Câncer de Pulmão Flashcards
Epidemiologia do câncer pulmonar
Maior incidência e mortalidade
Quais os tipos histológicos de CA de pulmão?
o Tumores epiteliais
- Adenocarcinoma - mais comum 40%
- Carcinoma escamoso/epidermoide - 25-30%
- Pequenas células (neuroendócrino) - 15%
- Carcinoma de grandes células - 10-15%
- Outros: Carcinoma adenoescamoso, Carcinoma sarcomatoide, Tumor do tipo glândula salivar, Papilomas, Adenomas
o Tumores mesenquimais
o Tumores linfo-histiocitários
o Tumores de origem ectópica
Fisiopatologia do câncer de pulmão
Epitélio normal
Epitélio > Vidro fosco
Lesão pré maligna > adeno CA in situ > lesão sólida
Carcinoma invasivo
Evolução da neoplasia neuroendócrina de pulmão
Carcinoide típico > carcinoide atípico > pequenas células
Indicações de rastreio de câncer de pulmão
55-74 anos
Tabagistas e ex-tabagistas abstêmicos (15 anos)
30 maços.ano
Como é feito o rastreio de câncer de pulmão
TC de tórax de baixa dose anual
Sinais de CA de pulmão avançado
Invasão de via aérea: hemoptise
Derrame pleural: dispneia
Invasão de parede torácica
Invasão neural: rouquidão / plexo braquial
Caquexia
Principais sítios de metástases de câncer de pulmão
o Mediastino – linfonodos (primeiro sítio de disseminação)
o Osso
o Adrenal
o Fígado
o Crânio
o Pulmão (contralateral)
Qual estagio mais comum de diagnóstico de câncer de pulmão?
IV
Qual o subtipo histológico mais relacionado ao tabagismo?
Carcinoma de células escamosas/epidermoide
Qual o subtipo histológico mais relacionado a não tabagistas?
Adenocarcinoma (mas também ocorre em tabagistas)
Tipo histológico de CA de pulmão relacionado a lesão somente em vidro fosco
Adenocarcinoma lepídico = adenoCA in situ
Carcinoma de pequenas células de pulmão geralmente tem lesão central ou periférica?
Central
Adenocarcinoma de pulmão geralmente tem lesão central ou periférica?
Periférica
O que adenocarcinoma minimamente invasivo? Tmi
<3 cm
Puramente ou maior parte lepidico
Invasao < 5mm
Características do câncer de pulmão de pequenas células
Pacientes grande tabagistas
Alta taxa de metástase mediastinal (conglomerados linfonodais)
Síndrome de cava superior
Tratamento do câncer de pulmão de pequenas células
Nódulo pulmonar solitário
- Cirurgia + RT
Doença limitada
- QT e RT
- RT crânio profilática
Doença disseminada
- QT
- RT crânio e tórax
Características do tumor carcinoide
Pacientes jovens, sem comorbidades, com sintomas infecciosos
Atelectasia e lesão endobrônquica
Lesão perolada, violácea , projetada para dentro da via aérea
Típico: indolente (cresce invadindo e obstruindo a via aérea), sem necrose e menos de 2 mitoses
Atípico: mais agressivo (mais nodular), com necrose e maior taxa de mitose
Exames que devem ser solicitados para estadiamento de câncer de pulmão
Não invasivos:
- TC de tórax de alta resolução (baixa sensibilidade)
- TC/RNM de crânio
- TC abdome superior
- Cintilografia óssea
- PET – CT com FDG (SUV > 2.5) - sem valor diagnóstico»_space; biópsia
Invasivos: (se não invasivos indicarem lesão)
- EBUS-TBNA (“PAAF de linfonodos mediastinais”) - 1ª escolha
- Mediastinoscopia (padrão-ouro)
- Videotoracoscopia
Quais são as cadeias linfonodais traqueais e mediastinais?
1 – Mediastinal superior
2 – Paratraqueal»_space; dividida pela veia ázigos
3 – Pré-traqueal
3a – Mediastinal anterior
3p – Mediastinal posterior ou retrotraqueal
4 – Traqueobrônquico
5 – Subaórtico ou de Botall
6 – Paraaortico (Ao ascendente)
7 – Subcarinal
8 – Paraesofágico (abaixo da carina)
9 – Ligamento pulmonar
10 – Hilar
11 a 14 – Intrapulmonares
Primeira cadeia de drenagem do lobo superior esquerdo
Cadeias 5 e 6
Principal cadeia linfonodal de drenagem da maioria dos lobos pulmonares?
Cadeia 7
Quais linfonodos são possíveis de avaliar pelo EBUS-TBNA
2, 4, 7, 10, 11
Quais linfonodos são possíveis avaliar pela mediastinoscopia
2, 4, 5, 6, 7, 10, 11
Como acessar as cadeias linfonodais 8 e 9?
Somente por ecoendoscopia (EUS) ou videotoracoscopia
Estadiamento T do câncer do pulmão
Tis: tumor in situ
T1 – ate 3cm (se divide em T1A 0-1, T1B 1-2 e T1C 2-3)
• Minimamente invasivo se comp. sólido < 5 mm
T2 – até 5 cm
• Atinge pleura visceral (independente do tamanho) = T2
T3 – até 7 cm
• Atinge a parede torácica (independente do tamanho) = T3
T4 – mais de 7 cm
• Comprometimento do nervo laríngeo recorrente/ sd Horner/ sd da veia cava superior (independente do tamanho) = T4
Estadiamento N do câncer de pulmão
N1 - hilar ou intrapulmonar
N2 - mediastino no lado ipsilateral
N3 - cadeia contralateral
Quais as cadeias linfonodais acometidas de acordo com o estadiamento N?
N1: 10 a 14
N2: 2 a 9
N 3: 1 ou contralateral
Estadiamento M do câncer de pulmão
M0 sem metástase
M1 com metástase
Estadiamento clínico do câncer de pulmão
Tratamento do câncer de pulmão
Só cirurgia - I e II
§ Estágios iniciais
§ Ressecção completa
§ Sem linfonodos mediastinais
Cirurgia + Sistêmico - IIIa
§ Elevado risco de doença metastática
§ Apenas UMA cadeia mediastinal positiva
RT + Sistêmico IIIb e IV
§ Doença metastática
§ Vários linfonodos mediastinais positivos
* se oligometastatica e possivel ressecar pode fazer cx
Qual técnica cirúrgica padrão-ouro para câncer de pulmão?
Lobectomia + dissecção linfonodal mediastinal
Ideal minimamente invasiva:
VATS - videotoracoscopia
RATS - robótica
Quando realizar segmentectomia anatômica?
Tumores muito iniciais
Adenocarcinoma
Vidro fosco
Periférico
< 2 cm
N0
Como é feita a avaliação pré-operatória para ressecção pulmonar?
1) Avaliação cardiovascular
Baixo risco»_space; espirometria
Alto risco»_space; testes ergométricos
2) Espirometria
Baixo risco»_space; liberado
ppoVEF1 > 60%
ppoDLCO > 60%
Alto risco»_space; ergoespirometria
ppoVEF1 < 60%
ppoDLCO < 60%
3) Ergoespirometria
< 10 ml/kg/L»_space; melhor outro tratamento
10-20 ml/kg/L»_space; ??
> 20 ml/kg/L»_space; liberado
Tratamento local não cirúrgico e desvantagem
SBRT – radioterapia estereotática fracionada corpórea ou extracraniana
Não faz linfadenectomia
Indicações de SBRT
Estadios I e II (doença inicial, geralmente ate 4cm)
Pacientes não candidatos a cirurgia por baixa condição clínica
Tratamento de segundo primário pulmonar em paciente com baixa reserva funcional
Opções de tratamento sistêmico do câncer de pulmão
Quimioterapia citotóxica
Imunoterapia
** Adjuvante ou neoadjuvante
Quando ressecar lesões pulmonares metastáticas de outros locais?
o Primário controlado (OBRIGATÓRIO)
o Todas as metástases podem ser ressecadas (OBRIGATÓRIO)
Melhor prognóstico:
o Intervalo livre de doença maior que 2 anos/36 meses (NÃO É OBRIGATÓRIA)
o Até 3 nódulos pulmonares (NÃO É OBRIGATÓRIA)
O que é tumor de Pancoast?
Tumores do sulco pulmonar superior, adjacentes aos vasos subclávios
Acometimento do plexo braquial, pleura parietal, primeiro e segundo arcos costas, gânglio estrelado e cadeia simpática paravertebral
O que síndrome de Pancoast?
Dor em ombro (C8, T1, Y2)
Fraqueza e atrofia da mão
Síndrome de Horner
O que é Síndrome de Horner?
Ptose ipsilateral ao tumor
Diminuição da fenda palpebral
Miose
Enoftalmia
Anidrose
Tratamento do tumor de Pancoast
QT + RT iniciais»_space; ressecção se não houver metástases
Quais principais fenômenos paraneoplásicos relacionados ao câncer de pulmão?
Hipercalcemia (meta óssea ou secreção de PTH)
SIADH
Neurológicas
Hematológicas
Dermatomiosite
Síndrome de Cushing (aumento de ACTH)
O que é pseudotumor inflamatório do pulmao?
Granuloma de células plasmáticas/ tumor miofibroblástico inflamatório / xantugranuloma / histiocitoma fibroso / fibroxantoma
Histologia: células fusiformes + mononucleares
Tratamento do pseudotumor inflamatório do pulmão
Cirurgia
Se irressecável: glicocorticoide + QT _RT
Principal via de disseminação de metástases para o pulmão
Vascular
Sítios primários mais comuns que geram metástases pulmonares
Mama
Colon - mais comum
Cabeça e pescoço
Sarcomas