Aféreses Flashcards
O que é aférese?
Separação / remoção / troca / modificação seletiva de um componente sanguíneo
Palavra de origem grega
Executada com instrumentos automatizados para a separação e/ou remoção seletiva, além de troca e/ou modificação de um componente sanguíneo.
Executada pela primeira vez em 1914, de forma manual. Em 1952 foi o primeiro relato de utilização como tratamento em humanos em um paciente com macroglobulinemia de Waldenstrom (tipo de linfoma não-Hodgkin, em que há aumento da paraproteína IgM, tornando o sangue muito viscoso).
Qual é o princípio da aférese?
Usa-se um separador celular com solução anticoagulante e kit descartável para remover ou trocar eficientemente algum componente sanguíneo circulante.
Quais os passos de planejamento da aférese?
- Frequência: depende da doença, taxa de equilíbrio (redistribuição e efeito rebote) e tipo de anticorpo presente
. PTT = diário
. Remoção IgM é intravascular (Macroglobulinemia de Waldenstron): MENOS frequente
. Remoção IgG é extravascular (Mieloma Múltiplo): MAIS frequente - Acesso vascular
. Cateter venoso central tipo diálise: garante fluxo alto (50-100 mL/min) e comodidade/estabilidade. Desvantagens: pneumotórax, sangramento, infecção e trombose. - Volemia extracorpórea
. Máximo de 15% da volemia total (8% do peso) - Equipamento / Fluxo
- Volemia plasmática processada
. 8% do peso corporal
. = Volemia sangue total x (1-Htc) - Balanço hídrico
. Isovolêmico: fluido removido é igual ao fluido substituído. - Fluido de substituição (PFC, albumina a 5% e Plasma Isento de Crio)
- Hemostasia e anticoagulação
. Heparina: sistêmico, mais difícil reverter, aumenta risco de sangramento.
. ACD-A (solução A Ácido Citrato Dextrose): não é sistêmico, reverte rápido. Suspende a cascata de coagulação ao ligar-se ao cálcio e magnésio ionizados; hipocalcemia e hipomagnesemia.
. Maiores riscos de toxicidade ao citrato: baixo peso, mulheres, idosos, hepatopatas, nefropatas. - Reações adversas
. Hipocalcemia
. Complicações do acesso vascular
. Reações alérgicas
. Infecções
. Alterações hemodinâmicas - Monitoramento e cuidados
Quais as diferentes formas de Hemostasia e Anticoagulação na aférese e quais suas características?
- Heparina: sistêmico, mais difícil reverter, aumenta risco de sangramento.
- ACD-A (solução A Ácido Citrato Dextrose): não é sistêmico, reverte rápido. Suspende a cascata de coagulação ao ligar-se ao cálcio e magnésio ionizados; hipocalcemia e hipomagnesemia.
. Maiores riscos de toxicidade ao citrato: baixo peso, mulheres, idosos, hepatopatas, nefropatas.
Quem tem maior risco de toxicidade ao citrato (ACD-A) na hemostasia e anticoagulação por aférese?
- Baixo peso
- Mulheres
- Idosos
- Hepatopatas
- Nefropatas
Quais são as possíveis reações ao citrato na hemostasia e anticoagulação por aférese?
HIPOCALCEMIA e HIPOMAGNESEMIA.
- Leve: parestesia perioral e extremidades
- Moderada: parestesia em mãos, pés e tórax, calafrios, náusea/vômito, cólicas abdominais, hipotensão moderada, inquietação.
- Grave: dor abdominal, tetania, arritmia, hipotensão grave.
Qual o anticoagulante mais comumente utilizado na aférese e por quê?
Citrato (ACD-A: Ácido Citrato Dextrose), pois se consegue reverter rapidamente e não é sistêmico como a heparina.
Quais os principais efeitos colaterais do uso do citrato (ACD-A) como anticoagulante na aférese?
Hipocalcemia e Hipomagnesemia
- Leve: parestesia perioral e extremidades
- Moderada: parestesia em mãos, pés e tórax, calafrios, náusea/vômito, cólicas abdominais, hipotensão moderada, inquietação.
- Grave: dor abdominal, tetania, arritmia, hipotensão grave.
Por que o citrato na aférese causa hipocalcemia e hipomagnesemia?
Pois suspende a cascata de coagulação ao se ligar ao Ca2+ e Mn2+.
Qual o volume de citrato que deve ser utilizado?
Para cada 12 mL de sangue aspirado, 1 mL de citrato.
Se for plaquetopênico ou tiver algum distúrbio de coagulação, 20:1.
Qual o volume de heparina que deve ser utilizado?
25-30 mL de sangue aspirado : 1 mL de heparina (5 mil UI heparina para cada 500 mL de ACD-A)
Qual a relação de quantidade entre heparina e citrato ACD-A?
5 mil UI heparina para cada 500 mL de ACD-A
Quais as vantagens e desvantagens do uso do cateter venoso central como acesso vascular para a aférese?
Vantagens: garante o alto fluxo (50-100 mL/min), comodidade e estabilidade durante a coleta.
Desvantagens: pneumotórax, sangramento, infecção e trombose.
Qual o volume máximo da volemia extracorpórea na aférese?
15% da volemia total (8% do peso)
Quais as principais soluções utilizadas para substituir o plasma retirado pela troca plasmática terapêutica (fluido de substituição para garantir o balanço hídrico isovolêmico)?
PFC (principalmente para PTT e Sd. Goodpasture) e albumina 5%.
Quais as principais reações adversas da aférese?
. Hipocalcemia
. Complicações do acesso vascular
. Reações alérgicas
. Infecções
. Alterações hemodinâmicas
. Alterações farmacodinâmicas: evitar fazer com uso de antibiótico, pois a plasmaférese irá retirar a medicação)
. Reações transfusionais ao uso do PFC
. Reações vaso-vagais
. Embolia gasosa
. Hipotermia
. Anormalidades na coagulação
Quais são as formas de separação dos componentes sanguíneos por aférese?
- Centrifugação
- Filtração/Membrana
- Coluna de Adsorção
Como ocorre a separação dos componentes sanguíneos pela aférese de filtração?
- Filtros com membranas de porosidades de tamanhos variados absorvem proteínas de alto peso molecular (15 mil D), utilizados unicamente para plasmaférese.
- Não é seletiva!
- Taxa de filtração limitada a 35% do plasma e efetividade depende das características da membrana e de fatores que podem afetar o depósito de substâncias formadas no filtro, formação de fibras ou coágulos e adsorção de proteínas.
Como ocorre a separação dos componentes sanguíneos pela aférese de centrifugação?
Separa os componentes de acordo com a densidade, através da força de centrifugação e velocidade de fluxo sanguíneo:
Hemácias > granulócitos > monócitos > linfócitos > plaquetas > plasma
Qual a ordem de maior densidade para menor densidade dos componentes sanguíneos?
Hemácias > granulócitos > monócitos > linfócitos > plaquetas > plasma
Como ocorre a separação dos componentes sanguíneos pela aférese de colunas de adsorção?
Plasma é separado dos elementos celulares por centrifugação e é perfundido através de uma coluna/filtro para remoção seletiva, de forma que o restante retorna ao paciente.
Exemplos de uso de aférese de colunas de adsorção
- Coluna de sulfato dextran: remove LDL (pacientes refratários à tratamento de hipercolesterolemia)
- Coluna de proteína A Staphylocócica: remove IgG por se ligar à fração Fc do complemento
O que é a imunoadsorção?
Remove agentes nocivos, mantendo componentes do plasma naturais, permitindo a modificação do próprio plasma do paciente.
Quais são os tipos de fluxo na aférese?
- Contínuo: sangue é retirado, processado e reinfundido simultaneamente, de forma que o volume extracorpóreo é menor, há uma estabilidade dinâmica e é mais rápido. Porém, necessita de duas punções em acesso periférico.
- Intermitente: executado em ciclos (centrifuga, separa e reinfunde), proporcionando punção única, de modo que o volume extracorpóreo é maior, podendo causar instabilidade hemodinâmica e é mais lento.
Qual o tipo de fluxo que os equipamentos mais modernos de aférese funcionam e quais as vantagens e desvantagem?
Contínuo: sangue é retirado, processado e reinfundido simultaneamente.
Vantagens:
- volume extracorpóreo é menor
- estabilidade hemodinâmica
- mais rápido.
Desvantagem:
- necessita de duas punções em acesso periférico
Qual a vantagem e desvantagens do fluxo intermitente na aférese?
Vantagem:
- única punção
Desvantagens:
- volume extracorpóreo é maior
- instabilidade hemodinâmica
- mais lento.
Quais são os tipos de procedimentos de aférese?
- Plasmaférese terapêutica
- Plasmaférese transfusional
- Plaquetaféreses ou Trombocitaféreses
- Eritrocitaférese
- Leucocitaférese
O que é a plasmaférese terapêutica (troca plasmática terapêutica) e quais as indicações gerais?
Remoção de grandes volumes de plasma do paciente e substituição por soluções apropriadas.
Tratamento de doenças neurológicas, renais, metabólicas, reumatológicas e hematológicas, removendo substâncias patogênicas circulantes ou substâncias fisiológicas em excesso.
O que pode ser removido com a plasmaférese terapêutica?
- Aloanticorpos
- Autoanticorpos
- Complexos antígeno-anticorpo
- Proteínas plasmáticas em quantidades aumentadas ou anormais
- Níveis muito elevados de colesterol
- Níveis elevados de resíduos metabólicos plasmáticos
- Drogas
- Venenos ligados ao plasma
Quais as características após a troca plasmática terapêutica?
- 30 minutos iniciais: troca bastante efetiva (aproximadamente 80%). O ideal é processar no máximo 1,5 volemias plasmáticas e realizar mais procedimentos, pois 2 volemias já não tem mais de 20% de efetividade.
- Alterações dos constituintes sanguíneos, necessitando análise de hemograma e coagulação antes de fazer o procedimento novamente.
Quais as principais alterações dos constituintes sanguíneos após uma sessão de troca plasmática terapêutica?
- Fibrinogênio: reduz +60% e recupera 65% em 48h
- Imunoglobulinas: reduz +60% e recupera apenas 45% em 48h
- Enzimas hepáticas: reduz 60% e recupera 100% em 48h
- Bilirrubinas: reduz 45% e recupera 100% em 48h
- Fatores de coagulação: reduz 25-50% e recupera 80-100% em 48h
- C3: reduz +60% e recupera 60-100% em 48h
- Plaquetas: reduz 30% e recupera 75-100% em 48h
O que precisa ser feito na PTT além da troca plasmática terapêutica?
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) é causada pela deficiência de uma enzima ADAMTS13 que cliva o fator de von Willebrand (ativa o sistema endotelial e forma microcoágulos na microcirculação).
Além de remover o plasma, precisa repor plasma que contenha esse fator de coagulação!
Qual a diferença da plasmaférese de diálise?
Plasmaférese retira grandes moléculas (albumina, IgG, IgM) e diálise retira pequenas moléculas (creatinina).
Quais as características da molécula-alvo para a troca plasmática terapêutica?
- Identificação do agente etiológico ou substâncias tóxicas
- Alto peso molecular (15 mil D)
- Taxa de formação mais lenta
- Baixo volume de distribuição
- Distribuição intravascular
Como são atualizadas as recomendações do uso de aférese terapêutica?
A cada 3 anos a Sociedade Americana de Aféreses publica guidelines sobre o uso de aférese terapêutica na prática clínica, baseado em evidências.
Quais são as Categorias de evidência do uso da aférese terapêutica?
- Categoria I: padrão e aceitável, realizada como tratamento primário ou conjuntamente com outras terapias iniciais
- Categoria II: aceita, mas considerada como tratamento de suporte a outra modalidade de tratamento mais definida
- Categoria III: utilizada apenas como parte de esforço excepcional quando terapias convencionais tenham falhado
- Categoria IV: apenas em protocolos de pesquisa clínica aprovados, sem eficácia comprovada
Quais são os graus de recomendações baseados em evidências?
1: forte recomendação
2: fraca recomendação
A: alta qualidade de evidência
B: moderada qualidade de evidência
C: baixa qualidade de evidência
Quais as principais indicações de troca plasmática terapêutica?
- Síndrome Guillain Barré (poliradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda): I-1A
- Insuficiência hepática aguda: I-1A
- Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) / Microangiopatia trombótica: I-1A
- Vasculite ANCA-associada (creatinina maior ou igual a 5,7): I-1A
Quais as principais indicações de troca plasmática terapêutica (Categoria I), mas moderada qualidade de evidência (1B)?
- Síndrome Goodpasture (doença membrana basal anti-glomerular), se não houver dependência de diálise (se houver, é Categoria III - 2B) e nem hemorragia alveolar difusa (se houver, é Categoria I - 1C)
- Poliradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória crônica
- Glomeruloesclerose segmentar focal
- Hiperviscosidade sintomática em Hipergamaglobulinemia (como profilaxia para rituximabe: 1C)
- Miastenia gravis
- Neuropatias desmielinizante paratroteinêmica (IgG/IgA/IgM)
- Transplante (rim) ABO compatível (dessensibilização doador vivo OU rejeição mediada por anticorpo)
- Transplante (rim) ABO incompatível (dessensibilização doador vivo)
Quais as principais indicações de troca plasmática terapêutica (Categoria I), mas baixa qualidade de evidência (1C)?
- Síndrome Goodpasture com hemorragia alveolar difusa
- Encefalite por receptor de anticorpo N-metil-D-aspartato
- Dessensibilização transplante fígado doador vivo ABO incompatível
- Vasculite ANCA-associada MPA/GPA//RLV: DAH
- Doença de Wilson fulminante
- Hiperviscosidade em Hipergamaglobulinemia como profilaxia para rituximabe
- Transplante (fígado) dessensibilização doador vivo ABO incompatível
Quais as principais indicações de troca plasmática terapêutica na Categoria II - aférese aceita, mas como tratamento de suporte a outra modalidade de tratamento mais definida?
- Esclerose múltipla (ataque agudo ou recaída) - 1A (crônica é Categoria III - 2B)
- Hipercolesterolemia familiar - 1B
- Doenças relacionadas a anticorpo do canal de voltagem ligado ao potássio (VGKC) - 1B
- Transplante (rim) ABO incompatível (rejeição mediada por anticorpo) - 1B
- Transplante MO ABO incompatível Major-HPC(M) - 1B
- Transtornos neuropsiquiátricos pediátricos autoimunes associados com infecções estreptocócicas (PANDAS) - 1B
- Neuromielite óptica (NMOSD) ataque agudo ou recaída - 1B (se for crônica, Categoria III - 2C)
- Dessensibilização transplante cardíaco - 1C
- Crioglobulinemia grave/sintomática - 2A
- Tempestade tireotóxica - 2C
- AHAI fria - 2C
- LES - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
PTI
Categoria III - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Psoríase
Categoria IV - 2C (TPE)
Categoria III - 2B (ECP)
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
LES
Categoria II - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Esclerodermia (esclerose sistêmica)
Categoria III - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Púrpura pós-transfusional (PTP)
Categoria III - 2C
Exames importantes para analisar antes de se realizar a troca plasmática terapêutica? Por quê?
Hemograma e Coagulograma.
A plasmaférese altera constituintes sanguíneos após uma única sessão.
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Poliradiculoneuropatia inflamatória crônica desmielinizante
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Insuficiência hepática aguda
Categoria I - 1A na modalidade HV (se for só a troca plasmática terapêutica é Categoria III - 2B)
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome Goodpasture diálise-independente
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome Goodpasture com hemorragia alveolar difusa
Categoria I - 1C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome Goodpasture
Categoria I
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome Antifosfolípide
Categoria I - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Poliradiculoneuropatia aguda inflamatória desmielinizante
Categoria I - 1A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome Guilain-Barré
Categoria I - 1A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Hipercolesterolemia familiar homozigótica
Categoria I - 1A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Hipercolesterolemia familiar heterozigótica
Categoria II - 1A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Glomeruloesclerose segmentar focal (GESF)
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome de hiperviscosidade em hipergamaglobulinemia
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Miastenia gravis aguda
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Miastenia gravis tratamento de longa duração
Categoria II - 2B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Encefalite receptor anticorpo N-metil-D-aspartato
Categoria I - 1C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Neuropatias desmielinizantes paraproteinêmicas
Polineuropatias crônicas desmielinizantes adquiridas
IgG/IgA/IgM
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Microangiopatia trombótica mediada por complemento (autoanticorpo fator H)
Categoria I - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Microangiopatia trombótica associada ao medicamento ticlopidina
Categoria I - 2B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Microangiopatia trombótica associada ao medicamento clopidogrel
Categoria III - 2B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Microangiopatia trombótica por Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT)
Categoria I - 1A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Transplante de fígado - dessensibilização doador vivo ABO incompatível
Categoria I - 1C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Transplante renal, ABO compatível
Rejeição mediada por anticorpo ou dessensibilização doador vivo (mesmo que ABO incompatível)
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Transplante renal, ABO incompatível
Rejeição mediada por anticorpo
Categoria II - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Vasculite ANCA-associada MPA/GPA/RLV:RPGN, Cr maior ou igual a 5,7
Categoria I - 1A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Vasculite ANCA-associada MPA/GPA/RLV:DAH
Categoria I - 1C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Doença de Wilson fulminante
Categoria I - 1C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Crioglobulinemia
Categoria II - 2A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Nefropatia por IgA (Doença de Berger)
Categoria III
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI)
Categoria III - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Doença Inflamatório Intestinal
Categoria III
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome miastênica Lambert-Eaton
Categoria II - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Esclerose múltipla aguda ou recaída
Categoria II - 1A
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Esclerose múltipla crônica
Categoria III - 2B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Miastenia gravis
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Neuromielite óptica aguda - Devic
Categoria II - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Anemia hemolítica autoimune (AHAI) quente
Categoria III - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Tempestade tireotóxica
Categoria II - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome HELLP pré-parto
Categoria IV - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Síndrome HELLP pós-parto
Categoria III - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Púrpura de Henoch-Schonlein (vasculite por IgA)
Categoria III - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Vasculite idiopática
Categoria IV - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Vasculite por poliarterine nodosa por Hepatite B
Categoria II - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Vasculite por Doença de Behcet
Categoria III - 2C (Se citaférese adsortiva, Categoria II - 1C)
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de aférese terapêutica?
Inibidores de fatores de coagulação
Categoria III - 2C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de fotoaférese terapêutica por ECP?
Linfoma de células T cutânea (CTCL/LCTC); Micose fungoide; Síndrome Sézary
Formas eritrodérmicas
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de eritrocitaférese?
Hemocromatose hereditária
Categoria I - 1B
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de eritrocitaférese?
Policitemia vera / eritrocitose
Categoria I - IB
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de eritrocitaférese?
Doença celular Sickle aguda para AVC agudo
Categoria I - 1C
Qual a categoria que a condição a seguir se encaixa na recomendação de eritrocitaférese?
Doença celular Sickle não-aguda como profilaxia para AVC
Categoria I - 1A
Quais as doenças que estão na Categoria I - 1A para tratamento por aférese?
Dica: 6 doenças
- Síndrome Guillain Barré (poliradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda)
- Insuficiência hepática aguda (na modalidade HV)
- Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) / Microangiopatia trombótica
- Vasculite ANCA-associada (creatinina maior ou igual a 5,7)
- Hipercolesterolemia familiar homozigótica
- Doença celular Sickle não-aguda como profilaxia para AVC
Quais as doenças que estão na Categoria I - 1B para tratamento por aférese?
Dica: 9 doenças
- Poliradiculoneuropatia inflamatória crônica desmielinizante
- Síndrome Goodpasture diálise-independente
- Glomeruloesclerose segmentar focal (GESF)
- Síndrome de hiperviscosidade em hipergamaglobulinemia
- Miastenia gravis aguda
- Neuropatias desmielinizantes paraproteinêmicas / Polineuropatias crônicas desmielinizantes adquiridas IgG/IgA/IgM
- Transplante renal, ABO compatível: Rejeição mediada por anticorpo ou dessensibilização doador vivo (mesmo que ABO incompatível)
- Linfoma de células T cutânea (CTCL); Micose fungoide; Síndrome Sézary
Formas eritrodérmicas - Hemocromatose hereditária
Quais as doenças que estão na Categoria I - 1C para tratamento por aférese?
Dica: 5 doenças
- Síndrome Goodpasture com hemorragia alveolar difusa
- Encefalite receptor anticorpo N-metil-D-aspartato
- Transplante de fígado - dessensibilização doador vivo ABO incompatível
- Vasculite ANCA-associada MPA/GPA/RLV:DAH
- Doença de Wilson fulminante
Quais as doenças que estão na Categoria II - 1A para tratamento por aférese?
Dica: 2 doenças
- Hipercolesterolemia familiar heterozigótica
- Esclerose múltipla aguda ou recaída
Quais as doenças que estão na Categoria II - 1B para tratamento por aférese?
Dica: 2 doenças
- Transplante renal, ABO incompatível: Rejeição mediada por anticorpo
- Neuromielite óptica aguda - Devic
Qual o intervalo para se doar plasmaférese?
- 48 horas
- Máximo 4 doações em 2 meses
- Máximo 12 doações/ano
O que são as plaquetas?
Fragmentos celulares produzidos por megacariócitos que exercem papel fundamental na hemostasia
Qual a principal indicação de plaquetaférese?
Transfusional
Qual a indicação de plaquetaférese terapêutica?
Trombocitopenia essencial: doença mieloproliferativa, com plaquetas muito aumentadas no sangue, acima de um milhão.
Além dos critérios comuns dos doadores de sangue total, quais outras condições são necessária para a doação de plaquetas?
- Avaliação do acesso venoso
- Hemograma (>150 mil plaquetas)
- Volemia processada: calculada através da relação peso/altura
- Intervalo de 48 horas
- Máximo 24 doações/ano
- Duração de cerca de 1 hora
Qual o intervalo para se doar plaquetas?
48 horas
Máximo 4 doações/mês
Máximo 24 doações/ano
1 mês após doação de sangue total
Tempo médio de coleta: 1,5h
Qual é o objetivo da eritrocitaférese?
Separação e remoção das hemácias dos outros componentes sanguíneos e a substituição por hemácias de doadores com ou sem soluções colóides.
O que é a eritrocitaférese?
Remoção de hemácias anormais ou em excesso, podendo ser transfusional ou terapêutica.
Qual a principal indicação de eritrocitaférese?
- Anemia falciforme no AVC ou profilaxia do AVC (consegue-se reduzir a HbS para 30% em um único procedimento, antes de uma cirurgia) - Categoria I
Qual a Categoria de indicação de eritrocitaférese para Doença falciforme na Síndrome Torácica Aguda ou Crise Vasooclusiva Recorrente?
Categoria II
Quais são indicações terapêuticas de eritrocitaférese?
- Policitemia vera (Categoria I)
- Hemocromatose hereditária (Categoria I)
- Doença falciforme no AVC e profilaxia para AVC (Categoria I)
- Doença falciforme na Síndrome Torácica Aguda ou Crise Vasooclusiva Recorrente (Categoria II)
- Poliglobulia secundária (ex: pacientes com hemocromatose que precisam de um regime de transfusão mensal, anemia falciforme e AVC) - Categoria III
- Outras hemoglobinopatias
Quando é mais usada a eritrocitaférese?
- Preparo pré-operatório (anemia falciforme)
- Quadro pregresso de AVC
Quais as desvantagens da eritrocitaférese?
- Usar uma quantidade maior de hemácias para substituir as hemácias retiradas, utilizando-se muitas bolsas de sangue em um único procedimento.
- Exposição aumentada a doadores alogênicos quando comparada a simples transfusão
Quais as vantagens da eritrocitaférese?
- Em 1 hora, consegue-se trocar 7 bolsas de hemácias
- Aumenta rapidamente o hematócrito
- Evita sobrecarga de ferro a longo prazo
- Evita sobrecarga de volume
- Diminui HbS para menos de 30%
O que é leucocitaférese?
- Remoção de leucócitos.
- Necessita processar mais volumes para ser efeito (no mínimo 2,5 volemias).
- Pode remover 30-50% da massa de leucócitos e depende da massa leucocitária do paciente.
Quais as modalidades de leucocitaférese?
- Linfocitoaférese: retira linfócitos
- Coleta de células progenitoras do sangue periférico (CPSP)
- Granulocitaférese
Indicações de granulocitaférese terapêutica
- Leucemias com hiperleucocitoses (ex: LMA com 200 mil leucócitos e quadro de dispneia, com insuficiência renal, turvação visual - leucostase pelo aumento da viscosidade sanguínea) - Categoria I
Qual a principal indicação de leucaférese terapêutica (Categoria I)?
Leucemias com hiperleucocitoses (ex: LMA com 200 mil leucócitos e quadro de dispneia, com insuficiência renal, turvação visual - leucostase pelo aumento da viscosidade sanguínea)
Não tem finalidade curativa!!!
Indicações de granulocitaférese transfusional
- Neutropenia severa, recebendo ampla cobertura antibiótica e com infecção fúngica associada sem perspectiva de recuperação a curto prazo
Como se faz a granulocitaférese transfusional para pacientes com neutropenia severa?
Coleta de granulócitos de doadores estimulados com corticoide e fator de crescimento (G-CSF), que induz a neutrofilia em sangue periférico para aumentar o rendimento da coleta por aférese.
Qual é a produção diária de neutrófilos?
8,5 x 10ˆ10/kg/dia
Meia-vida na circulação é de 6-8 horas, com migração posterior aos tecidos
Qual é o intervalo de doação de granulócitos e volumes máximos de remoção de plasma e de hemácias?
- 48 horas
- Volume de plasma removido por semana deve ser < 1000 mL
- Volume de hemácias removido em 8 semanas deve ser < 200 mL
Como se faz a coleta de células progenitoras do sangue periférico (CPSP)?
Como é o preparo do doador de granulócitos (granulocitaférese transfusional) / mobilizaçnao para TMO alogênico?
- São células pluripotentes com capacidade de auto-renovação e diferenciação celular, em diversos precursores hematopoiéticos.
- Expressam o antígeno CD34+, usado para monitorar a coleta dessas células.
- Número de células CD34+ durante a hematopoiese basal: 0,05% no sangue periférico e 0,5-1% na medula óssea)
- Doador é estimulado com fator de crescimento G-CSF 10-25 mcg/kg/dia por 5 dias, iniciando a aférese no 4o a 5o dia.
- Paciente faz quimioterapia, uso de fator de crescimento G-CSF e plerixafor
- Inicia-se a leucaférese quando o número de células CD34+ for > 10/mm3.
- ABO compatível.
- Componente deve ser irradiado.
- Validade de 24h após a coleta.
Qual a recomendação de células CD34+ no produto aférese para TMO alogênico e TMO autólogo?
- TMO alogênico: maior ou igual a 5x10ˆ6 células/kg (mínimo 2, máximo 10)
- TMO autólogo: maior ou igual a 5x10ˆ6 células/kg (mínimo 2). Se 2 TMO, maior ou igual a 6x10ˆ6 células/kg.
Indicação de reoaférese?
Degeneração macular
Indicação de fotoaférese?
Dica: 6 doenças
- Linfoma de células T cutânea (LCTC)
- GVHD (DECH)
- Esclerodermia
- Transplante de órgãos sólidos
- Fibrose sistêmica
- Doença de Chron
Quais as vantagens da plaquetaférese?
- Menor exposição de vários doadores
- Menor risco de contaminação de doenças
- Menor risco de reação transfusional: produto desleucocitado (<5x10ˆ6 leucócitos) -> profilaxia de aloimunização HLA e prevenção de infecção por CMV
- Um doador pode fornecer plaquetas duplas
Quantas unidades de plaquetas randômicas equivalem a uma unidade de aférese?
6-8 unidades (doadores de sangue total)
30x10ˆ10 plaquetas/mL
250-400 mL
Qual a maior indicação de eritrocitaférese?
Terapêutica
Qual o objetivo da leucaférese?
Retirar a camada mononuclear de leucócitos e monócitos
Quais são as principais indicações de eritrocitaférese (Categoria I)?
- Anemia falciforme (no AVC e profilaxia do AVC)
- Policitemia vera
- Hemocromatose hereditária
Quais as tecnologias envolvidas na aférese?
- Menor volume extracorpóreo
- Monitores e alarmes
- Operação automatizada programável
- Tamanho e peso reduzidos
- Taxa de fluxo variável que permite personalização
- Capacidade de executar vários procedimentos diferentes
-> Quanto à forma de separação dos componentes sanguíneos:
- Filtração
- Centrifugação
- Combinação dos dois métodos
- Adsorção
Qual o objetivo da aférese transfusional?
Gerar hemocomponentes coletados por aférese de doadores saudáveis
Qual o objetivo da aférese terapêutica?
Tratamento de doenças em pacientes com troca, remoção ou modificação dos constituintes do sangue
Quais as modalidades de aférese terapêutica?
- Plasmaférese
- Purificação do plasma (online): imunoadsorção, filtração, aférese LDL
- Citaférese: eritrocitaférese, trombocitaférese, leucaférese
- Processamento de células (online): fotoaférese
Quais são os fatores que afetam a filtração na aférese?
- Depósito de substâncias formadas no filtro
- Formação de fibras ou coágulos
- Adsorção de proteínas
- Tamanho da molécula
Quais as principais diferenças nas tecnologias em aférese?
Filtração:
- Limitada ao coeficiente de separação da membrana (até 35%)
- Não realiza citaférese
- Requer anticoagulação com heparina geralmente (ou citrato em 1:20)
- Requer catéter venoso central com alto fluxo (100 mL/min)
Centrifugação:
- Eficiente na remoção de todos os componentes do plasma (até 85%)
- Não requer heparina (anticoagulação com citrato em 1:12)
- Não requer alto fluxo (42 mL/min)
- Perde mais plaquetas
Qual é o anticoagulante mais comum utilizado nos procedimentos de aférese?
Solução ACD-A (A-Ácido Citrato Dextrose), que se liga ao cálcio ionizado. Adequado para circuitos de baixo fluxo sanguíneo.
Uma grande contraindicação de plasmaférese
Pacientes com quadro séptico que estão hemodinamicamente instáveis na vigência de drogas vasoativas
Qual o intervalo de doadores de 2 CH por eritrocitaférese?
- 4 meses para homens
- 6 meses para mulheres
O que é uma leucaférese de grande volume?
Processamento de 3 ou mais volemias sanguíneas em uma única sessão de aférese
Aférese dificilmente é um procedimento isolado.
Quais as principais indicações que se utiliza apenas a aférese diariamente?
PTT e Síndrome Hemolítica Urêmica