Cirurgia pediátrica Flashcards

1
Q

Qual o principal tipo de atresia de esôfago?

A

Atresia de esôfago com fístula distal

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2
Q

Quais as principais malformações associadas à atresia de esôfago? Qual o percentual?

A

30% tem alguma malformação associada!
VACTERL
Vertebral
Anorretal
Cardíaca
TraqueoEsofáfica
Renal
Limbs -> membros

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3
Q

Qual exame é imprescíndível antes da cirurgia para correção da atresia de esôfago? Por que?

A

Ecocardiograma! Pois malformações cardíacas são comuns, como dextroposição da aorta, que muda a abordagem cirúrgica

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4
Q

Qual a conduta na atresia de esôfago com fístula traqueoesofágica distal?

A

Ligadura da fístula e anastomose primária do esôfago em tempo único, com 24-72h de vida

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5
Q

Qual o exame mais importante para determinar a conduta na atresia de esôfago? Por que? Quais os achados?

A

Raio-x! Se tiver bolha gástrica significa que tem fístula, e se tem fístula os cotos esofágicos são mais próximos, o que permite abordagem definitiva em tempo único!

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6
Q

Quando suspeitar de uma atresia de esôfago?

A
  • Sialorréia
  • Regurgitação
  • Impossibilidade de passagem de sonda orogástrica
  • Cianose após alimentação
  • Tosse após mamadas (fístula)
  • Distensão abdominal (fístula)
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7
Q

Qual a conduta na atresia de esôfago sem fístula?

A

Esofagostomia cervical e gastrostomia → aguardar até 1 ano de idade e fazer esofagocólonplastia ou tubo gástrico

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8
Q

Qual a principal complicação pós-cirúrgica da correção da atresia e fístula traqueoesofágica? Quando ocorre? Como suspeitar e tratar?

A

Estenose de anastomose!
Ocorre 1 mês após a cirurgia
Os sintomas são:
- Pneumonias de repetição
- Disfagia
- Broncoaspiração
- Dificuldade de ganho de peso

Tratamento é com dilatação endoscópica

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9
Q

Quando pensar em recidiva da fístula traqueoesofágica?

A

Pneumonias de repetição
Engasgos
Meses após a cirurgia

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10
Q

Qual complicação pós correção de atresia e fístula se manifesta mais rapidamente? Qual a conduta?

A

Desicência de anastomose, normalmente entre 2o e 3o dia pós-op. A conduta é conservadora, com antibioticoterapia e dreno de tórax se necessário

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11
Q

A qual síndrome a atresia duodenal está mais relacionada?

A

Down! 40% dos pacientes com atresia duodenal tem Down

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12
Q

Qual o sinal radiográfico e a qual doença está relacionado?

A

Sinal da dupla-bolha: ar no estômago e na porção proximal do duodeno

Presente na atresia duodenal

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13
Q

O que diferencia onfacolece de gastrosquise? Qual é mais grave e por que?

A

Onfalocele é envolvida por uma membrana amniótica, e conté o cordão umbilical

Gastrosquise não contém cordão e não é recoberta por membrana

Gastrosquise, pois não há nada recobrindo as vísceras, que se tornam espessadas e aderidas com o contato com o líquido amniótico, com risco de complicações como atresias, estenoses e volvos de segmentos intestinais

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14
Q

Qual é mais relacionada a malformações: onfalocele ou gastrosquise? Quais as malformações relacionadas?

A

Onfalocele

Síndrome de Patau → trissomia do 13

Tetralogia de Fallot

Hérnia diafragmática

Atresias intestinais

Microcefalia

Síndrome de Beckwith-Wiedemann → macroglossia, onfalocele, gigantismo fetal e hipoglicemia neonatal

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15
Q

Quanto ao conteúdo, o que diferencia a onfalocele da gastrosquise?

A

Onfalocele contém membrana amniótica, cordão, e pode conter o fígado, além de alças intestinais e estômago. Gastrosquise só tem intestino e pode ter estômago também.

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16
Q

Qual a conduta na onfalocele e gastrosquise? Qual é mais urgente? Qual a principal complicação pós-cirúrgica?

A

Cirúrgica (redução das vísceras e fechamento da cavidade abdominal) nos dois casos, mas na gastrosquise é mais urgente. Íleo prolongado é a principal complicação

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17
Q

Qual o sexo mais acometido pela hérnia umbilical e pela inguinal na infância?

A

Umbilical = feminino

Inguinal = masculino

18
Q

As hérnias inguinais da criança são diretas ou indiretas? Por que?

A

Indiretas

Pois ocorrem por persistência do conduto peritôniovaginal

19
Q

Qual o órgão mais comumente encarcerado na hérnia inguinal em cada sexo?

A

Meninas = ovário

Meninos = intestino delgado

20
Q

Qual a conduta na hérnia inguinal na criança? E se estiver encarcerada? E se estiver estrangulada?

A

Herniorrafia no momento do diagnóstico

Se <2 anos = exploração inguinal contralateral também!

Encarcerada -> redução manual + herniorrafia após 3 dias (para diminuir edema do saco herniário)

Estrangulada -> herniorrafia de emergência

SEMPRE LIGAR O CONDUTO PERITÔNIOVAGINAL

21
Q

Qual a conduta nas atresias intestinais?

A
  1. Sonda nasogástrica
  2. Reposição hidroeletrolítica
  3. Correção de malformações associadas potencialmente fatais, como cardiopatias
  4. Cirurgia
    - Duodenoduodenostomia lateral: anastomose entre segmento proximal e distal à atresia, sem retirar a região acometida.

OU

  • Enterectomia segmentar
22
Q

Qual exame deve ser feito após a confirmação de uma atresia intestinal? Por que?

A

Ecocardiograma, para verificar se há cardiopatia associada

23
Q

A principal complicação das cirurgias de atresia intestinal é a síndrome do intestino curto. O que é?

A

delgado <25cm com válvula íleocecal preservada

delgado <40cm se válvula íleocecal ressecada

24
Q

Quais os plexos autônomos do intestino? Qual doença está relacionada a eles?

A

Auerbach - entre as camadas circular e longitudinal do intestino.

Meissner - na submucosa logo abaixo da muscular da mucosa.

Henle - no plano submucoso profundo.

MOLÉSTIA DE HIRSCHSPRUNG = Ausência dos plexos autônomos em porção distal do intestino

25
Q

Qual a porção intestinal mais acometida pela moléstia de hirschsprung? Quais as variações?

A

Sigmóide 80%

→ 10% forma longa: além do sigmóide

→ 10% completa (agalglionose completa do cólon)

26
Q

Quais os sinais clínicos da moléstia de hirschsprung? (4)

A

Eliminação explosiva de fezes ao toque retal

Eliminação tardia de mecônio

Distensão abdominal

Dificuldade para evacuar

27
Q

Qual a principal complicação na moléstia de Hirschsprung?

A

Enterocolite de estase → sepse

28
Q

A qual condição o exame abaixo está relacionado? Qual o nome deste exame e o achado? Quais outros exames poderiam ser usados na investigação de um paciente com a suspeita desta doença e seus achados?

A

Moléstia de Hirschsprung

Enema baritado → grande dilatação, zona de transição afunilada e região espástica

Outros exames úteis para este caso seriam:

Biópsia de parede total do reto → acima da linha pectínea. Os achados são:

Ausência ou diminuição de células ganglionares

Atividade aumentada da acetilcolinesterase na LP e submucosa

Manometria anorretal → ausência de resposta do esfíncter interno do reto à distensão do reto, pois o reflexo está abolido pela falta dos. Se RN nasceu com <39 semanas, pode estar abolido por imaturidade apenas

29
Q

Qual a conduta na moléstia de Hirchsprung?

A

Cirurgia de De La Torre-Mondragón → dissecção endoanal do segmento acometido

*Preferível pois tem menor índice de incontinência fecal

Se menor de 10kg/1 ano = cirurgia em dois tempos → colostomia na zona de transição até atingir o peso e posteriormente abaixamento do segmento de cólon saudável, por via abdominoperineal. É a técnica de Duhamel

30
Q

Qual o sexo mais acometido pela estenose hipertrófica de piloro?

A

Masculino

31
Q

Quais os sintomas da estenose hipertrófica de piloro? Quando se iniciam?

A

A partir do 10o dia, mas pode aparecer até 2 meses mais ou menos. Não está presente no nascimento.

Os sinais são

Vômitos não-biliosos progressivos em jato → projectil emesis. Pioram progressivamente ao longo de 10 dias, aumentando intensidade e frequência

* Vômito em aspecto de leite não digerido, pode ser mais escurecido pela ruptura de vasos da mucosa

Irritabilidade

Abdome escavado

Ganho ponderal insuficiente

Icterícia (BI)

Oliva pilórica → tumoração em epigástrio/QSD mais facilmente palpada após refeição

Onda de Kussmaul → onda peristática visível no andar superior do abdome da esquerda para direita, mais evidente após refeição. PATOGNOMÔNICO

32
Q

Como diagnosticar uma estenose hipertrófica de piloro?

A

É clínico, pelos sintomas, palpação da oliva pilórica e visualização da onda peristáltica. Mas se tiver dúvida pode usar USG

O raio-x não ajuda muito, pois confunde com atresia duodenal

33
Q

Qual a conduta no paciente com estenose hipertrófica de piloro? O que esperar? Quando reintroduzir alimentação?

A
  1. Correção de distúrbio hidroeletrolítico
  2. Cirurgia de Fredet-Ramsted → piloromiotomia extramucosa

50% tem vômitos nas primeiras 24h

Reintrodução alimentar após 2-3 dias

34
Q

Quais condições estão mais relacionadas ao atraso na liberação meconial?
Quando o mecônio é fisiologicamente liberado?

A

Em geral nas primeiras 6h de vida, mas a maioria é liberado nas primeiras 24h. Após este período pensamos em algumas causas:

Fibrose cística → presente em 20% dos pacientes com fibrose cística. Principalmente quando prolongado!

Atresia pancreática

Atresia de ducto pancreático

35
Q

Qual o achado na imagem abaixo? A qual condição este raio-x se relaciona? Qual a clínica?

A

Íleo meconial

Aspecto de miolo de pão → ausência de níveis hidroaéreos

Distensão abdominal

Vômitos biliosos

Ausência da eliminaçãpo de mecônio

36
Q

Como tratar um RN com íleo meconial?

A

Enemas glicerinados

Enema opaco

Hidratação

Cirúrgico se:

Falha no tratamento clínico

Toxemia

Perfurações

37
Q

O que é peritonite meconial? Por que acontece?

A

Perfuração intestinal intraútero → vazamento de mecônio para a cavidade peritoneal

É uma peritonite asséptica

Muito relacionada a:

Divertículo de Meckel

Volvo intestinal

Atresia intestinal

38
Q

Quais os achados deste raio-x e a qual condição está relacionado? Qual a conduta?

A

Mostra calcificações intraperitoneais, pneumoperitônio

A conduta é laparotomia exploradora

39
Q

Qual o distúrbio metabólico mais relacionado a estenose hipertrófica de piloro?

A

Alcalose metabólica hipoclorêmica, devido à perda de suco gástrico pelos vômitos

40
Q
A