Caso 5: tuberculose Flashcards
A tuberculose (TB) é uma doença causada pelas bactérias do complexo x. Pode ocorrer em diversos sítios do organismo, sendo os mais comuns na infância: os y, seguido dos w e das z
x= Mycobacterium tuberculosis
y= PULMÕES
w= gânglios periféricos
z= meninges
Doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta
prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas.
Agente etiológico
A tuberculose (TB) pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo
Mycobacterium tuberculosis:
qual principal reservatório? quais outros possíveis? 3
M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti,
M. pinnipedi e M. caprae. Entretanto, do ponto de vista de saúde pública, a espécie mais importante
é a M. tuberculosis.
O principal reservatório é o ser humano. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas
e outros mamíferos.
MODO DE TRANSMISSÃO
A TB é uma doença de transmissão aérea: ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias
aéreas, expelidos pela tosse, pelo espirro ou pela fala de pessoas com TB pulmonar ou laríngea.
Somente pessoas com essas formas de TB ativa transmitem a doença.
Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam
em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença.
PERÍODO DE LATÊNCIA
em quais situações podem entrar em estado de latência?
pode ter reinfecção?
Em situações metabolicamente desfavoráveis ao M. tuberculosis – como diminuição da pO2, pH
baixo no órgão em que o bacilo está alojado ou durante a ação de medicamentos para o tratamento
da TB –, o M. tuberculosis pode entrar em estado de latência, multiplicando-se muito lentamente
durante dias ou até mesmo anos
Embora o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos após a primoinfecção, uma
vez infectada, com imunidade variável, a pessoa pode adoecer em qualquer momento da sua vida.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
quando pode ocorrer? como esse período pode ser identificado?
em qual fase do tratamento não ocorre mais a transmissão? qual exame de importância para identificar essa fase?
A transmissão pode ocorrer enquanto a pessoa estiver eliminando bacilos. Esse período de eliminação do
bacilo pode ser identificado pela positivação do exame de baciloscopia ou do teste rápido molecular para
tuberculose (TRM-TB), em diagnóstico de casos novos, e pela positivação da baciloscopia de escarro
de controle, em casos de acompanhamento do tratamento da TB e em situações de retratamento
Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente
e, em geral, após 15 dias de tratamento, encontra-se muito reduzida. Na grande maioria das situações,
já não ocorre transmissibilidade nessa fase do tratamento. Dessa forma, a importância de realizar
baciloscopia de escarro de controle se dá não somente para confirmação da eficácia do esquema
terapêutico, mas também para a avaliação de risco para os contatos..
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
Crianças menores de X anos com TB pulmonar geralmente têm baciloscopia negativa e, por
isso, costumam ter pouca participação na transmissão da doença.
As formas exclusivamente
Y não transmitem a doença
X: 10
Y: extrapulmonares
QUAL A SUSCETIBILIDADE DA DOENÇA?
- como é conhecida a infecção latente e como pode ser identificada
A suscetibilidade à infecção é praticamente universal, no entanto a maioria das pessoas infectadas
resiste ao adoecimento após a primoinfecção e desenvolve imunidade parcial à doença. Os bacilos
ficam encapsulados, em estado latente, em pequenos focos quiescentes que não progridem, nem
provocam o adoecimento. Essa é a infecção latente pelo M. tuberculosis, também conhecida como
infecção latente da tuberculose (ILTB), que pode ser identificada, na maioria das vezes, pela prova
tuberculínica (PT) e pelo teste de liberação de interferon-gama (IGRA) (BRASIL, 2018a).
Em torno de 5% das pessoas infectadas não conseguem impedir a multiplicação inicial do bacilo
e adoecem na sequência da infecção, trata-se da primoinfecção. Outros 5%, apesar de bloquearem
a infecção nessa fase, adoecem posteriormente (TB pós-primária ou secundária), por reativação
dos bacilos (reativação endógena) ou por exposição à nova fonte de infecção (reinfecção exógena)
Qual a probabilidade de de uma pessoa com a ILTB desenvolver a TB ativa?
quais pessoas de risco? 6
A probabilidade de uma pessoa com a ILTB desenvolver a TB ativa depende de múltiplos fatores
relacionados ao bacilo (virulência e patogenia) e ao ambiente (proximidade, circulação de ar
e tempo de permanência no mesmo ambiente que a pessoa (fonte).
A competência imunológica
do hospedeiro tem muita importância nesse processo. Há maior risco de adoecimento em pessoas
com comprometimento imunológico e doenças imunossupressoras, especialmente as infectadas pelo
vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) ou aquelas recebendo tratamentos imunossupressores,
além de menores de 2 anos de idade ou maiores de 60 anos de idade, e, ainda, pessoas desnutridas
. Ademais, há que se considerar os fatores de determinação social
da doença.
o adoencimento por TB confere imunidade a novas infecções? a reinfecção pode ocorrer?
O adoecimento por TB não confere imunidade contra novas infecções nem recidivas da doença.
A reinfecção pode ocorrer se a pessoa tiver uma nova exposição, sendo mais comum em áreas onde
a prevalência da doença é alta.
A vacina BCG previne de quais adoecimentos?
A vacina disponível, bacilo de Calmette-Guérin (BCG), não previne
o adoecimento pela forma pulmonar, mas evita o desenvolvimento das formas mais graves da doença
(TB miliar e meníngea) em menores de 5 anos de idade
Grupos populacionais com risco de tuberculose: 4
Indigenas
Pessoas privadas de liberdade
Pessoas vivendo com HIV/aids
Pessoas em situação de rua
epidemio
olhar depois achei pessimo
quadro clínico
TB pode afetar praticamente todos os órgãos, os sintomas variam de acordo com o sítio da doença
Em geral, os sinais e sintomas da TBP (tuberculose pulmonar) nas crianças são inespecíficos e se confundem com infecções subagudas ou crônicas próprias da infância, o que dificulta a suspeição diagnóstica.
a)como é quadro 5-10 anos? crianças menores? adolescentes?
b)Para investigação da TBP, o pediatra deve pesquisar a presença dos sintomas característicos: 4
a)Frequentemente, crianças entre 5 e 10 anos apresentam quadros assintomáticos ou com poucos sintomas,
enquanto as crianças de faixa etária menor apresentam sobretudo sintomas respiratórios.
Nos adolescentes, a apresentação clínica é similar à da TBP no adulto.
b) febre, redução do apetite, perda de peso, e tosse.
Manifestações clínicas- TB pulmonar
qual principal sintoma em adolescentes e adultos jovens? qual duração? quais sintomas associados que devem ser investigados para TB
Em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse. A pessoa que apresenta tosse com
duração de três semanas ou mais, acompanhada ou não de outros sinais e sintomas sugestivos de
TB (febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço), deve ser investigada para a TB
por meio de exames bacteriológicos
Pessoas em bom estado geral e sem perda do apetite também podem ter TB
pulmonar
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - TB PULMONAR
Em crianças menores de 10 anos, a forma pulmonar costuma ser negativa ao exame bacteriológico,
pelo reduzido número de bacilos nas lesões. Crianças, em geral, não são capazes de expectorar.
qual achado clínico que se destaca na maioria dos casos?
O achado clínico que se destaca na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, por
15 dias ou mais, e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, inapetência, perda
de peso e sudorese noturna, às vezes profusas. A hemoptise é rara
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - TB PULMONAR
Na suspeita de TB deve-se
procurar a tríade clássica:
redução do apetite, perda de peso e tosse crônica
Manifestações clínicas TB extrapulmonar 11
sua ocorrêmcia aumenta em 2
é frequente associação de
A TB extrapulmonar tem sinais e sintomas dependentes dos órgãos e sistemas acometidos. Formas
frequentes são: pleural e/ou empiema pleural tuberculoso, ganglionar periférica, meningoencefálica,
miliar, laríngea, pericárdica, óssea, renal, ocular e peritoneal. Sua ocorrência aumenta em pessoas
vivendo com HIV/aids (PVHIV), especialmente entre aquelas com imunocomprometimento.
É frequente a associação da TB extrapulmonar à pulmonar. Por isso, quando diagnosticada TB
extrapulmonar, deve-se sempre investigar para TB pulmonar
É importante valorizar a anamnese dirigida quando se suspeita de TB em uma criança.
Quanto mais jovem a criança, mais valioso é procurar saber se convive com algum adulto com TB.
o que é mandatório para todos os contatos do adulto com TB
exame
quadro clínico
outros sintomas respiratórios?
como ausculta pulmonar fica? 2 ( MS 3)
As crianças geralmente não apresentam outros sintomas respiratórios. A ausculta pulmonar pode ser normal ou apresentar ruídos adventícios diversos.
MS
A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou mesmo
condição norma
qual um caso clássico que deve pensar me tuberculose? contexto: acha tem uma doença x, mas não melhora com o tratamento habitual da doença x
É mandatório considerar a possibilidade diagnóstica de TBP na criança com pneumonia (com ou sem sibilância) que não melhora com tratamento habitual, com antibioticoterapia e broncodilatadores.
quadro clínico
como é a febre? duração, valor
o que tem além de perda de peso? 2
Outros sinais e sintomas gerais podem estar presentes e ajudam na suspeição diagnóstica.: 5
A febre, quando presente, é persistente, geralmente acima de 38°C, e costuma ocorrer no fim da tarde.
Além da perda de peso, pode-se observar retificação das curvas de peso e estatura.
anorexia, adinamia, sudorese noturna, hepatoesplenomegalia e linfonodomegalia
quadro clinico
Sinais autolimitados de hiperreatividade do sistema imunológico, como 2, são sugestivos de primoinfecção tuberculosa e também podem estar presentes
conjuntivite flictenular e eritema nodoso
quadro clinico
Normalmente, a frequência dos sinais e/ou sintomas é baixa, mas, quando estão presentes, ocorrem de uma forma persistente e não remitente, devendo ser valorizados. Vale ressaltar que, em crianças infectadas pelo x, os sinais e sintomas podem não ser clássicos, o que pode retardar ainda mais o diagnóstico.
x= HIV
Pela variedade de suas manifestações clínicas, recomenda-se que o diagnóstico de TB pulmonar, em
crianças e em adolescentes, com baciloscopia negativa ou Teste Rápido Molecular para tuberculose
(TRM-TB) não detectado, seja realizado com base em um sistema de escores
- VER TABELA NO PDF ATUALIZADO
Interpretação:
* Somatório de pontos ≥40 (diagnóstico muito provável): recomenda-se iniciar o tratamento da tuberculose.
* Somatório de pontos de 30 a 35 (diagnóstico possível): indicativo de tuberculose; orienta-se iniciar
o tratamento a critério médico.
* Somatório de pontos ≤25 (diagnóstico pouco provável): prosseguir com a investigação na criança.
Deverá ser feito diagnóstico diferencial com outras doenças pulmonares, podendo ser empregados
métodos complementares de diagnóstico, como baciloscopias e cultura de escarro induzido ou de
lavado gástrico, broncoscopia, histopatológico de punções e outros exames de métodos rápidos.
diagnostico
Não existe um método de fácil aplicação e acurado para diagnóstico de TBP na infância, principalmente pelo fato de as crianças não saberem expectorar e por apresentarem baixa quantidade de bacilos no escarro (doença paucibacilar).
Assim, há grande dificuldade na comprovação da doença com os métodos bacteriológicos.
Na maioria das vezes, o diagnóstico da TBP em crianças é baseado em uma combinação de: 4.
Não existe padrão-ouro para comprovação desse diagnóstico ou algoritmo clínico para diagnóstico universalmente preconizado
(nao pirar nesse anki, vai ter tabela para fazer score do MS)
1critérios clínicos e 2epidemiológicos, associados à 3prova tuberculínica (PT) e à 4radiografia de tórax.
diagnostico
História de contato (critério epidemiológico)
precisa procurar quem infectou?
Como mais de 90% dos casos de TB na criança ocorrem dentro dos primeiros anos após a primoinfecção, é mandatória a procura do caso-fonte que infectou a criança.
Da mesma forma, toda vez que se descobre um adulto com tuberculose, deve-se investigar, dentre os contatos, a presença de crianças doentes e/ou infectadas
diagnostico
exames complementares Rx
achado tb miliar?
achados nos adolescentes?
Na TB miliar, é característico o infiltrado micronodular difuso.
Nos adolescentes, os achados são mais parecidos com a TB pós-primária dos adultos, podendo apresentar lesões mais nos terços superiores, escavadas e associadas ou não a derrame pleural
exames complementares
quando usa tc?
A tomografia computadorizada (TC) de tórax, apesar de mais sensível, deve ser reservada para diagnósticos diferenciais ou casos complicados, em razão da grande exposição à radiação e ao seu alto custo.
Não existe indicação rotineira de realização de TC em pacientes assintomáticos.
DIAGNÓSTICO - DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO LATENTE PELO M. TUBERCULOSIS (ILTB) W
2
A prova tuberculínica e a detecção de interferon-gama, por meio do IGRA, são os métodos utilizados
para diagnóstico de ILTB