Aula 9 Flashcards
O que é Controle Interno, segundo o Coso?
Controle interno é um processo conduzido pela estrutura de governança, administração
e outros profissionais da entidade, e desenvolvido para proporcionar segurança razoável com
respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade.
A definição de controle interno reflete alguns conceitos fundamentais. O controle interno é:
• Conduzido para atingir objetivos em uma ou mais categorias – operacional, divulgação e
conformidade.
• Um processo que consiste em tarefas e atividades contínuas – um meio para um fim, não um fim
em si mesmo.
• Realizado por pessoas – não se trata simplesmente de um manual de políticas e procedimentos,
sistemas e formulários, mas diz respeito a pessoas e às ações que elas tomam em cada nível da
organização para realizar o controle interno.
• Capaz de proporcionar segurança razoável - mas não absoluta, para a estrutura de governança e
alta administração de uma entidade.
• Adaptável à estrutura da entidade – flexível na aplicação para toda a entidade ou para uma
subsidiária, divisão, unidade operacional ou processo de negócio em particular.
O que é COSO?
O COSO ( The Comitee of Sponsoring Organizations ) é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à melhoria dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles internos e governança corporativa.
Quais as categorias de objetivos do Coso I?
• Operacional – Esses objetivos relacionam-se à eficácia e à eficiência das operações da entidade,
inclusive as metas de desempenho financeiro e operacional e a salvaguarda de perdas de ativos.
• Divulgação – Esses objetivos relacionam-se a divulgações financeiras e não financeiras, internas e
externas, podendo abranger os requisitos de confiabilidade, oportunidade, transparência ou outros
termos estabelecidos pelas autoridades normativas, órgãos normatizadores reconhecidos, ou às
políticas da entidade.
• Conformidade – Esses objetivos relacionam-se ao cumprimento de leis e regulamentações às quais
a entidade está sujeita.
Quais os componentes do controle interno, segundo o Coso I?
- Ambiente de Controle
- Avaliação de Riscos
- Atividades de Controle
- Informações e Comunicações
- Monitoramento
Identifica, armazena e comunica toda informação relevante, a fim
de permitir a realização dos procedimentos estabelecidos.
Informações e Comunicações
Identifica os eventos ou das condições que podem afetar a qualidade da
informação contábil e avaliação dos riscos identificados.
Avaliação de riscos
Demonstra o grau e comprometimento em todos os níveis da
administração, com a qualidade do controle interno em seu conjunto.
Ambiente de Controle
Medidas e ações integrantes de um sistema de controle que, se
estabelecidas de forma tempestiva e adequada, podem vir a prevenir ou administrar os riscos
inerentes ou em potencial da entidade.
Atividades de controle
Compreende o acompanhamento da qualidade do controle interno, visando
assegurar a sua adequação aos objetivos, ao ambiente, aos recursos e aos riscos. Pressupõe uma
atividade desenvolvida ao longo do tempo.
Monitoramento
A estrutura de controle interno apresenta algum tipo de limitação? Em caso positivo, explique-
as.
embora o controle interno proporcione segurança razoável quanto à realização dos
objetivos da entidade, existem limitações. O controle interno não é capaz de evitar julgamentos
errôneos ou más decisões, ou ainda eventos externos que impeçam a organização de atingir suas
metas operacionais. Em outras palavras, até mesmo um sistema eficaz de controle interno pode
apresentar falhas. As limitações podem ser resultado de:
• adequação dos objetivos estabelecidos como uma condição prévia ao controle interno;
• realidade de que o julgamento humano na tomada de decisões pode ser falho e tendencioso;
• falhas que podem ocorrer devido a erros humanos, como enganos simples;
• capacidade da administração de sobrepassar o controle interno;
• capacidade da administração, outros funcionários e/ou terceiros transpassarem os controles por
meio de conluio entre as partes; e
• eventos externos fora do controle da organização.
Essas limitações impedem que a estrutura de governança e a administração tenha segurança
absoluta da realização dos objetivos da entidade – isto é, o controle interno proporciona segurança
razoável, mas não absoluta. Embora essas limitações sejam inerentes, a administração deve estar
ciente delas ao selecionar, desenvolver e aplicar controles na organização para minimizar, dentro do
possível, tais limitações.
Quais os requisitos de um sistema de controle interno eficaz?
um sistema de controle interno eficaz reduz, a um nível aceitável, o risco de não se atingir
o objetivo de uma entidade e pode estar relacionado a uma, duas ou todas as três categorias de
objetivos. O sistema requer:
1. A presença e o funcionamento de cada um dos cinco componentes e princípios relacionados.
2. Os cinco componentes devem operar em conjunto de forma integrada.
É um processo conduzido em uma organização
pelo conselho de administração, diretoria e demais empregados, aplicado no estabelecimento de
estratégias, formuladas para identificar em toda a organização eventos em potencial, capazes de
afetá-la, e administrar os riscos de modo a mantê-los compatível com o apetite a risco da
organização e possibilitar garantia razoável do cumprimento dos seus objetivos.
Gerenciamento de Riscos Corporativos.
Quais as categorias de objetivos ligadas ao Gerenciamento de Riscos Corporativos?
A estrutura de gerenciamento de riscos corporativos é orientada a fim de alcançar os objetivos de
uma organização e são classificados em quatro categorias:
• Estratégicos – metas gerais, alinhadas com o que suportem à sua missão.
• Operações – utilização eficaz e eficiente dos recursos.
• Comunicação – confiabilidade de relatórios.
• Conformidade – cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis.
Quais os componentes do gerenciamento de riscos corporativos, segundo o Coso II?
1) Ambiente Interno
2) Fixação de Objetivos
3) Identificação de Eventos
4) Avaliação de Riscos
5) Resposta a Risco
6) Atividades de Controle
7) Informações e Comunicações
8) Monitoramento
Quais as categorias de respostas aos riscos, segundo Coso II?
Evitar
Reduzir
Compartilhar
Aceitar
O que o compartilhamento dos riscos visa?
Redução da probabilidade ou do impacto dos riscos pela transferência ou pelo
compartilhamento de uma porção do risco. As técnicas comuns compreendem a aquisição de
produtos de seguro, a realização de transações de headging ou a terceirização de uma atividade.
Defina evento, risco e oportunidade.
Um evento é um incidente ou uma ocorrência gerada com base em fontes internas ou externas, que
afeta a realização dos objetivos. Os eventos podem causar impacto negativo, positivo ou ambos. Os
eventos que geram impacto negativo representam riscos. Da mesma forma, o risco é definido como
segue:
O risco é representado pela possibilidade de que um evento ocorrerá e afetará negativamente a
realização dos objetivos.
Oportunidade é a possibilidade de que um evento ocorra e influencie favoravelmente a realização
dos objetivos.
Explique o conceito de governança no setor público?
Governança no setor público refere-se aos mecanismos de avaliação, direção e
monitoramento; e às interações entre estruturas, processos e tradições, as quais determinam como
cidadãos e outras partes interessadas são ouvidos, como as decisões são tomadas e como o poder e as responsabilidades são exercidos (GRAHN; AMOS; PLUMPTRE, 2003). Preocupa-se, por
conseguinte, com a capacidade dos sistemas políticos e administrativos de agir efetiva e
decisivamente para resolver problemas públicos (PETERS, 2012).
Quais são as perspectivas de observação associadas à governança no setor público?
A governança no setor público pode ser analisada sob quatro perspectivas de observação:
Sociedade e Estado: vertente política da governança pública, “a maneira pela qual o poder é
exercido na administração dos recursos econômicos e sociais de um país, visando ao
desenvolvimento”.
Entes federativos: vertente político-administrativa da governança no setor público, com foco na
formulação, na implementação e na efetividade de políticas públicas
Órgãos e entidades: é a vertente corporativa da governança no setor público, com foco nas
organizações (ANU, 2012), na manutenção de propósitos e na otimização dos resultados
Atividades intraorganizacionais: sistema pelo qual os recursos de uma organização são dirigidos,
controlados e avaliados.
Quais as instâncias envolvidas no sistema de governança no setor público?
- Instâncias externas de governança
- Instâncias externas de apoio à governança
- Instâncias internas de governança
- Instâncias internas de apoio à governança
Além dessas instâncias, existem outras estruturas que contribuem para a boa governança da
organização:
a) A administração executiva é responsável por avaliar, direcionar e monitorar, internamente, o
órgão ou a entidade.
b) A gestão tática é responsável por coordenar a gestão operacional em áreas específicas.
c) A gestão operacional é responsável pela execução de processos produtivos finalísticos e de apoio.
Responsáveis pela fiscalização, pelo controle e pela regulação.
São autônomas e independentes, não estando vinculadas apenas a uma organização. Exemplos:
Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União.
Instâncias externas de governança
Responsáveis pela avaliação, auditoria e monitoramento
independente e, nos casos em que disfunções são identificadas, pela comunicação dos fatos às
instâncias superiores de governança. Exemplos típicos dessas estruturas as auditorias
independentes e o controle social organizado.
Instâncias externas de apoio à governança