Cirurgia Ambulatorial em Urologia Flashcards

1
Q

Qual o provável diagnóstico? Cite:
* Agente:
* Incubação:
* Sintomas:
* Complicações:

A

HPV
* Agente: HPV 6 e 11 / 16 e 18 (potencialmente maligno)
* Incubação: variável (média 10 dias)
* Sintomas: pequenas verrugas que podem coalescer (couve-flor), pruriginosas
* Complicações: FR para carcinoma epidermoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Qual o provável diagnóstico? Cite:
* Agente:
* Incubação:
* Sintomas:

A

Herpes Genital
* Agente: Herpes Virus Simplex II
* Incubação: 21 dias
* Sintomas: pequenas flictemas (bolhas) que podem se coalescer ou estarem próximas → podem ulcerar e criar crosta / dor em queimação é frequente, principalmente no início.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Qual o provável diagnóstico? Cite:
* Agente:
* Sintomas:

A

Uretrite Gonoccocica
* Agente: Neisseria gonorrhoeae
* Sintomas: secreção abundante, contínua e com mau cheiro (que é percebida na roupa íntima)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Qual provável diagnóstico?
Qual sua fisopatologia? É aguda?

A

Doença de Peyronie
* subaguda (meses)
* curvatura peniana, de quase 90° da base em relação com o umbigo, adquirida de forma idiopática com fibrose em albugínea de corpo cavernoso = retração no enchimento vascular peniano = curvatura em direção à fibrose = palpável
* impede o intercurso sexual
* correspondente na mão em garra (contratura de Dupuytren)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Qual o principal DD da doença de Peyronie?

A

Priapismo (ereção por mais de 4h) = requer abordagem cir. urgente (esvaziamento de corpos cavernosos)

≠ Peyronie (semanas ou meses de evolução)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Qual o diagnóstico?

A

Fimose verdadeira: retração do prepúcio não expõe glande (orifício prepucial estenótico e, muitas vezes, de consistência fibrosa)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Cite 3 DD de fimose.

A
  • Fimose adquirida (ex: balanite exrótica obliterante)
  • Excesso de prepúcio (não permite exposição completa da glande)
  • Parafimose
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Quais os possíveis tratamentos da fimose?

A

Tratamento medicamentoso
Postectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é a Parafimose? Qual o tratamento?

A
  1. Pele do prepúcio retrai e não consegue voltar para cobrir novamente a glande do pênis
  2. Pressionada, a glande incha e dificulta o retorno do prepúcio
  3. Circulação sanguínea prejudicada
  4. Isquemia/ Necrose
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

Cite 4 indicações da postectomia.

A
  1. Fimose
  2. Prepúcio exuberante
  3. Estenose de meato uretral
  4. Infecções de repetição
    * Balanopostite (inflamação da glânde e prepúcio)
    * Herpes genital
    * Condiloma acuminado
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Explique a técnica da postectomia

A
  1. Paciente em decúbito dorsal horizontal
  2. Antissepsia e campos estéreis
  3. Bloqueio anestésico circular na base do pênis com lidocaína 2% sem vasoconstritor, cerca de 15 mL.
  4. Incisão circular na pele do pênis sobre a margem distal que a saliência da glande determina no prepúcio
  5. Retração do prepúcio com incisão circular na mucosa, cerca de 2 cm do sulco balanoprepucial.
  6. Incisão dorsal da pele para unir as incisões transversais.
  7. Ressecção do prepúcio.
  8. Revisão da hemostasia
  9. Síntese da pele com categute 3-0 (absorvível)
  10. Curativo com gaze estéril

SEM vasoconstritir / fio ABSORVÍVEL

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Quais as 3 principais complicações da postectomia?

A
  • Hematoma
  • Infecção
  • Deiscência de sututa
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Cite 1 cuidado pré-op e 5 pós-op da postectomia.

A

Pré:
* Jejum pré-operatório de acordo com a necessidade anestesiológica

Pós
* Curativo retirado no dia seguinte
* Limpeza com água e sabonete sem creme de corticoide
* Analgesia oral no mesmo dia
* Afastamento laboral curto
* Não precisa retirar pontos pois o fio é absorvível.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Qual a outra cirurgia normalmente realizada junto a postectomia? Explique-a.

A

Plastica do freio balanoprepucial (correção da retração do freio)

Realizada antes da postectomia (pode ser feita separadamente)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Qual o tratamento da parafimose?

A

Urgência
1. Redução manual (polegares do examinador vão se apoiar sobre a glande, e dois ou até três dedos irão encaixar embaixo da região de estreitamento, realizando um aperto da glande, puxando o prepúcio
2. Incisão dorsal para possibilitar a drenagem do edema (tratamento provisório para posterior postectomia)
* Antissepsia
* Anestesia
* incisão longitudinal sobre o anel estenótico, na posição de 12h e numa extensão de 1 cm
* redução manual
* sutura da incisão com fio absorvível
* Postectomia após resolução do edema, para evitar nova ocorrência.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Qual o tratamento da parafimose?

A

Urgência
1. Redução manual (polegares do examinador vão se apoiar sobre a glande, e dois ou até três dedos irão encaixar embaixo da região de estreitamento, realizando um aperto da glande, puxando o prepúcio
2. Incisão dorsal para possibilitar a drenagem do edema (tratamento provisório para posterior postectomia)
* Antissepsia
* Anestesia
* incisão longitudinal sobre o anel estenótico, na posição de 12h e numa extensão de 1 cm
* redução manual
* sutura da incisão com fio absorvível
* Postectomia após resolução do edema, para evitar nova ocorrência.

17
Q

O que é a balanite? Quais seus sintomas e tratamento.

Cite o agente etiológico mais comum.

A

Inflamação da glande
* frequentemente acomete também o prepúcio (balanopostite)
* sintomas: dor, vermelhidão na glande e prepúcio, prurido e descamação cutânea
* podem ser vistas ulcerações e percebido odor fétido

Tratamento
* orientações de higiene local
* cremes tópicos à base de antifúngicos, associados ou não a antibacterianos e corticoides
* Pode-se associar água boricada (solução a 3%), aplicada com algodão 2 vezes ao dia
* Antifúngicos sistêmicos são indicados nos casos de infecções disseminadas
* Considerar postectomia em casos recidivadas (modifica o ambiente quente e úmido / queratinização pós-postectomia torna a pele um local mais resistente às infecções)

Candida albicans (geralm. adquir. via sexual), pode ser bacteriano

18
Q

Qual o provável diagnóstico? Conceitue-o.
Qual o tratamento?

A

**Balanite xerótica obliterante**: inflamação do **prepúcio**, com **pele seca**, ressecada e áspera com fissura, ocorrendo um **estreitamento ou estenose do meato uretral**
* Uretra parcialmente comprometida na extremidade navicular.

TT:
* orientações de **higiene** local
* cremes tópicos à base de **antifúngicos, associados ou não a antibacterianos e corticoides**.
● Pode-se associar **água boricada** (solução a 3%), aplicada com algodão 2 vezes ao dia.
● **Antifúngicos sistêmicos** são indicados nos casos de **infecções disseminadas**

Considerar **postectomia**

| fimose adquirida

19
Q

Cite quadros que podem evoluir com estenose de meato uretral. Qual o tratamento?

A
  • Balanite xerótica obliterante
  • Gangrena de Furnier

TT: meatotomia

20
Q

Qual a tecnica da meatotomia?

A

Meatotomia: Abertura ventral do meato uretral
* antissepsia
* anestesia
* clampeamento das partes interna e externa do meato uretral com pinça de hemostasia reta (Kelly)
* incisão ventraldo meato uretral (bisturi)
* pequena sutura com fios absorvíveis.

Permite a introdução de catéteres

esten. pequena: alarg. com pinça reta(Kelly), introd. fechada p/ dilatar

21
Q

Qual o exame abaixo? Qual o possível achado?

A

cistografia retrógrada (introdução de contraste pelo pênis do paciente e posterior radiografia)

achados:
* estenose significativa da uretra em alguns segmentos
* marcação do contraste: extravasamento por alguma lesão uretral (cateterismo mal feito, trauma)
* extravasamento de urina para região demarcada (pode se infectar por bactérias gram-negativas anaeróbias do trato genital, contaminando grosseiramente e de forma grave → evolução muitas vezes fatal)

extravasamento que evoluiu para Gangrena de Fournier
22
Q

O que é a Gangrena de Fournier?
Cite 2 causas e o tratamento.

A

fasceíte necrotizante (infecção das fáscias) da região genital e áreas adjacentes
causas:
* Lesão uretral com extravazamento de urina
* Abcesso perianal

TT:
* ATB amplo
* desbridamento agressivo (retalhos/ enxertos)

23
Q

Por que o testículo não foi acometido nesse caso de gandrena de fournier?

A

testúclos tem irrigação e drenagem própria pelo funículo espermático, advindos da região intra-abdominal

24
Q

Qual a história e quadro clinico da fratura de pênis?
Qual o tratamento?

A

História clínica: intercurso sexual vigoroso = pênis dobra sobre si e rompe a albugínea de corpo cavernoso = estalo
● Após o ato, observa-se o surgimento de hematoma/equimose peniana

TT:
* abordagem cirúrgica é urgente
* identificação do local da ruptura da túnica albugínea e sutura do corpo cavernoso
* Atenção: lesão uretral é rara mas pode ocorrer.

Sem a informação clínica, não é possível identificar

25
Q

Como devemos suspeitar de torção testicular?

cite o sinal clínico mais importante

A
  • Dor testicular unilateral de início súbito
  • sem história de trauma
  • pode ter náuseas e vômitos
  • Picos de incidência: primeira infância e pré-adolescência

Exame físico
* testículo ↑ volume (congestão venosa)
* elevação do testículo (posição horizontalizada e rodada - epidídimo anteriorizado)
* cordão espermático pode apresentar espessamento à palpação, que representa o local específico da torção.

26
Q

Qual o principal diagnístico diferencial da torção testicular? Como diferenciar (cite um sinal clínico e um exame complementar)?

A

Torção x orquiepididimite (inflamação do estículo)
..
Sinal de Phren: elevação manual do testículo afetado
* positivo = alívio parcial da dor = orquiepididimite
* negativo = sem alívio = torção testicular

USG de bolsa testicular com Doppler
* torção = ausência de fluxo sanguíneo dentro do testículo
* Orquiepididimite = normal ou elevado

27
Q

Qual o tratamento da torção testicular?

A

Manobra de rotação manual
* Girar o testículo afetado na direção oposta à linha média
* Caso seja bem sucedida, paciente relatará alívio imediato da dor
* AINDA NECESSITA DE CIRURGIA

Tratamento cirúrgico
* antissepsia e anestesia
* incisão na rafe mediana
* explorar e confirmar torção
* rotação manual
* fixação por dois pontos cirúrgicos com fio absorvível 3-0 entre a túnica albugínea testicular e a parede interna do escroto
* obs: se o testículo não for viável, realizam-se orquiectomia e orquiopexia contralateral

28
Q

Qual o tratamento da orquiepididimite?

A

ceftriaxona (250mg, VI, dose única) e doxiciclina (100mg VO, 2x ao dia, por 10 dias)
* suspensório escrotal
* redução nas atividades física

29
Q

Qual o tratamento da orquite isolada?

A

orquite isolada são raros, usualmente associados a viroses.
TT:
* repouso, aplicação de gelo
* analgésicos

casos associados à caxumba melhoram espontaneamente entre 3 e 10 dias.

30
Q

O que é a hidrocele? Qual seu quadro clínico?

A

Acúmulo de líquido entre as camadas visceral e parietal da túnica vaginal por persistência do conduto peritoneovaginal ( patente, mas fino, não passando alça intestinal e apenas líquido abdominal)

Sintomas:
* Aumento de volume testicular (não altera funículo espermático)
* sem dor associada
* pênis pode parecer encurtado pelo crescimento da gônada em direção cranial
* macia ou endurecida - depende do volume de líquido

31
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da hidrocele? Como fazê-lo?

A

Hidrocele x Hérnia inguinal x Tumor testicular
* Hérnia: funículo espermático engrossado (conteúdo abdominal)

DD:
* US com Doppler
* Em crianças (pele fina) pode ser feito o diagnóstico diferencial pela transiluminação → não é um método seguro, pela diferença de tratamento entre as patologias

32
Q

Qual o tratamento da hidrocele?

A

Hidrocelectomia: drenagem do líquido associada à ressecção da túnica vaginal redundante.
* antissepsia e anestesia
* incisão com bisturi e eletrocautério de todas as camadas da bolsa testicular
* drena e aspira todo o líquido
* resseca parte da túnica e everte, permitindo a identificação de cistos (na imagem identifica hidátide de Morgagni, que fica mais cranial e próximo da cabeça do epidídimo)
* volta o testículo para a bolsa e realiza a sutura

Tratamento alternativo:
* punção do escroto para retirada do líquido, injeção de esclerosantes (álcool 95% ou tetraciclina), para evitar novo acúmulo de líquido.
* Alto índice de recidiva.
* Pode levar à infertilidade por obstrução do epidídimo.

33
Q

Qual o tratamento do tumor testicular?

A

Orquiectomia (incisão para retirar o tumor testicular é alta, na região da virilha)

34
Q

O que é a varicocele? Quais as hipóteses para sua formção?

A

Varicocele: dilatação do plexo pampiniforme e da veia espermática interna, perceptível na bolsa testicular como enovelamento

Hipótese
* veia espermática D drena diretamente para a veia cava inferior (chance de refluxo é menor)
* veia espermática E drena, num ângulo de 90°, para a veia renal esquerda = peso de coluna hídrica maior pois a V. renal é de alto fluxo - 30% do DC)
* 50% = varicocele E
* 50% = E e D

(se for só direita = < 1% = = pensar em obstrução de v. esperm.)

35
Q

Qual o tratamento da varicocele?

A

Identificação das veias varicosas, ligação e secção individualmente = melhora do fluxo venoso do testículo para o abdome (menor acúmulo de radicais livres, menor alteração de temperatura = melhora fertilidade)

36
Q

O que a vasectomia? Quais as principais indocações?

A

Uma das cirurgias mais realizadas
* esterilização masculina
* Muito raramente: unilateral por episódios frequentes de epididimite aguda

37
Q

Qual a tecnica da vasectomia? Qual região é seccionada?

A

Ductos deferentes (não é próximo ao epidídimo, mas ja na bolsa testicular)
Técnica operatória:
1. Palpar o ducto deferente no terço superior do escroto (estrutura tubular firme e retilínea)
2. anestesia local sem vasoconstritor
3. pequena incisão
4. identificação do ducto e separação manual dos elementos do cordão
5. secção do ducto e ligamento das extremidades com categute 3-0 ou 4-0
6. processo é repetido no lado contralateral
7. Pele suturada com fio absorvível

Retira-se cerca de 1,5cm de ducto