Caso 6: Doenças exantemáticas Flashcards

1
Q

o que são as doenças exantemáticas

A

O termo exantema deriva do grego exhanto que significa florescer e convencionou-se chamar de doenças exantemáticas (doenças nas quais ocorrem lesões que florescem na pele), lesões em que a erupção cutânea é a característica dominante na evolução

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2
Q

quais são os mecanismos de agressão a pele causada pelas doenças exantemáticas (4)

A

1.Invasão e multiplicação direta na própria pele, por exemplo, na infecção pelo vírus da varicela zóster, do herpes simples.

2.Ação imunoalérgica com expressão na pele, mecanismo mais frequente nas viroses exantemáticas.
3.Dano vascular, podendo causar obstrução e necrose da pele, como no sarampo atípico, nas febres hemorrágicas.
4.Ação de toxinas, como na escarlatina e nas estafilococcias

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3
Q

TIPOS DE EXANTEMA
O que são máculas, pápulas, nódulos, vesículas, bolhas, pústulas, placas, purpúricas, eritematosas,petequias, equimoses morbiliformes e escarlatiniformes

A

mácula é uma lesão plana, não palpável;
pápulas são lesões pequenas perceptíveis ao tato que, quando maiores, são chamadas de nódulos;
vesículas são pequenas lesões que contêm líquido e que são chamadas de bolhas, quando maiores.
Quando o líquido é purulento, tornam-se pústulas. Placas são lesões planas, mas elevadas, perceptíveis ao tato e grandes.
As lesões podem ainda ter cor eritematosa, que quando desaparece com a vitropressão são devidas a vasodilatação e, quando não, o extravasamento de sangue do vaso, quando são chamadas de purpúricas e que podem ser pequenas, petequiais ou maiores, equimóticas
. Ainda podem ser divididas em morbiliformes quando existem áreas de pele sã entre as lesões e escarlatiniformes quando o acometimento é difuso.

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4
Q

QUADRO - Tipos de exantemas agudos na infância, segundo etiologia viral e outras
VER QUADRO NO SBP e ver se precisa pq fala mais doenças do que ela citou que precisava

A

VER QUADRO NO SBP e ver se precisa pq fala mais doenças do que ela citou que precisava

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5
Q

sarampo DESCRIÇÃO
qual tipo de exantema, etiologia, é transmissivel?

A

EXANTEMA MACULOPAPULAR
Doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa

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6
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
qual etiologia, reservatório, mecanismo de transmissão, tempo de incubação, tempo de contágio e isolamento

A

Etiologia – RNA vírus pertencente ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae

reservatório- ser humano

Mecanismo de transmissão – forma direta, por meio de secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou
respirar» Também tem sido descrito o contágio por
dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches e clínicas

Tempo de incubação – GUIA: Pode variar entre 7 e 21 dias, desde a data da exposição até o aparecimento do exantema

Tempo de contágio –GUIA Inicia-se seis dias antes do exantema e dura até quatro dias após seu aparecimento. O período
de maior transmissibilidade ocorre quatro dias antes e quatro dias após o início do exantema

Isolamento – respiratório (uso de máscara) até quatro dias após o início do exantema.

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7
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
suscetibilidade e imunidade
a) de modo geral
b) grupo de lactentes

A

a) De um modo geral, todas as pessoas são suscetíveis ao vírus do sarampo.
b) Lactentes, cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas, podem ter imunidade passiva
conferida por anticorpos transmitidos pela via transplacentária.
Essa imunidade é transitória e pode perdurar até o final do 1º ano de vida, razão pela qual pode haver interferência na resposta à
vacinação em menores de 12 meses de vida. No Brasil, cerca de 85% das crianças perdem esses
anticorpos maternos por volta dos 9 meses de idade.

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8
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
qual quadro clínico
como começa? (dias e sintomas 5)
qual característica da febre
característica da tosse
olhos
qual primeira manifestação mucocutânea a aparecer?

A

guia: febre alta, acima de 38,5°C, exantema maculopapular morbiliforme de direção
cefalocaudal, tosse seca (inicialmente), coriza, conjuntivite não purulenta e manchas de Koplik
(pequenos pontos brancos na mucosa bucal, na altura do terceiro molar, e ocasionalmente no
palato mole, conjuntiva e mucosa vaginal, antecedendo o exantema)

Quadro clínico – a doença começa com pródromo que dura de três a quatro dias, com febre, tosse, cefaleia, mal-estar, prostração intensa, incomum em doenças virais. A

febre é elevada, atingindo o auge na época do aparecimento do exantema, o que difere também da maioria das viroses e cai em lise no terceiro ou quarto dia do exantema.
A tosse é seca, intensa (incomoda o paciente), está sempre presente e se acompanha de coriza abundante, hialina no início, purulenta nos dias subsequentes.
Os olhos ficam hiperemiados com lacrimejamento e fotofobia e, nos casos mais graves, ocorre edema bipalpebral.
A prostração por vezes é intensa, denotando comprometimento sistêmico.
O enantema é a primeira manifestação mucocutânea a aparecer, e é característico.

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9
Q

as manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos:

A

1- Período de infecção
2- Período toxêmico
3- Remissão

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10
Q

quadro clinico sarampo
Período de infecção
duração, inicia com que, depois surge oq

A

dura cerca de 7 dias, iniciando-se com período prodrômico,
quando surge a febre, acompanhada de tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia.
Do 2o ao 4o dia desse período, surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais.
O paciente apresenta prostração e lesões características de sarampo (exantema cutâneo maculopapular morbiliforme de coloração vermelha de direção cefalocaudal).

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11
Q

manifestações clínicas sarampo
Período toxêmico
oq pode ocorrer mais facilmente? idade que mais complica?

A

ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana é facilitada pelo
comprometimento da resistência do hospedeiro à doença. São frequentes as complicações,
principalmente nas crianças até os 2 anos de idade, especialmente as desnutridas

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12
Q

manifestações clinicas sarampo
Remissão
caracterizado por que? como fica lesão?

A

caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, com declínio da febre.
O exantema torna-se escurecido e, em alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha, daí o
nome de furfurácea

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13
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
quadro clínico
como fica a orofaringe?
onde se inicia o exantema
quais características do exantema 2
quais sintomas quando a doença atinge seu auge (6)

A

A orofaringe fica hiperemiada e na região oposta aos dentes molares aparecem manchas branco-azuladas, pequenas, de cerca de 1 mm de diâmetro, chamadas de manchas de Koplik. Aparecem, um ou dois dias antes do exantema e desaparecem dois ou três dias após. O exantema se inicia atrás do pavilhão auricular, disseminando-se rapidamente para o pescoço, face, tronco e atinge a extremidade dos membros por volta do terceiro dia. O exantema é maculopapular eritematoso, morbiliforme como regra, mas em determinadas áreas pode confluir. Na fase do exantema a doença atinge o seu auge, ficando o paciente toxemiado, febril, com os olhos hiperemiados, queixando-se da claridade, com intensa rinorreia e tosse implacável. Para os não familiarizados a aparência é a de uma doença grave

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14
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
Quais fatores de riscos? 7

A

As taxas de complicações e óbitos causadas pelo sarampo são extremamente variáveis, sendo maior
em crianças menores de 5 anos, gestantes, pessoas imunocomprometidas, adultos maiores de
20 anos, pessoas desnutridas ou com deficiência de vitamina A, e pessoas que residem situações
de grandes aglomerados.

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15
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
quadro clínico
quando começa a esmaecer o exantema
quais as complicações comuns 4
quais as complicações raras 2
podem ocorrer 4

A

. O exantema começa a esmaecer em torno do terceiro ou quarto dia, na mesma sequência que apareceu, deixando manchas acastanhadas.

Complicações comuns
são otite média, diarreia, pneumonia e laringotraqueobronquite

Complicações raras são a encefalite e a panencefalite esclerosante
subaguda

Podem ocorrer quadros de desnutrição protéico-calórica grave secundária a complicações
gastrointestinais, como diarreia prolongada, lesões orais e redução da aceitação alimentar

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16
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
qual um sinal de alerta e pode indicar o aparecimento de complicações, como ( 4)

A

Febre por mais
de três dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta e pode indicar o aparecimento de
complicações, como infecções respiratórias, otites, doenças diarreicas e neurológicas

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17
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
quadro clínico
A orofaringe fica hiperemiada e na região oposta aos dentes molares aparecem manchas branco-azuladas, pequenas, de cerca de 1 mm de diâmetro, chamadas de

A

manchas de Koplik

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18
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
Devem ser considerados, além do sarampo clássico, mais duas formas de apresentação: o sarampo modificado e o sarampo atípico
o que são? quais diferenças

A

O primeiro acontece quando o vírus acomete pessoas que têm imunidade relativa, ou pela aquisição intrauterina de anticorpos (portanto ocorre apenas em crianças pequenas), ou por terem tomado gamaglobulina. Nesses casos o tempo de incubação é maior, de mais de três semanas, pródromos mais leves, raramente se observa mancha de Koplik e o exantema também é leve. Já o sarampo atípico, que ocorreu em crianças que previamente tinham tomado vacina de vírus morto, não mais disponível, apresenta-se como quadro mais grave, com febre alta, cefaleia, mialgia, pneumonite grave, derrame pleural, sendo o exantema bastante variável, macular, vesicular ou petequial.

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19
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
quando a hospitalização pode ser necessária 2
são considerados casos graves?5

A

Na ocorrência dessas complicações, a hospitalização pode
ser necessária, principalmente para crianças desnutridas e imunocomprometidos

Além disso,
são considerados casos graves aqueles que requerem hospitalização por pelo menos 24 horas
ou prolongamento de hospitalização já existente; aqueles que resultam em disfunção significativa
e/ou incapacidade persistente (sequela); e aqueles que apresentam risco de morte.

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20
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
diagnóstico laboratorial

A

O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de sorologia, utilizando-se a técnica de ensaio
imunoenzimático (ELISA – do inglês, enzyme-linked immunosorbent assay) para detecção de
anticorpos IgM específicos, soroconversão ou aumento na titulação de anticorpos IgG. O vírus também
pode ser identificado pela técnica de reação em cadeia da polimerase precedida de transcrição reversa
(RT-PCR), em amostras de orofaringe, nasofaringe, urina, líquor ou em tecidos do corpo (óbito).

No que tange ao fluxo de realização dos exames na rede de laboratórios de saúde pública, o
Lacen realiza tanto a sorologia para diagnóstico laboratorial do sarampo quanto o diagnóstico
diferencial

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21
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
diagnóstico laboratorial
O LRN, por sua vez, realiza a sorologia, detecção e a identificação viral por meio dos
seguintes métodos: 3

  • VER FOTO DO FLUXO DE COLETA E REALIZAÇÃO DE DIAGNOSTICO
A
  • Detecção de anticorpos IgM: a detecção de anticorpos IgM ocorre na fase aguda da doença,
    desde os primeiros dias até 30 dias após o aparecimento do exantema – EXCETO se o
    suspeito tiver recebido vacina de oito dias a oito semanas antes da coleta da amostra e não
    houver evidência de transmissão do sarampo na comunidade e nenhum histórico de viagens.
  • Detecção de anticorpos IgG (soroconversão): detecção de anticorpos IgG ou aumento no
    título de anticorpos (em que a segunda amostra de soro é coletada pelo menos 15 dias
    após a primeira amostra aguda) – EXCETO se o caso tiver recebido uma vacina contendo
    sarampo de oito dias a oito semanas antes da coleta de amostra e não houver evidência de
    transmissão do sarampo na comunidade e nenhum histórico de viagens.
    NOTA: os soros devem ser testados em paralelo/pareamento.
  • Detecção viral (RT-PCR em tempo real) e identificação do vírus do sarampo: a RT-PCR
    confirma os casos, por meio da detecção de partículas virais nos materiais respiratórios ou
    urina dos pacientes suspeitos e o sequenciamento permite diferenciar os tipos virais em
    selvagem ou vacinal dentro de uma amostra.

É imprescindível assegurar a coleta de amostras de sangue e swab de nasofaringe, orofaringe e urina
de todos os casos suspeitos, sempre que possível, no primeiro atendimento ao paciente

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22
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
prevenção

A

Vacina da tríplice viral
vírus vivo atenuado
2 doses
12 meses com intervalo de 30 dias entre as doses
Como após 10 anos muitas pessoas perdem os anticorpos, podendo contrair a doença durante e após a adolescência, em uma idade de maior risco de complicações, recomenda-se que se aplique mais um reforço neste grupo etário.

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23
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
Vacinação
em situação
de emergência
da doença
(surto)

A

População a partir de 6 meses:
A vacinação de crianças de 6 a 11
meses de idade é indicada nas
localidades que mantêm a circulação
ativa do vírus do sarampo e quando
há elevada incidência da doença em
crianças menores de 1 ano de idade.

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24
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
prevenção pós exposição

A

nos suscetíveis, aplicar a vacina contra o sarampo até 72 horas após o contágio; após esse período, até seis dias, aplicar a imunoglobulina humana normal, solução a 16% para uso intramuscular.

Todos os contatos a partir de 6 meses
de idade, exceto gestantes e pessoas
com sinais e sintomas de sarampo.

Pessoas vacinadas com esquema
completo não necessitam de doses
adicionais.

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25
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
Tratamento

A

o tratamento do sarampo é sintomático, com boa hidratação, alimentação adequada, antipiréticos e uso de antibióticos quando ocorrerem complicações bacterianas como otite e pneumonia, lembrando que os germes a serem combatidos são os prevalentes na comunidade e segundo o grupo etário e história de vacinação contra patógenos bacterianos

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26
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - SARAMPO
Tratamento
O uso de X em áreas com deficiência desse elemento tem se mostrado útil para diminuir a gravidade e a xeroftalmia e consequentes déficits visuais
quais recomendações?

A

X: vitamina A
Recomenda-se a administração do palmitato de retinol (vitamina A), mediante avaliação clínica
e/ou nutricional por um profissional de saúde, em todas as crianças com suspeita de sarampo,
para redução da mortalidade e prevenção de complicações pela doença
Duas doses (uma dose no dia da
suspeita e uma no dia seguinte)

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27
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
É uma doença que interessa mais pelas complicações do que por ela própria, a qual costuma ser não grave, sendo que a mais importante é a síndrome de rubéola congênita, cada vez mais rara no nosso meio, graças aos programas de vacinação.

qual etiologia, transmissão, tempo de incubação, tempo de contágio, cuidados com os contactantes, isolamento

A

Etiologia – Togavírus. GUIA: Vírus RNA, do gênero Rubivirus, da família Matonaviridae

Transmissão – via aérea, através de perdigotos.

Tempo de incubação – De 12 a 23 dias após a infecção

Tempo de contágio – Sete dias antes à sete dias após a data do início do exantema (erupção cutânea)

Cuidados com os contactantes – observação.

Isolamento – respiratório e de contato para os casos adquiridos pós-parto, até sete dias após o exantema. As crianças com infecção congênita são consideradas infectantes até um ano de idade ou até que a pesquisa de vírus na nasofaringe e na urina se negative.

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28
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
suscetibilidade e imunidade

A

A suscetibilidade é geral, acometendo crianças e adultos em todo o mundo
A imunidade ativa é adquirida por meio da infecção natural ou por vacinação. Os filhos de mães
imunes podem apresentar imunidade passiva e transitória até os 9 meses de ida

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29
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
Quadro clínico
-pródromo
-como se inicia
- características do exantema
-achado característico
- + dois sintomas

A

principalmente em crianças não se observa pródromo, mas em adolescentes e em adultos podem aparecer sintomas gerais brandos antecedendo um a dois dias o exantema que se inicia na face, espalhando-se rapidamente para o pescoço, tronco e atinge os membros já em 24 horas. O exantema é maculopapular róseo, eventualmente pode coalescer no tronco, e tem curta duração, de três ou menos dias.
. Em alguns casos observa-se, no palato mole, lesões petequiais, conhecidas como sinal de Forscheimer, achado característico porém não patognomônico desta doença.
Achado marcante, entretanto, é a adenomegalia que pode anteceder em até sete dias o exantema. São acometidos, principalmente, os gânglios da cadeia cervical e retroauricular. Metade dos casos apresenta esplenomegalia discreta.

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30
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
Em alguns casos observa-se, no palato mole, lesões petequiais, conhecidas como X achado característico porém não patognomônico desta doença

A

X:sinal de Forscheimer,

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31
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
quais complicações

A

As complicações na criança são raras, citando-se a púrpura trombocitopênica, encefalite e em mulheres, artralgia. A grande importância da rubéola é na gestação pela possibilidade de promover dano fetal; a vacinação em crianças visa fundamentalmente proteger as mulheres suscetíveis do seu convívio.

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32
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
quais complicações na gravidez?

A

Além disso, a infecção por rubéola ocorrendo 12 dias antes da concepção; e durante as primeiras 8 a
10 semanas de gestação muitas vezes resulta em aborto espontâneo, morte fetal ou infantil precoce,
defeitos congênitos de múltiplos órgãos, conhecidos como SRC

33
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
diagnóstico laboratorial

A

O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de sorologia, utilizando-se a técnica de ensaio
Rubéola
imunoenzimático (ELISA – do inglês, enzyme-linked immunosorbent assay) para detecção de
anticorpos IgM específicos, soroconversão ou aumento na titulação de anticorpos IgG. O vírus
também pode ser identificado pela técnica de reação em cadeia da polimerase precedida de
transcrição reversa (RT-PCR), em amostras de orofaringe, nasofaringe, urina, líquor ou em tecidos
do corpo (óbito).
É imprescindível assegurar a coleta de amostras de sangue, swab de nasofaringe e orofaringe e
urina de casos suspeitos, sempre que possível, no primeiro atendimento ao paciente

34
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
sorologia específca
2

A

IgM: a detecção de anticorpos IgM ocorre na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até
30 dias após o aparecimento do exantema.
IgG: os anticorpos específicos da classe IgG podem, eventualmente, aparecer na fase aguda
da doença, e costumam ser detectados muitos anos após a infecção. Um exame de IgG pode
fornecer prova de infecção por rubéola, após soroconversão ou aumento no título de anticorpos em duas amostras de soro pareadas (fase aguda e fase de convalescença), EXCETO se o
suspeito tiver recebido vacina oito semanas antes da coleta da amostra e não houver evidência
de transmissão de rubéola na comunidade e nenhum histórico de viagens

35
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
Diagnóstico
padrão ouro
mais utilizados
primeiros dias de sintoma

A

isolamento do vírus do material de nasofaringe ou da urina é método padrão ouro, contudo são mais utilizados atualmente métodos automatizados como a pesquisa de anticorpos da classe IgM e de IgG contra rubéola no soro, sempre considerar duas amostras, uma na fase aguda e outra na fase de convalescência. E a detecção do RNA viral em amostra de orofaringe pela técnica de biologia molecular, o qual dará o diagnóstico já no primeiro dia dos sintomas, sendo util até o sétimo dia, no caso de rubéola aguda

36
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
prevenção

A

Vacina da tríplice viral
vírus vivo atenuado
2 doses
12 meses com intervalo de 30 dias entre as doses
Como após 10 anos muitas pessoas perdem os anticorpos, podendo contrair a doença durante e após a adolescência, em uma idade de maior risco de complicações, recomenda-se que se aplique mais um reforço neste grupo etário.

37
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - RUBÉOLA
prevenção pós exposição e tratamento

A

Prevenção pós-exposição – apenas observação.
Tratamento - apenas sintomáticos.

38
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ERITEMA INFECCIOSO
etiologia, sinonímia, transmissçao, tempo de incubação, tempo de contágio, cuidados com contactantes, isolamento

A

Etiologia – Parvovírus humano B19.
Sinonímia – megaloeritema.
Transmissão – via aérea, por perdigotos.
Tempo de incubação – 4 a 14 dias.
Tempo de contágio – a viremia ocorre cinco a dez dias após a exposição, dura cerca de cinco dias, sendo que no período exantemático a pessoa já não costuma ser transmissor.9
Cuidados com os contactantes – observação, principalmente com as pessoas que tenham hemoglobinopatia.
Isolamento – desnecessário

39
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ERITEMA INFECCIOSO
quadro clínico
-prodromos
-primiero sinal
-caracteristicas do exantema
-evolução do exantema
- como se inicia a lesão na pele
- persistencia do exantema

A

em geral, não há pródromos e o primeiro sinal costuma ser o exantema que se inicia na face como maculopápulas que confluem tornando-se uma placa vermelho rubra, com concentração, principalmente, na região das bochechas, poupando a região perioral, a testa e o nariz, conferindo um aspecto de “asa de borboleta”, semelhante ao observado no lúpus eritematoso, dando às crianças aspecto de “cara esbofeteada”. Um a quatro dias após, o exantema evolui, acometendo os membros superiores e inferiores, inicialmente em sua face extensora e mais tarde, na flexora. A lesão da pele inicia-se como uma mácula que vai aumentando de tamanho, deixando a região central mais pálida, conferindo um aspecto tipicamente rendilhado. Nessa fase, o tronco pode ficar acometido. O exantema pode persistir por um período longo, até mais de dez dias e se exacerbar ou reaparecer quando a criança é exposta ao sol, após exercício e nas alterações de temperatura. Recorrência das lesões mesmo após uma a duas semanas do desaparecimento é descrita

40
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ERITEMA INFECCIOSO
quadro clínico
o exantema que se inicia na face como maculopápulas que confluem tornando-se uma placa vermelho rubra, com concentração, principalmente, na região das bochechas, poupando a região perioral, a testa e o nariz, conferindo um aspecto de X semelhante ao observado no lúpus eritematoso, dando às crianças aspecto de Y

A

X: “asa de borboleta”,
Y: “cara esbofeteada”.

41
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ERITEMA INFECCIOSO
quadro clínico
como se da a evolução, pode se acompanhar de 2
como fica o hemograma 2
quais sintomas mais proeminentes em adolescentes e adultos
qual complicação mais grave

A

A evolução é em geral afebril, podendo se acompanhar de artralgias e artrites. O hemograma é normal ou com discreta leucocitose e eosinofilia. Apesar de ter evolução benigna, na maioria dos casos, nos adolescentes e adultos os sintomas são mais proeminentes, principalmente o comprometimento articular. Complicações são conhecidas, sendo a mais grave, a morte fetal quando o vírus acomete mulheres grávidas.

42
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ERITEMA INFECCIOSO
complicações DO VÍRUS parvovírus humano B19

A

Este vírus tem como célula-alvo o eritroblasto do hospedeiro, os pacientes em geral apresentam anemia que pode ser profunda em pessoas com hemoglobinopatias. Caso acometa grávidas suscetíveis, provoca dano fetal, como aborto, parto prematuro e hidropsia, mas não é teratogênico.

A síndrome das luvas e meias é também atribuída ao parvovírus. Essa apresentação incomum ocorre em crianças e adultos jovens e é caracterizada por lesões purpúricas simétricas e eritematosas indolores nas mãos e nos pés, e, eventualmente, na bochecha, cotovelo, joelho e nádega. Pode ser acompanhada por sintomas gerais, porém é autolimitada, melhorando em uma a duas semanas.

43
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ERITEMA INFECCIOSO
DIAGNOSTICO

A

sorologia, IgG e IgM para parvovírus humano B19; deteccção de DNA viral por biologia molecular no sangue.

44
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ERITEMA INFECCIOSO
prevenção e tratamento

A

Prevenção – não há, por enquanto, vacinas eficazes.
Tratamento – sintomáticos, se necessários e transfusão de sangue na presença de anemia grave.

45
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ROSÉOLA INFANTIL OU EXANTEMA SÚBITO
etiologia, transmissão, tempo de incubação, tempo de contágio, cuidados com contactantes, isolamento

A

etiologia – herpes vírus humano 6 (hvh6) e 7 (hvh7).
Transmissão – provavelmente por perdigotos.

Tempo de incubação – 5 a 15 dias.

Tempo de contágio – durante a fase de viremia, sobretudo no período febril.

Cuidados com os contactantes – observação.

Isolamento – desnecessário.

46
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ROSÉOLA INFANTIL OU EXANTEMA SÚBITO
quadro clínico
- idade de acometimento, qual predomina mais e porque
- como se da o inicio da doença
- achado muito frequente 2
-quando aparece o exantema e como se caracteriza
- como é a erupção

A

acomete, virtualmente, apenas as crianças entre os 6 meses e os 6 anos de idade, predominando nas menores de dois anos, sugerindo que exista uma certa proteção pelos anticorpos maternos e que o vírus seja altamente predominante na comunidade já que na idade pré-escolar quase todas já estão imunes. O início da doença é súbito, com febre alta, contínua (a criança fica extremamente irritada, anorética) e é considerada como uma das causas mais comuns de convulsão febril. Não há toxemia apesar da magnitude da febre. A linfonodomegalia cervical é achado muito frequente, assim como a hiperemia de cavum. Após três a quatro dias de febre, quando esta cessa bruscamente, aparece o exantema, de modo súbito, constituído por lesões maculopapulares rosadas que se iniciam no tronco e se disseminam para a cabeça e extremidades. A erupção é de curta duração, de algumas horas a dois ou três dias, desaparecendo sem deixar descamação ou hiperpigmentação. O exantema pode passar despercebido
Atualmente esses vírus também têm causado doença em pessoas com imunossupressão, desde quadros sistêmicos como encefalite.

47
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ROSÉOLA INFANTIL OU EXANTEMA SÚBITO
Diagnóstico

A

apenas a presença do herpes vírus humano 6 ou 7 no sangue periférico fornece o diagnóstico de uma infecção primária. Podem ser realizados testes para detecção de anticorpos e também através de biologia molecular em sangue, líquor. Lembrar que na interpretação dos resultados deve-se considerar que a maioria das pessoas já tiveram esta infecção até os dois anos de idade e também que este vírus pode permanecer latente

48
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -ROSÉOLA INFANTIL OU EXANTEMA SÚBITO
prevenção e tratamento

A

Prevenção – não existe.
Tratamento – sintomático. Atentar para ocorrência de convulsão febril.

49
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR -MONONUCLEOSE INFECCIOSA
A mononucleose infecciosa hoje é considerada uma síndrome, sendo que o vírus X é o responsável por cerca de 80% dos casos. Outros agentes a serem considerados são o Y , o Z, o vírus da H e, dentre os não virais, o K

A

X: Epstein-Barr
Y: citomegalovírus
z:írus da imunodeficiência adquirida
H: Hepatite B
K:Toxoplasma gondii

50
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - EPSTEIN BARR VÍRUS
o que é?

A

É um DNA vírus do grupo herpes e é agente causador de várias doenças, como a mononucleose infecciosa, hepatite (muito frequente a presença de alteração de enzimas hepáticas mesmo na ausência de hepatomegalia), linfomas (doenças de Hodgkin e de Burkitt), carcinoma de nasofaringe, miocardite, síndrome de Guillain-Barré, ruptura esplênica, entre outras.

51
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - EPSTEIN BARR VÍRUS
qual doença é a expressão mais comum na primoinfecção desse vírus? como a clínica se inicia 7
o que chama atenção no sangue periférico

A

A mononucleose é a expressão mais comum na primoinfecção por este vírus, e cuja clínica se inicia com febre, cefaleia, mal-estar, lassidão, linfonodomegalia por vezes muito proeminente, hepatoesplenomegalia e faringoamigdalite. As amigdalas e os adenoides podem ficar tão hipertrofiadas que causam obstrução aérea alta. Chama a atenção a intensa leucocitose vista no sangue periférico com a presença marcante de linfócitos atípicos.

52
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - EPSTEIN BARR VÍRUS - MONONUCLEOSE INFECCIOSA
a ocorrência da erução cutânea pode ser desencadeada por? qual características do exantema?

A

a ocorrência de erupção cutânea não excede os 10 a 15% dos casos, e pode ser desencadeada pela administração de penicilina ou ampicilina ao paciente. O tipo de exantema é variável, sendo na maioria das vezes, maculopapular, mas podem ocorrer erupções petequiais, papulovesiculares, escarlatiniformes e urticariformes e são mais evidentes na presença dos citados antibióticos

53
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - EPSTEIN BARR VÍRUS - MONONUCLEOSE INFECCIOSA
diagnóstico
como é feito

A

Diagnóstico – os anticorpos IgM e IgG costumam ser já presentes no início do quadro clínico, assim como a detecção do genoma viral por PCR (polymerase chain reaction).

54
Q

EXANTEMA MACULOPAPULAR - EPSTEIN BARR VÍRUS - MONONUCLEOSE INFECCIOSA
tratamento
- em geral
- Na presença de obstrução importante das vias aéreas superiores
- nos casos excepcionais

A

em geral, o uso de sintomáticos é suficiente. Na presença de obstrução importante das vias aéreas superiores, indica-se corticosteroides como a dexametasona (0,25mg/kg a cada 6 horas), e nos casos excepcionais, tenta-se o uso de Aciclovir, apesar de a sua eficácia não ser bem estudada.

55
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
o que é? o que caracteriza (evolução)? qual principal característica clínica? quals ua sinonímia

A

Infecção viral primária febril, aguda, altamente contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema
de aspecto maculopapular e distribuição centrípeta, que, após algumas horas, torna-se vesicular,
evolui rapidamente para pústulas e, posteriormente, forma crostas secas não infecciosas, em três
a sete dias
A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas, que se apresentam nas
diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido

catapora

56
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
qual modo de transmissão, período de incubação e período de transmissibilidade

A

Pessoa a pessoa, por meio de contato direto ou de secreções respiratórias (disseminação aérea de
partículas virais/aerossóis) e, raramente, através de contato com lesões de pele.
Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de vesículas e
membranas mucosas de pacientes infectados

De 10 a 21 dias após o contato. Pode ser mais curto em pacientes imunodeprimidos e mais longo
após imunização passiva

Varia de um a dois dias antes do aparecimento do exantema e estende-se até que todas as lesões
estejam em fase de crosta

57
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
suscetibilidade e imunidade

A

A suscetibilidade é universal.
A infecção confere imunidade permanente, embora, raramente, possa ocorrer um segundo episódio
de varicela. Infecções subclínicas são raras.
A imunidade passiva transferida para o feto pela mãe que já teve varicela assegura, na maioria das
vezes, proteção até 4 a 6 meses de vida extrauterina

58
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
manifestações clínicas
- período prodrômico
- período exantemático

A

Período prodrômico: inicia-se com febre baixa, cefaléia, anorexia e vômito, podendo durar de
horas até três dias. Na infância, esses pródromos não costumam ocorrer, sendo o exantema o
primeiro sinal da doença. Em crianças imunocompetentes, a varicela geralmente é benigna,
com início repentino, apresentando febre moderada durante dois a três dias, sintomas
generalizados inespecíficos e erupção cutânea pápulo-vesicular que se inicia na face, no
couro cabeludo ou no tronco (distribuição centrípeta)

Período exantemático: as lesões comumente aparecem em surtos sucessivos de máculas
que evoluem para pápulas, vesículas, pústulas e crostas. Tendem a surgir mais nas partes
cobertas do corpo, podendo aparecer no couro cabeludo, na parte superior das axilas e nas
membranas mucosas da boca e das vias aéreas superiores

59
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
O aparecimento das lesões em surtos e a rápida evolução conferem ao exantema o polimorfismo
regional característico da varicela: .

A

lesões em diversos estágios (máculas, pápulas, vesículas, pústulas
e crostas), em uma mesma região do corpo

60
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
A varicela está associada a síndrome X especialmente em crianças e adolescentes porque? o que caracteriza essa síndrome

A

A varicela está associada à síndrome de Reye, que ocorre especialmente em crianças e adolescentes
que fazem uso do ácido acetilsalicílico (AAS) durante a fase aguda. Essa síndrome se caracteriza
por um quadro de vômitos após o pródromo viral, seguido de irritabilidade, inquietude e diminuição
progressiva do nível da consciência, com edema cerebral progressivo. A síndrome de Reye é resultado
do comprometimento hepático agudo, seguido de comprometimento cerebral. Portanto, está
contraindicado o uso de AAS por pacientes com varicela.

61
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
complicações 7

A
  • Ataxia cerebelar aguda.
  • Trombocitopenia.
  • Infecção bacteriana secundária de pele: impetigo, abscesso, celulite, erisipela, causadas
    por Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes ou outras que podem levar a quadros
    sistêmicos de sepse, com artrite, pneumonia bacteriana ou viral, endocardite, encefalite ou
    meningite e glomerulonefrite (Cameron et al., 2007).
  • Síndrome de Reye rara (CDC, 2015) associada ao uso de ácido acetilsalicílico, principalmente
    em crianças.
  • Infecção fetal, durante a gestação, pode levar à embriopatia, com síndrome da varicela congênita
    (expressa-se com um ou mais dos seguintes sintomas: malformação das extremidades dos
    membros, microoftalmia, catarata, atrofia óptica e do sistema nervoso central).
  • Varicela disseminada ou varicela hemorrágica em pessoas com comprometimento imunológico.
  • Manifestações raras no sistema nervoso central como meningite asséptica e encefalite
62
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
diagnóstico

A

O diagnóstico é clínico, considerando os sinais e os sintomas apresentados.

63
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
diagnóstico laboratorial
quando são utilizados?

A

Os exames laboratoriais não são utilizados para confirmação ou descarte dos casos de varicela,
exceto quando é necessário fazer o diagnóstico diferencial em casos graves e óbitos, ou quando há
apresentações clínicas menos típicas, como em pessoas com sistema imunológico suprimido que
podem manifestar herpes-zoster disseminado

64
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
diagnóstico laboratorial
qual o teste padrão ouro? quais testes sorológicos mais utilizados 3

A

A reação em cadeia da polimerase (PCR) é o teste padrão-ouro, aplicado também para confirmar
casos de suspeita de herpes-zóster senoidal (dor do tipo herpes-zóster que ocorre sem erupção na
pele). O PCR detecta o DNA do vírus varicela-zóster de forma rápida e sensível. Para a realização do
teste, as amostras ideais são swabs provenientes das lesões vesiculares não cobertas e das crostas
de lesões crostosas. O vírus também pode ser detectado na saliva durante a fase aguda, contudo,
amostras salivares são menos confiáveis. Amostras de biópsias também são úteis em casos de
doença disseminada.

Os testes sorológicos mais utilizados são ensaio imunoenzimático (ELISA – do inglês, enzyme-linked
immunosorbent assay), aglutinação em látex (AL) e imunofluorescência indireta (IFI). O teste de
ELISA apresenta uso limitado para confirmação laboratorial, pois pacientes com herpes-zóster podem
apresentar um resultado IgM reagente que pode indicar infecção primária por VVZ, reinfecção ou
reativação. A infecção primária pode ser diferenciada da reativação ou da reinfecção com o teste
de avidez VVZ IgG. A alta avidez de IgG no contexto de VVZ IgM é indicativa de infecção remota;
baixa avidez IgG indica infecção primária. A dosagem de soros agudos e convalescentes também
tem valor limitado, uma vez que é difícil detectar aumento de IgG para o diagnóstico laboratorial
de herpes-zóster.

O vírus também pode ser isolado das lesões vesiculares durante os primeiros três a quatro dias de
erupção, ou identificado pelas células gigantes multinucleadas, em lâminas preparadas, a partir
de material obtido de raspado da lesão, ou pela inoculação do líquido vesicular em culturas de
tecido; porém a identificação das células gigantes multinucleadas não é específica para o VVZ.

65
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
tratamento
- para pessoas sem risco de agravamento
- tratamento especifico -> risco de agravamento

A

Para pessoas sem risco de agravamento da varicela, o tratamento deve ser sintomático de acordo
com orientação médica. Pode-se administrar antitérmico, analgésico não salicilato e, para atenuar
o prurido, anti-histamínico sistêmico. Havendo infecção secundária, recomenda-se o uso de
antibióticos, em especial para combater estreptococos do grupo A e estafilococos

O tratamento específico da varicela é realizado por meio da administração do antiviral aciclovir, que é indicado para pessoas com risco de agravamento

66
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
tratamento
o uso de aciclovir oral para o tratamento de pessoas sem condições de risco de agravamento não
está indicado?

A

com idade inferior a 12 anos não está indicado

além disso , portadoras de doença
dermatológica crônica, pessoas com pneumopatias crônicas ou aquelas que estejam recebendo
tratamento com ácido acetilsalicílico por longo tempo, pessoas que recebem medicamentos à base
de corticoides por aerossol ou via oral ou via endovenosa.

67
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
tratamento
As indicações para o uso do aciclovir são:

A

Crianças sem comprometimento imunológico: aciclovir via oral 5 dias
Crianças com comprometimento imunológico ou casos graves: aciclovir endovenoso infundido por 1h durante 7 a 14 dias

68
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
vacinação

A

vacina varicela está licenciada no Brasil na apresentação monovalente ou tetra viral (sarampo,
caxumba, rubéola e varicela).
subcutânea

vírus vivo atenuado
15 meses
2 doses
12 meses com intervalo de 30 dias

e varicela monovalente vírus vivo ateuado
4 anos 1 uma dose (2 dose porque primeira foi a tetra)
Crianças não
vacinadas oportunamente podem receber essa vacina até 6 anos, 11 meses e 29 dias

Povos indígenas a partir dos 7 anos de idade não vacinados ou sem comprovação vacinal:
administrar uma ou duas doses de vacina varicela (atenuada), a depender do laboratório produtor.e
em contato com pessoas imunodeprimidas e os da área de pediatria, devem receber uma ou duas
doses de vacina varicela (atenuada), a depender do laboratório produtor

Profissionais de saúde não vacinados e que trabalham na área assistencial, especialmente em
contato com pessoas imunodeprimidas e os da área de pediatria, devem receber uma ou duas
doses de vacina varicela (atenuada), a depender do laboratório produtor.

69
Q

EXANTEMA VESICULAR - VARICELA
quais indicações para imunoglobulina humana antivaricela
A utilização de IGHAV depende do atendimento de três condições: suscetibilidade, contato
significativo e condição especial de risco (Brasil, 2019), como definidas a seguir.
* Que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave, isto é: 6
* Que o comunicante seja suscetível, isto é: 2
* Que tenha havido contato significativo com o VVZ, isto é:2

deve ser administrada quantas horas após exposição

A

A IGHAV é obtida de plasma humano contendo títulos altos de IgG contra o vírus da varicela

  • Que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave, isto é:
    } crianças ou adultos imunodeprimidos;
    } crianças com menos de 1 ano de idade em contato hospitalar com VVZ;
    } gestantes;
    } recém-nascidos de mães nas quais o início da varicela ocorreu nos cinco últimos dias de
    gestação ou até 48 horas depois do parto;
    } recém-nascidos prematuros, com 28 ou mais semanas de gestação, cuja mãe nunca
    teve varicela;
    } recém-nascidos prematuros, com menos de 28 semanas de gestação (ou com menos de
    1.000 g ao nascer), independentemente de história materna de varicela.
  • Que o comunicante seja suscetível, isto é:
    } pessoas imunocompetentes e com comprometimento imunológico sem história bem
    definida da doença e/ou de vacinação anterior;
    } pessoas com imunodepressão celular grave, independentemente de história anterior
    de varicela.
  • Que tenha havido contato significativo com o VVZ, isto é:
    } contato domiciliar contínuo: permanência junto ao doente durante pelo menos uma hora
    em ambiente fechado;
    } contato hospitalar: pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou que tenham
    mantido contato direto prolongado, de pelo menos uma hora, com ele.

até 96h

70
Q

EXANTEMA VESICULAR - DOENÇA MÃO PÉ BOCA
etiologia
caracteriza-se por
transmissão
período de maior transmissibilidade

A

A doença ou síndrome mão-pé-boca (MPB) é uma condição comum na infância, causada pelos coxsackievirus, vírus de fita simples de ácido ribonucleico (RNA).

Caracteriza-se por pápulas e vesículas distribuídas principalmente na boca, mãos e pés, principalmente nas palmas e plantas, justificando o nome da doença. No entanto, pode acometer também outras localizações

Considerada uma enfermidade altamente contagiosa, sua transmissão ocorre de pessoa a pessoa geralmente por via fecal-oral. No entanto, também foi relatada transmissão por secreções do trato respiratório, conteúdo das vesículas, período gestacional, periparto e, possivelmente, por meio da amamentação

A 1ª semana após o início dos sintomas é o período de maior transmissibilidade da infecção

71
Q

EXANTEMA VESICULAR - DOENÇA MÃO PÉ BOCA
manifestações clínicas
-prodromos
locais e caracterísitcas dos enantemas

A

doença pode cursar com pródromos como febre, odinofagia, dor abdominal e diarreia, que surgem após 3 a 6 dias da exposição ao vírus, por vezes antecedendo o surgimento das lesões cutâneas.1 Depois, surgem enantema oral e rash maculopapular ou vesicular, sendo que, na cavidade oral, as lesões são aftosas e assemelham-se às da estomatite herpética, e nas mãos e pés são vesículas alongadas em formato de “grão de arroz
Quando acomete face, nádegas, joelhos e cotovelos, as lesões apresentam-se com padrão mais papular do que vesicular.1 No diagnóstico diferencial, estão estomatite herpética, herpangina, sarampo e eritema multiforme.

72
Q

EXANTEMA VESICULAR - DOENÇA MÃO PÉ BOCA
A doença tem predileção por crianças X idade, e a evolução é benigna na maioria dos paciente

A

menores de 5 anos de

73
Q

EXANTEMA VESICULAR - DOENÇA MÃO PÉ BOCA
As complicações relatadas são raras e incluem 3
A gravidade da doença está relacionada aos sorotipos X e Y e tem relação com a quantidade de vírus à qual a criança é exposta.
No entanto, a complicação mais frequente é a

A

encefalite, meningite asséptica, edema pulmonar e insuficiência cardíaca
X: A71
Y: A6

desidratação, decorrente da dificuldade de ingesta de líquido pelas lesões da cavidade oral

74
Q

EXANTEMA VESICULAR - DOENÇA MÃO PÉ BOCA
Manifestações tardias ocorrem em menor frequência, cerca de 3 a 8 semanas após a infecção aguda, como a

A

onicomadese, que é o descolamento da unha a partir da sua base, nas mãos e pés), e descamação das mãos e pés

75
Q

ESCARLATINA- PEDIATRIA AMBULATORIAL
etiologia, qual o foco da infecção, qual idade de acometimento

A

A escarlatina é causada, na maioria das vezes, pelo Strepto-coccus pyogenes (beta-hemolítico do grupo A de Lancefield), quando este é produtor da toxina eritrogênica. Em geral, o foco da infecção são as tonsilas palatinas, o que explica a ocor-rência quase exclusiva dessa doença em crianças com mais de 5 anos de idade. A pele também pode ser foco de infecção pelo S. pyogenes

76
Q

ESCARLATINA- PEDIATRIA AMBULATORIAL
manifestações clinicas
-período de incubação
-prodromo 4
- característica do exantema
-duração do exantema
- outros sinais

A

O período de incubação da escarlatina é curto, variando
entre 12 e 48 horas. O pródromo se caracteriza por febre alta (39°C a 40°C), toxemia, inapetência e odinofagia. O exantema costuma iniciar-se pelo tronco e pela face, estendendo-se aos membros em 24 a 48 horas. Tipicamente eritematoso, é for-mado por pápulas pequenas, não confluentes, promovendo aspecto de pele de galinha ou de lixa. O exantema dura de 3 a 7 dias, desaparecendo no sentido do tronco aos membros. Ao fim de 10 dias, costuma ocorrer descamação fina em face e tronco, tornando-se grosseira em palmas e plantas e termi-nando nos dedos. Esse período pode durar até 3 semanas.

Outros sinais são a linfonodomegalia dolorosa cervical e submandibular e as petéquias em palato

77
Q

ESCARLATINA- PEDIATRIA AMBULATORIAL
O eritema é mais intenso em regiões de dobras cutâneas,
como o cotovelo (sinal X), as axilas e as raízes das co-xas. O eritema poupa a região perioral, promovendo aspecto pálido (sinal Y). A língua é edemaciada e saburrosa no início, tornando-se avermelhada alguns dias depois Z

A

X: de Pastia
Y: de Filatow
Z: (lín-gua em framboesa).

78
Q

ESCARLATINA- PEDIATRIA AMBULATORIAL
diagnóstico
- o que o hemograma pode mostrar 4
- como é estabelecido o diagnóstico de certeza

A

O diagnóstico é clínico. O hemograma pode mostrar leu-cocitose com neutrofilia e desvio à esquerda e eosinofilia. O diagnóstico de certeza é estabelecido mediante o isolamento do S. pyogenes na cultura de secreção de orofaringe. O teste rápido para detecção do antígeno estreptocócico nessa secre-ção tem boa especificidade e sensibilidade razoável

79
Q

ESCARLATINA- PEDIATRIA AMBULATORIAL - tratamento

A

O tratamento pode ser iniciado até o sétimo dia após o início
do quadro para que haja sucesso na prevenção da doença reumá-tica. O antibiótico de escolha é a penicilina G benzatina.

. A fenoxipeni-cilina (penicilina V) e a amoxicilina são opções por via oral, por 10 dias. No caso de alergia a betalactâmicos, pode-se lançar mão da eritromicina (10 dias) ou da azitromicina (5 dias).