Alopécias Flashcards
Fatores para o crescimento do cabelo
Elementos nutritivos, - aminoácidos (AA sulfurados), ácidos gordos (ac.linoleico, linolénico e araquidónico), metais (zinco e cobre), vitaminas (A, C, E, B5 (Ác. pantoténico), B6 (Piridoxina), H (biotina), vascularização da papila (aporte de nutrientes), influencia hormonal (testosterona)
Regulação do ciclo piloso
Fatores vasculares – fase anagénica (vascularização intensa da papila), fase catagénica (rarefeita) e fase telogénica (desaparece) – VEGF (fator de crescimento endotelial) -essencial para duração da anagénese (duração do ciclo piloso)
Fatores hormonais/endócrinos – Testosterona (2 vias metabólicas)
o Principal -> + 5-α-redutase -> DHT -> inibe VEGF, < duração da fase anagénica – acelera ciclo piloso
o Secundária -> + aromatase -> 17-β-oestradiol -> estimula VEGF, > duração da anagénica – aumenta ciclo piloso
Queda patológica - >100 a 150 cabelos/dia – cabelos na almofada e vestuário (se perdurar além de 3 meses – pedir ajuda)
Alopécia – diminuição da densidade capilar c/ ou s/ queda excessiva
Eflúvio – queda excessiva c/ ou s/ diminuição da densidade
Calvície = resultado da queda
Alopécia não cicatricial (Alopécia Difusa - Aguda)
Eflúvio telogénico agudo (ETA) – anomalia, queda excessiva com conversão telogénica seguida de queda, mais nas mulheres, repentina, secundária a acontecimento (pós parto, sazonal, regime desequilibrado, choque pós-operatório, fadiga, stress) ou patologia precedente (2-4 meses), não conduz à calvície, necessidade de estimular vascularização, travar passagem prematura para telogénese, relançar fase anagénica do ciclo seguinte, nutrir bulbo piloso – vitamínico, estimular crescimento,
[não tem idade de início, atingimento difuso, queda brutal, sem miniaturização (diâmetro cabelo normal), densidade inalterada, afeta apenas 1 ciclo (encurta anagénica)]
Eflúvio anagénico agudo (EAA) – quimioterapias anti-mitóticas, radioterapias, drogas, toxinas
Alopécia não cicatricial (Alopécia Difusa - Crónica)
Eflúvio telogénico crónico – persistência de alocécia aguda ou causa metabólica ou endócrina, queda > 6 meses, reversível, alopécia na totalidade (difusa), sem miniatura do bulbo (diâmetro homogénio inalterado) – mais frequente na mulher (menopausa)
Fatores implicativos:
- Fator Neuropeptídico –
- Défice em substância P - neuromediador das terminações nervosas da papila - age através da intermediação dos NK1 na anagénica e Défice em recetores NK1 - folículo piloso, recetor da subs. P (normal - prolongam fase anagénica, retardam queda; estimulam queratinócitos, proliferação celular – crescimento do cabelo) mas o défice – fase anagénica curta e menor proliferação, esgotamento prematuro dos folículos e crescimento lento – queda de cabelo
-Fator vascular - Défice de VEGF (fator vascular) – Défice na vascularização, má nutrição, queda
[Repentino, entre 40-60 anos, 6-72 meses duração, atingimento difuso, queda severa, evolução flutuante, sem miniaturização, densidade inicial elevada]
Alopécia androgénica/androgenética ou progressiva (AAG) - anomalia com encurtamento da fase anagénica – esgotamento prematuro dos ciclos, queda progressiva, irreversível e localizada, miniaturização do bulbo (cabelo mais fina), mais nos homens, apresentação clínica pela classificação de HAMILTON, prevalente nos homens com 50 anos (50% - 1 em cada 2). Fator vascular (anagénica mais curta e cabelos finos) e hormonal. Medicamentos: minoxidil (ação direta no crescimento, aumanta diâmetro e débito sanguíneo – 30-40% satisfatótio após 6-12 meses, 2x/dia – paragem de queda, crescimento, tratamento deve prosseguir, paragem ou espaçamento tem consequências; cefaleias, prurido, secura, estado descamativo, dermatite irritativa, hipertricose - inconveniente) e finasterida
[início progressivo, 20-40 anos, 6 meses – anos de duração, localizado, queda moderada, evolução progressiva, cabelo miniaturizado (finos), densidade diminuída]
Alopécia medicamentosa
Alopécia não cicatricial (Alopécia Circunscrita)
Origem autoimune dirigida ao folículo piloso – alopécia em placas ou áreas (areata), pode generalizar-se (pelada decalvante) e/ou atingir o todo das zonas pilosas (pelada universal) – placas circunscritas, presença de cabelos em ponto de exclamação.
Alopécias cicatriciais
Desaparecimento definitivo/ destruição do folículo piloso, Irreversiveis – traumatismo, queimadura, radiodermite, infeção, afecção dermatológica
Doentes sob tratamentos oncológico
Toxicidade cutânea, muito frequente, terapias não são especificas de um dado tecido, tecido cutâneo regenera-se rapidamente (medicamentos antineoplásicos impedem divisão celular – afetam pele), toxicidade cutânea pode causa grave sofrimento físico e psicológico.
- Xerose cutânea – pele rugosa, descamativa, inflamação cutânea (eczema/ictiósica), prurido, normalmente após 3 semanas de tratamento, atinge dimensão variada, membros e tronco, mucosas, 12-18% dos doentes (+ frequente e severo em idosos) -banhos curtos a 32-34 °C, limpar pele com toalha em suaves toques, usar syndets (pH5,5 sem perfumes), uso de emolientes (base do tratamento) sem perfume 2x/dia, uso de queratolíticos não agressivos ou lactato de amónio
- Queratose pilar – 50% dos doentes, obstrução folicular por hiperqueratose do infundíbulo, impedidno a saída do pelo, forma progressiva, rosto, membros, tronco – emolientes, agentes queratolíticos à base de ác. salicílico, ureia ou lactato de amónio
- Sindrome Mão-Pé – plantas e/ou palmas, sempre bilateral não necessariamente simétrico, impacto na qualidade de vida, dose dependente
Quimioterapia (HFS) – primeiros ciclos, ambas as palmas e/ou plantas, lesões difusas, dor, queimadura, prurido, eritema inflamatório, edema, descamação, hiperqueratose, bolhas
Terapeutica alvo (HFSR) – aparecimento rápido no inicio, mais plantas do que palmas, localizadas (zonas de contacto), hiperqueratose dolorosa (áreas de contacto/flexão) – regride após meses
Usar luvas e calçado adaptado, evitar espessamento cutâneo (creme hidratante, qieratolítico – ureia ou ác. salicílico), tratar infeção (dermocorticoides de alta potencia, queratolíticos - de ureia ou ác.salicilico, anestésicos locais) - Erupçóes acniformes – policulite papulo.pustulosa assética – sem lesões retencionais, tem queimadura, dor prurido – rosto, couro cabeludo, dorso, peito (+ glândulas sebaceas), redução da qualidade de vida – evolução/regressão rápidas – exclusiva da terapia alvo, 70% dos doentes – efeito esperado (anti-EGFR,inibidores MEK, Inibidores mTOR) – Produtos para acne adolescente não é indicada, hidratar pele, fotoproteção e evitar exposição solar, tópico anti-bacteriano para reparação, usar emoliente, higiene sem sabão nem perfume, maquilhagem não oclusiva ok (antibióticos locais ou sistémicos, dermocorticoides para reduzir a dor)
- Radiodermites – eritema inflamatório ligeiro, doloroso, pruriginoso, mucosas, risco de sobreinfeção bacteriana (Staphylococcus aureus), até 4 semana de tratamento, cicatriza em 1-3meses após fim da radioterapia – vestuário amplo, confortável, de algodão, higiene com agua morna, limpeza suave sem sabão tipo syndets, champô extra suave, pulverizar lesões com água termal após sessões, emoliente diariamente, fotoproteção e emoliente (4h intervalo), maquina barbear elétrica
- Fotossensibilização – zonas foto-expostas (10 min.), UVA induzido, aspeto “golpe de sol” intenso, eritema, queimadura, bolhas, descolamento cutâneo, risco de hiperpigmentação secundaria, vidros não protege dos UVA, evitar exposição, usar vestuário protetor, fotoproteção, em caso de fototoxicidade (dermocorticoides evicção solar)
- Alopécia – brutal, não necessariamente total, cabelo-pestanas-sobrancelhas-axilar-púbica, 1º ciclo tratamento (afeta cabelos em fase de crescimento), renascem em 3-6 meses após ultimo ciclo (1cm/mês), mais frisado e branco, possível ser permanente (taxanos, busulfano, tiotepa), impacto psicológico major – lavar cabelo na véspera de sessão e evitar lavar 3-5 dias seguintes, secagem não agressiva, passar a um corte curto, massajar, proteção solar, turbante ou peruca (escolha pessoal), estimulante de crescimento capilar, maquilhagem das sobrancelhas