Abdome Agudo Flashcards

1
Q

Tipo de dores

A

Dor somática - parietal: pele e peritônio parietal; fibras mielinizadas; dor aguda, bem localizada e percebida no local do estímulo

Dor visceral: nociceptores viscerais; fibras não mielinizadas, tipo C; dor insidiosa, mal localizada, acompanhando de resposta vagal; dor percebida na raiz nervosa

Dor referida: estímulo percebido por fibras do mesmo nível medular de outros locais. Ex:
- Sinal de Lafond = prenhez ectópica rota
- Sinal de Kehr (E) = lesão esplênica, cauda do pâncreas, diafragma E, coração
- Sinal de Kehr (D) = fígado, vesícula biliar, diafragma D
- Dor em bolsa escrotal = ureter

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2
Q

Relação da dor visceral com suas origens

A

Raizes nervosas derivam da origem embriogênica.
- Intestino primitivo anterior → plexo celíaco → epigástrio

  • Intestino primitivo médio → plexo mesentérico superior → mesogástrio
  • Intestino primitivo posterior → plexo mesentérico inferior → hipogástrio
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3
Q

Causas de abdome agudo inflamatório

A

Apendicite aguda, diverticulite, colecistite

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4
Q

Causas de abdome agudo perfurativo

A

Úlcera perfurada

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5
Q

Causas de abdome agudo hemorrágico

A

Prenhez ectópica rota
Sangramentos
Hemorragia digestiva

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6
Q

Causas de abdome agudo isquêmico

A

Isquemia mesentérica

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7
Q

Causas de abdome agudo não cirúrgico

A

Endócrinas/metabólicas: CAD, porfiria intermitente aguda, uremia

Hematológicas: crise falcêmica, leucemia

Toxinas: chumbo, metais pesados, animais peçonhentos

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8
Q

Causas de abdome agudo obstrutivo

A

Brida, volvo, tumor

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9
Q

Peritonite Bacteriana Espontânea (Primária)

A

Primária → translocação monobacteriana (E. Coli)

Clínica: dor abdominal, febre, encefalopatia.

Dx: paracentese → PMN > 250/mm³ + cultura monobacteriana positiva

Tratamento: não necesita esperar cultura; Cef 3º geração: Cefotaxima 2g IV 8/8h por 5 dias.

Profilaxia primária:
- se sangramento por varizes → Ceftriaxona IV e após Norfloxacino VO, por 7 dias)
- proteína líq. ascite < 1,5 g/dl → Norfloxacino pelo resto da vida

Profilaxia secundária:
- se PBE uma vez, segue com Norfloxacino pelo resto da vida

Se PBE, também faz profilaxia para sínd, hepatorrenal → Albumina 1,5 g/kg no 1º dia, 1 g/kg no 3º dia.

Dx diferenciais:
- ascite neutrofílica: PNM > 250 com cultura negativa → tratamento como PBE
- bacterascite: < 250 mm³ com cultura positiva → trata se sintomático; se assintomático, faz nova paracentese.

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10
Q

Peritonite bacteriana secundária

A

Peritonite franca por alguma causa (ex, apendicite). Polimicrobiana

Líquido ascítico com ≥ 2: proteína > 1g/dl, glicose < 50 mg/dl e LDH elevada

Tratamento: associar metronidazol e avaliar cirurgia (imagem)

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11
Q

Sinal de Blumberg

A

Descompressão súbita e dolorosa no ponto de McBurney. Presente na apendicite.

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12
Q

Sinal de Rovsing

A

Dor na fossa ilíaca direita após a compressão da fossa ilíaca esquerda. Presente na apendicite.

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13
Q

Sinal de Aaron

A

Dor epigástrica referida durante a compressão do ponto de McBurney. Presente na apendicite.

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14
Q

Sinal do Iliopsoas

A

Dor provocada pela extensão e abdução da coxa direita, com paciente deitado sobre o seu lado esquerdo. Presente na apendicite.

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15
Q

Sinal do obturador

A

Dor hipogástrica provocada pela flexão da coxa e rotação interna do quadril. Presente na apendicite.

Para apêndice pélvico

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16
Q

Sinal de Ten Horn

A

Dor referida em FID promovida pela tração do testículo direito. Presente na apendicite.

17
Q

Sinal de Lapinsky

A

Dor à compressão da FID enquanto o paciente ou o próprio examinador eleva o MID esticado. Presente na apendicite.

18
Q

Sinal de Carnett

A

Diminuição da dor quando os músculos da parede abdominal estão contraídos.
Significa processo intra-abdominal.

19
Q

Sinal de Cullen e Grey-Turner

A

Cullen: presença de equimose periumbilical
Grey-Turner: equimose em flancos

Presentes no sangramento de retroperitônio.

19
Q

Sinal de Chandelier

A

Dor intensa à movimentação do útero. Presente na DIP.

20
Q

Sinal de Danfort

A

Dor no ombro à inspiração profunda.

Presente no hemoperitônio.

21
Q

Sinal de Fothergill

A

Massa da parede abdominal que não cruza a linha média e permanece palpável quando o reto abdominal é contraído.

Presente no hematoma do reto abdominal.

22
Q

Abdome agudo na UTI

A

Avaliar risco de colecistite aguda alitiásica = febre não explicada → USG

Dieza zero → estase biliar → colecistite

23
Q

Abdome agudo em imunodeprimidos

A

Leve a moderada: pensar nas mesmas causas

Grave: HIV CD4 < 200/mm³, transplantados em terapia cm corticoide em alta dose, CA em uso de QT
- pensar em condições incomuns: infecções atípicas (fungos e micobactérias), tumores incomuns (linfoma, kaposi), infecções por herpes-vírus (anorretais) e CMV (pancreatite, gastrite, colecistite, enterite, colite), parasitoses atípicas (cryptosporidium)