Cisto Ovariano Roto Flashcards

1
Q

O que são cistos ovarianos?

A

Sacos cheios de líquido que se desenvolvem no ovário (dentro ou fora dele)

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2
Q

Quais são os cistos mais comuns na pré menopausa? (7)

A
  • Cistos Fisiológicos Funcionais (folículo não libera o óvulo - forma cisto) —— geralmente resolvido sem nenhum tipo de tratamento
  • Cistos Dermoides: teratoma
  • Endometriomas (mulher que tem endometriose pode vir a desenvolvê-lo - “cisto de chocolate”)
  • Síndrome do Ovário Policístico
  • Durante a gravidez: cisto ovariano que ajuda a gravidez enquanto a placenta está se formando
  • Inflamações Pélvicas Graves
  • Câncer: principal causa de cisto ovariano em mulheres na pós menopausa
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3
Q

Como acontece a ruptura do cisto? E o que causa?

A
Se romper (trauma —- poca) 
PODE cursar com dor pélvica (nesse caso: aguda) - pode ser assintomática também
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4
Q

Qual a epidemiologia do Cisto Ovariano Roto?

A

Incidência incerta: taxas são superestimadas durante a admissão por outras complicações

Mulheres: em idade reprodutiva possuem prevalência maior (mas também pode ocorrer em mulheres na pós menopausa)

Cisto Ovariano geralmente se rompe no ovário D (E está protegido pelo Cólon Reto Sigmoide)

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5
Q

Quais os Fatores de Risco para o Cisto Ovariano Roto?

A
  • Aumenta-se o risco caso a mulher induza a ovulação (risco cai caso mulher use contraceptivos estrogenio-progesterona – não impede )
  • ACO de progesterona (incidência e ovulação de 58%)
  • Relação Sexual Vaginal (porém chegam muitos casos de mulheres com hematoperitônio pos coito sem uma lesão vaginal) - Hematoperitonio foi caracterizado como COR, mesmo sem ser visto um cisto ovariano
  • se após coito chegar com abdome com sangue - não necessariamente é COR, mas pode ser
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6
Q

Quais podem ser os quadros clínico do COR?

A

Ruptura pode ser assintomática (grande maioria dos casos)

OU

Dor abdominal inferior unilateral* (difícil 2 se romperam na mesma hora)

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7
Q

Qual a ORIGEM da dor no COR?

A

Repentina

Provavelmente se inicia durante atividades extenuantes (ex.:relação sexual)

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8
Q

Qual a PALIACAO da dor no COR?

A

Sem paliação

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9
Q

Qual a PIORA da dor no COR?

A

Aumento da dor quando o paciente senta (pode ser relacionado com irritação do M.Psoas)

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10
Q

Qual a QUALIDADE da dor no COR?

A

Abrupta e Focal

Intensidade: Moderada e Grave

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11
Q

O R é de Irradiação?

A

Não, de referida

Quando existe hemorragia maciça na cavidade abdominal, sangue se acumula no espaço subfrenico - irrita peritônio - paciente refere dor em abdome superior

Inervação cruzada do N.Frênico: paciente pode referir dor em ombro

DOR NÃO É IRRADIADA: TEM DOR NA PELVE E TAMBÉM REFERE DOR EM OMBRO OU EM ABDOME SUPERIOR

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12
Q

Quais são os SINTOMAS ASSOCIADOS na COR?

A
  • Caso no cisto tivesse sangue: paciente pode apresentar peritonite (sangue irrita o peritônio)
  • Se possui cisto dermoide (teratoma) - material contido nele vai ser sebáceo (pode será reação granulomatosa) - causa peritonite química
  • Se possui cisto ovariano com líquido seroso mucinoso (não irritam muito o peritônio - sem muitos sintomas)
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13
Q

Qual o TEMPO da dor no COR?

A

Aguda

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14
Q

O que fazer após caracterizar bem a dor pélvica?

A

Pensar na história pregressa da paciente

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15
Q

O que perguntar no momento de pensar na história pregressa da paciente?

A

Ver a probabilidade de cisto ovariano e tipo

Tem um cisto ovariano atual conhecido?
Tem história previa de cisto ovariano? - Esse já rompeu
Tem alguma condição que predispõe o aparecimento de cisto ovariano? (Se já fez inseminação artificial - fez indução de ovulação - fator de risco para aparecimento de C.O) + fatores de risco para câncer de ovário

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16
Q

O que avaliar no momento de pensar na história pregressa da paciente?

A

Avaliar possíveis causas ginecológicas ou outras causas de dor em baixo ventre

Diagnósticos Diferenciais: Endometriose, histórico de DIP, Cistite Intersticial, SIIR, ou Doença Inflamatória Intestinal ou Causas Músculo Esqueléticas

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17
Q

Quais são os fatores ou sintomas de risco relacionados a sangramento intenso na paciente?

A
  • Tontura
  • Diatese Hemorrágica (sangramento sem causa aparente - sangra mais do que deveria)
  • Uso de terapia anticoagulante (pode predispor a hemorragia de um C.O de corpo luteo)
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18
Q

Quais são as outras perguntas feitas para todas as mulheres?

A
Último período menstrual 
Comorbidades
História Cirúrgica 
História Obstétrica e Ginecológica 
Medicamentos (principalmente uso de contraceptivos)
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19
Q

Como deve ser feito o exame físico na paciente?

A

Mais direcionado (pois geralmente já chega na emergência)

Sinais Vitais
Exame Abdominal
Exame Pélvico

20
Q

O que pode ser visto nos Sinais Vitais?

A

Normal

Febre Baixa

21
Q

Qual a observação em pacientes jovens quando apresentam sangramento intenso?

A

Podem não ter variação do pulso ou na pressão sanguínea

Classificação: hemorragia significativa que leva ao choque é incomum nesses casos

22
Q

O que pode ser visto no exame abdominal?

A

Pode referir sensibilidade à palpação: superficial e profunda

Rigidez na parede abdominal - pode apresentar quadro de peritonite

Sensibilidade ao rebote = sensibilidade à descompressão brusca

23
Q

O paciente pode referir dor em qualquer lugar?

A

Sim, o sangue está na cavidade abdominal

Não necessariamente no ponto de McBurney

24
Q

O que é o Sinal de Cullen e quando ele pode ser visto?

A

No exame abdominal

Sinal de Culllen: equimose periumbilical (diante de uma hemorragia intrabdominal)

25
Q

O que pode ser visto no exame pélvico se o cisto não tiver completamente colapsado?

A

Pode ter massa adicional palpável ao exame bimanual

26
Q

Quais os passos do exame bimanual? E o que favorece?

A

Colocar o paciente em posição ginecológica
Colocar a mão sobre o abdome (na parte externa)
Colocar 2° e 3° quirodáctilo posicionados no canal vaginal

  • Palpação dos órgãos genitais femininos internos
27
Q

O que pode ser achado no exame bimanual?

A

Pode referir sensibilidade ao movimento cervical

28
Q

O que fazer caso não consiga dar o diagnóstico com exame clínico?

A

Pedir exames laboratoriais

29
Q

Quais exames devem ser pedidos?

A
Teste de Gravidez (beta HCG) 
Hemograma Completo + Sorologia para ISTs
Tipo Sanguíneo e Combinação Cruzada
Exame de Urina
Exame de Colo do Útero
30
Q

Por que pedir o Teste De Gravidez?

A

Foco é descartar uma gravidez Ectopica (é pior)

Mulher grávida pode ter cisto ovariano e esse pode se romper

Contudo: gravidez Ectopica é muito mais fatal do que COR

31
Q

O que fazer caso o beta HCG der positivo?

A

Pede USG pélvica - avaliar gravidez

32
Q

Por que pedir hemograma Completo? E por que pedir Sorologia para Sífilis?

A

Hemograma: Principalmente avaliar hematócrito - vai determinar o tratamento da paciente

Sorologia para IST: principalmente se tiver febre ou sinais peritoneais para descartar ITU e infecções do trato pélvico

33
Q

Quando principalmente deve-se pedir Tipagem Sanguínea?

A

Principalmente quando há sinais peritoneais ou instabilidade hemodinâmica (caso precise de transfusao)

34
Q

Quais os benefícios da USG pélvica?

A

Muito disponível
Barata
Muito sensível para detectar a presença de COR

35
Q

Qual o problema da USG de pelve ser sensível?

A

Pode haver líquido na pelve sem que o líquido seja de um cisto rompido

MAS se já tem CO e está vendo sangue na pelve, grande probabilidade de ser COR

36
Q

Como a USG pélvica pode ajudar no pré operatório?

A

Pode detectar características sugestivas de malignidade

37
Q

Como deve ser o diagnóstico do COR?

A

Basicamente Clínico (exames laboratoriais e de imagem apenas auxiliam)

38
Q

Qual o objetivo da avaliação em casos de COR?

A

Chegar ao diagnóstico de COR, excluído uma GE rompida

39
Q

O que acontece caso o paciente chegue sangrando?

A

Altera status hemodinâmico dela

Status hemodinâmico: chave para determinar tratamento (observação ou cirúrgico)

40
Q

Quais os tipos de tratamento em casos de C.O?

A

Se o caso dor simples: observação

Se o caso for complicado: hospitalizado ou cirurgia

41
Q

Quais são os critérios para a classificação do caso com simples?

A

Risco da cirurgia não são justificados
Provavelmente paciente só precisa de analgesia oral (conforme necessário)
Líquido reabsorvido em mais ou menos 24h

42
Q

Quais são os critérios para a classificação do caso como complicado?

A

Sinais de instabilidade hemodinâmica
Evidência de perda Sanguínea
Sinais de infecção
Achado sugestivo de malignidade (USG)

43
Q

O que deve ser avaliado no tratamento?

A

Sinais vitais e Hematócrito

44
Q

O que fazer caso os Sinais vitais e Hematócrito estiverem bem? E se estiverem diminuídos?

A

Se estiverem bem: hospitalização e reposição de líquido
Se melhora: observação

Se sinais vitais não estiverem bem e hematócrito diminuído;
Cirurgia Laparoscópica

45
Q

Quais as indicação e as qualidades da Laparoscopia?

A
  • morbimortalidade menor que a Laparotomia

- geralmente casos não são tão instáveis a ponto de fazer Laparotomia

46
Q

Como deve ser o fluxograma do COR?

A

Quando o paciente apresenta-se Dor Pélvica Aguda:

  • Perguntar se há probabilidade de ser um Cisto Ovariano de acordo com a história pregressa
  • Se não há probabilidade: investigar gravidez Ectopica
  • Se tiver probabilidade: avaliar se existe outras possíveis causas ginecológicas ou outras causas de dor no baixo ventre
  • se tiver probabilidade: avaliar causas específicas
  • se não tiver probabilidade: consegue fechar o diagnóstico de CO apenas com o exame clínico?
    • se sim: COR
    • se não: solicitar exames laboratoriais de USG pélvica
      - se resultados dos exames não for compatível: avaliar a patologia encontrada
      - se resultado dos exames for compatível: COR
47
Q

Qual o fluxograma de tratamento do COR?

A

Se for caso simples: tratar com observação

Se for caso complicado:

  • Sinais Vitais e Hematócrito Normais?
    • se sim: Hospitalização e Reposição de Líquido
    • se não: Cirurgia Laparoscópica