CASO 6 - DOENÇAS EXANTEMÁTICAS Flashcards
@CARDSTUTORIA - DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
- Entender a epidemiologia das doenças exantemáticas (sarampo, rubéola, roséola, eritema infeccioso, mononucleose infecciosa, varicela, doença mão-pé-boca, escarlatina), inferindo as etiologias;
- Definir as doenças exantemáticas: exantema maculopapular, vesicular e escarlatiniforme, reconhecendo os tipos de lesões apresentadas;
- Analisar a fisiopatologia das doenças exantemáticas, diferenciando os quadros clínicos e suas evoluções;
- Identificar o tratamento adequado, inferindo os principais aspectos de sua prevenção, assim como suas complicações.
EXANTEMA
DEFINIÇÃO
Qualquer erupção cutânea eruptiva que pode ser associada a febre ou a outros sintomas sistêmicos.
AKA: RASH CUTÂNEO
EXANTEMA
CAUSAS
3
- Patógenos infecciosos,
- Reações de medicação e
- Ocasionalmente uma combinação de ambos.
EXANTEMA
DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO - COMO É FEITO
3
- Analisando o tipo de lesão,
- Os sinais e sintomas concomitantes e a
- Epidemiologia sem a necessidade de exames laboratoriais (ex.: varicela, sarampo, doenças mãos-pés-boca).
Em outros casos, os exames laboratoriais são importantes para confirmar a etiologia (ex.: enterovírus, adenovírus, rubéola etc).
EXANTEMA
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
5
- Sarampo
- Escarlatina
- Rubéola
- Eritema infeccioso
- Exantema súbito
EXANTEMA
ERUPÇÃO - CAUSAS
4
- Invasão e multiplicação direta na própria pele
(ex.: varicela, herpes simples) - Ação de toxinas
(ex.: escarlatina, infecções estafilocócicas) - Ação imunoalérgica com expressão na pele
(ex.: viroses exantemáticas) - Dano vascular, podendo causar obstrução e necrose da pele
(ex.: meningococcemia, febre purpúrica brasileira)
DEFINIÇÃO
PÁPULAS
Pápulas: < 1 cm, superficiais, perceptíveis ao tato
DEFINIÇÃO
NÓDULOS
Nódulos: >1 cm, lesões elevadas, sólidas, palpáveis.
EXANTEMA
SE LESÃO DESAPARECER COM VITROPRESSÃO - INDICA
Decorrente de uma vasodilatação.
DEFINIÇÃO
PÚRPURA - CLASSIFICAÇÕES
3
- Petéquia (< 1 cm)
- Equimose (> 1 cm)
- Hematoma (equimose com relevo)
DEFINIÇÃO
PLACAS
Placas: >1 cm, superficiais, elevadas e perceptíveis ao tato
DEFINIÇÃO
VESICULAS
Vesículas: lesões pequenas que contêm líquido
DEFINIÇÃO
MÁCULAS
Máculas: <1 cm, planas e não palpáveis.
DEFINIÇÃO
BOLHAS
Bolhas: lesões maiores que contêm líquido
DEFINIÇÃO
PÚSTULAS
Pústulas: lesões com líquido purulento.
EXANTEMA
LESÃO MOBILIFORME
Morbiliformes: existem áreas de pele sã entre as lesões
Escarlatiniformes: o acometimento é difuso
EXANTEMA
LESÃO ESCARLATINIFORME
Morbiliformes: existem áreas de pele sã entre as lesões
Escarlatiniformes: o acometimento é difuso
SARAMPO
SARAMPO
Doença quase erradicada em nosso meio, graças às campanhas de vacinação, mas provocava grandes epidemias no passado.
Doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à morte.
SARAMPO
GRUPO DE RISCO
2
- Crianças entre 6 a 14 meses que não receberam a 1a dose da SCRV;
- Viajantes de e para áreas onde o sarampo endêmico ocorre.
SARAMPO
SINTOMAS DO PRÓDROMO
4
- FEBRE,
- TOSSE,
- CORIZA,
- CONJUNTIVITE.
SARAMPO
CUIDADOS COM PESSOAS PRÓXIMAS
3
- Aplicar vacina contra o sarampo até 72h após o contágio;
- Aplicar a imunoglobulina humana normal até 6 dias após a vacinação
- Isolamento respiratório: uso de máscara por até 4 dias após o início do exantema.
SARAMPO
AGENTE ETIOLÓGICO
Paramixovírus do gênero Morbilovirus.
SARAMPO
TRANSMISSÃO
Via aérea, por meio de aerossois
SARAMPO
TEMPO DE INCUBAÇÃO E CONTÁGIO
Tempo de incubação: 8-12 dias.
Tempo de contágio: 2 dias antes do início do pródromo e até 4 dias depois do aparecimento do exantema.
SARAMPO
DURAÇÃO DA DOENÇA NORMALMENTE
Sem complicações: 7-10 dias
SARAMPO
1ª MANIFESTAÇÃO CARACTERISTICA MUCOCUTÂNEA A APARECER
ENANTEMA:
Presença de manchas vermelhas nas mucosas de alguns órgãos
DEFINIÇÃO
Manchas branco-azuladas, pequenas, de cerca de 1mm de diâmetro, localizadas na região oposta aos dentes molares. Aparecem 1 ou 2 dias antes do exantema e desaparecem 2 ou 3 dias depois.
MANCHAS DE KOPLIK
SARAMPO
EXANTEMA - SEQUÊNCIA DE APARECIMENTO
INICIO:
1. ATRÁS DO PAVILHÃO AURICULAR,
2. PESCOÇO,
3. FACE E
4. TRONCO,
5. MEMBROS (POR VOLTA DO 3° DIA).
SARAMPO
EXANTEMA - DURAÇÃO
Aparece de 2 a 4 dias após os sintomas iniciais e
Dura por até 8 dias.
Cor sai do vermelho até o castanho-escuro antes de desaparecer.
SARAMPO
FASE DO AUGE DA DOENÇA
A DOENÇA ATINGE SEU AUGE NA FASE DO EXANTEMA
PACIENTE TOXÊMICO, FEBRIL, COM OS OLHOS HIPEREMIADOS, QUEIXANDO-SE DA CLARIDADE, COM INTENSA RINORREIA E TOSSE IMPLACÁVEL.
SARAMPO
COMPLICAÇÕES
10+
- Laringite;
- Traqueobronquite;
- Pneumonite intersticial;
- Ceratoconjuntivite;
- Miocardite;
- Adenite mesentérica;
- Diarreia com perda importante de proteína;
- Panencefalite esclerosante subaguda;
- Otite média, principal complicação bacteriana;
- Sinusite;
- Pneumonia bacteriana;
- Púrpura trombocitopênica;
- Encefalomielite;
- Reativação de tuberculose pela imunodepressão;
SARAMPO
SARAMPO MODIFICADO - DEFINIÇÃO
Acontece quando o vírus acomete pessoas que têm imunidade relativa, ou pela aquisição intrauterina de anticorpos (portanto, ocorre apenas em crianças pequenas), ou por terem tomado gamaglobulina.
Pródromos são mais leves que no sarampo clássico.
Raramente observa-se mancha de Koplik
Exantema é leve.
SARAMPO
SARAMPO ATÍPICO
Ocorre em crianças que tenham tomado previamente vacina de vírus morto. É mais grave, com febre alta, cefaleia, mialgia, pneumonite grave e derrame pleural. O exantema é bastante variável: macular, vesicular ou petequial.
Apesar de rara, essa forma de apresentação do sarampo é uma preocupação em decorrência da teórica possibilidade de ocorrer se as vacinas não forem bem conservadas.
SARAMPO
DIAGNÓSTICO
Dosagem de anticorpos
A dosagem é realizada na fase inicial e após 2-3 semanas, com aumento de 4x o título. A pesquisa de anticorpos da classe IgM através de ELISA pode ser positiva a partir do 6° dia após o início do exantema.
SARAMPO
TTO
TTO DE SUPORTE SINTOMÁTICOS
Não há tratamento antiviral específico.
- Vitamina A para os casos de sarampo grave entre as crianças hospitalizadas. (OMS)
SARAMPO
VACINAÇÃO - DOSES
TRIPLICE VIRAL
* 12 MESES
* 5 ANOS
* 11-19 ANOS
TETRAVIRAL
* 15 MESES
DEFINIÇÃO
SARAMPO ALEMÃO
Também conhecida como Sarampo alemão, ou sarampo de três dias. Devido à alta cobertura vacinal, a RUBÉOLA é raramente vista em países com vacinação universal implementada, o que torna difícil o reconhecimento desta doença.
RUBÉOLA
ETIOLOGIA
Vírus de RNA da família Togaviridae, do gênero Rubivirus.
RUBÉOLA
TRANSMISSÃO
Via aérea, por meio de perdigotos.
Perdigoto: Gotículas de saliva
RUBÉOLA
TEMPO DE INCUBAÇÃO E CONTÁGIO
TEMPO DE INCUBAÇÃO: 14-21 DIAS.
TEMPO DE CONTÁGIO: 2-3 DIAS ANTES –> 5-7 DIAS DEPOIS DA ERUPÇÃO.
RUBÉOLA
DURAÇÃO DA DOENÇA NORMALMENTE
1-3 DIAS AUTOLIMITADA
RUBÉOLA
CUIDADOS COM PESSOAS PRÓXIMAS
3
- Observação.
- Isolamento respiratório e de contato para os casos adquiridos pós-parto, até 7 dias após o exantema.
- As crianças com infecção congênita são consideradas infectantes até 1 ano de idade ou até que a pesquisa de vírus na nasofaringe e na urina se negativem.
RUBÉOLA
EXANTEMA - CARACTERISTICAS
- MACULOPAPULAR, RÓSEO;
- PODE, EVENTUALMENTE, COALESCER NO TRONCO;
- CAUSA SENSAÇÃO DE PRURIDO;
- DE CURTA DURAÇÃO, -3 DIAS.
- ORDEM DE APARECIMENTO (DENTRO DE 24H)
- FACE,
- PESCOÇO E
- TRONCO,
- MEMBROS
RUBEOLA DE ROSA
RUBÉOLA
QUADRO CLINICO
9
- Febre de baixo grau, raramente >38°C;
- Linfadenopatia subocciptal, cervical posterior e pós-auricular;
- Artralgia;
- Cefaleias;
- Conjuntivite;
- Dor de cabeça;
- Dor de garganta;
- Mialgias.
- EXANTEMA MACULOPAPULAR
RUBÉOLA
Lesões petequiais observadas, em alguns casos, no palato mole. No entanto, não é patognomônico da rubéola.
SINAL DE FORSCHEIMER
RUBÉOLA
COMPLICAÇÕES
RARAS NA CRIANÇA
* Púrpura trombocitopênica;
* Encefalite;
Em mulheres:
* Artralgia.
A grande importância da rubéola é na gestação, devido à possibilidade de promover dano fetal.
RUBÉOLA
DIAGNÓSTICO
Pesquisa de anticorpos contra rubéola
Classe: IgM e IgG
Método: ELISA
Isolamento do vírus em Material: nasofaringe ou urina
RUBÉOLA
PREVENÇÃO
MESMA DO SARAMPO
RUBÉOLA
TTO
SINTOMÁTICOS
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
DEFINIÇÃO
Doença viral contagiosa que causa febre alta e erupções na pele (manchas rosas)
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
AGENTE ETIOLÓGICO
2
Herpesvírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7).
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
TEMPO DE INCUBAÇÃO E CONTÁGIO
Tempo de incubação: 5-15 dias.
Tempo de contágio: Fase de viremia, sobretudo no período febril.
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
TRANSMISSÃO
Perdigotos
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
CUIDADOS COM PESSOAS PRÓXIMAS
2
- Observação.
- Isolamento é desnecessário.
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
Essa doença afeta virtualmente apenas as crianças entre – meses e — anos de idade, predominando nas menores de — anos.
*Essa doença afeta virtualmente apenas as crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, predominando nas menores de 2 anos. *
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
QUADRO CLINICO
O início da doença é súbito, com:
- Febre alta e contínua, sendo uma das causas mais comuns de convulsão febril.
- Não há toxemia, apesar da magnitude da febre;
- Linfonodomegalia cervical;
- Hiperemia de cavum.
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
EXANTEMA - CARACTERISTICAS
- MACULOPAPULAR, RÓSEO;
- DE CURTA DURAÇÃO, DE ALGUMAS HORAS ATÉ 2-3 DIAS;
- PODE PASSAR DESPERCEBIDO.
SEQUÊNCIA DE APARECIMENTO:
1. TRONCO,
2. CABEÇA E
3. EXTREMIDADES.
ROSÉOLA INFANTIL - EXANTEMA SÚBITO
DIAGNÓSTICO
Clínico
A indicação da infecção primária se dá somente com a identificação do vírus no sangue periférico. Testes para a identificação de anticorpos podem ser efetuados. Porém, não são tão fidedignos devido à possibilidade de infecções crônicas com reativações.