CLM 06 Flashcards
Principais Síndromes da Terapia Intensiva
- Instabilidade Hemodinâmica
- Insuficiência Respiratória
- Alteração da Consciência
Definição Instabilidade Hemodinâmica (choque)
Estado de Hipoperfusão Tecidual
Determinantes de Hipoperfusão tecidual (quando um cai o outro sobe):
- Perfusão = DC x RVP
DC depende: Coração e Volume
RVP depende: Arteríolas
Classificação do Choque
HIPODINAMICO (DC baixo e RVP alta)
HIPERDNAMICO / Choque Distributivo (DC alto e RVP baixa)
Causas de Choque Hemodinâmico
- Hipovolemia
- Cardiogênico
- Obstrutivo
Causas de Choque Hiperdinâmico (distributivo)
- Sepse
- Anafilaxia
- Neurogênico
Quais são as Monitorizações Hemodinâmica
PVC (câmaras direitas): Avalia Volemia e sofre influencia do VD
- Feito por Cateter de Swan-Ganz - acesso venoso central (cateter de a. pulmonar)
PCAP (câmaras esquerdas): Avalia Congestão e VE
- Feito pelo Acesso Arterial (PA invasiva) que obtém a PAM (sístole x diástole)
Como se Comporta Cada Tipo de Choques
Hemodinâmico ⬇️DC ⬆️RVS:
- HIPOVOLEMICO: ⬇️PVC e ⬇️PCAP
- CARDIOGÊNICO: ⬆️PVC ⬆️PCAP
- OBSTRUTIVO: (!?) PVC (!?) PCAP (TEP: ⬆️PVC e normal PCAP)
Hiperdinâmico: ⬆️DC ⬇️RVS (vasodilatado)
- DISTRIBUTIVO (séptico, anafilático e neurogênico): INICIO = ⬇️PVC ⬇️PCAP / UTI (pós ressuscitação volêmica) = normal PVC e normal PCAP
Como avaliar a gravidade da Perfusão
AVALIAÇÃO DA PERFUSÃO:
1. DÉBITO URINÁRIO: diurese < 0,5 ml/kg/h
- LACTATO e TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR: lactato > 1 mmol/L ou 9 mg/dl e TEC > 3 seg
- SATURAÇÃO VENOSA CENTRAL (SVCO2) e GAP CO2: SVCO2 < 70% e CO2 > 6
Quando dar Volume no Tratamento do Choque
FLUIDO_TOLERÂNCIA E FLUIDO-RESPONIVIDADE
- AVALIADO PELO USG (POCUS):
NÃO CABE VOLIME
- Veia Cava Inferior: Diâmetro > 21 mm / Colapso < 50% / Tórax > 3 linhas B
CABE VOLIME
- Veia Cava Inferior: Diâmetro < 21 mm / Colapso < 50% / Tórax < 3 linhas B - ELEVAÇÃO PASSIVA DAS PERNAS (45°)
- A 45 graus: Checa de DC aumenta >= 10% = Volume - DELTA PP (variação da pressão de pulso)
- Se >= 13% = Volume (Comparação do coração “cheio e vazio” = Variação grande significa que vai responder a volume)
Tratamento Choque Hipovolêmico
VOLUME: Cristaloide (SF 0,9% / Ringer Lactato)
Tratamento Choque Cardiogênico e Obstrutivo
INOTRÓPICO: Dobutamina (beta adrenérgico)
OUTRAS: Dopamina 3-10 ug/kg/min (dose beta) / Milrinona (usuários de betabloqueador) / Levosimendana
REFRATARIOS: Dispositivos de Assistência Circulatória (colocado na aorta)
Dopamina: Quanto mais ALto dose mais ALfa adrenérgica / Quanto mais Baixa dose mais Beta adrenérgica
Tratamento Choque Séptico (Distributivo)
VASOPRESSOR: Noradrenalina (alfa adrenérgico)
OUTRAS: Vasopressina (receptor V1) Dopamina > 10 ug/kg/min (dose alfa)
Tratamento Choque Anaflatico (Distributivo)
Adrenalina (altas doses)
Passos para Conduzir Choque
- Classificar qual a Instabilidade / Choque (tipos de choque)
- Pelo DC e RVS / PVC e PCAP - Avaliar a Perfusão (gravidade)
- Debito Urinário / Lactato ou TEC / SVCO2 ou GAP CO2 - Avaliar se administra ou não volume
- Tratar
Definição de Sepse
Disfunção orgânica por resposta imune desregulada a uma infecção
O que compõem o Escore SOFA
SOFA (operacional):
1. PaO2 / FIO2
2. Cardiovascular (PAM)
3. Glasgow
4. Plaquetas
5. Bilirrubina
6. Creatinina
Se SOFA >= 2: Disfunção orgânica
O que compõem o qSOFA
QSOFA (triagem)
1. FR > 22
2. PA Sistólica < 100
3. Glasgow < 15
qSOFA >= 2: Pior prognostico
Definição de Choque Séptico
- Vasopressor para manter PAM >= 65 mmHg
- Lactato > 2 mmol/L após reposição volêmica
Como Conduzir Sepse
PACOTE DE 1a HORA:
- MEDIR LACTATO E TEC (reduzir níveis séricos)
- 30 ML/KG DE CRITALOIDE (ringer) SE CHOUQE OU HIPOPERFUSÃO (começar na 1a hr e 3 hrs para terminar, individualizando)
- VASOPRESSOR SE IRRESPONSIVO - NORADRENALINA (não esperar o volume correr e pode fazer em acesso periférico)
- Se não responder: Adicionar Vasopressina se PAM inadequada (nora 0,25 - 0,50 mcg/kg/min) - ATB + HEMOCULTURA (NÃO ATRASAR > 45 MIN): se sepse iniciar até 3 hrs | se choque iniciar até 1 hr
Medidas para Refratários
- CORTICOIDE (caso choque que não responde a vasopressor)
- TRANSFUSÃO (se Hb <= 7 g/dl)
- DOBUTAMINA (se hipoperfusão persistente - disfunção miocárdica)
Como é avaliado a Escala de Coma de Glasgow (Alteração do Nível da Consciência)
ABERTURA OCULAR:
- Espontânea (4) / Ao Som (3) / Á Pressão (2) / Ausente (1) / Não Testável (NT)
RESPOSTA VERBAL
- Orientada (5) / Confusa (4) / Palavra (3) / Sons (2) / Ausente (1) / Não Testável (NT)
RESPOSTA MOTORA:
- Obedece Comandos (6) / Localizada (5) / Flexão normal (4) / Flexão Anormal (3) / Extensão (2) / Ausente (1) / NT
Se =< 8: Proteção de Vias Aéreas
Reflexos para avaliar a localização do problema na alteração do nível de consciência
- Fotomotor
- Córneo-palpebral
- Oculocefálico
- Oculovestibular
Tronco Lesado: Pupila Arreativas (sai os ramos dos pares craneanos) / Deprime respiração / Perda de Reflexos / Déficit Focal
Tóxico: Pupilas continuam Reativas / Não existe déficit focal
Exceto hipoglicemia (falseia AVE)
Quando fechar Critérios de Morte Encefálica
ATRAVÉS DO PROTOCOLO DE MORTE ENCEFALICA (necessário todos para confirmar)
1. PRÉ_REQUISITO
- Lesão Encefálica conhecida
- Tempo Mínimo de Observação de 6h (mas 24h se hipóxico-isquêmica)
- Temperatura > 35°C | SatO2 > 94% | PAM >= 65 mmHg
- DOIS EXAMES CLINICOS QUE MOSTREM COMA + AUSÊNCIA DE REFLEXOS DE TRONCO:
- Um Médico Deve ser Intensivista, Emergência ou Neurologista
- Intervalo de Tempo (avaliação dos 2 médicos) entre Exames de Acordo com a Idade do Paciente: 7 dias a 2 meses (24h) | < 2 anos (12h) | > 2 anos (1h)* - TESTE DA APNEIA (só um)
- PaCO2 > 55 + Respiração Ausente (confirma perda do centro respiratório) - EXAME COMPLEMENTAR MOSTRANDO AUSÊNCIA DE:
- Perfusão ou Atividade elétrica ou Atividade Metabólica
Tipos de Insuficiência Respiratória
Distúrbio da Relação V/Q (V: Ventilação O2 | Q: capilar perfundindo): Se problema no V = Shunt | Se problema no Q = Espaço Morto
TIPO 1: Redução da Captação de O2 (SDRA, TEP, EAP…): Divisão de PaO2/FIO2 ≤ 300 / G (A-a) O2 > 10-15
TIPO 2: Eliminação de CO2 (DPOC, Miastenia…): PaCO2 > 50 mmHg
Fisiopatologia da Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)
Inflamação Sistêmica (por Lesão Pulmonar Direta ou Lesão Pulmonar Indireta), Gera Perda de Liquido do Vaso (exsudativo) formando Edema Pulmonar (exsudativo - liquido inflamatório) = os Alvéolos se Fecham (Pulmão ⬇️ Complacência)
Causas de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)
Ex. de Lesão Pulmonar Direta:
- Infecção pulmonar
- Broncoaspiração
- Trauma torácico*
- Embolia gordurosa
Ex. de Lesão Pulmonar Indireta:
- Sepse (principal)
- Choque
- Politrauma*
- Pancreatite aguda*
- Queimaduras
Clínica e Diagnóstico da SDRA
DEINIÇÕES DE BERLIM (2012)
- TEMPO (até 7 dias) + FATOR DE RISCO
- Sintomas respiratórios iniciados ou piorados agudamente (dentro 7 dias) - OPACIDADE PULMONAR BILATERAL (RX ou TC ou USG)
- Não explicada por Derrame, Atelectasia ou Nódulos - EDEMA INFLMATÓRIO, NÃO CARDIGÊNICO
- Excluir Hipervolemia e IC, “ECO” e BNP podem ajudar - HIPOXEMIA: RELAÇÃO PaO2/FIO2 (ou SatO2/FIO2 =< 315 / CNAF >= 30 L/min)
- Leve: ≤ 300
- Moderada: ≤ 200
- Grave: ≤ 100
Tem que estar em Ventilação Mecânica Invasiva com PEEP ou CPAP >= 5 cmH2O