As fontes do Direito Flashcards
Quais são as fontes do Direito em sentido histórico?
Os primórdios ou as circunstâncias que estão na origem remota da regra do direito.
Quais são as fontes do Direito em sentido sociológico?
Os condicionalismos e paradigmas sociais que determinam o surgimento de certas realidades jurídicas em determinada sociedade.
Quais são as fontes do Direito em sentido lógico ou sistemático?
Compreende a relação existente entre segmentos normativos entre si coerentes.
Quais são as fontes do Direito em sentido teológico?
Corresponde à última razão da norma jurídica.
Quais são as fontes do Direito em sentido orgânico?
Os órgãos do Estado competentes para emitir e adotar as regras jurídicas.
Quais são as fontes do Direito em sentido instrumental?
Os instrumentos ou textos legislativos onde se encontram as normas jurídicas, agrupadas entre si e sistematizadas em função de certas matérias.
Quais são as fontes do Direito em sentido técnico jurídico/formal?
Os modos de formação e de revelação da vontade jurídica.
Quais são as fontes diretas ou imediatas da formação da vontade jurídica?
Leis e normas corporativas.
Quais são as fontes indiretas ou mediatas da revelação da vontade jurídica?
Princípios gerais de Direito, Jurisprudência, Costume, Usos, Equidade, Doutrina
O que são os princípios gerais de Direito?
São os princípios que inspiram, dão significado e melhor permitem compreender a realidade jurídica.
Dividem-se em Princípios gerais de direito de natureza material, que são princípios que revestem um caráter valorativo, são as pedras angulares do sistema. Exemplos: o princípio da segurança jurídica; o princípio da proteção da confiança legítima; e Princípios gerais de direito de natureza formal, que são princípios a que o sistema jurídico deve obediência e que se encontram vertidos em norma.
Os segundos ainda se dividem em Princípios gerais de direito de aplicação genérica e Princípios gerais de direito de aplicação especial.
O que é a jurisprudência?
Consiste na aplicação de um critério normativo de um juiz a outros casos semelhantes. Na prática, tem uma enorme importância na aplicação do Direito: da leitura das decisões dos tribunais, verifica-se a constante referência a decisões anteriores; os próprios advogados procuram sustentar as teses que defendem invocando decisões que foram tomadas em sentido idêntico no julgamento de casos semelhantes. Em teoria, esta prática é discutível e mesmo censurável, pelo menos no que se refere aos tribunais – se os juízes devem decidir apenas de acordo com a lei, a intromissão de juízos alheios, poder-se-á considerar como um elemento perturbador da pureza silogística da decisão judicial.
O que é o costume?
Prática repetida no meio social, que é tomada como obrigatória.
Tipos de costume
Quanto à natureza:
Costume popular
Costume erudito
Quanto ao conteúdo:
a) costume que vai para além da lei - O costume regula aspectos não regulados pela lei.
b) costume coincidente com a lei - O costume confirma ou interpreta
c) costume contrário à lei – Este costume não é admitido no ordenamento jurídico Português, exige a alteração da lei
Para que o costume seja considerado fonte de direito é necessário que seja:
1. Contínuo – factos não esporádicos
2. Constante – repetição dos factos sem alteração de sentido
3. Obrigatório – não depende da vontade
4. Não ilícito – não pode traduzir um sentido contrário ao direito
Exemplo de costume: filas de espera por ordem de chegada, onde ninguém ultrapassa
Os jusnaturalistas enaltecem esta fonte de Direito, considerando-a a mais conforme ao Direito Nacional.
Nas sociedades contemporâneas, o costume tende a perder importância por várias razões:
1. A urbanização e a mobilidade das pessoas desfavorecem a estabilidade das relações pessoais, dificultando a sedimentação das práticas sociais suscetíveis de se virem a converter em costumes
2. Hoje em dia a evolução do sistema de normas é muito rápida, exigindo meios de formação expeditos, o que o costume não é
O que são os usos?
Repetição de atos.
O que é a equidade?
Nem sempre as normas gerais e abstratas conduzem a resultados mais justos. As normas surgem como a resposta mais adequada e justa para resolver a generalidade dos casos. A especificidade de um caso concreto pode implicar, contudo, que a solução mediante critérios gerais se traduza numa injustiça. O modo alternativo de resolver estes casos concretos sem correr este risco é o de utilizar a equidade. É feita assim uma adaptação da regra existente à situação concreta, em observância a critérios de justiça e de igualdade.
O que é a doutrina?
É o resultado do estudo de professores, investigadores, pensadores, juristas e filósofos aplicado ao campo jurídico.