Bloco 005 Flashcards

1
Q

A declaração de inconstitucionalidade do caput de um artigo de lei implica automaticamente a nulidade de seus parágrafos e incisos.

A

FALSO!

No RE 599.316/SC (Tema 244), o STF declarou a inconstitucionalidade do caput do art. 31 Lei nº 10.865/2004.
Muito embora se possa presumir, sob óptica topográfica, que a declaração de inconstitucionalidade do caput de um dispositivo gere reflexos em seus incisos e parágrafos, dada a relação de dependência que possuem, esse entendimento não se aplica no caso concreto. Isso, porque o caput do art. 31 da mencionada lei prevê uma data específica para a vedação do direito de creditamento da contribuição ao PIS e à COFINS concernente à depreciação ou amortização de bens e direitos do ativo imobilizado.
O § 2º, por sua vez, trata de situação diversa, na medida em que não fixa qualquer elemento limitador de data.
Nesse contexto, não existe a necessária aderência da hipótese prevista no § 2º com o entendimento que fundamentou a inconstitucionalidade do caput, cujo ponto central foi justamente a limitação temporal, considerada, na ocasião, arbitrária.

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2
Q

É constitucional a reserva de vagas para mulheres em concursos públicos para a Polícia Militar do Amazonas, limitada a 10% das vagas, impedindo que elas concorram à totalidade das vagas disponíveis.

A

FALSO!

A reserva de vagas para candidatas do sexo feminino para ingresso na carreira da Polícia Militar, disposta em norma estadual, não pode ser compreendida como autorização legal que as impeça de concorrer à totalidade das vagas disponíveis em concursos públicos, isto é, com restrição e limitação a determinado percentual fixado nos editais.

O STF conferiu interpretação conforme a Constituição ao dispositivo, a fim de se afastar qualquer exegese que admita restrição à participação de candidatas do sexo feminino nos concursos públicos para combatentes da corporação militar, sendo-lhes assegurado o direito de concorrer à totalidade das vagas oferecidas nos certames, para além da reserva de 10% de vagas exclusivas, estabelecida pelo dispositivo que deve ser reconhecido como política de ação afirmativa.

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3
Q

É constitucional, diante do pacto federativo e da competência concorrente aplicável, que Constituição estadual estabeleça idade de aposentadoria compulsória diferente da prevista na Constituição Federal.

A

FALSO!

É inconstitucional norma de Constituição estadual que estabelece limite etário para aposentadoria compulsória diferente do que é fixado pela Constituição Federal.

No caso, a ALE invadiu prerrogativa conferida à União para estabelecer normas gerais, de reprodução obrigatória, sobre previdência social (art. 24, XII, §§ 1º a 4º, da CF/88). Logo, extrapolou os limites do exercício do poder constituinte decorrente reformador.

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4
Q

A lei que obriga a inclusão de canais de programação local em pacotes de TV por assinatura, sem custo adicional, é constitucional.

A

VERDADEIRO!

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5
Q

O Ministério Público pode solicitar a preservação de dados de internet, como o conteúdo de mensagens e localização, sem autorização judicial.

A

FALSO!

No caso concreto, o Ministério Público, sem autorização judicial, expediu ofícios a provedores de internet para determinar a preservação dos dados e IMEIs, informações cadastrais, histórico de localização e pesquisas, conteúdo de e-mails e iMessages/hangouts, fotos e nomes de contatos de pessoas investigadas.
Para o STF, as provas obtidas a partir desse requerimento foram nulas. Isso porque o Parquet pediu o congelamento de outros dados além dos registros de conexão que são autorizados pelo § 2º do art. 13 do Marco Civil da Internet.
A subtração do controle do cidadão sobre suas informações sem a devida observância das regras de organização e procedimento, além de afrontar a legislação pertinente e alguns dos direitos e garantias fundamentais, ofende o direito à autodeterminação informativa do indivíduo.

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6
Q

Uma lei estadual pode cobrar uma contribuição sobre operações de saída interestadual de produtos de origem animal, vegetal ou mineral, vinculando-a a um fundo estadual.

A

FALSO!

É inconstitucional lei estadual que determina o recolhimento, ao Fundo Estadual do Transporte (FET), de percentual incidente sobre o valor destacado no documento fiscal relativo a operações de saídas interestaduais ou com destino à exportação de produtos de origem vegetal, animal ou mineral.
Essa cobrança apresenta características de imposto, pois incide compulsoriamente sobre os contribuintes e não se vincula a qualquer atividade estatal. O tributo em questão possui fato gerador (operações de saída de produtos de origem vegetal, mineral ou animal) e base de cálculo (valor destacado no documento fiscal) idênticos aos do ICMS. De acordo com o art. 155, § 2º, IV, da Constituição Federal, cabe a resolução do Senado Federal estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. Assim, não podem os estados-membros criar adicionais sobre as alíquotas interestaduais do ICMS.
Vale ressaltar, ainda, que a Constituição Federal veda a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo nas hipóteses expressamente nela previstas.

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7
Q

A Constituição Federal determina que metade dos 2% da receita corrente líquida destinados a emendas individuais no projeto de lei orçamentária deve ser obrigatoriamente utilizada em ações e serviços públicos de saúde.

A

VERDADEIRO

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8
Q

O STF entendeu que o auxílio familiar fornecido a diplomatas cobre a necessidade de custeio educacional de seus dependentes, quando esses estão no exterior.

A

VERDADEIRO

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9
Q

O Poder Público pode prorrogar concessões ou permissões de transporte intermunicipal sem realizar licitação, desde que esteja previsto em lei estadual.

A

FALSO!

É inconstitucional lei estadual que, em caso de não realização de nova licitação, prorroga automaticamente contratos de permissão de transporte rodoviário alternativo intermunicipal de passageiros e restaura a vigência de permissões vencidas.
Essa lei viola o art. 175, caput, da CF/88:
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

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10
Q

É nula a quebra de sigilo fiscal que não demonstra o fumus commissi delicti, mas, ao contrário, busca colher mínimos elementos necessários à investigação.

A

VERDADEIRO

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11
Q

São inadmissíveis as provas digitais sem registro documental acerca dos procedimentos adotados pela polícia para a preservação da integridade, autenticidade e confiabilidade dos elementos informáticos.

A

VERDADEIRO

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12
Q

Não é possível fixar, na esfera penal, indenização mínima a título de danos morais, sem que tenha havido a efetiva comprovação do abalo à honra objetiva da pessoa jurídica.

A

VERDADEIRO

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13
Q

O princípio in dubio pro societate não pode ser utilizado para suprir lacunas probatórias.

A

VERDADEIRO

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14
Q

A Resolução da Corte Interamericana de Direitos Humanos de 22/11/2018, que determina o cômputo da pena em dobro, deve ser aplicada a todo o período cumprido pelo condenado no Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho (IPPSC).

A

VERDADEIRO

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15
Q

Crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

A

VERDADEIRO

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16
Q

O ICMS compõe a base de cálculo do IRPJ e da CSLL, quando apurados na sistemática do lucro presumido.

A

VERDADEIRO

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17
Q

A concessão dos medicamentos não incorporados em atos normativos do SUS exige a presença cumulativa da comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e circunstanciado expedido por médico que assiste o paciente, da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento, assim como da ineficácia, para o tratamento da moléstia, dos fármacos fornecidos pelo SUS, da incapacidade financeira de arcar com o custo do medicamento prescrito e da existência de registro do medicamento na ANVISA, observados os usos autorizados pela agência.

A

VERDADEIRO

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18
Q

O Estado pode ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais.

A

FALSO!

O Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais.

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19
Q

A ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não impede, como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão judicial.

A

FALSO!

A ausência de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impede, como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão judicial.

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20
Q

É possível, como regra, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei 13.411/2016), quando preenchidos três requisitos: a) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras); b) a existência de registro do medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; e c) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil.

A

FALSO!

É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei 13.411/2016), quando preenchidos três requisitos:
a) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras);
b) a existência de registro do medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; e
c) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil.

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21
Q

As ações que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na Anvisa deverão necessariamente ser propostas em face da União.

A

VERDADEIRO!

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22
Q

A realização de editais de chamamento para terrenos de marinha entre 2007 e 2011 é válida, segundo o STJ.

A

VERDADEIRO!

Nos procedimentos de demarcação de terrenos de marinha, é válido o ato jurídico de chamamento de interessados certos ou incertos à participação colaborativa com a Administração formalizado exclusivamente por meio de edital, desde que o ato tenha sido praticado no período de 31/05/2007 até 28/03/2011, em que produziu efeitos jurídicos a alteração legislativa do art. 11 do Decreto-lei n. 9.760/1946 promovida pelo art. 5º da Lei n. 11.481/2007.

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23
Q

O direito à informação ambiental inclui o dever da Administração Pública de divulgar documentos ambientais na internet.

A

VERDADEIRO!

Tese A) O direito de acesso à informação no Direito Ambiental brasileiro compreende:
i) o dever de publicação, na internet, dos documentos ambientais detidos pela Administração não sujeitos a sigilo (transparência ativa);
ii) o direito de qualquer pessoa e entidade de requerer acesso a informações ambientais específicas não publicadas (transparência passiva); e
iii) direito a requerer a produção de informação ambiental não disponível para a Administração (transparência reativa);

Tese B) Presume-se a obrigação do Estado em favor da transparência ambiental, sendo ônus da Administração justificar seu descumprimento, sempre sujeita a controle judicial, nos seguintes termos:
i) na transparência ativa, demonstrando razões administrativas adequadas para a opção de não publicar;
ii) na transparência passiva, de enquadramento da informação nas razões legais e taxativas de sigilo; e
iii) na transparência ambiental reativa, da irrazoabilidade da pretensão de produção da informação inexistente;

Tese C) O regime registral brasileiro admite a averbação de informações facultativas sobre o imóvel, de interesse público, inclusive as ambientais;

Tese D) O Ministério Público pode requisitar diretamente ao oficial de registro competente a averbação de informações alusivas a suas funções institucionais.

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24
Q

No Brasil, a empresa pode iniciar um empreendimento caso a Administração Pública não responda ao pedido de licença ambiental no prazo.

A

FALSO!

O fato de a empresa ter dado entrada no pedido de licenciamento e não ter havido resposta da Administração Pública faz com que se presuma que não houve autorização. Ou seja, é o inverso daquilo que a autora argumentou em sua ação.
Se a empresa estava considerando que a demora em conceder a licença estava sendo abusiva, deveria ter ingressado com ação ou providência administrativa questionando esse atraso. O que ela não poderia fazer é iniciar o empreendimento simplesmente com o requerimento protocolado.

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25
Q

A degradação prévia de uma área ambiental justifica a permanência de construções irregulares nela.

A

FALSO!

A antropização consolidada de área degradada não autoriza a permanência de construções irregulares, erigidas à revelia do poder público, inexistindo direito adquirido de degradar o meio ambiente. Isso porque não existe direito adquirido a poluir.
Vale ressaltar, ainda, que é irrelevante o fato de a área já ter sido degradada anteriormente por outra empresa que era a antiga proprietária do imóvel. Isso porque a obrigação de recuperar o meio ambiente é de natureza propter rem, nos termos do art. 2º, § 2º, do atual Código Florestal e da Súmula 623 do STJ.

26
Q

A capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano é válida, desde que pactuada expressamente.

A

VERDADEIRO

1) É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos celebrados após 31/3/2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000, em vigor como MP n. 2.170/2001, desde que expressamente pactuada; e
2) A capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.

A cobrança de juros capitalizados nos contratos de mútuo é permitida quando houver expressa pactuação.
Isso significa que a capitalização de juros, seja qual for a sua periodicidade (anual, semestral, mensal), somente será considerada válida se estiver expressamente pactuada no contrato.

A pactuação da capitalização dos juros é sempre exigida, inclusive para a periodicidade anual. O art. 591 do Código Civil permite a capitalização anual, mas não determina a sua aplicação automaticamente. Não é possível a incidência da capitalização sem previsão no contrato.

27
Q

A transmissão de músicas por streaming não exige autorização prévia do titular dos direitos autorais.

A

FALSO!

A transmissão de músicas por meio da rede mundial de computadores mediante o emprego da tecnologia streaming (webcasting e simulcasting) demanda autorização prévia e expressa pelo titular dos direitos de autor e caracteriza fato gerador de cobrança pelo ECAD relativa à exploração econômica desses direitos.

28
Q

Condomínios residenciais podem proibir o uso de imóveis para locação temporária, como pelo Airbnb, caso a convenção condominial determine.

A

VERDADEIRO!

29
Q

É possível a usucapião de imóvel mesmo em áreas pendentes de regularização fundiária.

A

VERDADEIRO!

30
Q

A família Orleans e Bragança possui direito ao Palácio Guanabara, devido ao dote concedido à Princesa Isabel.

A

FALSO!

O STJ, ao analisar o caso, decidiu que não houve violação dos direitos da família Orleans e Bragança. O Tribunal entendeu que, uma vez que o palácio foi adquirido com fundos públicos para fins relacionados à monarquia, ele se tornou propriedade do Estado com a Proclamação da República e a extinção dos privilégios monárquicos.

31
Q

O abandono afetivo por parte do pai pode gerar dano moral compensável, segundo a posição da 3ª Turma do STJ.

A

VERDADEIRO

32
Q

O cancelamento de voos sem justificativas técnicas é considerado prática abusiva.

A

VERDADEIRO

33
Q

Acionistas minoritários podem promover procedimentos arbitrais voltados à responsabilização contra controladores sem provar a inércia da companhia.

A

FALSO

Os acionistas minoritários não têm legitimidade extraordinária para promover procedimentos arbitrais destinados à responsabilização civil dos controladores, com base no art. 246 da Lei nº 6.404/76, (ação social ut singili) enquanto não caracterizada a inércia da companhia, o que se verifica quando, convocada assembleia geral para deliberar sobre a responsabilidade destes, há deliberação autorizativa e não são promovidas as medidas cabíveis dentro dos três meses subsequentes ou quando há deliberação negativa.

34
Q

Adoção de crianças por cônjuges ou companheiros em união homoafetiva é permitida no Brasil.

A

VERDADEIRO!

35
Q

Compete à Justiça Federal processar ações populares sobre imóveis da União, como na área do Lago Paranoá.

A

VERDADEIRO

Compete à Justiça Federal processar e julgar a ação popular de desocupação da Área de Preservação Permanente do Lago Paranoá, no Distrito Federal, apenas no que se refere aos imóveis da União

36
Q

Em dívidas não alimentares, é permitida a penhora de salário, mesmo que não exceda 50 salários mínimos, se garantido o mínimo necessário para a subsistência.

A

VERDADEIRO

37
Q

Mandado de segurança contra base de cálculo de aposentadoria deve ser impetrado a partir da ciência do ato.

A

VERDADEIRO

O prazo decadencial para impetrar mandado de segurança contra fixação de base de cálculo tida por ilegal - em ato de deferimento de aposentadoria de servidor público - inicia-se com a ciência desse ato, sem prejuízo de cobrança de parcelas pela via ordinária quando não indeferido o direito de fundo.

38
Q

O conceito de “jurisprudência dominante” para pedidos de uniformização inclui acórdãos de embargos de divergência do STJ.

A

VERDADEIRO

39
Q

O comprador de influência em crime de exploração de prestígio é igualmente responsável penalmente.

A

FALSO!

Não se pode equiparar a conduta de quem “compra” o prestígio com a de quem “vende” esse suposto prestígio. Essa equiparação mediante interpretação ou analogia violaria o princípio da legalidade considerando que o tipo penal não prevê isso.
Comete o crime quem atua como um “vendedor de fumaça” (venditiofumi), ou seja, alguém que vendeu uma ilusão, uma promessa vazia. O “comprador de fumaça” consiste em uma vítima secundária do crime.

40
Q

As medidas assecuratórias podem ser revistas, considerando o princípio da razoabilidade, diante de novos fatos processuais.

A

VERDADEIRO

O juiz decretou o sequestro de bens e o bloqueio de ativos financeiros para garantir que, caso a parte atingida fosse condenada, houvesse recursos disponíveis para ressarcir os danos causados pelas suas ações.
Após três anos sem julgamento, houve recurso ao STJ argumentando que a manutenção do congelamento dos bens por tanto tempo violaria o princípio da razoabilidade.
Alegou, ainda, a existência um fato novo: houve uma decisão do STF anulando a decisão do juiz que recebeu a denúncia, determinando a prolação de outra no lugar. Isso, segundo a parte, altera significativamente o cenário processual e exige uma reavaliação das medidas assecuratórias.
O STJ concordou e determinou o levantamento do sequestro e do arresto tendo em vista que não havia, ainda, previsão de julgamento em prazo razoável, especialmente porque o processo sequer se reiniciou após a anulação do recebimento da denúncia.

41
Q

A demarcação de terras indígenas inclui estudo antropológico e levantamento da área.

A

VERDADEIRO

42
Q

É inconstitucional restringir o acesso de partidos menores à segunda etapa de distribuição das sobras eleitorais nas eleições proporcionais.

A

VERDADEIRO

43
Q

Todos os partidos que participam de uma eleição proporcional devem concorrer na última etapa de distribuição das sobras eleitorais, independentemente de desempenho eleitoral mínimo.

A

VERDADEIRO

44
Q

Provedores de internet respondem pelo conteúdo postado por terceiros se não retirarem quando notificados.

A

VERDADEIRO

45
Q

A responsabilidade civil do Estado por omissão em danos ambientais é objetiva, ilimitada e solidária, porém de execução subsidiária.

A

VERDADEIRO

46
Q

Serviços técnicos prestados no exterior estão isentos de imposto de renda retido na fonte no Brasil.

A

FALSO!

É possível a tributação de serviços técnicos ou de assistência técnica prestados no exterior pelo imposto de renda retido na fonte no Brasil. Isso quando os tratados contra dupla tributação celebrados entre os países prevejam, em seus protocolos anexos, a sujeição desses ao regime jurídico de royalties, ante a prevalência do critério da especialidade para a solução de conflitos normativos.

47
Q

Sociedades médicas uniprofissionais sob responsabilidade limitada perdem o direito ao regime de ISSQN fixo.

A

FALSO!

A regra geral é que a base de cálculo do ISS é o preço do serviço (art. 7º da LC 116/2003).
O § 1º do art. 9º do Decreto-Lei nº 406/68, no entanto, traz uma exceção a essa regra e prevê que os contribuintes que prestam serviço sob a forma de trabalho pessoal (pessoas físicas) têm direito ao regime do chamado “ISSQN Fixo”, segundo o qual é fixada uma alíquota sem relação com o preço do serviço. O regime do ISSQN Fixo, em geral, é mais vantajoso para o contribuinte que, na prática, acaba pagando menos.
No caso concreto, verifica-se que a sociedade profissional faz jus ao tratamento privilegiado do ISSQN no art. 9º, § § 1º e 3º, do DL 406/1968, considerando que, apesar de ter adotado a sociedade limitada como espécie societária, ela é uma sociedade é constituída por dois sócios, todos médicos, tendo como objeto social serviços de clínica médica e outros exames, conforme contrato social. O tipo de serviço prestado, pelo grau de especialização e a habilitação exigida, implica na responsabilidade pessoal dos profissionais.

48
Q

Ajuda de custo e adicional de transferência estão excluídos da base de cálculo do FGTS.

A

FALSO!

A contribuição ao FGTS incide sobre as verbas relativas à ajuda de custo e ao adicional de transferência.
Não havendo nenhuma previsão legal expressa que exclua as verbas relativas à ajuda de custo e adicional de transferência, não há como afastá-la da base de cálculo das Contribuições ao FGTS.

49
Q

A data de prestação do serviço é o fato gerador da contribuição previdenciária reconhecida judicialmente.

A

FALSO

O fato gerador da contribuição previdenciária reconhecida por meio de ação trabalhista é a decisão proferida pela Justiça do Trabalho, e não a data da prestação do serviço.

Não ocorre decadência tributária quando a sentença trabalhista, ao reconhecer o direito pleiteado pelo trabalhador, já delimita a obrigação tributária a ser cumprida pela empresa, autorizando, inclusive, a execução, de ofício, das contribuições decorrentes da condenação.

50
Q

Advogados em ações acidentárias estão isentos do preparo quando recorrem sobre honorários.

A

FALSO!

A isenção do pagamento de honorários advocatícios, nas ações acidentárias, é restrita ao segurado (Súmula 110-STJ). Essa isenção não se estende ao patrono do autor. Logo, é devido o preparo recursal, nos termos do art. 99, § 5º, do CPC, no caso em que o recurso versar exclusivamente sobre verba honorária de sucumbência fixada em favor do advogado da causa.

51
Q

O princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, previsto no art. 5º, XL, da CF/88, também se aplica, via de regra, para o direito administrativo sancionador.

A

FALSO!

Em regra, não. A retroatividade da lei penal mais benéfica está diretamente vinculada ao princípio do favor libertatis, peculiaridade inexistente no Direito Administrativo Sancionador. Assim, em regra, aplica-se o princípio do tempus regit actum. Exceção: a lei mais favorável (ex: lei que reduz multa) pode prever que ela se aplicará retroativamente. Em suma: a penalidade administrativa deve se basear pelo princípio do tempus regit actum, salvo se houver previsão expressa de retroatividade da lei mais benéfica.

52
Q

O entendimento de que, pelo princípio da simetria, o art. 18 da Lei nº 7.347/85 (Lei de ação civil pública) também beneficiaria a parte ré da ação civil pública não pode ser aplicado no processo instaurado por ação popular. Isso porque a Lei nº 4.717/65 (Lei de Ação Popular) contém regra específica acerca do ônus da sucumbência, impondo expressamente a condenação da parte ré a custas e honorários sempre que vencida na demanda.

A

VERDADEIRO

53
Q

Aplica-se a responsabilidade civil pela perda de uma chance no caso de atuação dos profissionais médicos que não observam orientação do Ministério da Saúde.

A

VERDADEIRO

54
Q

As anuidades devidas aos conselhos profissionais são tributos e estão sujeitas a lançamento de ofício; este lançamento só se concretiza com a notificação do contribuinte para realizar o pagamento e, em caso de recurso, com o esgotamento das instâncias administrativas.

A

VERDADEIRO

55
Q

O exercício eventual de substituição de titular de cargo comissionado por servidora gestante confere-lhe somente o direito à retribuição pecuniária correspondente e proporcional aos dias em que tenha efetivamente realizado a substituição.

A

VERDADEIRO

56
Q

A utilização de marca como palavra-chave para direcionar o consumidor do produto ou serviço para o link de seu concorrente configura-se como meio fraudulento para desvio de clientela.

A

VERDADEIRO

57
Q

É cabível a utilização da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens (CNIB) pelo Juízo Cível, de maneira subsidiária, em execução de título extrajudicial ajuizada entre particulares, desde que exauridos os meios executivos típicos.

A

VERDADEIRO

58
Q

Para o exercício da preferência material decorrente da hipoteca, no concurso especial de credores, não se exige a penhora sobre o bem, mas o levantamento do produto da alienação judicial exige o aparelhamento da respectiva execução.

A

VERDADEIRO

59
Q

O devedor não é responsável por juros e correção monetária quando há atraso na transferência de valores bloqueados via Sisbajud para a conta judicial, durante o período em que o dinheiro fica retido sem atualização.

A

VERDADEIRO

60
Q

União deve elaborar plano de prevenção e combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia.

A

VERDADEIRO!

Não há estado de coisas inconstitucional na política de proteção ambiental da Amazônia e do Pantanal. Contudo, para o efetivo cumprimento do direito constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e do respectivo dever do Poder Público em defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225, CF/88), é necessária a adoção de algumas providências.
Não cabe ao STF determinar que a União regulamente o uso dos valores do Fundo Social previsto no art. 47 da Lei nº 12.351/2010 para destinar uma parcela dos valores à proteção do meio ambiente e à redução das mudanças climáticas.