Cistite Flashcards
O que é cistite simples aguda?
É uma infecção do trato urinário inferior, confinada à bexiga, sem sinais de complicação ou infecção sistêmica.
Quais são os principais fatores de risco para cistite em mulheres?
Incluem relações sexuais recentes, histórico de infecções do trato urinário, uso de diafragma e espermicidas.
Qual o agente etiológico mais comum da cistite simples?
Escherichia coli, responsável por 75 a 95% dos casos.
Como ocorre a infecção da cistite em mulheres?
Os uropatógenos colonizam o introito vaginal, sobem pela uretra e infectam a bexiga.
Além da E. coli, quais outras bactérias podem causar cistite?
Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis e Staphylococcus saprophyticus, embora menos frequentes.
Qual é o impacto da resistência antimicrobiana na escolha do tratamento?
Infecções resistentes, especialmente com E. coli, exigem monitoramento de resistência local para ajustar a terapia.
Quais são os sintomas clássicos da cistite?
Disúria, urgência urinária, frequência urinária aumentada e dor suprapúbica.
Quando o exame de urina é indicado em casos de cistite?
Quando há sintomas atípicos ou suspeita de organismos resistentes.
Quais achados no exame de urina são comuns em cistite?
Piúria, bacteriúria e, em alguns casos, hematúria.
Como diferenciar cistite de vaginite em mulheres com disúria?
A presença de prurido vaginal, corrimento ou odor sugere vaginite, não cistite.
Quando a piúria com ausência de bacteriúria sugere outra causa?
Em casos de uretrite, a disúria com piúria sem bacteriúria indica investigação para DSTs.
Quais são os antimicrobianos de primeira linha para cistite simples?
Nitrofurantoína, fosfomicina e trimetoprima-sulfametoxazol, dependendo da resistência local.
Por quanto tempo deve-se tratar a cistite com nitrofurantoína?
Cinco dias de tratamento com 100 mg duas vezes ao dia é eficaz para a maioria dos casos.
Quando o uso de fosfomicina é preferível para cistite?
Em casos de suspeita de infecção por organismos multirresistentes ou quando outros agentes não podem ser usados.
Quando o trimetoprima-sulfametoxazol é indicado no tratamento de cistite?
É indicado se a taxa de resistência da E. coli na região é inferior a 20%.
Por quanto tempo o trimetoprima-sulfametoxazol deve ser usado para cistite?
Por três dias, com uma dose de 160/800 mg duas vezes ao dia.
Quais são os fatores que contribuem para a resistência antimicrobiana em infecções urinárias?
Uso inadequado de antibióticos, tratamentos prolongados e automedicação contribuem para o aumento da resistência.
O que é considerado uma infecção urinária recorrente em mulheres?
Infecção urinária que ocorre duas ou mais vezes em seis meses ou três ou mais vezes em um ano.
Quais são as opções de prevenção para infecções urinárias recorrentes?
Profilaxia antimicrobiana após o ato sexual, ingestão de líquidos e, em alguns casos, terapia contínua de baixa dose.
Qual a importância da ingestão hídrica na prevenção de cistite recorrente?
Aumenta o volume urinário e reduz a concentração de bactérias no trato urinário, diminuindo o risco de infecção.
Quais orientações são recomendadas para pacientes que usam espermicidas e têm cistite recorrente?
Considerar a suspensão do uso de espermicidas, pois eles alteram a flora vaginal, favorecendo a colonização por E. coli.
Qual a abordagem para cistite em gestantes?
É recomendado o uso de antibióticos seguros, como nitrofurantoína e amoxicilina, com monitoramento regular.
Quais são as complicações potenciais de cistite não tratada em pacientes com fatores de risco?
Pode evoluir para pielonefrite e, em casos graves, resultar em sepse urinária.
Por que a automedicação em infecções urinárias pode ser prejudicial?
Pode mascarar sintomas e aumentar a resistência antimicrobiana, dificultando tratamentos futuros.
Qual a recomendação sobre o uso de suco de cranberry para prevenção de cistite?
Embora possa ajudar a reduzir a adesão bacteriana, as evidências são limitadas, e seu uso não substitui a profilaxia convencional.
Quando a avaliação urológica é recomendada para pacientes com cistite?
Em casos de infecção recorrente refratária ao tratamento ou quando há suspeita de anormalidades anatômicas.