Câncer de pele Flashcards
Quais são os 3 tipos principais de câncer de pele?
o Carcinoma basocelular – 1º mais comum – menos grave. o Carcinoma espinocelular – 2º mais comum – gravidade intermediária. o Melanoma – Responsável por quase 80% das mortalidades por câncer de pele - º 3º mais comum – mais grave.
Quais os fatores de risco físicos? (6)
- RUV (principal fator de risco) - Radiação ionizante - Calor - Traumatismo - Alcatrão - Arsênico
Explique o Traumatismo ser um fator de risco:
traumas, feridas e escoriações repetidas, em mesmo local, ao longo de anos a décadas pode desencadear câncer de pele. Imagina-se que por tentativa de recuperação, regeneração tecidual repetida ao longo de anos pode provocar o câncer. Para regenerar o tecido, é necessário que haja proliferação celular, e, quando isso ocorre repetidas vezes, em algum momento desse processo, ao longo dos anos, essa proliferação pode se tornar desorganizada e gerar um câncer de pele. É o mesmo raciocínio para úlcera crônica, que também é fator de risco para câncer de pele, pela tentativa de reparação tecidual ao longo de anos.
Quais os fatores de risco biológicos? (5)
o Vírus 90% dos cânceres de pele tem localização em áreas fotoexpostas. Negro < branco – os negros, naturalmente, apresentam maior proteção da melanina. Albinos – deficiência da enzima responsável pela gênese da melanina, que é proteção química contra RUV. Latitude – equador (câncer pele é mais comum em regiões onde a RUV é maior, ou seja, mais perto do equador).
Explique a radiação ionizante ser um fator de risco:
Raio X para tratamento de acne, no passado. Muitas dessas pessoas acabaram desenvolvendo câncer depois. Não é à toa que os radiologistas sempre se protegem com avental de chumbo e se mantém a uma distância segura, o risco de desenvolver câncer, não apenas de pele, é grande.
Explique o calor ser um fator de risco:
o Radiação infravermelha: Chineses que dormiam em cama de tijolo aquecido – provocou alta prevalência de câncer de pele na região lateral da face; Sulistas que ingerem bebidas quentes – chimarrão – alto índice de câncer de esôfago e estômago.
Explique o alcatrão ser um fator de risco:
Substância química presente no cigarro, que é fator de risco para câncer, por exemplo, de mucosa oral no cigarro. O alcatrão é usado para tratamento da psoríase em creme, deve-se tomar cuidado, não pode ser usado em longo prazo.
Explique o arsênico ser um fator de risco:
o Uso terapêutico no passado; o Agricultores – inseticidas e herbicidas (uso atual).
Explique o vírus ser um fator de risco:
HPV - Papilomavírus (câncer de pele e genital), Herpes vírus Humano-8 (mais comum no paciente com HIV – Sarcoma de Kaposi).
O que é o Sarcoma de Kaposi (SK)? (
- O Sarcoma de Kaposi (SK) é a malignidade mais comumente associada à doença HIV, podendo ser classificada em quatro formas distintas: clássico, endêmico (África), iatrogênico (associado à imunossupressão) e AIDS-associado (epidêmico). - O Sarcoma de Kaposi clássico acomete tipicamente pacientes idosos do sexo masculino de origem do Mediterrâneo e judeus do leste Europeu, apresentando- se como uma doença indolente com lesões paranodulares na pele e raramente apresenta envolvimento visceral.
A radiação ionizante, calor, alcatrão, arsênico e Vírus, são fatores de risco de todos os tipos de câncer de pele (V/F)?
FALSO, Todos esses fatores citados, radiação ionizante, calor, alcatrão, arsênico e Vírus, são fatores de risco apenas para o carcinoma espinoclelular, e nenhum para o carcinoma basocelular, nem para o melanoma. A radiação ultravioleta é fator de risco para todos os tipos de cânceres.
Quais são os fatores de risco internos? (5)
Pele clara, que não se pigmenta. Olhos claros. Cabelos louros. Predisposição genética – casos familiares. Imunossupressão crônica – independente da causa, os pacientes imunossuprimidos têm risco aumentado para câncer de pele (HIV, transplantados que precisam de terapia imunossupressora).
Quais as características gerais do Carcinoma Basocelular? (7)
Câncer mais comum em seres humanos – não só de pele, e sim de todos os órgãos, por isso qualquer médico precisa entender sobre esse câncer. Tumor constituído por células morfologicamente semelhantes às células basais da epiderme, mas isso não significa que ele se origine da camada basal. Localmente agressivo e destrutivo. Não provoca metástases (exceto em raros casos descritos) – consideramos que NÃO provoca, e sim que esses casos descritos precisam ser mais bem investigados. Crescimento lento (O carcinoma espinocelular tem crescimento um pouco mais rápido, e o melanoma mais rápido ainda). Homens x mulheres → controverso – não tem diferença Raro em indivíduos pardos ou negros, justamente por causa da proteção da melanina
Qual a localização mais frequente do carcinoma basocelular?
Principalmente áreas fotoexpostas Face – 90% Pescoço Tronco – apesar de não ser área fotoexposta. Membros
Quais os subtipos das manifestações clínicas do carcinoma basocelular? (6)
Papulonodular : É o mais comum e também porque, muitas vezes, é assim que se inicia, mesmo evlouindo para uma úlcera ou outro tipo. Superficial; Terebrante; Ulcerado; Esclerodermiforme; Vegetante
Quais as características da forma papulonodular do carcinoma basocelular? (4)
Pápula cor da pele, translúcida ou perolada. Telangiectasia – pode apresentar teleangiectasia na lesão, mas sem relação com distúrbio hepático. Friável – sangramento: muitas vezes, o paciente pensa que é uma espinha que inflamava e depois seca, passando muito tempo sem procurar médico. Pode ser pigmentada.
Qual prognóstico do carcinoma basocelular? (4)
Crescimento lento Capacidade invasiva localizada. Pode ser localmente agressivo se não tratado (se não for tratado ele cresce). Neoplasia maligna cutânea de melhor prognóstico – é preciso tratar o mais precocemente possível, pois quanto maior a lesão estiver maior será o procedimento cirúrgico necessário para sua retirada e mais morbidade trará ao paciente.
Qual o tratamento para carcinoma basocelular? (4)
Cirurgia: O tratamento ideal de todas essas neoplasias é a cirurgia Crioterapia – nitrogênio líquido. É uma cauterização por congelamento com necrose das células. Aplica spray 2 a 3 vezes, que provoca processo inflamatório, necrosa as células malignas e depois cicatriza. Eletrodissecção: cauterização com bisturi elétrico, e vai queimando a lesão. Curetagem: Raspagem com cureta e associa com bisturi elétrico para cauterizar. OBS: O ideal é a cirurgia, pois em nenhum outro tipo de tratamento temos como ter certeza que todas as células malignas foram retiradas, apenas fazendo acompanhando clínico para ver se vai ter recidiva.
Quais as características gerais do carcinoma espinocelular? (7)
Tumor maligno dos queratinócitos. Epiderme (pele e mucosa). Menos comum que o CBC Sexo masculino Maioria após a sexta década de vida – quando ocorre em adultos jovens, geralmente, é provocado por exposição muito intensa, como surfistas. Em negros é o câncer de pele mais comum – a pele negra fornece maior proteção por conta da melanina, então, tem menos carcinoma basocelular e espinocelular. Entretanto, como o carcinoma espinocelular tem outros fatores de risco, além da RUV, ele é o mais comum nos negros. Áreas fotoexpostas;
Quais as diferenças entre o carcinoma Basocelular e o espinocelular? (4)
o Velocidade de crescimento é maior no espinocelular o Possibilidade de metástase no espinocelular; o O carcinoma espinocelular pode acometer mucosa; o Carcinoma basocelular já aparece como carcinoma basocelular, já o espinocelular pode aparecer derivado de outras lesões
No carcinoma espinocelular, as lesões podem surgir em pele sã ou a partir de: (3)
o Lesão pré-maligna - Ceratose actínica (indicada retirada). o Radiodermite – Processo inflamatório da pele, com cicatrização ruim, causado pela radioterapia; o Cicatrizes (principalmente de queimaduras) e úlceras crônicas (geralmente em insuficiência vascular periférica, como diabetes).
Quais os tipos de manifestações clínicas do carcinoma espinocelular? (5)
Pápula ceratósica – ceratose, que é aumento da epiderme à custa da camada córnea. Muitas vezes começa assim e depois pode evoluir para qualquer tipo de lesão, como tumoração, nódulo, lesão verrucosa, etc. Crescimento mais rápido que o CBC. Nódulos; Tumorações; Vegetações.
Qual o tratamento do carcinoma espinocelular? (1)
Cirurgia: Primeiro faz a retirada, para depois mandar para biópsia e avaliar o grau de invasão. EM mucosa, a chance de metástase é muito maior, pois atinge a corrente sanguínea muito mais fácil. Então, é necessário investigação e pode precisar do acompanhamento de oncologista.
Quais as características do melanoma? (8)
- Menos comum dos 3, mas o mais grave, é responsável por 80% das mortes por câncer de pele. - Essa alta percentagem de morte é causada pela grande capacidade de metástase. Tumor maligno composto por melanócitos; Pele (91%), olhos, mucosas e meninges. Principalmente pele, mas acomete outros lugares também. Homem = mulher Raro em negros – o principal fator de risco é a RUV. 80% das mortes por câncer de pele. Apresenta forte associação genética, tanto que, se atendermos um paciente com melanoma, precisaremos examinar toda a família, tios, filhos, netos, irmãos, pais.
Qual a localização mais comum do melanoma? (2)
Tronco e pernas – não necessariamente acomete regiões mais fotoexpostas. Exceção em idosos – face. o Talvez, em idosos, o fator da RUV seja maior do que o genético, então será mais comum aparecer em área fotoexposta, mas não é algo certo.
Como é feito o diagnóstico do melanoma? (3)
Exame clínico – suspeita-se ao ver a lesão. Regra do ABCDE – Assimetria, Borda, Cor, Diâmetro e Evolução. o Pode ser feita a olho nu ou com algum aparelho. Pode usar lente de aumento, mas não ideal, o ideal é o dermatoscópio, que aumenta em 20 vezes, permitindo a delimitação da lesão e analisar suas características com mais detalhe. Semiologia armada
Explique a regra do ABCDE para o melanoma:
Assimetria: O melanoma maligno: apresenta, ao dividi-lo ao meio, uma metade diferente da outra e possui uma forma assimétrica. Já o benigno é totalmente simétrico e igual. Borda: Maligno: apresenta uma borda irregular, ondulada ou mal definida. Benigno: apresenta uma borda regular. Cor: Maligno: a cor varia de uma área para outra, e pode ser bege, marrom ou preta. Em alguns casos pode ser branca, vermelha ou azul. Benigno: único tom. Diâmetro: Maligno: quando diagnosticados, o melanoma tem mais que 6 milímetros (do tamanho de um lápis borracha). Benigno: são menores que 6 milímetros de diâmetro. Evolução: Devemos acompanhar uma lesão ou parte da pele que seja diferente e apresente mudança de tamanho, forma ou cor (com registro fotográfico por dermatoscópio) e o paciente que vai dizer se a lesão é nova ou não, ou se mudou de aspecto.. Importante: Esses critérios não fecham diagnóstico, eles ajudam na suspeita do melanoma, o que vai nos levar a fazer o exame principal do diagnóstico, que é a retirada da lesão e estudo histopatológico.
Quais as características do Melanoma Lentiginoso Acral? (
- acomete extremidades, principalmente o pé e, no pé, principalmente a região plantar - Pode acometer também a unha também, não a lamina da unha em si, mas embaixo dela, no leito ungueal. - Na maioria das vezes, essa lesão será benigna, assim como pode haver um nevo na pele, pode ocorrer na matriz da unha também e dar essa mancha preta linear. - Quando o melanoma lentiginoso acral invade a pele é um sinal de gravidade chamado, Sinal de Hutchinson, ou seja, maior chance de ocorrer metástase. - Bob Marley que teve melanoma lentiginoso acral, se negou a fazer amputação da lesão, devida à sua religião, Rastafári. O tratamento acabou atrasando e ele morreu de metástase cerebral.

Forma papulonodular do carcinoma basocelular

Forma nodulopapular do carcinoma basocelular
?

Carcinoma basocelular

Células em volta das ilhas tumorais lembram as células da camada basal, mas isso não é derme nem epiderme, é um carcinoma basocelular em enorme aumento.

Células da periferia, por isso o nome carcinoma basocelular.

Ceratose actínica - carcinoma espinocelular

Ceratose actínica - carcinoma espinocelular

carcinoma espinocelular

carcinoma espinocelular

comparação de um sinal benigno e um possível melanoma

MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL

MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL