Aula 8 Flashcards

1
Q

Defina Auditoria conforme as normas do TCU.

A

Auditoria é o processo sistemático, documentado e independente de se avaliar
objetivamente uma situação ou condição para determinar a extensão na qual critérios são
atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um
destinatário predeterminado.

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2
Q

O que é Achado de Auditoria?

A

Achado de auditoria é qualquer fato significativo, digno de relato pelo auditor, constituído
de quatro atributos essenciais: situação encontrada (ou condição), critério, causa e efeito. Decorre
da comparação da situação encontrada com o critério e deve ser devidamente comprovado por
evidências. O achado pode ser negativo, quando revela impropriedade ou irregularidade, ou positivo,
quando aponta boas práticas de gestão.

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3
Q

O que o achado negativo pode envolver?

A

Impropriedades: falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário e outras que têm
o potencial para conduzir à inobservância aos princípios de administração pública ou à infração de
normas legais e regulamentares, tais como deficiências no controle interno, violações de cláusulas,
abuso, imprudência, imperícia;
Irregularidades: prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal
ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, dano
ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico, desfalque ou desvio de dinheiros,
bens ou valores públicos, tais como fraudes, atos ilegais, omissão no dever de prestar contas,
violações aos princípios de administração pública.

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4
Q

Quais os requisitos básicos do achado de auditoria?

A

I. ser relevante para os objetivos da auditoria para que mereça ser relatado;
II. ser apresentado de forma objetiva e estar devidamente fundamentado em evidências;
III. apresentar consistência de modo a mostrar-se convincente a quem não participou do trabalho.

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5
Q

Quais os aspectos mínimos do achado de auditoria?

A

I. SITUAÇÃO ENCONTRADA
II. CRITÉRIO DE AUDITORIA
III. CAUSA
IV. EFEITOS REAIS E POTENCIAIS
V. EVIDÊNCIAS

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6
Q

Situação existente, identificada e documentada durante a fase de
execução da auditoria. Deve contemplar o período de ocorrência do achado

A

SITUAÇÃO ENCONTRADA

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7
Q

Referencial que indica o estado requerido ou desejado ou a expectativa
em relação a uma situação objeto de auditoria, reflete como deveria ser a gestão, provendo o
contexto para compreensão dos achados e avaliação das evidências. Trata-se da legislação, dos
regulamentos, das cláusulas contratuais, de convênios e de outros ajustes, das normas, da
jurisprudência, do entendimento doutrinário ou ainda, no caso de auditorias operacionais, dos
referenciais aceitos e/ou tecnicamente validados para o objeto sob análise, como padrões e boas
práticas, que o auditor compara com a situação encontrada.

A

CRITÉRIO DE AUDITORIA

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8
Q

identifica a razão ou a explicação para a situação encontrada ou o fator ou fatores
responsáveis pela diferença entre essa e o critério de auditoria. É o elemento sobre o qual
incidirão as ações corretivas que serão propostas.

A

Causa

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9
Q

Identifica os resultados ou as consequências para a entidade, o
erário ou para a sociedade, da discrepância entre a situação encontrada e o critério, indicando a
gravidade ou os eventuais benefícios no caso de achados positivos.

A

Efeitos Reais e Potências

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10
Q

Elementos essenciais e comprobatórios do achado.

A

Evidências

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11
Q

Quais os atributos das evidências?

A

Validade

Confiabilidade

Relevância

SUFICIÊNCIA

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12
Q

O que é Relatório de Auditoria?

A

O relatório de auditoria é o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe
de auditoria comunica aos leitores o objetivo e as questões de auditoria, o escopo e as limitações de
escopo, a metodologia utilizada, os achados de auditoria, as conclusões e as propostas de
encaminhamento.

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13
Q

Que requisitos de qualidade deve possuir o relatório de auditoria?

A

Clareza
Convicção
Concisão
Completude
Exatidão
Relevância
Tempestividade
Objetividade

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14
Q

Produzir textos de fácil compreensão.

A

Clareza

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15
Q

Expor os achados e as conclusões com firmeza, demonstrando certeza da informação
comunicada, evitando palavras ou expressões que denotem insegurança, possam ensejar dúvidas ou
imprecisões no entendimento, tais como “SMJ”, “supõe-se”, “parece que”, “deduzimos”, “achamos”,
“há indícios”, “talvez”, “entendemos”, “esta equipe de auditoria entende que…”, “foi informado a esta
equipe de auditoria que…”, “ouvimos dizer”, “conforme declarações verbais”, “boa parte”, “alguns”,
“diversos” “a maioria”, “muitas/vários/inúmeros”, “aparenta/aparentemente”

A

Convicção

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16
Q

Ir direto ao assunto, utilizando linguagem sucinta, transmitindo o máximo de
informações de forma breve, exata e precisa.

A

Concisão

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17
Q

Apresentar toda a informação e todos os elementos necessários para satisfazer os
objetivos da auditoria, permitir a correta compreensão dos fatos e situações relatadas.

A

Completude

18
Q

Apresentar as necessárias evidências para sustentar seus achados, conclusões e
propostas, procurando não deixar espaço para contra-argumentações.

A

Exatidão

19
Q

Expor apenas aquilo que tem importância dentro do contexto e que deve ser levado
em consideração em face dos objetivos da auditoria.

A

Relevância

20
Q

Emitir tempestivamente os relatórios de auditoria para que sejam mais úteis
aos leitores destinatários, particularmente aqueles a quem cabem tomar as providências
necessárias.

A

Tempestividade

21
Q

Harmonizar o relatório em termos de conteúdo e tom. A credibilidade de um
relatório é reforçada quando as evidências são apresentadas de forma imparcial.

A

Objetividade

22
Q

Defina Auditoria Operacional.

A

Auditoria operacional (ANOp1) é o exame independente e objetivo da economicidade,
eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a
finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.

23
Q

Quais as características da Auditoria Operacional?

A

Maior flexibilidade na escolha de temas, objetos de auditoria, métodos
de trabalho e forma de comunicar as conclusões de auditoria.
Por serem espeficificas necessitam de conhecimentos especializados e
abordagem diferenciada, como é o caso das avaliações de programa,
auditoria de tecnologia de informação e de meio ambiente.
O relatório trata da economicidade e da eficiência na aquisição e
aplicação dos recursos, assim como da eficácia e da efetividade dos
resultados alcançados.
São mais abertas a julgamentos e interpretações e seus relatórios,
consequentemente, são mais analíticos e argumentativos.
A participação do gestor e de sua equipe é fundamental em várias
etapas do ciclo de Auditoria Operacional.
Empregam ampla seleção de métodos de avaliação e investigação de
diferentes áreas do conhecimento, em especial das ciências sociais .

24
Q

Quais as características da Auditoria de Regularidade?

A

Menor flexibilidade na escolha de temas, pois adota padrões relativamente
fixos.
As conclusões assumem a forma de opinião concisa e de formato padronizado
sobre demonstrativos financeiros e sobre a conformidade das transações com
leis e regulamentos, ou sobre temas como a inadequação dos controles
internos, atos ilegais ou fraude.
O exame da materialidade está diretamente relacionado ao montante de
recursos envolvidos.

25
Q

Sintetize o ciclo de auditoria operacional.

A

Sinteticamente, o ciclo de auditoria operacional se inicia com o processo de seleção dos
temas. Após a definição de tema específico, deve-se proceder ao planejamento com vistas à
elaboração do projeto de auditoria, que tem por finalidade detalhar os objetivos do trabalho, as
questões a serem investigadas, os procedimentos a serem desenvolvidos e os resultados esperados
com a realização da auditoria. Na fase de execução, realiza-se a coleta e análise das informações que
subsidiarão o relatório destinado a comunicar os achados e as conclusões da auditoria. A etapa de
monitoramento destina-se a acompanhar as providências adotadas pelo auditado em resposta às
recomendações e determinações exaradas pelo TCU, assim como aferir o benefício decorrente de
sua implementação (ISSAI 3000/3.1, 2004; TCU, 2005).

26
Q

Quais os critérios para o processo de seleção dos objetos de auditoria?

A

O principal critério de seleção é a capacidade de a auditoria agregar valor, por meio de sua
contribuição para a avaliação e a melhoria da gestão pública (ISSAI 3000/3.2, 2004). Outros critérios
podem ser usados, entre os quais se destacam os citados nos normativos da Intosai e do TCU:
materialidade, relevância e vulnerabilidade (ISSAI 3000/3.2, 2004; BRASIL, 2005). Esses critérios
estão fortemente relacionados, mas são apresentados separadamente de forma a facilitar a
compreensão de como operacionalizar o processo de seleção.

27
Q

Refere-se a produzir novos conhecimentos e perspectivas sobre o objeto de auditoria

A

Agregar Valor

28
Q

As seguintes situações podem indicar a possibilidade de a auditoria agregar
valor significativo:

A

a) discussão sobre nova política pública ou mudança significativa na implementação de programa ou
organização de ente governamental;
b) surgimento de novas ou urgentes atividades ou mudanças de condição;
c) escassez de auditorias anteriores ou trabalhos de outros órgãos de pesquisa ou de controle sobre
o objeto de auditoria;
d) pouco conhecimento sobre a relação causa e efeito entre a ação de governo e a solução de
problemas.

29
Q

Indica que o processo de seleção deve levar em consideração os valores
envolvidos no objeto de auditoria, pois a auditoria deve produzir benefícios significativos. Nem
sempre benefícios das auditorias operacionais são financeiros, mas o aperfeiçoamento de processos
em objetos de auditoria com alta materialidade tem grande possibilidade de gerar economia ou
eliminar desperdícios.

A

Materialidade

30
Q

Indica que as auditorias selecionadas devem procurar responder questões
de interesse da sociedade, que estão em debate público e são valorizadas.

A

Relevância

31
Q

No contexto do processo de seleção, as vulnerabilidades são situações ou propriedades intrínsecas
do objeto de auditoria que podem estar associadas à ocorrência de eventos adversos

A

Vulnerabilidade

32
Q

Quais as atividades do planejamento da auditoria operacional?

A

a) análise preliminar do objeto de auditoria;
b) definição do objetivo e escopo da auditoria;
c) especificação dos critérios de auditoria;
d) elaboração da matriz de planejamento;
e) validação da matriz de planejamento;
f) elaboração de instrumentos de coleta de dados;
g) teste-piloto;
h) elaboração do projeto de auditoria.

33
Q

Quais as principais ferramentas de controle de qualidade dispostas no Manual de Auditoria
Operacional do TCU?

A

O controle de qualidade nas auditorias operacionais é realizado com o auxílio de
determinadas técnicas e procedimentos rotineiros que facilitam a sua aplicação. As principais
ferramentas de controle de qualidade são:
a) checklists de qualidade;
b) cronograma;
c) matriz de planejamento;
d) matriz de achados;
e) painéis de referência;
f) comentários dos gestores.

34
Q

Trata-se de quadro resumo das informações relevantes do planejamento
de uma auditoria.

A

Matriz de planejamento

O propósito da matriz de planejamento é auxiliar a elaboração conceitual do trabalho e a orientação
da equipe na fase de execução.

35
Q

Instrumento útil para subsidiar e nortear a elaboração do relatório de auditoria,
porque permite reunir, de forma estruturada, os principais elementos que constituirão os capítulos
centrais do relatório

A

Matriz de achados

36
Q

Permite a verificação da responsabilidade pelo achado e deve ser
preenchida sempre que houver achados que se constituam em irregularidades, cuja proposta de
encaminhamento seja pela audiência ou citação de responsáveis, e somente para esses achados.

A

Matriz de Responsabilização

Caso não haja achados ou estes não constituam irregularidades, a matriz não deve ser preenchida.
Em outras palavras, a matriz de responsabilidade é uma ferramenta útil à disposição do auditor para
que ele possa melhor fundamentar uma proposta de citação ou audiência de responsáveis,
estabelecendo um “roteiro” mínimo para a discriminação da conduta, do resultado e dos
responsáveis pela ocorrência.

37
Q

Processo de seleção dos objetos de auditoria

A

O processo de seleção do objeto de auditoria é o primeiro estágio do ciclo de auditoria. Sua
importância reside na definição de um objeto que ofereça oportunidade para a realização de
auditoria que contribua para o aperfeiçoamento da administração pública e forneça à sociedade
opinião independente sobre o desempenho da atividade pública.

38
Q

Planejamento

A

O planejamento de auditoria visa delimitar o objetivo e o escopo da auditoria, definir a estratégia
metodológica a ser adotada e estimar os recursos, os custos e o prazo necessários a sua realização.

39
Q

Execução

A

A etapa de execução consiste na obtenção de evidências apropriadas e suficientes para respaldar
os achados e conclusões da auditoria. As principais atividades realizadas durante a execução são: a)
desenvolvimento dos trabalhos de campo; b) análise dos dados coletados; c) elaboração da matriz
de achados; d) validação da matriz de achados.

40
Q

Relatório

A

O relatório é o principal produto da auditoria. É o instrumento formal e técnico por intermédio do
qual a equipe comunica o objetivo e as questões de auditoria, a metodologia usada, os achados, as
conclusões e a proposta de encaminhamento.

41
Q

Monitoramento

A

Monitoramento é a verificação do cumprimento das deliberações do TCU e dos resultados delas
advindos, com o objetivo de verificar as providênciasadotadas e aferir seus efeitos.