Aula 2: Anestésicos Locais Flashcards
Qual foi o avanço significativo na história dos anestésicos locais?
Um avanço significativo na história dos anestésicos locais ocorreu em 1855, quando a molécula de cocaína foi isolada, marcando o primeiro anestésico local para uso tópico.
Como a cocaína foi pioneiramente aplicada na prática médica?
Em 1884, quando Koller utilizou-a de forma tópica para cirurgias oftalmológicas.
Quais são os anestésicos locais mais amplamente utilizados nos dias de hoje?
Os anestésicos locais mais amplamente utilizados atualmente são a lidocaína (desde 1944), a bupivacaína (desde 1957) e a ropivacaína (desde 1983).
Como os anestésicos locais interrompem a transmissão do impulso nervoso da dor?
Os anestésicos locais interrompem a transmissão do impulso nervoso da dor, abolindo a sensibilidade local no plexo neurovascular ou no neuroeixo, promovendo um bloqueio reversível.
Qual é o mecanismo de ação dos anestésicos locais?
O mecanismo de ação dos anestésicos locais é bloquear a entrada de sódio nos canais de sódio durante a despolarização, impedindo a propagação do potencial de ação do axônio.
Quais são as partes que compõem a estrutura química dos anestésicos locais e como elas afetam as características clínicas?
A estrutura química dos anestésicos locais inclui um anel aromático lipofílico, uma cadeia intermediária e um grupo amina hidrofílico. Por exemplo, a lidocaína possui um anel de xilidina que influencia sua lipossolubilidade.
Como os anestésicos locais são classificados com base no grupo amina?
Os anestésicos locais são classificados em amino-amidas, como a lidocaína, e amino-ésteres, como a procaína. Por exemplo, a lidocaína é uma amino-amida metabolizada no fígado.
Quais são os fatores que determinam a potência, duração e velocidade de ação dos anestésicos locais?
A potência está relacionada à lipossolubilidade,
A duração está relacionada à ligação proteica.
Por exemplo, a bupivacaína é conhecida por sua duração prolongada devido à forte ligação proteica.
Como é feito o manejo da toxicidade dos anestésicos locais?
O manejo da toxicidade dos anestésicos locais inclui cessar a administração, chamar ajuda médica e considerar o uso de emulsão lipídica 20%. Por exemplo, a ventilação com oxigênio é uma medida essencial para lidar com a toxicidade.
Por que as reações alérgicas são mais comuns em amino-ésteres?
Devido ao metabolismo desses anestésicos em ácido para-aminobenzóico, que é imunogênico, como a procaína que é um amino-éster associado a reações alérgicas.
Qual é a relação entre a lipossolubilidade e a potência dos anestésicos locais?
A potência dos anestésicos locais está diretamente relacionada à lipossolubilidade. Por exemplo, anestésicos locais mais lipossolúveis, como a etidocaína, tendem a ser mais potentes.
Como a ligação proteica afeta a duração dos anestésicos locais?
A duração dos anestésicos locais é influenciada pela ligação proteica. Por exemplo, anestésicos locais com alta afinidade por proteínas, como a bupivacaína, têm uma duração prolongada devido à liberação gradual do fármaco.
O que determina a velocidade de ação dos anestésicos locais?
A velocidade de ação dos anestésicos locais é determinada pelo grau de não-ionização. Por exemplo, a mepivacaína, que é menos ionizada, tem uma velocidade de ação mais rápida do que a procaína.
Como o pH do ambiente afeta a velocidade de ação dos anestésicos locais?
Devido à sua influência na proporção entre a forma ionizada e não-ionizada da molécula, em ambientes mais ácidos, como feridas infectadas, a ação do anestésico local pode ser reduzida devido à maior ionização da molécula.
Quais são as medidas de manejo recomendadas em caso de toxicidade dos anestésicos locais?
As medidas de manejo incluem cessar a administração, chamar ajuda médica, iniciar ressuscitação cardiopulmonar e considerar o uso de emulsão lipídica 20%. Por exemplo, a administração de benzodiazepínicos pode ajudar a controlar crises convulsivas induzidas pela toxicidade dos anestésicos locais.