CASO 9 - PARASITOSES Flashcards

1
Q

CASO 9 - PARASITOSES

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

@CARDSTUTORIA

A
  1. Entender a epidemiologia das parasitoses, inferindo as mais frequentes na infância;
  2. Analisar as manifestações clínicas e o diagnóstico laboratorial das parasitoses intestinais na infância, concluindo com o tratamento com antiparasitários mais utilizados em pediatria;
  3. Descrever as principais medidas para prevenção das parasitoses, inferindo a melhoria das condições sanitárias, educação sobre higiene ambiental e pessoal.
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2
Q

PARASITISMO

DEFINIÇÃO

A

Relação entre 2 organismos, na qual 1 vive à custa do outro

Esta relação pode ou não causar doença

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3
Q

PARASITOSE

QUADRO CLINICO

10+

A
  • Diarreia
  • Dor abdominal
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Eliminação de vermes
  • Anemia
  • Eosinofilia
  • Prolapso retal
  • Prurido anal e vulvar
  • Sangue nas fezes
  • Manifestações pulmonares
  • Manifestações cutâneas
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4
Q

PARASITOSE

DIAGNÓSTICO

A

CLINICA
* Eliminação dos parasitas no vômito ou na evacuação

LABORATORIAL
* Exame parasitológico de fezes é o método mais simples, específico e de menor custo.

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5
Q

SINTOMATOLOGIA MAIS COMUM

A

Assintomático ou oligossintomático

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6
Q

PARASITOSES

PREVALÊNCIA

A

Países subdesenvolvidos

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7
Q

PARASITOSES

RECOMENDAÇÃO - PARASITOLÓGICO DE FEZES

A
  • 3 amostras, intervalo de 2 a 3 dias.

Algumas etiologias requerem:
* Coleta seriada de fezes, 1 vez a cada 7 dias por 3 semanas.

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8
Q

PARASITOSES

INDICAÇÃO - RX

2

A
  • Suboclusão por áscaris
  • Síndrome de Loeffler – pneumonite eosinofílica.
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9
Q

PROTOZOOSES - AMEBÍASE

DEFINIÇÃO

A

Termo reservado ao parasitismo pela Entamoeba histolytica, pois é a única espécie capaz de provocar a doença.

Pouco comum nos lactentes e crianças.

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10
Q

PROTOZOOSES - AMEBÍASE

CICLO EVOLUTIVO

2

A

Entamoeba histolytica

Trofozoítica – móvel, cujo habitat é o intestino grosso ou as últimas porções do íleo.

Cística – trofozoíto é envolvido por membrana cística protetora, onde é transmitido.
Os cistos são eliminados e contaminam água e alimentos.

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11
Q

PROTOZOOSES - AMEBÍASE

PATOGENESE

A

Os trofozoítos penetram a mucosa do intestino grosso por meio da lise celular provocada por enzimas proteolíticas, causando lesões, principalmente, no retossigmoide e ceco.

  • As lesões se tornam profundas, produzindo ulcerações
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12
Q

PROTOZOOSES - AMEBÍASE

PROCESSO DE CONTAMINAÇÃO - OUTRAS PESSOAS

4

A

TROFOZOÍTOS NO TGI
* MULTIPLICAM
* EVOLUEM PARA O ENCISTAMENTO
* CISTOS SENDO ELIMINADOS NAS FEZES
* CONTATO COM MATERIAL CONTAMINADO

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13
Q

PROTOZOOSES - AMEBÍASE

QUADRO CLINICO

5

A

ASSINTOMATICO (90%)

FORMA INTESTINAL:
1. Colite amebiana disentérica (- freq)
2. Colite não disentérica (+ freq)

FORMA EXTRAINTESTINAL:
1. Hepática
* Abcesso amebiano hepático (hepatomegalia dolorosa, febre elevada, anorexia e astenia)

  1. Formas raras
    * (pulmonar, cerebral, cutânea, genital, esplênica e pericárdica)
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14
Q

COLITE AMEBIANA DISENTÉRICA

QUADRO CLINICO

10

A
  • Quadro diarreico pouco expressivo
  • Dores abdominais intensas,
  • Evacuações frequentes,
  • Tenesmo,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Fezes mucossanguinolentas,
  • Prostração,
  • Anorexia e
  • Febre de baixa intensidade.
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15
Q

COLITE AMEBIANA NÃO DISENTÉRICA

QUADRO CLINICO

8

A
  • Surtos de diarreia, alternados por períodos de normalidade ou constipação,
  • Cólicas abdominais,
  • Meteorismo,
  • Anorexia,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Tenesmo
  • Astenia.

NÃO É COMUM FEBRE

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16
Q

PROTOZOOSES - AMEBÍASE

EXAMES DIAGNÓSTICOS

2

A
  • Identificação microscópica de cistos e trofozoítos nas fezes
  • Retossigmoidoscopia
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17
Q

PROTOZOOSES - AMEBÍASE

TRATAMENTO

A

Assintomáticos:
* Não tratar
* Em regiões não endêmicas - TTO mandatório.

Amebíase intestinal
- Metronidazol: 35 a 50 mg/kg/dia, 3x/dia, durante 7 a 10 dias.
- Tinidazol: 50 mg/kg/dia, dose única, por 3 dias.

Abcesso amebiano
- Metronidazol: 50 mg/kg/dia, durante 10 dias.
- Tinidazol: 60 mg/kg/dia, dose única, por 3 dias.

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18
Q

GIARDÍASE

DEFINIÇÃO

A
  • Causada pela Giardia lamblia
  • Protozoário flagelado que acomete, principalmente, crianças
  • Adquire imunidade após exposições precoces e sucessivas.
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19
Q

GIARDÍASE

CICLO EVOLUTIVO

A

Trofozoítica
Localiza-se, com maior frequência, no duodeno e nas porções altas do jejuno, onde se multiplica.

Cística
Forma infectante eliminada nas fezes, podendo sobreviver no meio externo, em condições adequadas, por vários meses.
A postura dos ovos se faz de forma cíclica, havendo períodos de 8 a 10 dias nos quais ocorre interrupção da eliminação de ovos, chamado de período negativo.

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20
Q

GIARDÍASE

FATOR DE PROTEÇÃO

A

Leite materno
Ação giardicida da enzima esteratase e da IgA secretória.

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21
Q

GIARDÍASE

COMO OCORRE - INFECÇÃO

A

Ingestão do cisto em água e alimentos contaminados, ou através da transmissão pessoa a pessoa.

  1. No intestino delgado, os trofozoítos são liberados;
  2. Eles permanecem livres no lúmen ou se aderem à membrana com suas ventosas;
  3. A encistação ocorre quando o parasita chega ao cólon.
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22
Q

GIARDÍASE

ETIOPATOGENIA

A

Multifatoriais:
-Lesão da mucosa;
-Processo inflamatório;
-Barreira física;
-Invasão tecidual;
-Associação com outros enteropatógenos;
-Interferência no metabolismo dos sais biliares.

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23
Q

GIARDÍASE

FORMA AGUDA - QUADRO CLINICO

7

A

Autolimitada (a cura ocorre em 2 a 4 semanas) e se caracteriza por:
* Diarreia intermitente em mais de 90% dos casos
* Fezes líquidas, com muco e sem sangue;
- Perda de peso em 60 a 70% dos indivíduos, devido a disabsorção
- Náuseas;
- Desconforto e distensão abdominais;
- Flatulência;
- Pode evoluir para esteatorreia.

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24
Q

GIARDÍASE

QUADRO CLINICO

A

Assintomática é a forma mais comum, principalmente nas áreas onde o parasita é endêmico.
* AGUDA
* CRONICA

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25
Q

GIARDÍASE

FORMA CRONICA - QUADRO CLINICO

5

A

(30 a 50% dos casos)
Diarreia se torna persistente, com consequente parada ou retardo do crescimento devido à disabsorção
- Anorexia;
- Flatulência;
- Cólicas;
- Náuseas e vômitos;
- Evidências clínicas e laboratoriais da deficiência de vários nutrientes

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26
Q

GIARDÍASE

TTO

4

A

Formas sintomáticas
- Metronidazol: 15 a 20 mg/kg/dia, 3x/dia, durante 5 dias; OU
- Tinidazol: 50 mg/kg/dia, dose única; OU
- Furazolidona: 5 a 7 mg/kg/dia, durante 7 dias; OU
- Albendazol: 400 mg/dia, por 3 a 5 dias.

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27
Q

GIARDÍASE

EXAMES DIAGNÓSTICOS

4

A
  • Exame seriado das fezes - Pesquisa de cistos pelo método direito
  • Sorologia - ELISA
  • Exame do fluido duodenal
  • Biopsia duodenojejunal
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28
Q

GIARDÍASE

CONTRAINDICAÇÃO - ALBENDAZOL

A

Não deve ser usado em crianças menores de 2 anos

MEBENDAZOL É A ESCOLHA < 2 ANOS

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29
Q

GIARDÍASE

TRANSMISSÃO

3

A
  • Ingestão de água ou alimentos contaminados com oocistos,
  • Pessoa para pessoa
  • Animais para pessoa

Possui caráter sazonal, com predomínio nos meses quentes e chuvosos.

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30
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

DEFINIÇÃO

A
  • Doença diarreica aguda em indivíduos imunocompetentes.
  • Cryptosporidium parvum
  • Quando ocorre em associação a doenças imunossupressoras, pode ser conduzida à diarreia crônica.

Afeta + < 2 anos de idade

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31
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

TEMPO DE INCUBAÇÃO

A

1 semana

32
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

QUADRO CLINICO

3

A

Depende do Estado imune do hospedeiro

  • Diarreia aquosa
  • Odor fétido
  • sem muco ou sangue.
33
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

ETIOPATOGENIA

7

A

PCTE Imunocompetente
* Ingestão de oocistos:
* Liberação de esporozoítos:
* Replicação dos esporozoítos:
* Aderência do Cryptosporidium parvum:
* Atrofia vilositária:
* Presença em intestinos:
* Redução da superfície de absorção:

34
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

QUADRO CLINICO - IMUNODEPRIMIDO

4

A
  • Doença grave prolongada com perda de 2 a 3 litros de fezes aquosas,
  • Disabsorção,
  • Desidratação e
  • Desnutrição importantes.
35
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

DIAGNÓSTICO

A

Identificação de oocistos nas fezes
* 3+ amostras fecais

36
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

TTO - IMUNOCOMPETENTES

3

A
  • Eritromicina
  • Espiramicina
  • Clindamicina
37
Q

CRIPTOSPORIDÍASE

TTO - IMUNODEPRIMIDOS

2

A

Paramocina + terapia antirretroviral

38
Q

Parasitose humana + comum

DEFINIÇÃO

A

ASCARIDIASE - Ascaris lumbricoides

  • Condições sanitárias ruins
  • Utilização de fezes humanas como fertilizantes
  • Resistência dos ovos em condições adversas
  • Acomete + crianças devido ao contato com o solo.
39
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

CICLO EVOLUTIVO

3

A

Transformação em larvas:
- Ovos eliminados no solo se transformam em larvas infectantes (larva rabditoide) após 2 semanas.

Ingestão e penetração:
- Quando ingeridos, os ovos se abrem no intestino delgado e as larvas penetram na mucosa.

Ciclo de migração:
- Larvas viajam pela circulação venosa até os pulmões, penetram nos alvéolos, sobem pela árvore brônquica, são novamente ingeridas e atingem o intestino delgado, onde se tornam adultas.

40
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

ETIOPATOGENIA

4

A

Efeitos patogênicos do verme adulto:
- Ação mecânica: Pode causar oclusão ou semioclusão da luz intestinal.
- Ação traumática e espoliadora: Danos físicos e depleção de nutrientes.
- Ação tóxica e alergizante: Produção de toxinas e reações alérgicas.
- Migração do verme adulto: Deslocamento dentro do corpo causando danos adicionais.

41
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

QUADRO CLINICO

2+7

A
  • Assintomático OU
  • Reação de hipersensibilidade à infecção pelas larvas

Podem ser observadas:
- Cólicas intestinais periumbilicais com ou sem diarreia;
- Meteorismo;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diminuição da absorção de gordura;
- Redução da atividade da enzima lactase;
- Eliminação de vermes pela boca, ânus e vias aéreas superiores.

42
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

SINTOMATOLOGIA - LARVAS EM PULMÃO

6

A

Sintomas semelhantes ao da asma
- Quadro espástico ou pneumonite;
- Tosse;
- Dispneia;
- Febre;
- Estertores;
- Sibilos.

43
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

SINDROME DE LOEFFLER

3

A
  • Sintomas pulmonares
  • Eosinofilia
  • Achados radiológicos
    Não específicos, de caráter migratório e fugaz
44
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

QUADRO CLINICO - PEDIATRIA

6

A
  • Dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Parada da eliminação de fezes e gases;
  • Distensão abdominal;
  • Tumoração palpável, região periumbilical e hipocôndrio direito;
  • Saída prévia de vermes nas fezes ou por via oral.

CRIANÇAS 1-5 ANOS

45
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

COMPLICAÇÕES

2

A
  • Semioclusão intestinal
  • Migrar para vários órgãos, como árvore biliar, ducto pancreático, apêndice e fígado.
46
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

DIAGNÓSTICO

2

A
  • Encontro de ovos em fezes pelo método direto a fresco ou corado.
  • Exame hematológico - Eosinofilia (Presente em outras parasitoses)
47
Q

HELMINTÍASES - ASCARIDÍASE

TTO

6

A

Mebendazol
100 mg, 2x/dia por 3 dias; 500 mg, dose única.

Albendazol (mais utilizado)
400 mg em dose única.

Pomoato de Pirantel
10 ou 11 mg/kg (máximo de 1 g).

Levamisol
2,5 mg/kg, dose única.

Piperazina (Reservada a obstrução ou semiobstrução intestinal)
100 mg/kg, por 3 a 5 dias.

48
Q

ENTEROBÍASE

DEFINIÇÃO

A

Também chamada de oxiuríase
* Enterobius vermiculares ou Oxiurus vermiculares,
* Mais prevalente em Crianças em situação de risco (colégios, orfanatos, creches).

49
Q

ENTEROBÍASE

CICLO EVOLUTIVO

3

A

Eclosão e migração:
- Ovos eclodem no estômago.
- Larvas migram para o ceco e áreas adjacentes, onde vivem os vermes adultos.

Reprodução e dispersão:
- Fêmeas fecundadas migram para a região perianal, principalmente à noite, e eliminam os ovos.

Transformação e maturação:
- Ovos ingeridos sofrem transformações no intestino delgado.
- Chegam ao ceco na forma adulta.

50
Q

ENTEROBÍASE

TRANSMISSÃO

3

A

Formas de transmissão:
- Direta (ânus-boca): Muito comum em crianças.
- Secundária: Através de poeira ou alimentos contaminados.
- Retroinfecção: Larvas migram da região perianal para o intestino grosso.

51
Q

ENTEROBÍASE

ETIOPATOGENIA

2

A
  • Processo irritativo-inflamatório com ulcerações e pequenas hemorragias.
  • A movimentação das fêmeas na região perianal provoca intenso prurido e traumatismo local em consequência do ato de coçar.
52
Q

ENTEROBÍASE

QUADRO CLINICO

5

A

Assintomático

Sintomas digestivos
- Dor em quadrante inferior direito;
- Flatulência;
- Diarreia;
- Prurido
- Corrimento vaginal

53
Q

ENTEROBÍASE

DIAGNÓSTICO

2

A
  • História de prurido anal.
  • Exame das fezes - método da fita gomada (SWAB ANAL)
  • Não se observa eosinofilia.
54
Q

ENTEROBÍASE

TTO

3

A

Realizado em todas as pessoas da família e da instituição que a criança frequenta.
- Mebendazol:
100 mg, 2x/dia, por 3 dias; 500 mg, dose única.

  • Albendazol:
    400 mg/kg em dose única; repetir após 10 dias.
  • Pamoato de Pirvínio:
    10 mg/kg, em dose única.
55
Q

ANCILOSTOMÍASE

CARACTERISTICAS

A
  1. Nematódeos Ancylostoma duodenale e Necator americanus
  2. Prevalente em Lavradores, crianças e adolescentes, principalmente em zona rural
  3. Hábito de andar descalço
  4. Falta de sanemaento básico
56
Q

ANCILOSTOMÍASE

CICLO EVOLUTIVO

4

A

Penetração e circulação:
- Larvas penetram a pele e entram na circulação sanguínea.

Migração pulmonar:
- Nos capilares pulmonares, penetram os alvéolos.
- Migram pela árvore brônquica até o esôfago e são ingeridas.

Fixação e maturação:
- No intestino delgado, fixam-se à mucosa do duodeno e do jejuno.
- Atingem o estado adulto e iniciam a oviposição (produção de ovos).

Liberação e transformação dos ovos:
- Fêmeas liberam ovos que, em condições adequadas no solo, se transformam em larvas.

57
Q

ANCILOSTOMÍASE

TRANSMISSÃO

A
  • Percutânea: Contato com solo contaminado por larvas filarioides (N. americanus e A. duodenale).
    • Oral: Ingestão de água e alimentos contaminados (apenas A. duodenale).
58
Q

ANCILOSTOMÍASE

ETIOPATOGENIA

4

A

Aderência à mucosa:
- Parasitas adultos aderem à mucosa duodenal pela cápsula bucal.

Nutrição através do sangue:
- Parasitas sugam o sangue para se alimentar.

Perdas sanguíneas:
- A infestação pode levar a grandes perdas sanguíneas, dependendo da gravidade.

Deficiência de ferro:
- Com o tempo, o ferro alimentar não é suficiente para manter os níveis hematimétricos normais, causando anemia.

59
Q

ANCILOSTOMÍASE

QUADRO CLINICO

A

Assintomáticos

Dermatite pruriginosa (prurido na penetração da larva na pele)

Manifestações Pulmonares
- Tosse;
- Espasticidade;
- Broncopneumonia.

Manifestações digestivas
- Náuseas;
- Vômitos;
- Anorexia;
- Diarreia;
- Dores abdominais;
- Constipação;
- Alterações do apetite, como bulimia e geofagia.

Manifestações hematológicas
- Anemia microcítica e hipocrômica;
- Eosinofilia.

60
Q

ANCILOSTOMÍASE

DIAGNÓSTICO

A

Exame das fezes
Demonstração de ovos de ancilostomídeos.

61
Q

ANCILOSTOMÍASE

TTO

4

A
  • Mebendazol:
    100 mg, 2x/dia, por 3 dias; 500 mg, dose única.
  • Albendazol:
    400 mg/kg em dose única; repetir após 10 dias.
  • Pamoato de Pirvínio:
    10-11 mg/kg, em dose única OU 3 dias
  • Levamisol
    2,5 mg/kg em dose única.

Devido o ciclo pulmonar - tto deve ser repetido 2-3 sem após término

62
Q

ESTRONGILOIDÍASE

CICLO EVOLUTIVO

4

A
  1. Ciclo pulmonar:
    Verme chega ao duodeno e jejuno na forma adulta.
  2. Oviposição:
    Fêmea põe ovos na mucosa.
    Larvas eclodem e se movem para o lúmen intestinal.
  3. Autoinfecção:
    Antes de serem eliminadas pelo ânus, as larvas podem penetrar a parede intestinal, causando autoinfecção.
    Esse processo pode manter a infecção parasitária por longos períodos.
  4. Eliminação e transformação:
    Se não ocorre autoinfecção, a larva é eliminada no meio externo.
    No meio externo, a larva pode se transformar em larva infectante ou em adulto de vida livre.
63
Q

ESTRONGILOIDÍASE

TRANSMISSÃO

2

A
  • Penetração das larvas pela pele.
    • Via oral: Ingestão de larvas (mais rara).
64
Q

ESTRONGILOIDÍASE

ETIOPATOGENIA

3+3

A

Ação dos vermes adultos no intestino:
- Exercem ação traumática e lítica.
- Causam reação inflamatória.
- Podem levar à atrofia vilositária de intensidade variável.

Disseminação das larvas:
- Penetram na mucosa intestinal.
- Podem atingir os vasos linfáticos.
- Podem se disseminar para gânglios mesentéricos, fígado e vesícula biliar.

65
Q

ESTRONGILOIDÍASE

QUADRO CLINICO

3

A

Dermatite Pruriginosa

Sintomas respiratórios
- Tosse;
- Broncoespasmo;
- Infiltrado pulmonar transitório.

Sintomas Intestinais
- Diarreia, sem presença de sangue;
- Dor abdominal alta;
- Náuseas;
- Vômitos.

66
Q

ESTRONGILOIDÍASE

FORMAS DA DOENÇA

3

A
  • Infecção aguda sintomática
  • Formas crônicas
    Sintomas de hipersensibilidade
  • Formas graves
    Disseminação do parasita em indivíduos imunodeprimidos.
67
Q

ESTRONGILOIDÍASE

DISSEMINAÇÃO LINFO-HEMATOGÊNICA

6

A

Quadro grave

  • Diarreia –> Desidratação;
  • Enteropatia perdedora de proteínas;
  • Esteatorreia –> Perda de peso;
  • Náuseas + vômitos;
  • Enterorragia e/ou melena;
  • Sinais de bacteremia, choque e até óbito.

Pacientes imunodeprimidos ou desnutridos.

68
Q

ESTRONGILOIDÍASE

DIAGNÓSTICO

3

A
  • Pesquisa de larvas nas fezes ou no líquido duodenal,
  • Testes sorológicos (ELISA).
  • Eosinofilia
69
Q

ESTRONGILOIDÍASE

TTO

A

Ivermectina (fármaco de escolha)
200μg/kg/dia, por 1 ou 2 dias

Alternativos:

Albendazol
400 mg/dia, por 3 dias seguidos

Tiabendazol
50 mg/kg (máximo de 3 g) em dose única ou 25 mg/kg, 2 vezes/dia, por 2 dias consecutivos.

70
Q

ESTRONGILOIDÍASE

EFEITOS COLATERAIS - TIABENDAZOL

10+

A
  • Sonolência;
  • Fadiga;
  • Cefaleia;
  • Tontura;
  • Febre;
  • Anorexia;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Prurido;
  • Exantema;
  • Linfadenopatia;
  • Odor característico na urina.
71
Q

TRICURÍASE

DEFINIÇÃO

A
  • Infecção causada pelo Trichuris trichiura,
  • O verme é mais frequente nas regiões quentes e úmidas, condições que favorecem o desenvolvimento do ovo no solo.
  • É mais frequente em crianças de idade escolar.

Chamada de tricocefalose ou tricurose

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Q

TRICURÍASE

CICLO EVOLUTIVO

3

A

Eliminação dos ovos:
- Ovos são eliminados pelas fêmeas e caem no solo.
- Levam 10 dias em condições adequadas para se desenvolverem em larvas infectantes.

Ingestão e desenvolvimento no duodeno:
- Ovos são ingeridos e se rompem no duodeno.
- Permanecem no duodeno até alcançarem a maturidade como vermes adultos.

Migração para o intestino grosso:
- Vermes adultos migram para o intestino grosso.
- Principalmente ao ceco e cólon ascendente.

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Q

TRICURÍASE

ETIOPATOGENIA

3

A

Variação das lesões intestinais:
- Lesões podem variar de simples erosões a úlceras múltiplas.
- Dependem de fatores relacionados ao hospedeiro, como idade e estado nutricional.
- Também dependem da carga parasitária, que determina a quantidade de sangue eliminado.

Possibilidade de enterorragias maciças:
- Perda sanguínea significativa pode causar enterorragias maciças.

Relação com o verme adulto:
- O verme adulto contribui para a perda sanguínea, pois suga sangue durante sua alimentação.

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Q

TRICURÍASE

FATORES - PROLAPSO RETAL

3

A

Característico das lesões graves

  1. Relaxamento esfincteriano e hipotonia muscular devido à diarreia associada.
  2. Tensão retal causada pelo tenesmo.
  3. Ondas peristálticas intensas, estimuladas pelos vermes fixados à parede intestinal.
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Q

TRICURÍASE

QUADRO CLINICO

5

A
  • Casos Assintomáticos
  • Dor e/ou desconforto na fossa ilíaca direita. E

CASOS GRAVES
- Quadros diarreico e disentérico
- Tenesmo
- Urgência
- Prolapso retal

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Q

TRICURÍASE

DIAGNÓSTICO

3

A
  • Pesquisa de ovos nas fezes
  • Retossigmoidoscopia
  • Anemia microcítica e hipocrômica.
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Q

TRICURÍASE

TTO

3

A

Mebendazol (Fármaco de Escolha - IMIPÃO)
100 mg, 2 vezes/dia, por 3 dias seguidos.

Albendazol (Farmaco de Escolha na Pratica)
400 mg, 1 x/dia por 3-7 dias

2º Linha:
Ivermectina
200 mcg/kg, por 3 dias