Caso 9: parasitoses intestinais Flashcards

1
Q

epidemiologia parasitoses intestinais
- qual segunda infecção mais comum do planeta
-variação de taxas de enteroparositoses no Brasil ( ascaridiase, tricuriase, giardiase, amebiase, ancilostomiase, estrongiloidiase, enterobíase e teniase)

A

A ascaridíase é a segunda infecção mais comum do planeta
Os principais achados foram: as parasitoses intestinais são referidas como importante problema de saúde pública associadas à precariedade no saneamento; Ascaris lumbricoides foi o helminto mais prevalente nos estudos com amostras humanas; a educação em saúde foi relatada como elemento indissociável do saneamento na redução da prevalência de enteroparasitoses

Ascaridíase

16 a 41%

Tricuríase

11 a 40%

Giardíase

6 a 44%

Amebíase

4 a 23%

Ancilostomíase

2 a 17%

Estrongiloidíase

1 a 9%

Enterobíase

2 a 4%

Teníase

0,04 a 1,2%

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2
Q

etiologia paratositoses
- principais protozoários patogênicos 10
- quais 2 protozóarios comensais frequentemente encontrados em exames de fezes

A

Os principais protozoários patogênicos são: Entamoeba histolytica, Giardia lamblia (Giardia intestinalis), Cryptosporidium parvum, Cystoisospora belli, Balantidium coli, Microsporidia, Blastocystis hominis, Sarcocystis sp., Dientamoeba fragilis, Cyclospora cayetanensis, dentre outros.

Cabe ressaltar que existem os protozoários comensais frequentemente encontrados em exames parasitológicos de fezes, como Endolimax nana e Entamoeba coli.

Urbanorum spp -> Já vem sendo identificado em vários exames de pacientes com clínica de diarreia persistente por todo o Brasil.

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3
Q

ETIOLOGIA PARASITOSES
Já os helmintos são divididos em X e Y

A

X: nematelmintos (cilíndricos)
Y: platelmintos (achatados)

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4
Q

ETIOLOGIA PARASITOSES
Os principais nematelmintos, também chamados de X, por terem seu ciclo de vida e sua contagiosidade pelo solo e ambiente, são: 6

A

X: geo-helmintos
Ascaris lumbricoides, Enterobius vermicularis, Trichuris trichiura, Necator americanus, Ancylostoma duodenale e Strongyloides stercoralis.

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5
Q

ETIOLOGIA PARASITOSES
Já os platelmintos – também chamados X, pelo ciclo de vida e contagiosidade pelos animais – são os 5

A

X: bio-helmintos
cestódeos, como Taenia solium (hospedeiro intermediário é o porco), Taenia saginata (hospedeiro intermediário é o boi), Hymenolepis nana (hospedeiro intermediário são artrópodes), Diphylobothrium latum (hospedeiro intermediário são os peixes), e os trematódeos, como Schistosoma mansoni (hospedeiro intermediário é o caramujo).

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6
Q

Ciclo de vida – maturação, forma de contágio dos enteroparasitas e localização no hospedeiro- VER TABELA
- parasita:
-maturação
- forma infectante
- penetração no hospedeiro
- localização no hospedeiro

A

VER TABELA

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7
Q

parasitoses intestinais
quadro clínico

A

quadro clínico geral das parasitoses intestinais, na grande maioria dos casos, é oligossintomático ou assintomático.

Os sintomas geralmente são inespecíficos, como diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal inespecífica, distensão abdominal, má absorção e desnutrição

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8
Q

parasitoses intestinais
quadro clínico
mecanismo de desnutrição de acordo com cada agente:

A

VER quadro 1 SBP

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9
Q

parasitose intestinais
QUADRO CLÍNICO
pode apresentar-se com uma clínica mais específica, principalmente em virtude de sua localização, em sítios específicos no intestino.

A

ver tabela 2 sbp

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10
Q

parasitose intestinais
QUADRO CLÍNICO
principais manifestações que sugerem uma helmintíase em especial:

A

tabela 3 sbp

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11
Q

parasitose intestinais
DIAGNÓSTICO
como é?
qual exame pede? como?

A

diagnóstico das parasitoses: clínico + laboratorial

Quando solicitado parasitológico de fezes (EPF=exame parasitológico de fezes ou coproparasitológico) sem especificar o método ou o parasita de maior suspeita clínica no caso, o laboratório realiza em média 2 a 3 testes mais abrangentes, mas que, por vezes, podem não ser os métodos ideais para a parasitose em questão» Por isso, um exame negativo não afasta, e um exame positivo confirma.

investigação deve ser dirigida> apontando a parasitose de maior suspeita do caso e solicitar ao laboratório uma pesquisa dirigida do parasita.

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12
Q

parasitose intestinais
DIAGNÓSTICO
O método de exame direto das fezes a fresco pode determinar oq?

Quadro 2 exemplifica os principais métodos de concentração e coloração das fezes: 6

A

qualquer parasitose, mas com baixos níveis de sensibilidade

ver quadro 2 sbp

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13
Q

parasitose intestinais
DIAGNÓSTICO
Em média, o ideal para contemplar todas as formas dos helmintos e protozoários e melhorar a sensibilidade dos exames coproparasitológicos é realizar a coleta como?

A

coleta seriada de fezes» com uma coleta a cada 7 dias por 3 semanas; assim, todas as formas podem ser avaliadas pelo tempo total de coleta

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14
Q

parasitose intestinais
DIAGNÓSTICO
a)Dentre os exames inespecíficos, eosinofilia é um achado comum em que?
b) dentre os protozoários, o x pode cursar também com eosinofilia

A

a) helmintíases
b) x= Cystoisospora belli

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15
Q

parasitose intestinais
DIAGNÓSTICO
usa radiografia?

A

radiografia é um método auxiliar para suboclusão por áscaris e também na síndrome de Loeffler (pneumonite eosinofílica).

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16
Q

parasitose intestinais
DIAGNÓSTICO
usa usg abdominal?

A

ecografia abdominal pode auxiliar em migração errática de áscaris para colédoco e abscesso amebiano, por exemplo

17
Q

parasitose intestinais
DIAGNÓSTICO
Algumas parasitoses podem ser diagnosticadas por meio de sorologias, como: 3

outros exames:

A

estrongiloidíase, esquistossomose e amebíase.

Retossigmoidoscopia com biópsia, colonoscopia com biópsia, biópsia de intestino delgado e pesquisa de ANTÍGENOS nas fezes também são métodos de investigação que podem ser utilizados nos pacientes com dificuldades na definição diagnóstica etiológica

18
Q

TRATAMENTO
qual recomendação acerca da terapia empírica periódica

A

Segundo a OMS, em países em desenvolvimento, preconiza-se a terapia empírica periódica a cada 4, 6 ou 12 meses, dependendo da região e epidemiologia local.

Essa medida é mais segura e econômica, sem necessidade de coleta de coproparasitológico em massa para definir o tratamento. Em parasitoses, ainda se atua de maneira ampla, diferente do que se pensa em antibioticoterapia que deve ser específica. Este fato ocorre também pela alta incidência de poliparasitismo e pelo fato de os coproparasitológicos apresentarem grande quantidade de falsos-negativos

19
Q

TRATAMENTO
com qual medicamento é feito a terapia profilática empírica sequencial

A

A maioria dos helmintos tem sua taxa diminuída com a terapia profilática empírica sequencial, principalmente ascaridíase, ancilostomíase, enterobíase e tricuríase, posto que a principal terapia empírica é feita com albendazol em dose única.

O uso de albendazol por período de 5 dias é a terapia mais utilizada em tratamentos empíricos periódicos, por agir nas parasitoses mais comuns e ter boa tolerância.

20
Q

TRATAMENTO
pra que servem os benzoimidazólicos e quais seus exemplos 3
pra que servem os nitroimidazólicos e quais seus exemplos 3

A

Na divisão por classes farmacológicas, têm-se os benzoimidazólicos, que são compostos por drogas anti-helmínticas como mebendazol, tiabendazol e albendazol; os nitroimidazólicos, que são para protozoários e, dentre eles, metronidazol, tinidazol e secnidazol.

21
Q

TRATAMENTO
Relativamente, os novos antiparasitários são X e Y. Dentre outros antiparasitários, há Z e H

A

X: ivermectina
Y: nitazoxanida
Z: praziquantel
H: oxaminiquina

22
Q

TRATAMENTO
como é feito o tratamento da suboclusão e oclusão intestinal na ascaridíase
quando houver eiminação iniciar qual ascaridicida

A

. Atualmente, o tratamento da suboclusão e até mesmo oclusão intestinal na ascaridíase é feito com internação hospitalar, jejum, sonda nasogástrica e óleo mineral, aguardando o desenovelamento com expulsão dos helmintos. Caso o tratamento clínico falhe ou apareçam sintomas de sofrimento de alças, o tratamento cirúrgico deve ser indicado. Quando houver a eliminação do Ascaris sp., iniciar um ascaridicida, como albendazol.

23
Q

TRATAMENTO
albendazol
ação contra 3
e em ate 3 dias seguidos contra 3
se utilizado por 5 dias atua tambem 1
tem ação sobre 3
pode ser usado em que idade
deve-se evitar em 2

A

O albendazol é um antiparasitário polivalente importante no uso do dia a dia do pediatra. Apresenta ação contra os principais helmintos em dose única (Ascaris lumbricoides, Enterobius vermiculares, ancilostomídeos), até 3 dias seguidos (Taenia sp., Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis). Se utilizado por 5 dias, atua também em Giardia lamblia. Tem ação sobre o ovo, a larva e o verme adulto, por isso, não é necessário repetir o ciclo, como ocorre com o mebendazol. Já pode ser usado entre 1 e 2 anos de idade em meia dose diária (200 mg). Acima de 2 anos segue a mesma dose de 400 mg de 1 a 5 dias. Deve-se evitar em encefalopatas e hepatopatas, pelos seus eventos adversos

24
Q

TRATAMENTO
mecanismos de ação- VER TABELA
- benzimidazólicos (TIA: tiabendazol; MEB: mebendazol; ALB: albendazol; CAM: cambendazoL)
-PAM PIRV: pamoato de pirvínio;
IVER: ivermectina
; NITA: nitazoxanida;
-nitroimidazois: MET: metronidazol; TINI: tinidazol; SEC: secnidazol;
-macrolideos ESPI: espiramicina; AZITR: azitromicina;
-PARO: paromomicina; PRAZ: praziquantel.

A

benzimidazólicos: inibem o fumarato redutase, transporte de glicose e polimeralização dos micotúbulos

-PAM PIRV: pamoato de pirvínio; Inibem o transporte de glicose

IVER: ivermectina: maior influxo de Cl-

inibe PFOR

-nitroimidazois: causa lesão no DNA

  • macrolideos: inibe a sintese proteina 705
  • paro e praz: maior influxo de Ca+2
25
Q

TRATAMENTO
qual medicamento tem boa ação para estrongiloidíase mas é tóxico sobretudo com neurotoxidade recomendado em maiores de 5 anos

A

tiabendazol

Cambendazol também é uma opção para estrongiloidíase; porém, menos usual.

26
Q

TRATAMENTO
qual medicamento é específico para oxiuriase

A

pamoato de pirvínio

deve ser utilizado em dose única, com repetição em 14 dias.

27
Q

TRATAMENTO
Já o X é utilizado em nematoides, ocasionando sua paralisia espástica. Y é ascaridicida específico e também utilizado em dose única

A

X: pamoato de pirantel
Y: Levamizol

28
Q

TRATAMENTO
qual medicamento específico para teníases e
e de esquistossomose

A

Praziquantel é específico para as teníases, ocasionando a expulsão do platelminto. Já a oxaminiquina é utilizada para esquistossomose. Ambos são antiparasitários específicos para os platelmintos e são usados em dose única.

29
Q

TRATAMENTO
uso do metronidazol e efeitos adversos

A

Entre as drogas clássicas contra protozoários (nitroimidazólicos), tem-se o metronidazol, que pode ser utilizado 3 a 4 vezes/dia por um período de 7 a 10 dias, quando há envolvimento de Giardia intestinalis ou Entamoeba histolytica. Os eventos adversos principais são vômitos, náuseas, intolerância medicamentosa, gosto metálico e boca seca. Novos antiprotozoários, como secnidazol e tinidazol, têm a vantagem de serem dose única e apresentarem menos eventos adversos

29
Q

TRATAMENTO
uso ivermectina

A

ivermectina, que, além de ótima ação em ectoparasitas (pediculose e escabiose), também tem excelente ação em ascaridíase. Na estrongiloidíase, pode atingir ótima eficácia, tornando-se uma alternativa menos tóxica que o tiabendazol. Age também na enterobíase e na tricuríase

30
Q

TRATAMENTO
uso e ação do nitazoxanida

A

A nitazoxanida é um antiparasitário de amplo espectro, porém, com diferentes níveis de eficácia de acordo com cada parasitose. Age na enzima pFor, que é responsável pelo metabolismo anaeróbio dos parasitas. Essa droga foi inicialmente desenvolvida para Cryptosporidium sp. e, na evolução, foi constatada a eficácia no tratamento da grande maioria de helmintos e protozoários, tornando-se a droga antiparasitária mais polivalente. É um medicamento que, em saúde pública, ainda é considerado de maior custo

31
Q

TRATAMENTO
Nas principais protozooses emergentes, a terapêutica é diversificada em cada uma delas
. Na cicloisosporíase:
Na criptosporidíase

A

a combinação sulfametoxazol + trimetoprima é a droga de escolha, por 21 dias.
Na criptosporidíase, podem ser usados macrolídeos, como espiramicina, azitromicina ou paromomicina, além de clindamicina ou nitazoxanida.

32
Q

TRATAMENTO - profilaxia empirica
menores de 1 ano
1 e 2 4
maiores de 2

A

Referente à idade, em menores de 1 ano, o tratamento deve ser mais específico e feito em casos confirmados. Não se indica terapia empírica nessa faixa etária.

Entre 1 e 2 anos, pode-se usar terapia empírica com mebendazol e metronidazol, albendazol meia dose ou nitazoxanida isolada.

Em maiores de 2 anos de idade, pode ser usada a grande maioria das medicações empiricamente ou de acordo com o agente causal, como albendazol por 5 dias, ivermectina e nitazoxanida.

33
Q

VER TABELA DE AGENTE E TRATAMENTO

A

VER TABELA DE AGENTE E TRATAMENTO

34
Q

Nos tratamentos baseados em parasitológicos de fezes positivos, o pediatra deve fazer controle de cura com parasitológicos de controle de X dias após o tratamento

A

15 a 30