDENCIA PA
- Parábola de Damoiuseau (muito extenso)
INCIDENCIA LATERAL
INCIDENCIA EM DECUBITO LATERAL (Incidência de Laurell)
- O liquido escorre para o lado deitado
Como é definido a Etiologia do Derrame Pleural
Definida pela TORACOCENTESE DIAGNOSTICO (critério de light)
Critério de Light
Diferencia Transudato x Exsudato
- Proteína liquido pleural/Sérico > 0,5
- LDH liquido pleural/Sérica > 0,6
- LDH liquido pleural > 2/3 do limite superior da normalidade sérico (> 200)
APENAS 1 ou + Critério = Exsudato
Causas de Transudato
- Síndrome Nefrótica
- Urinotórax
- Diálise peritoneal
- Cirrose hepática
- Mixedema
- Obstrução da cava superior
- ICC (causa mais comum)
Indicação de Punção do Liquido Pleural na ICC
Unilateral, Tamanhos discrepantes, Febre e/ou Dor pleurítica
Causas de Exsudato
“O RESTO”
- Infecções (inclui TB e parapneumônico)
- Dçs Reumatológicas (Artrite reumatoide: Glicose < 40 mg/dl)
- Pancreatite / Rotura Esofágica (aumento da amilase)
- Câncer (sanguinolento / Citologia oncótica +)
- TEP
- Sarcoidose (dç avançada)
- Quilotórax (leitoso / aumento de triglicerídeo)
Tratamento do Derrame Pleural
TORACCENTESE DE ALIVIO (se houver desconforto)
TRATAR DÇ BASE
Derrame Pleura Recorrente / Não Tratado: Considerar PLEURODESE (talco)
Conduta no Derrame Pleural Parapneumônico
DP pequeno: ATB e Acompanhar (não puncionar)
Se Punção (DP extenso): Avalia se é Derrame COMPLICADO
- pH < 7,2
- Glicose < 40 a 60 mg/dl
- LDH > 1.000
- Bactérias coradas ao Gram
- Aspecto Purulento (empiema)
Conduta no Derrame Pleural Parapneumônico Complicado
DEPENDE DA FASE
- AGUDA/EXSUDATIVA: ATB + Drenagem Fechado (Selo d’agua)
- SUBAGUDA/FIBRINOPURULENTA: VATS (lise mecânica) ou Lise química + ATB + Drenagem fechada
- CRÔNICA/ORGANIZADA: ATB + Pleurostomia +/- Decorticação
Tipos de Influenza
Influenza A e B
Período de Incubação e Transmissão do Influenza
Incubação: 1 a 4 dias (geral 2 dias)
Transmissão: 2 dias antes, até o 5° dia do inicio
Classificação Clinicas e Clinica do Influenza
Síndrome Gripal: Febre + Tosse ou Odinofagia + 1 dos seguintes:
- Cefaleia
- Mialgia
- Artralgia
Síndrome Respiratória Aguda Grave: Febre + Dispneia ou 1 dos seguintes:
- SaO2 < 95%
- Taquipneia ou Desconforto resp.
- Piora nas Condições clinicas de base
- Hipotensão
Diagnostico do Influenza
Exames Inespecíficos: Hmg completo, PCR, Radiografia de tórax (TC: vidro fosco - pneumonia viral)
Exames Específicos: Casos Selecionados!
- RT PCR / Testes rápidos / Antígenos / Sorologia (retrospectivo)
Tratamento Influenza
- OSELTAMIVIR 75 mg de 12/12h: se SRA grave e/ou alto risco (até 48 h do inicio do quadro)
- OBS: cobrir S. auereus se pneumonia secundaria - NÃO FAZER CORTICOIDE
- PROFILAXIA COM OSALTEMIVIR SE: Risco de complicações pós-exposição e profissionais expostos
Imunização para Influenza
Vacina Trivalente (SUS) x Tetravalente (anualmente)
Grupos Prioritários para Vacinação para Influenza
- Extremos de idade (> 6 meses | > 60 anos)
- Trabalhadores
- Indígenas
- Gestantes
- Doenças Cônicas
- Obesidade
- População privada de liberdade
Fases do Derrame Pleural
Dividido em 3 (UNICAMP)
1. Fase Exsudativa: Liquido Estéril e parâmetros dentro da normalidade (pH > 7,2 / LDH < 1.000, Glicose > 40 a 60)
- Fase de Transição ou Fibrinopurulenta: Liquido Turvo, Bacterioscopia positiva e parâmetros alterados (pH < 7,2, LDH > 1.000, Glicose < 40 a 60)
- Fase Crônica: Liquido Espesso e Purulenta com parâmetros alterados (pH < 7,2, LDH > 1.000, Glicose < 40 a 60)
Achados do Derrame Pleural Quiloso (Quilotorax)
(UNICAMP)
- Liquido pleural aspecto Leitoso e Esbranquiçado
- Niveis pleurais de Triglicerides > 100 mg/dl
- Niveis pleurais de Colesterol < 200 mg/dl
Se Colesterol > 200 = Sugere Derrame pleural de Colesterol
Fatores de Risco para Endocardite Infecciosa
- Uso de Drogas IV
- Próteses Valvares
- Cardiopatia Estrutural (prolapso mitral)
Agentes da Endocardite Infecciosa
DEPENDE DA VALVA
(1) VALVA NATIVA: Estafilococos, Estreptococos e Enterococos (Gram +)
- Subaguda
- Aguda
(2) VALVA PROTÉTICA (hospitalar: < 2 meses da troca):
- Troca da Valva < 2 meses: Strepto aureus e Staphylo epidermidis e Gram (-), Pseudomonas
- Troca da Valva > 2 meses: Estreptococos e S. auereus
Apresentação Clinica e os Agentes envolvidos na Valva Nativa
SUBAGUDA (insidiosa):
- Streptococcus do Grupo Viridans (mais comum)
- Enterococcus faecalis (entercoco mais comum)
- Streotococcus gallolyticus (bovis) = Colonoscopia
AGUDA (desenvolvimento rápido)
- Staphylococcus aureus (mais comum): Usuários de Drogas IV (tricúspide sem sopro - MRSA)
Quadro Clinico da Endocardite Infecciosa (bacteriana)
- FEBRE
- SOPRO (qualquer sopro)
Fenômenos Vasculares (embólicos - pequenos vasos):
- Hemorragias subungueais
- Manchas de Janeway (indolor)
- Aneurisma micótica
- Petéquias conjuntivas
- Abcesso renais, esplênicos, pulmonares
Fenômenos Imunológicos (microcirculação)
- Nódulos e Osler (doloroso)
- Manchas de Roth
- Fator Reumatoide +
- Glomérulo Nefrite Difusa Aguda (síndrome nefrítica)
Diagnóstico Endocardite Infecciosa
CRITÉRIOS DE DUKE-ISCVID (confirma com 5 menores / 2 critérios maiores / 1 maior + 3 menores)
(1) CRITÉRIOS MAIORES
- Hemocultura (C. burnetti 1 amostra / Agentes “Típicos” em 2 amostras / Outros em 3 amostras )
- PCR (C. burneti, Bartonella, T. whipplei)
- Sorologia (C. burnetti, Batonella)
- ECO/TC ou PET-TC ou Inspeção Direta na Cirurgia (ECO: vegetação, perfuração, abcesso, nova regurgitação / PET: atividade metabólica anormal)
(2) CRITÉRIOS MENORES (os 7 “Fs”)
1- Fator de Risco (drogas iv / predisposição)
2- Febre > 38°C
3- Fenômenos Vasculares
4- Fenômenos Imunológicos
5- Faltando Hemocultura ou PCR (não preenche critério maior)
6- Figura (imagem que não condiz com critério maior: PET-TC + ate 3 meses após implante)
7- Físico (exame físico - novo sopro de regurgitação valvar)
Tratamento Endocardite Infecciosa (bacteriana)
VALVA NATIVA:
(1) Subagudo: Aguardar Cultura ou Vancomicina + Ceftriaxona
(2) Agudo/Drogas IV: Vancomicina + Cefepima
VALVA PROTÉTICA:
(1) Troca valvar > 1 ano: Nativa
(2) Troca valvar < 1 ano: Vancomicina + Gentamicina + Cefepim
Profilaxia Endocardite Infecciosa (bacteriana)*
(1) PARA QUEM?:
- Proteses Valvar
- Endocardite prévia
- Cardiopatia Cianótica Não Reparada
- Transplantados Cardíacos que desenvolvem Valvopatias
(2) QUANDO?:
- Manipulação de Gengiva e Periapical dos Dentes
- Perfuração da Mucosa Oral ou Respiratória
(3) COMO:
- AMOXICILINA 2g VO 1h antes do procedimento
- Outras opções (alergicos): Cefalexina, Azitromicina, Claritromicina
Agente da Infecção do Trato Urinário
Gram (-): E. Coli (principal)
Tipos Infecção do Trato Urinário
- Bacteriúria Assintomática
- Cistite (ITU baixa)
- Pielonefrite (ITU alta)
Definição Bacteriúria Assintomática
Assintomático + Urocultura ≥ 10 UFC/ml ou ≥10 UFC/ml (cateterizado)
Indicação de Tratamento para Bacteriúria Assintomática
- Gestante
- Procedimento Urológico Invasivo
Tratamento Bacteriuria Assintomatica
- FOSFOMICINA (dose única)
- Nitrofurantoína
Quadro Clinico Cistite
Disuria, Polaciuria, Urgência Urinaria e Noctúria (sem febre)
Diagnóstico Cistite
CLINICO
EAS e Urinocultura: se duvida
Tratamento Cistite
- FOSFOMICINA (dose única) - principal
- Nitrofurantoína (5 a 7 dias)
- Bactrim (3 dias)
- Betalactamico (5 a 7 dias)
Classificação da Pielonefrite
COMPLICADA:
- Anormalidade do Trato Urinário (cateter, calculo, abcesso…)
NÃO COMPLICADA:
- Trato Urinário Normal
Quadro Clinico Pielonefrite
- FEBRE
- Dor no Flanco + Calafrios + Sinal de Giordano (+) +/- Sintomas Cistite
Diagnóstico Pielonefrite
- EAS: Presença de PIÚRIA
- URINOCULTURA
TC com Contraste se:
- Duvida, Falha Terapêutica, Suspeita de Abcesso ou Obstrução
Tratamento Pielonefrite
NÃO COMPLICADA: Ciprofloxacin / Levofluxacino / Ceftriaxona (7-21d)
COMPLICADA: Piperazina com Tazocim / Cefepim Imipenem
Complicações Pielonefrite
(1) ABCESSO
- febre após 4 a 5 dias de ATB
- Febre + Piuria Estéril
- Tratamento: ATB +/- drenagem (> 5 cm)
(2) ENFISEMATOSA
- Fator de risco é Diabéticos Descompensados (hiperglicêmicos)
- Grave
Tratamento: ATB +/- Drenagem
Agentes Abcesso Hepático Piogênico
- Maioria é Polimicrobiana
- E. coli e Klibsiella pneuminae (mais comum)
- S. aureus (disseminação hematogenica)
Formas dos agentes chegar no Figado
- VIAS BILIARES (principal)
- Veia porta
- Artéria hepatica
- Extensão direta de processo infeccioso abdominal
- Trauma
Quadro Clinico Abcesso Hepático Piogênico
Clássico (10% casos - menos comum): Febre + Icterícia + Dor em Hipocôndrio direito
Febre é o sintoma mais comum
Dor abdominal é mais frequente que icterícia
Laboratório Abcesso Hepático Piogênico
Laboratorial:
- Aumento reagentes de fase aguda
- Aumento de Fosfatase Alcalina (70%)
Imagem: RM (principal metodo diagnostico)
Tratamento Abcesso Hepático Piogênico
Punção com Agulha
Cateter se > 5 cm
+
ATB (estrepto, Gram -, anaerobios)
- Opções: Ceftriaxone + Metronidazol / Ciprofloxacina + Metronidazol / Piperaciclina + Tazobactam
Tipos de Piodermites
- Impetigos
- Erisipela e Celulite
- Abcesso
- Fascíte Necrosante
- Outras Piodermites
Tipos Impetigo
IMEPTIGO CROSTOSO (70%):
- Agente: S. aureus ou S. pyogenes (Harrison)
- Máculas → Vesicopápulas → Crostas Melicéricas
- Risco para GNPE (mas NÃO para febre reumática)
IMEPTIGO BOLHOSO
- S. aureus (fogotipo II)
- Toxina esfoliativa clivadora da epiderme
- Bolhas Flácidas (não necessário trauma prévios)
Tratamento Impetigo
LIMPEZA, REMOVER CROTAS e COMPRESSA MOLHADA
LEVE: Mupirocina ou Retapamulina / 2a opção: Acido Fusídica
GRAVE (sistêmico): ATB oral (ex: Cefalexina)
Tudo sobre Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócia (Síndrome de Ritter)
Diagnóstico Diferencia do Impetigo
Agente: S. auereu fagotipo II (esfoliatina na corrente sanguinea)
1°: Rash difuso
2° Bolhas flácidas
(toxinas a distancia)
Conduta: Internação + ATB EV + Medidas Gerais
Diferença entre Erisipela e Celulite
ERISIPELA:
- Infecção da Derme com envolvimento Linfático (superficial)
- S. pyogenes
CELULITE:
- Infecção da Derme + Subcutaneo
- S. pyogenes e S. aureus
Fator de Risco da Erisipela
Linfedema, Pós-operatório de dissecção linfática, Insuficiência Venosa e História Prévia de Erisipela
Quadro Clinico Erisipela
Febre alta + Calafrios
Lesão BEM Delimitada, sinais inflamatorio
Sinais de Alarme Erisipela e Celulite
- Toxemia: Febre > 38°C, Hipotensão ou Taquicardia sustentada
- Eritema Extenso ou com Rápido Progressão
- Associação com Condição de Alto Risco (ex: TVP, sd compartimental)
- Incapacidade de Terapia Oral
- Celulite de Face (celulite)
Tratamento Erisipela
GRAVE: EV → Penicilina G cristalina, Cefazolina, Ceftriaxone
LEVE: VO → Penicilina, Amoxicilina, Cefalexina
Profilaxia para Erisipela de Repetição
Penicilina Benzatina 4/4 semanas
Quadro Clinico Celulite
Febre alta + Calafrios, Mal estar…
Lesão com Margens INDEFINIDAS e mal delimitada, sinais inflamatório
Tratamento Celulite
GRAVE: EV → Oxacilina, Cefazolina, Nafcilina
Leve VO → Cefalexina, Clindamicina, SMX-TMP
Definição de Abcesso
Supuração da Derme/Subcutâneo (sem relação direta com o foliculo)
Quadro Clinico do Abcesso
- Sinais Sistêmicos Incomuns…
- Nódulo Eritematoso, Flutuante, Doloroso +/- Celulite ao redor
Tratamento do Abcesso
DRENAGEM +/- ATB
Quadro Clinico Fascíte Necrosante
Primeiras 24 horas: Sinais inflamatórios
24-48 horas: Escurecimento da Lesão + Bolhosa Hemorrágicas
4° a 5° dias: Lesão francamente Gangrenosa (indolor - necrosa nervo)
7° a 10° dia: Toxemia, Prostração e Rebaixamento do Nível Consciência (sepse)
Região PERNEAL = GANGRENA DE FOURNIER
Tratamento Fascíte Necrosante
DESBRIDAMENTO extenso com fasciotomia + ATB amplo espectro
Agente e Características Foliculite
Agente: S. aureus
Características: Infecção do folículo piloso, Autolimitada
Difuso, Resistente ou Recorrente: ATB
Agente, Características e Tratamento do Furúnculo e Carbúnculo
Agente: S. aureus
Características: Abcesso na unidade Pilossebácea (“foliculite mais grave”
Tratamento (grandes / complicados) Abcesso Recorrente: Mupirocina nasal = Drenagem + ATB
Agente, Características e Tratamento do Ectima
Agente: S. aureus ou Strepto do grupo A
Características : Lesão crostosa “profunda” (até derme)
Tratamento = Impetigo
Características e Tratamento da Hidradenite Supurativa
Características: Doença Inflamatória da unidade
Tratamento: Compressa quente, Drenagem, Cirurgia / Imunossupressores (graves)
Agente da Osteomielite
Streptococcus aureus
Formas de chegar a bactéria no osso na Osteomielite
HEMATOGENICA (20% - predomina crianças)
CONTIGUIDADE (80% - predomina adultos)
Qual osso acomete a Osteomielite Hematogênica
Ossos Longos (crianças):
- Placa Metafisaria (crianças) / Diáfise (adultos)
Coluna Lombar (adultos)
- BL = Torácica (mal de pote - Osteomielite tuberculosa)
Quadro Clinico da Osteomielite Hematogênica Osso Longo
Febre, Calafrios, Dor e redução dos movimentos
Quadro Clinico da Osteomielite Hematogênica Coluna Vertebral
Dor vaga (subaguda), Febre baixa, quadro arrastado….
Fator de Risco da Osteomielite Hematogênica Coluna Vertebral
Diabetes (insulina), Procedimentos invasivos recentes, Hemodiálise e Uso de Drogas
Definição de Osteomielite por Contiguidade
Lesões penetrantes ou Extensão direta (infecção de partes moles)
Fator de Risco da Osteomielite por Contiguidade
Insuficiência Vascular e Presença de Corpo Estranho
Agente na Osteomielite Contiguidade com Lesão Penetrante no pé
PSEUDOMONAS
Características da Osteomielite Crônica
- Geralmente por Contiguidade
- Febre incomum
- Fistula, Dor local e Aumento de VHS e PCR
Diagnostico da Osteomielite
(1) Clinico-Laboratorial:
- VHS e PCR elevados
- Probe to bone test (avalia profundidade lesão)
(2) Imagem:
- Radiografia: Reação Periosteal, Lesões Líticas, Abcesso de Brodie
- Cintilografia
- RM (melhor exame)
(3) Cultura
- Hemocultura (quadro agudo)
- Biopsia Óssea (padrão ouro)
Tratamento Osteomielite
DESBRIDAMENTO CIRURGICO (remover o tecido necrótico + biopsia)
ATB (parenteral depois oral - tempo prolongado):
- Cobrir S. aureus +/- Gram (-) (Cefa 3a geração, Vancomicina, aminoglicosideo ou quinolona)
- Cobrir Anaeróbio para Pé Diabéticos ou Ulcera de Decúbito