Câncer de Próstata e Câncer de Bexiga Flashcards

1
Q

Qual é o principal tipo de câncer de próstata?

A

Adenocarcinoma prostático

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Q

Quais são os principais fatores de risco para o adenocarcinoma prostático (4)?

A
  1. Idade avançada
  2. História familiar
  3. Negros
  4. Obesidade
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3
Q

Qual a zona da próstata mais acometida pelo adenocarcinoma prostático?

A

Zona periférica

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4
Q

É comum a presença de sintomas obstrutivos no adenocarcinoma prostático?

A

NÃO, pois ele é periférico. A presença de sintomas obstrutivos é indicativo de doença AVANÇADA

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5
Q

Há necessidade de rastreamento para câncer de próstata?

A

Não é consensual! Urologistas indicam, enquanto o INCA e o SUS não, devido ao alto risco de complicações do tratamento e o impacto não tão claro da sobrevida. Dessa forma, a decisão deve ser feita com o paciente!
Obs: prova de preventiva- não fazer rastreamento. Prova de clínica/cirurgia - fazer rastreamento.

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6
Q

Se o rastreamento for indicado, a partir de que idade ele deverá ser iniciado?

A

> = 50 anos (em negros ou pacientes com hist familiar, pode-se começar >= 45 anos).

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7
Q

Quais são os métodos utilizados para RASTREAMENTO do câncer de próstata (2)?

A
  1. Toque retal
  2. PSA
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8
Q

Quais achados indicam toque retal SUSPEITO para câncer?

A

Presença de nódulo ou endurado, alteração da consistência.

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9
Q

Qual o valor de PSA é considerado suspeito para câncer em pacientes > 60 anos? E em pacientes < 60 anos?

A
  1. > 60 anos: PSA > 4 ng/ml
  2. < 60 anos: PSA > 2,5 ng/ml
    Obs: o PSA é específico da próstata, mas não é específico de CA de próstata, e pode se alterar em HPB, prostatite, etc.
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10
Q

Quando estará indicada a continuação da investigação para CA de próstata a partir do rastreamento?

A

Toque retal suspeito OU PSA alterado (qualquer um dos dois, são independentes!)

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11
Q

Qual o método utilizado para continuação da investigação de CA de próstata, quando indicado?

A

Biópsia guiada por USG transrretal

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12
Q

Quando os valores de PSA estão limítrofes e geram dúvida quanto ao seguimento da investigação, existem alguns dados relacionados ao PSA que falam mais a favor de CA de próstata. Quais são eles (3)?

A
  1. Velocidade de aumento do PSA > 0,75 ng/ml/ano
  2. Densidade (PSA em relação ao peso da próstata) > 0,15
  3. Fração livre do PSA < 25% (no CA de próstata, a maior parte do PSA está ligada a proteínas, de forma que a fração livre é baixa)
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13
Q

Quais são os 3 parâmetros utilizados no ESTADIAMENTO do câncer de próstata?

A
  1. PSA (valores mais elevados de PSA, sobretudo > 10, estão relacionados a maior risco de doença invasiva)
  2. Escore de Gleason
  3. TNM
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14
Q

O escore de Gleason faz o estadiamento do câncer de próstata a partir de qual característica da lesão?

A

A partir do GRAU DE DIFERENCIAÇÃO HISTOLÓGICA

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15
Q

O câncer de próstata é classificado em 5 graus de diferenciação histológica, sendo 1 o mais bem diferenciado e 5 o mais indiferenciado. Como é a classificação de Gleason a partir desses números?

A

A classificação de Gelason é dada por um número que é a soma dos dois tipos histológicos mais presentes na lesão. Exemplo um Gleason 3 + 4 é um Gleason de 7 que tem o tipo histológico 3 como o mais frequente e o 4 como o segundo mais frequente.
Obs: Gleason 7 tipo 4+3 é mais grave que o Gleason 7 tipo 3+4!!

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16
Q

Qual valor do escore de Gleason indica tumor BEM diferenciado (baixo risco de doença invasiva)?

A

Gelason <=6

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17
Q

Qual valor do escore de Gleason indica tumor INTERMEDIÁRIO (médio risco de doença invasiva)?

A

Gleason = 7

18
Q

Qual valor do escore de Gleason indica tumor POUCO diferenciado (alto risco de doença invasiva)?

A

Gleason >=8

19
Q

Qual o método utilizado para avaliar o T (tamanho da lesão) na classificação TNM do CA de próstata?

A

Ressonância magnética

20
Q

Qual o método utilizado para avaliar o N (linfonodos acometidos) na classificação TNM do CA de próstata?

A

Linfadenectomia pélvica

21
Q

Quais os pacientes que têm indicação de linfadenectomia pélvica para investigação de acometimento linfonodal (N do TNM) (2)?

A
  1. Gleason >=8 OU
  2. PSA > 10
22
Q

Qual o principal sítio de metástase do câncer de póstata?

A

OSSOS (metástases blásticas)

23
Q

Qual o melhor método utilizado para avaliar o M (metástases à distância, no caso ósseas) na classificação TNM do CA de próstata?

A

Cintilografia óssea

24
Q

Quais os pacientes que têm indicação de cintilografia óssea para investigação de metástase (M do TNM) (2)?

A
  1. Gleason >=8 OU
  2. PSA > 20
25
Q

Quais são as modalidades terapêuticas que podem ser utilizadas no paciente com adenocarcinoma prostático LOCALIZADO (3)?

A
  1. Prostatectomia radical (com ou sem linfadenectomia)
  2. Radioterapia
  3. Vigilância ativa
26
Q

Geralmente, em que situação há indicação de radioterapia para tratamento de CA de próstata localizado, em detrimento da cirurgia?

A

Quando há contraindicação à protatectomia radical (ex: alto risco cirúrgico)

27
Q

Quais pacientes podem ser submetidos à vigilância ativa? Em que consiste esse método.

A

Pacientes com PSA < 10 E Gleason <=6 (baixo risco de doença invasiva), principalmente em pacientes idosos, com baixa expectativa de vida. A viglância ativa consiste no acompanhamento regular do paciente, com a realização de intervenção apenas em caso de piora.

28
Q

Qual o OBJETIVO das modalidades terapêuticas que podem ser utilizadas no paciente com adenocarcinoma prostático METASTÁTICO?

A

DEPRIVAÇÃO ANDROGÊNICA

29
Q

Qual são as modalidades terapêuticas que podem ser utilizadas no paciente com adenocarcinoma prostático METASTÁTICO (3)?

A
  1. Orquiectomia bilateral (pouco utilizada pela repercussão no paciente)
  2. Agonista de GnRH (goserelina, leuprolide)
  3. Casos resistentes: antiandrogênicos e quimioterápicos
30
Q

Como funciona o tratamento com agonistas de GnRH, uma das principais terapias utilizadas no CA de próstata metastático?

A

Os agonistas de GnRH promovem um estímulo contínuo à liberação hipotalâmica de GnRH. Como a liberação fisiológica é PULSÁTIL, e não contínua, esse estímulo constante INIBE a liberação de GnRH, reduzindo a síntese de androgênios.

31
Q

Quais os principais fatores de risco para o câncer de bexiga (câncer de células transicionais) (4)? Qual o principal?

A
  1. Idade avançada (> 40 anos) (sobretudo homens)
  2. Brancos
  3. TABAGISMO (principal!!)
  4. História de irradiação pélvica
    Obs: exposição ocupacional (pintores), uso de ciclofosfamida são outros fatores de risco, menos importante
32
Q

Qual a principal apresentação clínica do câncer de bexiga?

A

Hematúria MACROSCÓPICA e INDOLOR.
Obs: doença de Berger (nefropatia por IgA) é um ddx, porém acomete pacientes mais jovens em comparação ao CA de bexiga

33
Q

Qual é o principal exame utilizado para diagnóstico de CA de bexiga? Qual o achado típico desse exame que sugere CA de bexiga?

A

TC de vias urinárias COM contraste. O achado típico é uma projeção da parece da bexiga que não cora com o contraste (falha de enchimento)

34
Q

Qual o exame que CONFIRMA o diagnóstico de câncer de bexiga?

A

CISTOSCOPIA COM BIÓPSIA.
Obs: pode ser realizada nos casos de pacientes com alta suspeita de CA de bexiga e TC normal, uma vez que a TC nem sempre vê a lesão

35
Q

Qual é a apresentação mais comum dos tumores de bexiga?

A

A maioria é PAPILAR (se projeta no interior da bexiga) e SUPERFICIAL (não alcança a muscular própria)

36
Q

Qual é o tratamento dos tumores papilares (superficiais) da bexiga?

A

Ressecção local

37
Q

Quais são os pacientes com maior risco de recidiva dos tumores papilares (superficiais de bexiga) (3)? Nesses pacientes, qual medida pode ser utilizada para complementar a ressecção local, a fim de prevenir recidivas do tumor?

A
  1. Pacientes com lesões múltiplas
  2. Pacientes que já tiveram recorrência
  3. Pacientes que têm lesões mais planas (achatadas)
    Nesses pacientes, pode-se complementar com terapia local com BCG (tem função imunomoduladora e previne recidivas) + acompanhamento clínico
38
Q

Qual é o tratamento dos tumores invasivos (profundos) da bexiga, que atingem a camada muscular própria?

A

Cistectomia radical
Obs: costuma-se fazer QT neoadjuvante!! P/ estabilizar a lesão antes da cistectomia

39
Q

Qual é o tratamento dos tumores metastáticos da bexiga?

A

QT isolada

40
Q

Qual exame pode auxiliar no seguimento e no diagnóstico precoce de recidivas nos pacientes tratados para CA de bexiga?

A

Pesquisa de células transicionais no exame citológico da urina.

41
Q

Os tumores papilares (superficiais) da beixga podem ter tratamento curativo e com baixo índice de recidivas. Essa afirmativa é verdadeira ou falsa?

A

FALSA. Embora o tratamento dos tumores superficiais possa, de fato, ser curativo, o índice de recidivas é ALTO. O tratamento complementar com BCG local pode, inclusive, ser recomendado, nos pacientes com mais fatores de risco para recidiva.