Caso 1: gripe, resfriado e covid-19 Flashcards

1
Q

o que é o resfriado?

A

rinossinusite aguda viral

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2
Q

o que é a rinossinusite? e aguda?

A

é a inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais.

A rinossinusite aguda (RSA) comumente é consequência de uma infecção viral de vias aéreas superiores.

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3
Q

Na faixa etária pediátrica a rinossinusite é definida de acordo com os seguintes critérios diagnósticos:
quantos sintomas necessários pra ter e quais são obrigatórios?
a que devem estar associados?

A

presença de dois ou mais sintomas: obstrução/congestão nasal,
rinorreia (anterior ou posterior),
dor ou pressão na face ou tosse,

sendo que um dos sintomas, obrigatoriamente, deve ser obstrução/congestão nasal ou rinorreia (anterior/posterior).

Esses sinais clínicos devem estar associados a alterações na endoscopia nasal (pólipos, secreção purulenta, preferencialmente do meato médio, ou edema obstrução da mucosa em meato médio). Ou alterações na tomografia de seios da face (alterações mucosas do complexo osteomeatal e/ou dos seios da face).

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4
Q

RINOSSINUSITE
é necessário exames complementares?

A

uso da endoscopia nasal ou tomografia não é obrigatório para o diagnóstico clínico da doença, porém é aconselhável, pois sem esses exames complementares o diagnóstico tende a ser superestimado

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5
Q

RINOSSINUSITE AGUDA VIRAL
como é definida clinicamente e quantas semanas devem durar

A

A RSA é definida clinicamente com o início abrupto de dois ou mais dos seguintes sintomas: obstrução/congestão nasal, secreção nasal incolor e tosse (diurna e noturna).
o diagnóstico clínico da rinossinusite aguda viral ou resfriado comum, deve-se levar em conta a duração dos sintomas por menos de 10 dias.

A rinossinusite viral ou resfriado comum é muito frequente na faixa etária pediátrica, sendo que trabalhos recentes sugerem que a criança brasileira apresenta em média 11 resfriados por ano.

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6
Q

FISIOPATOLOGIA RSA VIRAL
quais vírus mais comumente associados ao resfriado comum? 7

A

são os rinovírus e o coronavírus
Entretanto, na faixa etária pediátrica, vírus sincicial respiratório, parainfluenza, influenza, adenovírus e enterovírus também são prevalentes.

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7
Q

FISIOPATOLOGIA RSA VIRAL

A

A partir de uma infecção viral da mucosa nasal ocorre uma cascata inflamatória e a ativação do sistema nervoso parassimpático. Como consequência, desenvolve-se um edema, engurgitamento da mucosa, extravasamento de fluido, aumento do muco e bloqueio dos óstios de drenagem dos seios paranasais, ocasionando os sintomas de dificuldade respiratória, secreção nasal e pressão facial

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8
Q

QUADRO CLÍNICO RSA VIRAL
Além dos sintomas de rinossinuiste podem apresentar quais sintomas? 8

A

Além dos sintomas que definem a rinossinusite (obstrução nasal, rinorreia, dor facial, tosse), pacientes também podem apresentar diminuição do olfato, principalmente em adolescentes e pré-adolescentes. Além disso, a inflamação da mucosa e respiração oral devido a obstrução nasal podem ocasionar dor de garganta, irritação laríngea e traqueal e disfonia. Sintomas sistêmicos como cansaço, sonolência e febre também podem estar presentes. Dor facial ou dentária, principalmente quando unilateral, pode ser um importante preditor de rinossinusite aguda maxilar.

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9
Q

QUADRO CLÍNICO RSA VIRAL
como deve ser feito o exame físico? a palpação e inspeção da face são recomendadas?

A

O exame físico deve contar com a rinoscopia anterior, que, apesar de limitada, pode mostrar edema da mucosa nasal, rinorreia purulenta e alterações anatômicas. A palpação e a inspeção da face não são recomendadas, visto que a RSA não cursa com edema e hiperemia.

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10
Q

DIAGNÓSTICO RSA VIRAL
como deve ser feito o diagnóstico? qual exame complementar pode auxiliar? quando deve ser feito a TC dos seios paranasais?

A

O diagnóstico da RSA pelo pediatra deve ser feito de forma clínica, sem necessidade de exames complementares.
Contudo, se disponível, a endoscopia nasal pode auxiliar nesse diagnóstico
A tomografia computadorizada dos seios paranasais deve ser solicitada apenas em casos de suspeita de complicações da RSA ou necessidade de diagnóstico diferencial.

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11
Q

DIAGNÓSTICO RSA VIRAL
RX dos seios da face deve ser solicitada? quais dois exames laboratoriais podem ser solicitados para diferenciação entre rinossinusite viral e bacteriana?
quando pode ser usado a cultura da secreção?

A

A radiografia de seios da face não deve ser solicitada devido a sua baixa sensibilidade e especificidade.

Os exames laboratoriais VHS (Velocidade de Hemossedimentaçã ->. Com uma pequena amostra de sangue é possível identificar alterações que podem indicar um estado inflamatório no corpo.) e PCR podem ser solicitados para diferenciação entre rinossinusite viral e bacteriana, sendo que os títulos altos desses exames estão relacionados à RSA bacteriana.

Cultura da secreção não é necessária na rotina diagnóstica, porém pode ser utilizada em casos de ausência de resposta a antibioticoterapia ou em pacientes imunossuprimidos -> no caso da bacteriana

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12
Q

TRATAMENTO RSA VIRAL
qual recomendação de antibiotico, corticoesteroide topico?
quais fármacos podem ser benéficos no controle dos sintomas em crianças maiores? 3
o que é recomedado para ajudar?
qual medida pode ajudar na prevenção do resfriado comum?

A

Não é indicada a utilização de antibióticos na RSA viral, assim como o corticosteroide tópico. Associações de anti-histamínicos (em crianças alérgicas), descongestionantes e analgésicos podem ser benéficos no controle dos sintomas em crianças maiores. É recomendada a lavagem nasal com soro fisiológico. Exercício físico moderado regular pode ajudar na prevenção do resfriado comum.

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13
Q

quais sinais de alerta para complicações da RSA (10)

A

edema/hiperemia periorbital,
distopia do globo ocular (proptose)
, diplopia,
oftalmoplegia,
diminuição da acuidade visual,
cefaleia intensa,
abaulamento na região frontal ou edema frontal,
sepse,
sinais de meningite e
alterações neurológicas

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14
Q

definição de gripe

A

A influenza ou gripe é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus Influenza A, B, C ou D, sendo os vírus A e B responsáveis por epidemias sazonais

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15
Q

qual o tipo do influenza que tem estreita relação com eventos pandêmicos?

A

os vírus influenza A

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16
Q

influenza tem comportamento sazional?

A

sim, apresenta comportamento sazonal, de ocorrência anual, mais observado nas estações climáticas mais frias e/ou chuvosas.

A incidência de casos pode variar anualmente, observando-se anos com maior ou menor circulação do vírus, ou ainda a identificação de casos o ano todo, com ocorrências de surtos fora dos períodos sazonais.

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17
Q

epidemiologia da gripe
qual o padrão da incidência da influenza em clima temperado vs tropical?

A

tem padrão sazonal em áreas de clima temperado, com picos bem demarcados durante o inverno. Nos países de clima tropical, a epidemiologia é diferente, podendo ocorrer em qualquer época do ano, porém as epidemias têm tendência de acontecer após mudanças nos padrões climáticos, por exemplo, relacionadas à estação de chuvas

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18
Q

GRIPE/INFLUENZA
quais CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA
COMPLICAÇÕES? (os outros topicos nao são de ped)

A

a) Crianças <5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores
de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses que possuem maior
taxa de mortalidade).
b) Indivíduos menores de 19 anos de idade em uso prolongado de ácido
acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye).
c) Indivíduos que apresentem comorbidades (prox card)

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19
Q

CONDIÇÕES E FATORES DE RISCO PARA
COMPLICAÇÕES- INFLUENZA/GRIPE

Indivíduos que apresentem: 10

A

◆ pneumopatias (incluindo asma);
◆ pacientes com tuberculose de todas as formas (há evidências de
maior complicação e possibilidade de reativação);
◆ cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
◆ nefropatias;
◆ hepatopatias;
◆ doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
◆ distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
◆ transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem
comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de
aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia
cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE
ou doenças neuromusculares);
◆ imunossupressão associada a medicamentos, (corticoide >20mg/
dia prednisona por mais de duas semanas, quimioterápicos, inibidores de TNF-alfa) neoplasias, HIV/aids ou outros;
◆ obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal
– IMC ≥ 40 em adultos).

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20
Q

epidemiologia gripe
é contagioso? como é transmitido?

A

O vírus é altamente contagioso, transmitido de pessoa a pessoa por meio de gotículas ou contato direto com objetos contaminados recentemente por secreções nasofaríngeas.

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21
Q

período de maior transmissão? qual o período de incubação?

A

A excreção viral se inicia durante o período de incubação, com pico nos
primeiros dois dias de sintomas, decrescendo progressivamente para níveis
não identificáveis, em geral, após 24 horas do fim do período febril, embora
entre crianças e imunossuprimidos possa haver excreção mais prolongada

O período de incubação é geralmente de 1 a 4 dias, sendo característico o adoecimento de várias pessoas ao mesmo tempo, especialmente em famílias nas quais há crianças em idade escolar

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22
Q

as crianças são grande propagadores de influenza?

A

sim
As crianças têm papel importante na propagação da epidemia de influenza e menores de 2 anos alta morbidade

Atualmente, sabe-se que as crianças menores de 2 anos de idade apresentam morbidade semelhante à observada nos grupos de risco para infecção grave por influenza, caracterizada por elevada taxa de hospitalização, aumento do número de consultas médicas e complicações por infecção secundária

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23
Q

qual o agente da influenza? que familia e genero? quais subtipos?

A

Os vírus influenza pertencem à família Orthomyxoviridae, gênero Influenzavirus. São subdivididos em tipos A, B e C. -> Os vírus influenza A são divididos em subtipos de acordo com as diferenças das glicoproteínas HA, NA

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24
Q

quais as características dos vírus influenza? envelope, determinantes antigênicos, mecanismo de mutação

A
  1. O envelope do vírus é uma dupla camada lipídica, que contém projeções proeminentes formadas pelas glicoproteínas hemaglutinina (HA), neuraminidase (NA) e proteína M2. Esse envelope cobre a proteína M1
  2. Os principais determinantes antigênicos dos vírus influenza A e B são as glicoproteínas de superfície HA e NA.
    a) HA é o PRINCIPAL antígeno viral, contra a qual é dirigida a maioria dos anticorpos neutralizantes» Ela é responsável pela fixação da partícula viral ao receptor celular, o ácido siálico
    b) A NA tem ação enzimática que cliva ácido siálico, permitindo, então, a disseminação viral em meio extracelular e infecção de novas células.

Mutações nos sítios antigênicos da HA provocam surgimento de novas cepas virais que se disseminam na população, uma vez que essas variantes podem escapar da imunidade desenvolvida por infecção ou vacinação prévia. Esse fenômeno é conhecido como variação antigênica menor (antigenic drift) (Figura 2) e é a explicação molecular para as epidemias sazonais de gripe. Ocorre com influenza A.

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25
Q

Quando surge um vírus de tipo A com HA e/ou NA diferentes daqueles presentes nos vírus circulantes na população, há a chamada…

A

variação antigênica maior (antigenic shift)

ocorre quando for introduzido na população um vírus de outra espécie animal ou quando ocorrer rearranjo genético entre dois vírus de espécies animais diferentes que coinfectam uma mesma célula> Esse vírus tem grande potencial pandêmico caso consiga se adaptar na espécie humana.

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26
Q

A influenza pode se apresentar de várias formas clínicas, dependendo principalmente da x do hospedeiro. Em crianças, a doença pode apresentar desde uma forma subclínica até uma doença complicada, afetando múltiplos órgãos.

A

x= idade

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27
Q

GRIPE/INFLUENZA
quadro clínico na maioria das crianças menores de cinco anos:

A

Febre e sinais de infecção de vias aéreas superiores (IVAS); em 10 a 50% ocorre também envolvimento do trato respiratório inferior.

Infecções por vírus influenza são mais graves em crianças menores de 2 anos de idade, em decorrência da falta de imunidade e, provavelmente, do pequeno calibre das vias aéreas.

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28
Q

GRIPE/INFLUENZA
Crianças maiores e adultos jovens apresentam mais frequentemente um quadro com:

A

início abrupto, com febre alta, calafrios, cefaleia, mialgia, fadiga, anorexia e tosse seca. Em seguida, congestão nasal, rinite, dor de garganta e tosse tornam-se proeminentes.
Sintomas gastrointestinais podem ocorrer, incluindo vômitos, dor abdominal, diarreia. A frequência é maior em crianças.

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29
Q

complicações influenza sbp

A

predispõe a complicação bacteriana, sendo otite média aguda, sinusite e pneumonia as mais frequentes. A otite média aguda ocorre em até 50% das crianças menores de três anos com influenza. Tipicamente, manifesta-se após 3 a 4 dias do início do quadro respiratório.

Outra complicação que pode ocorrer é uma pneumonia viral primária, que se apresenta como um quadro agudo, com febre, dispneia, cianose, podendo evoluir para insuficiência respiratória. Pacientes com doença pulmonar crônica com influenza podem sofrer uma exacerbação do quadro de base, com perda permanente da função pulmonar. Além disso, outras doenças crônicas (insuficiência cardíaca congestiva, diabete melito) também podem apresentar descompensação na vigência de infecção por influenza.

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30
Q

complicações mais raras da influenza 7

A

Miosite pode ocorrer após o término dos sintomas respiratórios e é mais associada com influenza B» podendo ocorrer lesão muscular, arritmias e aumento das enzimas cardíacas.

As complicações neurológicas são raras e incluem convulsões febris, encefalite, encefalopatia, mielite transversa e síndrome de Guillain-Barré.
A síndrome de Reye (encefalopatia e degeneração hepatogordurosa) tornou-se rara desde o reconhecimento de sua associação com o uso do ácido acetilsalicílico.

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31
Q

Os sinais e sintomas da infecção por influenza em crianças são semelhantes aos de outras infecções virais, sendo difícil diferenciá-las clinicamente. São pontos-chave para diagnóstico de influenza em crianças: 2 sbp

A
  1. período de circulação viral (sazonalidade);
  2. febre, tosse e rinorreia.
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32
Q

diagnóstico clínico gripe pdf

A

: febre com sinais e sintomas de vias aéreas superiores, com pelo menos uma manifestação sistêmica.
Os sinais e sintomas são habitualmente de aparecimento súbito, como:
◼ Comprometimento de via aérea superior: rinorreia, dor de garganta,
rouquidão, disfonia, tosse, com comprometimento sistêmico.
◼ Calafrios.
◼ Mal-estar.
◼ Cefaleia.
◼ Mialgia.
As queixas respiratórias tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se, em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento
da febre. A rouquidão e a linfadenopatia cervical são mais comuns em
crianças. A tosse, a fadiga e o mal-estar frequentemente persistem pelo período de uma a duas semanas e raramente podem perdurar por mais de
seis semanas

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33
Q

diagnóstico laboratorial de gripe pode ser feito por (4) sbp

A

cultura viral, testes sorológicos, detecção de antígenos virais e reação em cadeia da polimerase.

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34
Q

GRIPE/INFLUENZA
Exames complementares
O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de alterações laboratoriais
e radiológicas listadas a seguir:
a) Alterações laboratoriais
pdf

A

◼ Hemograma (leucocitose, leucopenia ou neutrofilia).
◼ Bioquímica do sangue (alterações de CPK, TGO, TGP, bilirrubinas, DHL;
ureia e creatinina).

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35
Q

GRIPE/INFLUENZA - EXAMES COMPLEMENTARES ALTERAÇÕES
b) Imagem de tórax

A

◼ Presença de alteração (infiltrado intersticial localizado ou difuso ou
presença de área de condensação). Ressalta que essas alterações podem
estar presentes em casos de infecção por outros vírus respiratórios,
inclusive covid-19.

36
Q

Dessa forma, o diagnóstico da influenza pode ser baseado no seguinte tripé: sbp

A
  1. vírus em circulação na comunidade (epidemiologia);
  2. quadro clínico: início súbito, febre, tosse e comprometimento sistêmico;
  3. testes laboratoriais para diagnóstico.
37
Q

Quais pacientes devem ser testados para a gripe? sbp

A

Pacientes ambulatoriais (incluindo pacientes do departamento de emergência).

38
Q

testagem pode ocorrer em dois momentos
1. Durante a atividade da gripe (definida como a circulação de vírus influenza A e B entre as pessoas da região: 3 critérios

A

a) Os médicos devem testar a gripe em pacientes de alto risco, incluindo pessoas imunocomprometidas que se apresentam com doença semelhante à influenza, pneumonia ou doença respiratória inespecífica (p.ex., tosse sem febre).

b) Os médicos devem testar para influenza pacientes que se apresentem com início agudo de sintomas respiratórios com ou sem febre e exacerbação de condições médicas crônicas (p.ex., asma, doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC], insuficiência cardíaca) ou complicações conhecidas da gripe (p.ex., pneumonia).

c) Os médicos podem considerar o teste de influenza para pacientes que não apresentam alto risco de complicações da gripe que se apresentam com doença semelhante à influenza, pneumonia ou respiratório inespecífico da doença (p.ex., tosse sem febre) e que têm probabilidade de ter alta para casa se os resultados puderem influenciar o uso de antiviral ou possibilitar a redução do uso de antibióticos desnecessários.

39
Q

testagem pode ocorrer em dois momentos
2. Durante a baixa atividade da influenza, sem qualquer ligação a um surto (1 critério)

A

Os médicos podem considerar o teste de influenza em pacientes com doenças agudas, início de sintomas respiratórios com ou sem febre, especialmente para pacientes imunocomprometidos e de alto risco.

40
Q

Testes diagnósticos influenza que devem ser utilizados 2

A

ensaios moleculares rápidos (testes de amplificação de ácido nucleico) em relação aos testes rápidos de influenza devido a sua melhor sensibilidade.

Os médicos podem considerar o uso de ensaios RT-PCR multiplex visando um painel de patógenos respiratórios, incluindo vírus influenza, em pacientes hospitalizados, se puder influenciar o cuidado (p.ex., ajuda em decisões, de medidas de controle de contato, redução de testes ou diminuição de antibióticos).

41
Q

pontos-chave para diagnóstico diferencial de influenza e resfriado comum 2 TABELA SBP

A
  1. influenza: período de circulação viral (sazonalidade) e quadro de início súbito, com febre alta acompanhado de dor muscular e/ou tosse e/ou fadiga;
  2. resfriado comum: ocorre o ano todo, com quadro clínico de início lento, acompanhado de dor de garganta, espirros e coriza.
42
Q

qual recomendação acerca da quimioprofilaxia da gripe? 2
com qual fármaco é realizado

A

Essa diretriz não recomenda a quimioprofilaxia, exceto nas seguintes situações:
◼ Adultos, adolescentes e crianças com graves deficiências imunológicas
ou em uso de drogas imunossupressoras, após contato com pessoas
com infecção.
◼ Residentes de alto risco em instituições de longa permanência, durante
surtos na instituição, deverão receber quimioprofilaxia se tiverem comorbidades.
A quimioprofilaxia com antiviral não é recomendada se o período após a última
exposição* a uma pessoa com infecção pelo vírus for maior que 48 horas.
Para que a quimioprofilaxia seja efetiva, o antiviral deve ser administrado
durante a potencial exposição à pessoa com influenza e continuar por mais
sete dias após a última exposição conhecida

fosfato de oseltamivir

43
Q

As vacinas são reformuladas anualmente, com base nas recomendações da OMS. Elas contêm três cepas de vírus, sendo uma influenza A H3N2, uma influenza A H1N1 e uma ou duas de influenza B.8

No momento existem duas vacinas inativadas no Brasil: a trivalente com uma cepa de B e a quadrivalente com duas cepas do vírus B
qual o esquema de vacinação?

A

A vacina inativada contra o vírus influenza deve ser aplicada anualmente, sempre nos meses de outono, antes do período epidêmico do vírus, que geralmente ocorre no inverno.

acima dos seis meses de vida

44
Q

quantas doses de influenza deve tomar? 3 pontos dados 2024

A

a) Crianças de 6 meses a 2 anos de idade: 1 dose, 2 se for primovacinação (intervalo minimo 4 sem)
b) Crianças de 3 a 8 anos de idade: 1 dose, 2 se for primovacinação (intervalo minimo 4 sem)
c) Crianças a partir de 9 anos de idade: dose única.

45
Q

O x faz parte da classe de drogas planejadas
contra o vírus influenza, é um medicamento inibidor potente e seletivo da
neuraminidase, uma glicoproteína essencial presente na superfície viral
que atua facilitando a liberação do vírus durante os estágios finais do ciclo
de infecção nas células hospedeiras

PDF

A

x= antiviral fosfato de oseltamivir
O tratamento com o antiviral, de maneira precoce, pode reduzir a duração
dos sintomas e, principalmente, a redução da ocorrência de complicações
da infecção pelo vírus influenza

o início do tratamento com fosfato de oseltamivir não deve ser
postergado caso o resultado do teste laboratorial ainda não esteja disponível.

46
Q

GRIPE/INFLUENZA
Atualmente, o uso do antiviral (fosfato de oseltamivir) está indicado para

A

todos
os casos de Srag e casos de síndrome gripal associados com condições ou
fatores de risco para complicações por influenza

em pacientes com condições e fatores de risco para complicações
e com Srag, o antiviral ainda apresenta benefícios, mesmo se iniciado
até cinco dias do início dos sintomas

se for paciente sem fator de risco ou complicação: depende do julgamento clínico e deve ser nas primeiras 48h, deve tomar todos com sinais de agravamento

47
Q

deve ser feito tratamento adjunto de antiviral com antibiótico?

A

Não há evidência de benefícios da administração de antimicrobianos, em
pacientes com influenza, exceto na forte suspeita de coinfecção bacteriana

48
Q

EPIDEMIOLOGIA COVID
SIM

A

No Brasil, infelizmente temos registrado uma das mais elevadas taxas de mortalidade populacional da Covid-19 em crianças e adolescentes.
epidemiologia da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica no Brasil, de acordo com recente publicação, mostra que, entre 652 casos reportados, a idade mediana foi de 5 anos; 57,1% eram do sexo masculino e 52% de raça/cor da pele parda; 6,4% evoluíram a óbito

49
Q

o que é a covid 19 longa?

A

quadro caracterizado pela persistência de sintomas relacionados à doença por muitos meses após a fase aguda. Os resultados dos estudos de seguimento de crianças e adolescentes acometidos pela Covid-19 ainda estão em curso, para fornecer evidências mais robustas do real impacto da Covid-19 longa no grupo pediátrico. Entretanto, os primeiros achados parecem apontar para uma carga muito menor nas crianças quando comparadas aos dados de seguimento de adultos.
menos de 5% das crianças mostraram persistência de sintomas da doença por pelo menos 28 dias. Nesse mesmo estudo os autores constataram que a carga de sintomas nessas crianças não aumentou com o tempo, e a maioria se recuperou no dia 56.

50
Q

os autores resumiram as evidências de transmissão do SARS-CoV-2 em 5 tópicos:

A

1.A transmissão pela via respiratória é a predominante.
2.A transmissão por meio do contato direto e por fômites, apesar de provável, raramente ocorre.
3.A infecção transplacentária tem sido documentada, mas a transmissão vertical é incomum.
4.Mesmo que vírus vivos tenham sido isolados na saliva e fezes, e o RNA viral identificado em sêmen e sangue de doadores, não há casos relatados de transmissão do SARS-CoV-2 pelas vias fecal-oral, sexual ou sanguínea.
5.Animais como cães e gatos, ferrões e outros podem se infectar e transmitir uns para os outros e potencialmente para humanos que convivam com eles

51
Q

quais características do COVID?

A

A doença causada pelo SARS-CoV-2 foi denominada Covid-19 (coronavirus disease 2019), com rápida disseminação por todo o mundo
A progressão clínica para as formas graves de doença ocorreu em geral durante a segunda semana de sintomas, com 50% dos pacientes apresentando dispneia aproximadamente 8 dias após o início da doença (variação entre 5-13 dias).
As taxas de letalidade foram progressivamente mais altas de acordo com a idade, com destaque para as pessoas ≥ 60 anos.
Um dos fatores mais intrigantes da Covid-19 é o pequeno percentual de crianças e adolescentes, que, uma vez infectados, apresentam formas graves da doença.
Várias hipóteses foram formuladas para tentar explicar esse fenômeno, porém as razões ainda são incertas (menor expressão de receptores ao vírus, exposição recente a outros coronavírus – proteção cruzada, imunidade inata mais desenvolvida, entre outros).

52
Q

TRANSMISSÃO COVID
como ocorre em relação aos sintomas e se inicia quantos dias antes dos primeiros sintomas?

A

A transmissão pessoa a pessoa acontece tanto por pessoas assintomáticas como sintomáticas. A transmissão do vírus a contactantes se inicia desde 2 dias antes dos primeiros sintomas, sendo estimado que quase metade das infecções secundárias pode ser causada no período pré-sintomático.

53
Q

TRANSMISSÃO COVID
Essa transmissão ocorre através de gotículas respiratórias com diâmetro > X mcm, que, após serem expelidas, logo caem no chão até uma distância de Y m; e também por partículas menores, < Z mcm de diâmetro, denominadas núcleos de gotículas ou aerossóis, que podem ficar suspensos no ar por períodos prolongados. São expelidas do trato respiratório para o ambiente através do ato de tossir, falar, cantar e gritar

A

X: 5-10
Y: 2
Z: 5

54
Q

O genoma do SARS-CoV-2 codifica quatro proteínas estruturais semelhantes a outros coronavírus, que são necessárias para formar a partícula viral completa:

A
  1. A proteína S (Spike), que é uma espícula glicoproteica responsável pela ligação e entrada de SARS-CoV-2 ao receptor da célula-alvo do hospedeiro, a enzima conversora de angiotensina, que se expressa principalmente em células epiteliais alveolares tipo II (ECA2), incluindo tecidos extrapulmonares, como intestino, rim, coração e endotélio.
    2.A proteína M (membrana), que está relacionada ao formato do vírion e se liga ao nucleocapsídeo.
    3.A proteína E (envelope), que está envolvida no processo de montagem e liberação dos vírions.
    4.A proteína N (nucleocapsídeo), que se liga ao genoma
55
Q

Como o covid penetra na célula hospedeira?

A

Para que o SARS-CoV-2 penetre na célula hospedeira, a protease celular transmembrana serina 2 (TMPRRS2) é ativada e faz a clivagem da proteína S, alterando sua conformação, o que permite a penetração por endocitose, pois ocorre a ligação das membranas virais

Apesar de as células epiteliais pulmonares serem as mais acometidas, no epitélio intestinal também ocorre replicação ativa do vírus. Devido à ampla expressão tecidual para entrada viral e tropismo celular do receptor ECA, existe grande propagação extrapulmonar, da mesma forma que ocorre com o SARS-CoV-1, porém a maior transmissibilidade está relacionada à replicação ativa nas vias aéreas superiores.

56
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS COVID
comuns ( 5)
ocorrem em menor proporção ( 3)
sintomas gastrointestinais (2)

A

Os sinais e sintomas da Covid-19 observados em crianças são, em boa parte dos casos, os comuns de uma síndrome gripal, como febre, tosse, congestão nasal, coriza, dor de garganta, podendo também ocorrer, em menor proporção dos infectados, aumento da frequência respiratória, sibilos e pneumonia. Os sintomas gastrointestinais como vômitos e diarreia são descritos, sendo mais comuns em crianças do que em adultos

57
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS COVID
O lactente e o paciente imunodeprimido podem apresentar apenas X como sintoma clínico.

A

febre

58
Q

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS COVID
X é um sinal de alerta para casos graves e críticos.

A

Dispneia

59
Q

MANIFESTAÇÕES CLINICAS
qual doença associada ao covid?

A

síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica

60
Q

MANIFESTAÇÕES CLINICAS
quais manifestações da SIM-P
quando ocorre geralmente?

A

As crianças e os adolescentes, em casos raros, desenvolvem um quadro clínico associado a uma resposta inflamatória tardia e exacerbada, que geralmente ocorre 2-4 semanas após a infecção pelo vírus SARS-CoV-2
A doença apresenta amplo espectro clínico, com acometimento multissistêmico, e os sintomas podem incluir: febre persistente, manifestações gastrointestinais, conjuntivite bilateral não purulenta, sinais de inflamação mucocutânea, além de acometimento cardiovascular frequente. Os casos mais graves evoluem para o choque, com necessidade de suporte hemodinâmico, podendo, em determinadas situações, evoluir para o óbito. As manifestações respiratórias estão de forma geral presentes em menor frequência dos casos quando comparadas às manifestações gastrointestinais e/ou cardiovasculares.

61
Q

MANIFESTAÇÕES CLINICAS
os casos de SIM-P reportados apresentam elevação de quais marcadores?

A

Os casos de SIM-P reportados apresentam elevação dos marcadores de atividade inflamatória e exames laboratoriais que indicam infecção recente pelo SARS-CoV-2 (por provas virológicas ou sorologia) ou vínculo epidemiológico com caso confirmado para Covid-19

62
Q

A OMS publicou um documento sugerindo uma definição de caso preliminar para essa síndrome multissistêmica temporariamente associada à Covid-19, sendo estes critérios imediatamente adotados pelo Ministério da Saúde no Brasil, em documento publicado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria:
1 criterio principal
e dois dos seguintes (5)
e mais 3 criterios

A

Crianças e adolescentes de 0 a 19 anos com febre ≥ 3 dias.
E dois dos seguintes:
-Exantema ou conjuntivite não purulenta bilateral ou sinais de inflamação mucocutânea (orais, mãos ou pés).
-Hipotensão ou choque.
-Características de disfunção miocárdica, pericardite, valvulite ou anormalidades coronárias (incluindo achados do ecocardiograma ou elevações de troponina/pró-BNP).
-Evidência de coagulopatia (TP, TTPA, D-dímero elevado).
-Problemas gastrointestinais agudos (diarreia, vômito ou dor abdominal).
E

Marcadores elevados de inflamação, como velocidade de hemossedimentação (VHS), PCR ou procalcitonina.
E

Nenhuma outra causa de inflamação microbiana, incluindo sepse bacteriana, síndromes de choque estafilocócica ou estreptocócica.
E

Evidência de Covid-19 (RT-PCR, teste antigênico ou sorologia positiva) ou provável contato com pacientes com Covid-19.

63
Q

Os fatores de risco considerados para Covid-19 grave incluem: 9

A

crianças menores de 1 ano de idade,
portadores de cardiopatias,
portadores de pneumopatias,
portadores de hemoglobinopatias,
portadores de encefalopatias,
portadores de nefropatias,
portadores de hepatopatias,
imunodeprimidos (doenças congênitas ou adquiridas), diabéticos,
gestantes e puérperas e pessoas com obesidade

64
Q

Em relação à classificação clínica da Covid-19 pediátrica, que tem como objetivo auxiliar na definição do manejo e tratamento, as crianças e adolescentes podem apresentar os seguintes quadros: 5

A

1.Assintomático: sem quaisquer sintomas clínicos.
2.Leve: aqueles com febre, fadiga, mialgia e sintomas de infecções agudas do trato respiratório.
3.Moderado: pneumonia, febre e tosse, sibilância, mas sem hipoxemia.
4.Grave: febre, tosse, taquipneia, saturação de oxigênio inferior a 92%, sonolência.
5.Crítico: progressão rápida para a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ou insuficiência respiratória, necessitando de suporte ventilatório invasivo e admissão em UTI

65
Q

COVID
Considerar como sinais de gravidade tosse ou dificuldade respiratória e pelo menos um dos seguintes: 6

A

1.Cianose central ou SpO2 < 92% (< 90% em recém-nascido prematuros), avaliado por oximetria de pulso (SpO2).
2.Desconforto respiratório.
3.Taquipneia acentuada.
4.Incapacidade ou dificuldade na alimentação.
5.Diminuição do nível de consciência.
6.Letargia ou perda de consciência ou convulsões.

66
Q

QUADRO COVID
critérios para quadro leve ou não complicado (2)

A

1.Sintomas inespecíficos, como febre, tosse, dor de garganta, congestão nasal, diminuição do estado geral, dor de cabeça, dor muscular, dor abdominal ou diarreia.
2.Não há sinais de desidratação, sepse ou dificuldade respiratória.

67
Q

QUADRO COVID
critérios para quadro moderado (infecção de vias aéreas baixas sem hipoxemia) (4) -> 1 com 4 criterios

A

1.Tosse, dificuldade respiratória com taquipneia, mas sem sinais de gravidade clínica ou pneumonia grave.
2.Critérios de taquipneia (em respirações/minuto):
< 2 meses, ≥ 60 rpm.
2-11 meses, ≥ 50 rpm.
1-5 anos, ≥ 40 rpm.
adultos/adolescentes > 30 rpm.
3.Saturação em ar ambiente > 92%.
4.Pode ou não haver febre.

68
Q

QUADRO COVID
critérios para quadro Quadro grave (infecção de vias aéreas baixas com hipoxemia)
(2 mas 1 com 6)

A

1,Tosse ou dificuldade respiratória e pelo menos um dos seguintes aspectos:
Cianose central ou SpO2 < 92% (< 90% em RN prematuros).
Desconforto respiratório grave: gemido, batimento nasal, retração supraesternal, retração intercostal intensa ou balancim.
Incapacidade ou dificuldade na alimentação.
Diminuição do estado de consciência, letargia ou perda de consciência ou convulsões.
Taquipneia acentuada (em respirações/minuto): ≥ 70 rpm em crianças menores de 1 ano; ≥ 50 rpm em crianças de mais de 1 ano.
PaO2 < 60 mmHg, PaCO2 > 50 mmHg.
2.O diagnóstico é clínico. As imagens de raio x de tórax podem excluir complicações (atelectasia, infiltrados, derrame).

69
Q

CONDUTA COVID
As recomendações gerais após o atendimento inicial devem incluir:

A

1.Orientar as medidas de isolamento e cuidados domiciliares, caso o paciente tenha condições de alta hospitalar.
2.Informar de forma enfática quais são os sinais e sintomas de agravamento e orientar procedimentos de reavaliação.
3.Realizar diagnóstico diferencial com outras infecções virais respiratórias (principalmente influenza A e B), pneumonias bacterianas (incluindo as por Mycoplasma) e outras doenças da infância, como doença de Kawasaki, doenças gastrointestinais, histiocitose histiolinfocitária (HLH).
4.A indicação da internação será definida caso a caso conforme critérios clínicos, laboratoriais, radiológicos e comorbidades do paciente.
5.Durante a internação, manter a condição de isolamento enquanto houver forte suspeita de infecção por SARS-CoV-2 (indícios epidemiológicos; clínica sugestiva, PCR e/ou sorologia reagente).

70
Q

QUADRO COVID
outras manifestações graves

A

Distúrbios da coagulação (tempo prolongado de protrombina e elevação do D-dímero), dano do miocárdio (aumento das enzimas do miocárdio, alterações de ST-T no eletrocardiograma, cardiomegalia e insuficiência cardíaca), insuficiência renal, disfunção gastrointestinal, elevação de enzimas do fígado e rabdomiólise.

71
Q

CONDUTA em casos assintomáticos ou leves COVID 5

A

1.Realizar avaliação inicial de sinais vitais não invasivos: oximetria de pulso, dor, frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA), temperatura.
2.Direcionar para a rede de atenção básica de saúde os casos leves e sem fatores de risco.
3.Coletar swab de nasofaringe/secreção traqueal de todo paciente com fatores de risco com suspeita de Covid-19.
4.Orientar as medidas de isolamento e cuidados domiciliares, caso o paciente tenha condições de alta hospitalar.
5.Informar de forma enfática quais são os sinais e sintomas de agravamento e orientar procedimentos de reavaliação.

72
Q

QUADRO COVID
SRAG critérios
5 mas 1 com 4

A

1.Critérios clínicos do quadro respiratório grave.
2.Inicialmente: imagem radiológica nova ou piora da imagem dos 10 dias anteriores.
3.Raio x, US ou TC de tórax, ou ECO: novo(s) infiltrado(s) uni/bilateral(ais) compatível(eis) com envolvimento agudo do parênquima pulmonar.
4.Origem do edema pulmonar: insuficiência respiratória na ausência de outra etiologia, como insuficiência cardíaca (descartada pela ecocardiografia) ou sobrecarga de volume.
5.Oxigenação (OI e OSI):
VNI de 2 níveis ou CPAP ≥ 5 cmH2O através de uma máscara facial: PaO2/FiO2 ≤ 300 mmHg ou SpO2/FiO2 ≤ 264.
SDRA leve (ventilação invasiva): 4 ≤ OI < 8,5 ≤ OSI < 7,5.
SDRA moderada (ventilação invasiva): 8 ≤ OI < 16 7,5 ≤ OSI < 12,3.
SDRA grave (ventilação invasiva): OI ≥ 16 OSI ≥ 12,3.

73
Q

CONDUTA EM CASOS MODERADOS COVID 3

A

1.Realizar avaliação inicial de sinais vitais não invasivos: oximetria de pulso, dor, FR, FC e PA, temperatura.
2.Coletar swab de nasofaringe/secreção traqueal de todo paciente com fatores de risco com suspeita de Covid-19.
3.Nos casos moderados, deve-se avaliar caso a caso a necessidade de hospitalização. :,

-

74
Q

QUADRO CLÍNICO COVID
Quais alterações radiológicas e tomográficas encontradas?

A

As alterações radiológicas são de forma geral mais discretas que as observadas nos casos em adultos e caracterizadas pela presença de infiltrados subpleurais, condensações em halo uni ou bilaterais. As alterações tomográficas, quando presentes, são bastante diversas e inespecíficas, incluindo opacidades em “vidro fosco” esparsas e irregulares e/ou infiltrados no terço médio ou periferia do pulmão ou subpleurais

75
Q

CONDUTA EM CASOS MODERADOS COVID
Nos casos moderados, deve-se avaliar caso a caso a necessidade de hospitalização. Para a decisão considerar: 5

A

1.Fatores de risco, como doenças de base citadas.
2.Faixa etária.
3.Presença de complicações: hematológicas, pulmonares (atelectasia, derrame pleural).
4.Possibilidade de reavaliação clínica.
5.Capacidade da família para reconhecer piora clínica e chegar ao hospital.

76
Q

CONDUTA EM CASOS MODERADOS COVID
quem deve fazer o exame físico
quais exames complementares devem ser socilitados a depender da condição clínica?

A

Nos casos moderados é fundamental descartar complicações. O exame físico deve ser realizado pelo médico mais experiente da equipe.
Solicitar exames complementares a depender da condição clínica:
1.HMG, PCR, HMC, enzimas hepáticas, U/C, gasometria, Na, K, Ca/Cai, P, Mg, coagulograma, D-dímero, troponina, CPK, DHL, ferritina e outros, a depender da condição clínica.
2.Raio x de tórax (PA e perfil) e/ou;
3.Ultrassom de tórax.
4.Considerar tomografia computadorizada de tórax de ultrabaixa dose, caso a caso, visto que a resolução é melhor do que a do raio x convencional.

77
Q

CONDUTA EM CASOS MODERADOS COVID
não prescrever (2)
qual orientação em relação a antibioticos
quais fármacos preferenciais para sintomáticos (2) e qual evitar

A

Não prescrever corticoide ou imunoglobulina.

Administrar antibiótico somente se houver suspeita de coinfecção bacteriana.

Orientar sintomáticos, preferencialmente dipirona e paracetamol. Os estudos envolvendo anti-inflamatórios não hormonais (AINH) ainda são insuficientes para recomendações, portanto se recomenda evitá-los.

Avaliar individualmente a necessidade de internação e prescrição de antibióticos.
A teleconsulta/videoconferência* ou a reavaliação ambulatorial são excelentes ferramentas para o seguimento dos pacientes que não requerem internação imediata.

78
Q

CONDUTA EM CASOS GRAVES COVID
7

  • quais exames complementares solicitados
  • qual recomendação sobre antibioticos
    -qual recomendação pra corticoide
  • qual recomendação pra SIMP
A

1.Indicar internação.

2.Coletar swab de nasofaringe/secreção traqueal e/ou sorologia, se disponível, de todo paciente com suspeita de covid-19 grave ou crítico.

3.Solicitar exames complementares:
HMG, PCR, HMC, enzimas hepáticas, U/C, gasometria, Na, K, Ca/Cai, P, Mg, coagulograma, D-dímero, troponina, CPK, CPK-MB, DHL, ferritina e outros, a depender da condição clínica.
Raio x de tórax (PA e perfil) e/ou;
Ultrassom de tórax;
Considerar tomografia computadorizada de tórax de ultrabaixa dose, caso a caso, visto que a resolução é melhor do que a do raio x convencional.

4.Realizar terapias de suporte ventilatório, reposição volêmica e medicações vasoativas quando necessário, conforme protocolo institucional.

5.Administrar antibiótico intravenoso quando houver choque séptico ou quando for considerada a coinfecção bacteriana.

6.Prescrever corticoide: ciclos de 3-10 dias de metilprednisolona (1 mg/kg/dia, máximo 40 mg) ou dexametasona (0,15 mg/kg/dia, máximo 6 mg) podem reduzir o processo inflamatório e têm poucos eventos adversos.

7.Avaliar o uso de enoxaparina/heparina, conforme protocolos do hospital (ver item anticoagulantes);
8.Uso de imunoglobulina humana intravenosa (IGIV), corticoide e AAS nos quadros SIM-P (descrito a seguir).

79
Q

CONDUTA NA SIM-P

A

á necessidade de internação hospitalar, sendo frequente a admissão em UTI. Quanto ao tratamento, em geral, esses pacientes apresentam maior necessidade de uso de: oxigenioterapia, medicações vasoativas (agentes inotrópicos, principalmente, como dobutamina ou milrinona), antibioticoterapia de largo espectro (levando em conta os diagnósticos diferenciais de etiologia bacteriana invasiva), imunoglobulina intravenosa, glicocorticoides, anticoagulantes e antivirais

Crianças com acometimento respiratório devem receber oxigenioterapia e podem ficar mais confortáveis em posição semissentada, se estiverem com quadro hemodinâmico controlado. A diferenciação de pneumonia causada pelo SARS-CoV-2 ou aquelas causadas por superinfecção bacteriana pode ser muito difícil. A introdução de antibioticoterapia de amplo espectro não pode ser postergada.

80
Q

CONDUTA SIM-P fármacos
quais utilizados?

A

gamaglobulina intravenosa em todas
OBS: com menor gravidade se não for possível utilizar gamaglobulina, utilizar ácido acetilsalicílico,omeprazol é recomendavel
OBS 2: MODERADO -> + metilprednisolona ou prednisolona/prednisona deve ser prescrito nas primeiras 24h de diagnóstico
OBS3: GRAVE -> + metilprednisolona em pulsoterapia e e então diminuindo a dose ao longo de 2-3 semanas

Estudos recentes enfatizam o melhor resultado da associação de gamaglobulina e corticosteroides, principalmente nos casos mais graves.

Nos casos de SIM-P moderados ou graves, a utilização de heparina de baixo peso molecular (enoxaparina) deve ser considerada. Ver indicação de anticoagulantes.

81
Q

CONDUTA SIM-P fármacos
Casos refratários ao tratamento anteriormente descrito podem considerar uso de: 2

A

tocilizumabe (anticorpo monoclonal que competitivamente inibe a ligação da interleucina-6 a seu receptor)

ou Anakinra (liga-se competitivamente com o receptor de interleucina-1 tipo I)

82
Q

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO COVID
qual recomendação acerca do uso de terapêutica antiviral específica

A

No momento em que este capítulo foi escrito não havia ainda consenso na recomendação de uso de terapêutica antiviral específica contra o SARS-CoV-2 para ser utilizado em crianças. O nível de evidência para o uso tanto de tratamentos específicos (antivirais) ou inespecíficos (imunomoduladores ou corticoides, p. ex.) é muito baixo, sendo difícil realizar uma recomendação de tratamento segura e efetiva

83
Q

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO COVID
qual recomendação acerca do remdesivir?

A

Recentemente algumas diretrizes de tratamento incluíram o Remdesivir como uma opção a ser considerada no tratamento de crianças com Covid-19 grave ou crítica e também em formas leves e moderadas, desde que em pacientes portadores de comorbidades que determinem maior risco de progressão para doença grave. Nos EUA, o remdesivir foi aprovado pela FDA para o tratamento de Covid-19 que requer hospitalização em adultos e crianças ≥ 12 anos de idade com peso ≥ 40 kg. Está disponível para outras crianças hospitalizadas com Covid-19 que pesam ≥ 3,5 kg por meio de autorização de uso emergencial

84
Q

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO COVID- INDICAÇÃO DE ANTICOAGULANTES
3 INDICAÇÕES
1- qual população alvo
2-Todos os pacientes pediátricos hospitalizados com o diagnóstico de Covid-19 devem ser submetidos aos seguintes exames laboratoriais na admissão:
3- profilaxia (+ detalhado em outro card)
4- duração da profilaxia

A

1.A população alvo para profilaxia antitrombótica são os pacientes com fatores de risco para tromboembolismo venoso, como: uso de cateter, imobilidade, terapia com estrogênio, gestação, malignidade, doença autoimune, doença falciforme, obesidade, síndrome nefrótica, doença cardíaca, história pessoal ou familiar de trombose, trombofilia hereditária e diabetes. Aqueles com diagnóstico de síndrome inflamatória multissistêmica em crianças também devem receber. É desejável o parecer do hematologista pediátrico, sempre que disponível.
2.Todos os pacientes pediátricos hospitalizados com o diagnóstico de Covid-19 devem ser submetidos aos seguintes exames laboratoriais na admissão: hemograma com reticulócitos, marcadores inflamatórios (PCR, VHS, IL-6, ferritina), tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), fibrinogênio e D-dímero. Esses valores devem ser monitorados regularmente, sobretudo em pacientes gravemente enfermos.
3.Profilaxia antitrombótica para pacientes pediátricos hospitalizados deve ser considerada sob os seguintes aspectos (OUTRO CARD)
4.Quanto à duração da profilaxia antitrombótica farmacológica: estudos em adultos demonstraram que a tromboprofilaxia deve ser mantida durante a hospitalização e por 6-14 dias após a alta para pacientes com condições que os colocam em maior risco de trombose, como malignidade, doença autoimune, síndrome nefrótica e imobilização. Recomenda-se, entretanto, que todos os pacientes pediátricos sejam avaliados pela equipe de hematologia pediátrica para decisões individualizadas. Uma vez que os pacientes gravemente enfermos com Covid-19 podem necessitar de internação prolongada e descondicionamento físico significativo, que pode atrasar a recuperação total da mobilidade, após 14 dias de anticoagulação as condições supracitadas serão avaliadas individualmente para definir a continuidade ou não da tromboprofilaxia

85
Q

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO COVID- INDICAÇÃO DE ANTICOAGULANTES
Profilaxia antitrombótica para pacientes pediátricos hospitalizados deve ser considerada sob os seguintes aspectos: 5

A

1.A profilaxia antitrombótica farmacológica é preferida à profilaxia mecânica.
2.Pacientes clinicamente estáveis em uso de anticoagulação profilática ou terapêutica devem manter a anticoagulação na mesma dose.
3.A enoxaparina deve ser iniciada em pacientes clinicamente estáveis nas seguintes doses: peso ≤ 40 kg: 1 mg/kg/dose, 1 vez ao dia; peso 40-80 kg: 40 mg/dia.
4.A enoxaparina 1 mg/kg/dose, 2 vezes ao dia, deve ser iniciada em pacientes com alto risco ou com trombose já diagnosticada.
5.Pacientes clinicamente instáveis e/ou com insuficiência renal devem receber heparina não fracionada na dose de 10 UI/kg/hora (meta TTPA 40-70 segundos).

86
Q

VACINA COVID
qual vacina utilizada para adolescentes com pelo menos 12 anos
qual esquema vacinal para as crianças e qual vacina utilizada?

A

Neste momento apenas o grupo de adolescentes com pelo menos 12 anos de idade está contemplado no programa de imunização contra a Covid-19 no Brasil, sendo a vacina de RNAm da Pfizer/BionTech a única autorizada para uso nesse grupo etário (12-17 anos).

A vacina Covid-19 está recomendada com esquema de duas doses (aos 6 e 7 meses de idade), respeitando os intervalos mínimos recomendados (4 semanas entre a 1ª e 2ª dose). Caso não tenha iniciado e/ou completado o esquema primário até os 7 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal. Para indivíduos imunocomprometidos, o esquema vacinal são de três doses (aos 6, 7 e 9 meses) -> MONOVALENTE XXB MODERNA
a partir de 5 anos 1 dose de XXB