ANEMIA FALCIFORME Flashcards
STOP I (1998)
População: Crianças com anemia falciforme e maior risco de evento cerebral com base em velocidades de DTC
Hipótese: Avaliação de benefício em redução de eventos cerebrovasculares precoces em crianças com anemia falciforme e alteração em velocidades de DTC através do início de esquema transfusional crônico com objetivo de manter HbS < 30%
Conclusão: O estudo foi terminado precocemente pelo benefício da redução da ocorrência de AVE (de 10% ao ano para menos de 1% ao anos) nos pacientes que receberam transfusão crônica
STOP II (2005)
Contextualização: Depois do estudo STOP I estabelecer um benefício evidente de início de transfusão crônica em pacientes falciformes com risco de eventos cerebrovasculares pelo DTC, questionou-se qual o melhor momento e se havia indicação de mudar o esquema
População: Crianças com anemia falciforme que apresentaram alteracão de DTC e RNM de crânio normal e iniciaram esquema transfusional crônico
Grupos: Essas crianças foram randomizadas para manter esquema transfusional crônico vs observação
Desfechos: Depois de 2 anos de acompanhamento, percebeu-se que 35% das crianças não transfundidas voltaram a apresentar alteração do DTC e maior risco de AVE. Esse estudo também teve seu término antecpado e definiu que as transfusões não devem ser interrompidas nesses pacientes
TWiTCH (2015)
População: Crianças com anemia falciforme e DTC alterado que tinham indicação de iniciar esquema de transfusão crônica
Metodologia: Já que os pacientes tinham risco elevado de eventos vasculares cerebrais pelo DTC, eles iniciaram esquema transfusional crônico por pelo menos 12 meses (médias de 4 anos) e depois passavam por um período de overlap entre HU e transfusão, até manter só HU.
Desfechos: O estudo mostra que o tratamento inicial deve sempre consistir em transfusões e o tempo ideal entre essa transição ainda não é conhecido. Mas o estudo mostrou não inferioridade entre manutenção com HU e esquema transfusional crônico através da monitorização de DTC e risco de evento primário.
BABY HUG trial
“Pediatric Hydroxyurea in Sickle Cell Anemia”
População: Bebes com anemia falciforme e idade entre 9-18 meses de idade ASSINTOMÁTICAS
Grupos: Grupo controle que os pacientes eram observado até que houvesse indicação de início de HU ou grupo intervenção que introduziu precocemente HU na dose de 20mg/kg/dia
Desfechos: No grupo dque recebeu medicação, observou-se menor incidência de crises álgicas e dactilite, assim como tendência a menor incifência de STA ou necessidade de internação hospitalar.
Conclusão: Baseado nisso, recomenda-se introduzir HU na apresentação líquida para todas as crianças com anemia falciforme diagnosticadas a partir de 9 meses de idade. No entanto, na portaria do SUS, não está previsto o uso universal de HU para a população pediátrica, o que limita a disponibilidade da mesma mesmo havendo benefício em literatura.